

Um abraço especial para o M.Pedro e para o Gilberto.
Saudações Caminhadeiras,
Vítor Gonçalves.
Saudações Caminhadeiras.
Vítor Gonçalves
Data da Encontro: 31/05/ a 03/06 de 2009
Local: Unhais da Serra
Percursos:
Vale da Ribeira de Cortes do Meio - 7,500 Kms / 02:10 Horas; Vale da Ribeira da Alforfa – 7 Kms / 01:30 Horas; Paúl – 11 Kms / 02:15 Horas.
Caminhantes:
1º Dia: A. Pires, Chico Pires, F. Sousa, Gilberto, Gil Furtado, João Figueiredo, Luís Fernandes, Luísa Gonçalves, Mª Céu Pedro, Manuel Pedro, Manuel Flôxo, Manuel Reis, Octávio Gaspar, Vitor Gonçalves.
2º Dia: A. Pires, Chico Pires, F. Sousa, Gilberto, Gil Furtado, Guida Gaspar, João Figueiredo, Lina Fernandes, Luís Fernandes, Mª Céu Pedro, Manuel Pedro, Manuel Flôxo, Manuel Reis, Octávio Gaspar, Vitor Gonçalves.
3º Dia: Chico Pires, F. Sousa, Gilberto, João Figueiredo, Luís Fernandes, Mª Céu Pedro, Manuel Pedro, Manuel Flôxo, Manuel Reis, Octávio Gaspar, Vitor Gonçalves.
Participantes não Caminhantes: Edite Figueiredo, Orlando Martinho, Marlene Martinho, Quinita Sousa.
Organizadores: Maria do Céu e Manuel Pedro.
Almoços: Café-Arcádia-Bar (Cortes do Meio – Tel. 275.971.250) Preço: € 12,00
O Cortiço (Unhais da Serra – Tel. 275.971.052) Preço: € 15,00
Só Grelhados (Paúl – Tel. 275.961.119) Preço: € 12,00
Próxima Caminhada: 17/06/2009 (Organiza o João Figueiredo)
Fundo de Reserva: € 500,00
Reportagem: Conta a lenda que certo dia, andando à caça na Serra da Estrela, um jovem nobre se perdeu fruto do entusiasmo posto na caçada. Após muito tempo perdido, exausto e morto de fome, encontrou um bondoso pastor que o salvou, dando-lhe leite do seu rebanho e trutas que ele mesmo pescou nas abundantes e cristalinas águas daquela zona, com as suas grandes e aguçadas unhas. O nobre, admirado pela facilidade com que o pastor tinha apanhado as trutas com as unhas, chamou ao local: Unhais da Serra.
Uma segunda lenda diz que o nome de Unhais da Serra, provém da existência de enormes pedras em forma de unhas por aquelas zonas.
Para nós ‘Os Caminhadeiros’, pouco importa a veracidade dos factos para além do interesse cultural. Importante sim é que a vila e os arredores de Unhais da Serra proporcionaram ao grupo, viver uns dos melhores momentos e ‘certamente os mais altos dias’ da sua já crescidinha história de vida.
Domingo foi o dia da partida, com os vinte caminhadeiros que responderam ‘SIM’ à convocatória, divididos por seis viaturas. Destes, com excepção do Orlando Martinho todos sairam na parte da manhã. Além de outros, o objectivo principal era mais uma vez testar a qualidade da nossa gastronomia regional, antes de iniciarmos as actividades pedonais, onde a disciplina alimentar teria que ser prioritária e a última oportunidade para exagerar. A falta de criatividade ou o destino, levou a que três destes mini grupos se encontrassem em V. N. Da Barquinha, onde a nossa já velha conhecida D. Adélia nos presenteou com umas Enguias fritas e de ensopado e um Sável frito de se lhe tirar o chapéu. Outros preferiram visitar o Mário de Alcarias, de onde também não vieram desiludidos.
Às 19:00 Horas em ponto dava-se início ao Kick-off Meeting no átrio do 'H2otel', com os organizadores Maria do Céu, Manuel Pedro e o guia André Matos a transmitir ao grupo toda a informação detalhada acerca dos 3 dias que se iriam seguir.
1ª Caminhada: Com a presença da estreante Luísa Gonçalves nestas actividades, cumprimos 7,5 Kms em pouco mais de 2 horas, em terreno super acidentado e quase sempre a descer. Diziam alguns, que se não tivessem passado a maior parte do tempo do percurso a olhar o terreno que pisavam, teriam tido uma óptima oportunidade para desfrutar de paisagens inéditas da Serra da Estrela. Outros comentavam que descer terrenos com esta inclinação não é melhor que subi-los, mesmo comparados com os de Nisa. Só assim percebemos que estes 7,5 Kms equivalem aos 12 ou 13 mencionados no programa. O guia André sabia do que falava.
Após a chegada a Cortes do Meio e revitalisados por fresca e cristalina água que brotava de uma fonte contigua ao lavatório público, recuperamos as energias perdidas com os produtos artesanais que a D. Julieta e o Sr. Aires nos serviram naquele que ainda hoje é o forno comunitário da localidade. Cuidado com a broa ainda quente que fermenta no estômago e pode fazer mal, dizia a Edite. Poucos lhe deram ouvidos, mas não se consta que tenha havido queixas. A farinheira produzida à moda antiga pelo casal anfitrião é produto de excelência.
E que dizer da Chanfana, especialidade confecionada pela D. Piedade, esposa do Sr. Horácio Marmelo e proprietários do Restaurante Arcadia. Homem de uma simpatia invulgar, que só fransiu o sobrolho quando confrontado com a mais que irreversível possibilidade de ter que entregar a filha a um adepto do Benfica nascido no Porto. Logo isto lhe tinha de acontecer a ele, ferrenho adepto do Sporting Clube de Portugal.
2ª Caminhada: Nesta segunda jornada já não tivemos a presença da Luísa, mas em compensação estrearam-se a Lina e a Guida. Sortudas, pois o percurso era menos acidentado e envolvido por rara beleza. De salientar os bandos de borboletas esvoaçando por cima de arbustos e flores de vários matises. Vale a pena ser Caminhadeiro, dizia o Balão de Sousa deslumbrado com as paisagens envolventes. O Vitor e outros iam recolhendo frutos vermelhos que ainda permaneciam nas cerejeiras nascidas em campos baldios.
O Luís Fernandes, sempre muito preocupado com a sua condição física por causa da actuação programada para a noite, podia ter comprometido tudo, fruto de queda aparatosa ao saltar uma vala. Salvou-o o bastão que quase ficou em forma de 'L' depois da queda e a pronta intervenção dos improvisados socorristas Maria do Céu e Balão de Sousa, que finalmente tiveram oportunidade de estrear a caixa de primeiros socorros.
Um par de óculos e um bastão inadvertidamente abandonados pelos seus donos, mas depois recuperados, foram os registos de maior realce até à chegada a Unhais da Serra.
O almoço no Restaurante o Cortiço esteve de acordo com as expectativas. Nada mais.
3ª Caminhada: A última do encontro só já contou com 11 caminhadeiros. Senhoras apenas a Maria do Céu, demonstrando uma capacidade física que faz inveja à maior parte dos elementos do grupo. Dizia com toda a legitimidade o marido Manuel Pedro, que na eventualidade de se prolongar a estadia por mais uns dias, corria-se o risco de ser apenas ela a efectuar as últimas caminhadas. Claro que o Gilberto, Chico Pires, puto Flôxo e outros não permitiriam, mas o Balão de Sousa que nesta manhã só com muito sacrifício compareceu à partida, não deixava de concordar com o Manel.
Depois de uma breve visita à ‘Casa Museu’ da incaracterística vila do Paúl, e de cumpridas as formalidades de 'check out' no H2otel, almoçamos no Só Grelhados. Almoço este que se caracterizou por dois pontos altos: Quando a Quinita se desinibiu e declamou de modo superior o ‘Amar ou Odiar’ de Fausto Guedes Teixeira e o belíssimo ‘Cântigo Negro’ de José Régio; O outro e não menos significativo, foi quando o nosso amigo Gil Furtado, talvez sensibilizado pelos poemas que ouviu, galanteou a fogosa empregada do restaurante provocando-lhe sentimentos que ela julgava jamais vir a sentir. O momento da entrega da gratificação à D. Alice para o qual foi por unanimidade nomeado, fez reviver em todos nós cenas românticas dignas do 'Romeu e Julieta' que eles tão bem encarnaram.
No tempo que mediou entre as 3 Caminhadas, realizaram-se várias sessões de terapia de grupo com destaque para as seguintes:
Provas de aquaterapia nas excelentes instalações do Hotel a que agora se denominou chamar SPA, e que o Gil Furtado admite ter tido como origem uma vila belga com o mesmo nome, conhecida pelos seus banhos públicos relaxantes. ‘Saúde Pela Água’ também é aceite, mas a ausência do Caminhadeiro Bernardino impediu o contraditório e acolorado debate.
Jogos de Sueca, de Xadrêz e de Damas com a assistência nem sempre de acordo com as decisões dos jogadores intervenientes;
Os jantares na Tasca das Termas, onde se afinaram gargantas e contaram anedotas. Fica na nossa memória o registo do ‘Piriri Piriró’ muito bem contado pelo Gil Furtado. Os desejados caracois nunca chegaram a aparecer, mas o dono do estabelecimento deve ter esgotado o material armazenado, dada a variedade de produtos com duvidosa qualidade que nos serviu nas três noites. Prova evidente disto, o estado lastimoso em que ficaram os intestinos da Luísa, Martinho e Balão de Sousa depois de consumido o último jantar.
A fabulosa demonstração de aula de 'Tango' com que o casal 'Lina e Luís Fernandes' nos brindaram. Não só pelas qualidades de exímios executantes deste tipo de dança, mas ainda pelas qualidades demonstradas pelo Luís como professor. Muitos tomaram-lhe o gosto, mas o Luís queixou-se da fraca colaboração das senhoras. Às tantas não resistiu e gritou cheio de razão: 'Aplaudam-nos Porra'.
Não seria justo da parte do Grupo 'Os Caminhadeiros' terminar esta reportagem sem deixar umas breves palavras de agradecimento aos empregados do 'H2otel', pela sua amabilidade e cortesia demonstradas durante toda a nossa estadia. A oferta original que nos fizeram foi sentida pelo grupo de modo muito gratificante e marcará de um modo muito vincado a nossa breve passagem pelo 'H2otel'.
Ao casal Marlene e Orlando Martinho esperamos tê-los mais vezes junto do grupo, e agradecemos de novo o seu contributo pecuniário para o ‘Fundo de Reserva dos Caminhadeiros’.
Para finalizar, quero em nome do grupo reconhecer e agradecer novamente todo o esforço dispendido pela Maria do Céu e o Manuel Pedro na organização do evento. Tudo correu bem e de acordo com o planeado, porque houve por trás uma boa coordenação de tarefas. Deles outra coisa não era de esperar.
Bem hajam e disponibilizem-se para nos desafiar e colocar de novo à prova no próximo ano.
Cumprimentos Caminhadeiros,
Fortunato de Sousa