quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

* * * * Convocatória . 13ª Caminhada da Época 2013 / 2014 * * * O Sítio Onde os Homens Faziam Pólvora . Dia 05 de Março


Da secular Fábrica da Pólvora de Barcarena à mui nobre aldeia de Leceia (LeceiaConcelho...ou ainda mais) e desta ao moinho do castelo e regresso.

Concentração às 09:30 horas na Fábrica da Pólvora de Barcarena (N38,741264/W9,28575).

Calcantes na estrada ás 10:00 horas.

Perfil do percurso: 9 kms de extensão, mais coisa menos coisa, por estradas pouco movimentadas e caminhos, chovendo, com alguma lama. Primeiro terço em subida moderada e o resto plano ou em descida.

Como chegar
Vindo de qualquer lado - A5, IC19 ou outra -, dirigir-se a Queluz de Baixo (não Queluz), seguir pela rua principal (Consiglieri Pedroso na direcção de Barcarena. Imediatamente antes da bomba de gasolina da Galp, voltar à direita na direcção de Tercena (Estrada das Fontainhas) rumo à Fábrica da Pólvora/Universidade Atlântica. Ao dar de face com a entrada principal, virar à direita e, 100 metros depois, virar à esquerda por uma viela até ao local de estacionamento, na margem esquerda da Ribeira de Barcarena (coordenadas indicadas acima).

As inscrições devem ser feitas por mensagem no blogue ou por telefone para o Gilberto Santos ou o Manuel Pedro, até às 09:00 de Segunda, 03/3.

Saudações Caminhadeiras,

Gilberto Santos / Manuel Pedro


domingo, 23 de fevereiro de 2014

* * * * * * * * 12ª Caminhada da Época 2013 / 2014 * * * * * * * * Rota do Castro do Zambujal . Dia 19 de Fevereiro



Álbuns de Fotos:
Fotografias do frontispício:   Fortunato de Sousa
Data do Encontro: 19/02/2014
Local: Castro do Zambujal, Torres Vedras
Percurso: 8,5 kms em 2h30m
Organizador: Rogério Matias
Caminhantes: (43) Angelina Martins; António Palma; António Pires; Carlos Penedo; Carmen Firme; Cidália Marta; Dores Alves; Fátima Libânio; Fortunato Sousa; Francisco Pires; Gabriela Bentes; Gil Furtado; Gilberto Santos; Graça Penedo, Graça Sena; Heloísa Cavalcanti; João Costa; João Duarte; João Figueiredo; José da Clara; Júlia Costa; Lina Fernandes; Lucília Eustaquio; Lúcio Libânio; Luís Fernandes; Luís Martins; Luís Penedo; Lurdes Clara; Manuel Flôxo; Manuel Garcia; Manuel Pedro; Manuel Reis; Margarida Graça; Margarida Serôdio; Maria do Céu; Miguel Cardoso; Nela Costa; Octávio Firme; Odete Vicente; Teresa Palma; Virgílio Vargas; Vítor Gonçalves e o organizador.
Guia:Drº Luís Sérgio
Cicerone no Castro do Zambujal: DrºPaulo Ferreira
Ao almoço, deram-nos o prazer da sua companhia: a Cristina de Sousa e o guia.
Almoço e lanche: Restaurante Páteo do Faustino (Tel.: 261 324 346)
Próxima caminhada: 05/03/2014 (Organizadores: Gilberto Santos e Manuel Pedro)

Reportagem:
Começo   por saudar  com especial deferência a presença de todos e expressar sentidamente o  meu agradecimento.
É para mim uma subida honra e um excelso privilégio escrever  (apesar de não gostar, sim é verdade, acreditem) para tão insignes personalidades. Espero que os espíritos de Antero de Quental, Eça de Queiroz, João de Deus, Miguel Torga ou até Guerra Junqueiro não fiquem magoados com o meu português.
Percorrer trilhos menos fáceis, sentir a lama dificultando a locomoção, até mesmo alguma chuva, e o vento forte abraçando o rosto…é sinónimo de caminhada. Para mim são momentos particularmente gratificantes, porque não existe dificuldade quando há partilha, amizade e um elo de sintonia, baseado num convivo fiel e verdadeiro. Estes ,são os fatores primordiais para uma boa caminhada.
Sob o encanto da Natureza, onde as pequenas flores selvagens desabrocham  à superfície arenosa  e os campos  cobertos de ervas verdejantes- encanto  mágico e único próprio daquela região- íamos caminhando passo a passo sem  tirar os olhos da bela paisagem.
Apesar da beleza deslumbrante, o caminho apresentava-se um pouco sinuoso, com um piso irregular devido às pedras e à lama (maldito tractor!). As subidas e descidas,   “serpenteando” os contornos da encosta ,dificultavam a progressão dos menos preparados.
O dia estava iluminado, por um Sol majestoso, de braço dado a um Céu límpido e dum azul intenso. Parecia a chegada da Primavera ( estou certo que teve a mãozinha do São Pedro)
O ritmo da caminhada foi ajustado ao nível dos participantes e ,consequentemente, foram feitas algumas paragens, não só para apreciar os elementos mais marcantes da paisagem  como para evitar uma indesejável  dispersão do grupo .
Após cerca de uma hora e meia de caminho, chegamos ao Sanatório do Barro, onde os mais aventureiros puderam subir a íngreme encosta para visitar a estátua da Nossa Senhora da Pena e desfrutar a vista maravilhosa sobre a cidade de Torres Vedras.
 Retomámos o caminho em direcção a Serra da Vila, passando pela parte mais alta desta povoação, descendo depois até ao Castro do Zambujal, onde nos esperava o Guia  Drº Paulo Ferreira, que nos fez uma explanação clara e sucinta deste povoado e também onde os mais atentos puderam ver a foz do rio Sisandro, o mar e todo o vale da Ribeira. Cansados mas deliciados pelas paisagens, para não chegarmos atrasados ao almoço  e prevendo esta situação foi providenciado um autocarro  (gentilmente cedido pela  CMTV ), que nos levou directos ao restaurante  “Páteo do Faustino” onde nos esperava uma boa refeição  e convívio.
De seguida tivemos uma vez mais a companhia do nosso guia,  Drº Paulo Ferreira ,que com a sua sabedoria e explanação claríssima, nos levou a alguns  pontos  históricos da cidade nomeadamente : Paços do Concelho, Chafariz dos Canos, Igreja de São Pedro, Mercado Municipal com o seu ex –libris ”Garrafão “ e o Obelisco em homenagem à Guerra Peninsular, para os mais interessados foi um momento enriquecedor sobre a história da cidade de Torres Vedras.
Finalmente eis a surpresa da RTP1 que estando ao serviço da CMTV entrevistou as nossas “matrafonas” . 
Tirámos também uma foto de grupo tendo como cenário carnavalesco o nosso “Zé Povinho”.
Ah! E o chá? Foi  bom não foi? Gostaram? Também gostei muito .
Usando o provérbio latino “Esto brevis et placebis” sê breve e agradarás, vou terminar. Como disse Platão,”as emoções são cavalos desenfreados cujas rédeas o intelecto personificado no auriga devem controlar-se.” Perante esta afirmação, o meu auriga impele-me à contenção. Deste modo, desejo amigavelmente a todos uma rápida recuperaçao.
Bem hajam
Rogério Matias
PS: Pela grande consideração que tenho por todos os presentes, nem sequer utilizei a minha “fantasia” para não ofuscar o brilho das vossas. Parabéns a todos aqueles que corresponderam ao meu pedido carnavalesco.
Agradecimentos:
Câmara Municipal de Torres Vedras (CMTV) nas pessoas de:
Drª Ana Umbelino, vereadora da cultura, pela sua simpatia e ajuda na escolha da visita cultural
Dr. Rodrigo Ramalho ,chefe de Divisão “Galerias, Museus e Bibliotecas” pelo apoio prestado e pela sua presença de Boas vindas.
Dr. Rui Brás, chefe de Divisão do desporto ,pela sua  colaboração
Drº Paulo Ferreira , Guia Turístico, pela sua sabedoria  e disponibilidade
Dr. Luis  Sérgio do Académico de Torres Vedras( ATV),pela sua disponibilidade e paciência que teve em nos guiar
Restaurante "Páteo do Faustino" pelo excelente serviço, no almoço e no chá. 
Pastelaria Flor por nos ter presenteado com um  miminho da região

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Convocatória ***** 12ª Caminhada da Época 2013 / 2014 ***** Rota do Castro do Zambujal . Dia 19 de Fevereiro

ROTA DA CASTRO DO ZAMBUJAL
Aqui vai um cheirinho a Carnaval


O Castro do Zambujal é um povoado fortificado da idade do cobre datado do 3º milénio a.c., situado num esporão rochoso na margem direita  da Ribeira de Pedrulhos, afluente do rio Sisandro. O percurso permite visitar a estátua da Nossa Senhora da Pena, bem como usufruir de uma visão privilegiada sobre a cidade de Torres Vedras.
Distancia  a percorrer: 8-13Km
Duração :3h
Altitude máxima e mínima
Máx:185mts - Min: 27mts
·      Concentração: 9H35 no Parque de estacionamento da Expotorres
·      Almoço:  13H13
·      Visita Cultural: 15H15
·      Chá: 17H17

Como chegar:
1. Quem vem pela A8
1.1 -  Deixar a A8 na pela Saída sul
1.2 -  Após portagem seguir pela nacional em direcção a T. Vedras,na primeira  rotunda  virar à  esquerda na direcção S. Cruz.
Passar 4 rotundas ( a  última tem o supermercado Aldi  no  lado esquerdo) um pouco mais à frente à  sua direita encontrará o parque de estacionamento da expotorres.
2. Quem vem Pela Nacional
2.1 - Na primeira rotunda ao entrar em Torres Vedras virar à  esquerda  na direcção S. Cruz  
Passar 4  rotundas ,( a última tem o supermercado Aldi  no  lado esquerdo) um pouco mais à frente à sua direita encontrará o parque de estacionamento da expotorres
Os interessados em participar no evento, devem fazê-lo através dos comentários desta mensagem até às 13:00 horas da próxima Segunda-Feira dia 17.
Saudações Caminhadeiras em passada carnavalesca e boa viagem,

Rogério

domingo, 9 de fevereiro de 2014

*** 11ª Caminhada da Época 2013 / 2014 *** Ecopista do Ramal Évora - Mora . Dia 5 de Fevereiro




Álbuns de Fotos:
Fortunato de Sousa/Gabriela Bentes
Luis Martins
Dores Alves
Lúcio Libânio
Miguel Cardoso
Virgílio Vargas
Data do Encontro: 05/02/2014
Local: Graça do Divor – Ecopista do Ramal Évora - Mora
Percurso:  - 13, 500 kms - 03: 00 Horas
Caminhantes: (31) Angelina Martins; António Dionísio; Carlos Penedo; Dores Alves; Fátima Libânio; Fortunato Sousa; Gabriela Bentes; Gilberto Santos; Graça Sena; João Costa; João Duarte; João Figueiredo; José da Clara; Lina Fernandes; Lúcio Libânio; Luís Fernandes; Luís Martins; Lurdes Clara; Manuel Garcia; Manuel Pedro; Manuel Reis; Margarida Serôdio; Maria do Céu; Miguel Cardoso; Nela Costa; Odete Vicente; Rogério Matias; Sílvia Dionísio; Teresa Palma; Virgílio Vargas; Vitor Gonçalves;
Não Caminhantes: (3) Gil Furtado; Mariana Dionísio; Pedro Dionísio.
Organizador: Fortunato de Sousa
Almoço: Restaurante ‘DIVOR’ - (tel. 266.967.165)
Próxima Caminhada: 19/02/2014 – (Rogério Matias)
 Reportagem:
Um alentejano a fazer a reportagem de uma caminhada realizada no Alentejo, parece à partida uma tarefa fácil. Puro engano, porque a responsabilidade e o rigor na qualidade do produto final é muito mais exigente neste caso. Daí, que tenha de ser bastante mais realista e criativo nos factos que irei narrar. Vamos ver se consigo.
Começo já por dizer, que desde a publicação da reportagem até ao fecho das inscrições, andei sempre muito intranquilo e expectante quanto ao número de participações no evento. E isto porquê? Podem vocês perguntar. Pois por 2 ordens de razão, posso eu responder.
1ª - Estamos a viver um pico de gripe, que afectando um grande número de criaturas, só por milagre não atingiria o universo Caminhadeiro. Eu mesmo participei no evento, sob os efeitos da epidemia com que o Inverno nos brinda todos os anos.
2ª - O mau tempo que se fez sentir nos dias anteriores à caminhada, referenciados sobejamente pela comunicação social com os avisos de côr laranja, amarelo, vermelho ou cobrindo mesmo todas as cores do arco-iris, só podiam contribuir para pôr em causa o sucesso que eu ambicionava ter na realização deste evento no meu Alentejo.
Se tudo isto só por si não bastasse, tinha o número de participantes (13!!!) na caminhada de 2010 neste mesmo local como referência nada positiva. Nesse ano, sofremos aqui as agruras de uma terrível canícula em pleno mês de Setembro, que nos afastou destas terras durante quase 4 anos. Voltar ao mesmo local sem desfazer o enguiço, poderia ser o indício da continuação do agoiro ou mau presságio, que nos poderia afastar de novo desta bonita região
E foi assim que dia após dia, alguma vezes hora após hora, lá ia contando o número de inscrições e de presenças. E a coisa até nem estava nada mal, ou seja, ia além das minhas primeiras expectativas. No final do dia 2, Domingo, que encerrava formalmente o período de inscrições, havia 35 presenças confirmadas. Ufa! Desta já me safei. Só falta desfazer o enguiço.
Terça-Feira de manhã falo pelo telefone com o António Palma, e ele diz-me que não tenciona desistir, mas a noite anterior tinha sido má em termos de estado de saúde. Ao final do dia, telefona-me de novo o António a confirmar a sua impossibilidade em participar. Não se sentia nada melhor, tinha muita pena  mas não ia estar presente. - Paciência meu amigo, a saúde está primeiro e sendo assim o melhor mesmo é ficares em casa a recuperar (mas eu sempre com o número 13 na ideia).
De seguida, telefona-me o Gil Furtado, que tinha estado num almoço com um casal amigo desde  as 13 horas, durou até às 8 da noite, tinha bebido 3 ou 4 cafés (quanto a outro tipo de bebidas não se pronunciou) e a consequência disto iria ser uma noite em claro. Só que não desistia nem por sombras de marcar presença na caminhada do dia seguinte (13 outra vez, agora nas horas).
Toca de novo o telefone, atendo, e ouço do lado de lá: Amigo Fortunato, sou o Luís Penedo. É pá, eu e Graça temos muita pena, mas é para comunicar que amanhã não podemos ir caminhar com vocês. O estado do tempo, estás a ver não é? Chegámos do Minho há dias, e agora a previsão meteorologia para amanhã não é nada agradável. - Óh Luís, tudo bem, não há problema nenhum. Não vão desta vez, vão para a próxima, que o tempo vai melhorar com certeza.
Bem, com estas 3 desistências, quantos vão? Eram 35, menos 3, são 32 pessoas, menos mau.  
E aí lembrei-me: Eh pá, se desistisse outro seriam 31 e 31 é o número inverso de 13 e desfazia o enguiço. Ainda para mais, dizem que uma capicua dá sorte. Só que as 32 presenças estavam confirmadas, e agora desistir alguém também não seria um bom sinal.
No dia seguinte, concentração do pessoal Caminhadeiro participante na rua Principal, em frente ao restaurante Divor. O Rogério vem ter comigo, cumprimenta-me e diz: Olha Fortunato, o nosso amigo Gil, telefonei-lhe às seis e meia da manhã para o despertar e disse-me que não pode vir. Passou a noite em claro e mais não sei quê, mas tu já sabes como ele é, também ainda está constipado e por isso não veio. - É pá que chatice, coitado do Gil, respondi eu com ar pesado, mas com uma enorme alegria interior. Estava garantida a participação de 31 Caminhadeiros e desfeito o agoiro. Alguns se lembrarão de eu ter dito em voz alta: Agora é que o Gil nos arranjou um belo 31.
Eis que chega o sr. João, proprietário do restaurante onde iríamos almoçar. Digo-lhe que deve preparar amesendamento para 33 pessoas e fica combinado o repasto para a 1 hora.  Para a 1 não, para as 13, disse ele a rir com o seu ar brincalhão.
Foto de grupo tirada aos 31 participantes, uma curta informação do organizador sobre o programa do dia que iríamos ter e lá partimos para a caminhada. A  temperatura estava amena, o céu nublado, mas nada de chuva por enquanto.
Seguimos pela ecopista em direcção à antiga estação de Arraiolos, com vários pequenos grupos a formarem-se de acordo com o passo ou o ritmo mais ou menos acelerado de cada um deles. Os que por cá já tinham passado, comentavam a grande diferença entre a  paisagem alentejana no verão em Setembro, com a de agora em Fevereiro no Inverno. Só os buracos dos coelhos nas encostas da ecopista e a fauna habitual desta região permaneciam inalteráveis, mas a planície com os tons amarelo acastanhados do verão, estava agora literalmente modificada. O verde carregado da copa das azinheiras e dos sobreiros sobressaía por cima dos tapetes maioritariamente verdejantes dos campos, já com algumas manchas bem coloridas de pequeninas plantas e flores a brotar do chão, pré anunciando a paisagem ímpar, deslumbrante e de rara beleza que só a planície alentejana oferece a todos aqueles que têm a felicidade de a visitar na Primavera.
Entretanto, umas leves pingas de chuva iam caindo, apenas para nos lembrar que o dia era de Inverno e não outra qualquer estação do ano.
Lá num dos  grupos da frente, o Vitor Gonçalves através do seu sempre útil e inseparável 'walkie talkie' perguntava, se não fazíamos uma paragem para descanso e reagrupamento. Contactado o grupo dianteiro, respondeu o Carlos Penedo que já estavam sentados à espera no apeadeiro da ‘Sempre Noiva. Chegado o último mini grupo, e depois de alguns minutos para descanso e reabastecimento energético, foi  colocada a questão aos presentes, se valeria a pena tentar chegar até à antiga estação ferroviária de Arraiolos. Uns que sim, devíamos tentar, enquanto outros eram da opinião que se deveria iniciar o regresso. Deixou-se à consideração de cada participante optar pelo que mais lhe parecesse conveniente. A maioria deu de imediato início ao regresso, mas um grupo  bem composto de valentões Caminhadeiros e Caminhadeiras  seguiram em frente, tendo percorrido mais uns 3 ou 4 quilómetros. Aqui, quero realçar a boa forma física com que o meu amigo Miguel Cardoso regressou às actividades caminhadeiras, depois de alguns meses de ausência.
Mesmo em cima da 1 da tarde ou se quiserem das 13 horas, foi o grupo chegando ao largo de onde tínhamos partido 3 horas antes. Foi então que mais uma vez vi o meu amigo Gilberto terminar a caminhada com o ar vitorioso que o caracteriza, quando o esforço dispendido está mais de acordo com o seu perfil de Caminhadeiro. Em passo acelerado e a transpirar disse-me: Balãozinho!!! Fiz mais uns quantos kms e não fui dos últimos a chegar. – Ah grande Gil, assim mesmo é que é!!!!!
Foram todos entrando pouco a pouco para a sala onde seria servido o almoço, mas eu que nem sou supersticioso, decidi esperar um pouco mais e só pisei o degrau da porta de acesso ao restaurante, precisamente às 13 horas e 31 minutos.
Sala vasta, com Caminhadeiros alegres e sorridentes à volta das mesas bem compostas com entradas de vários mimos alentejanos sólidos e líquidos. De entre todos muito bem degustados, foram os famosos torresmos do rissol que se destacaram e marcaram bem a diferença dos demais petiscos. Alguém dizia: Dia não são dias, e não sei o que é pior, se comê-los sabendo que me vão fazer mal, ou se não os comer e ficar com este desejo e ansiedade por saciar.
Na mesa da frente, bem ao centro, a nossa sempre simpática amiga Graça Sena dava nas vistas com o seu turbante roxo na cabeça, realçando ainda mais o seu sorriso maroto.
Já estão todos sentados, perguntou o Vitor Gonçalves. Bem, então vou transmitir uma informação importante de última hora. Levanta-se, dirige-se ao poial do fundo da sala, sobe para ele e pede a todos: Silêncio por favor e escutem bem o que vos venho dizer:
O Fernando Bernardino ligou-me durante a manhã, para desejar a todos uma boa caminhada e envia cumprimentos e abraços aos homens e beijos às senhoras. Se não chovia água lá fora, choveu de imediato uma fortíssima salva de palmas no interior da sala em homenagem ao Caminhadeiro emigrado. Perguntas mais que muitas se seguiram, para saber mais sobre a enciclopédia itinerante agora afastado, mas uma há que tem de ficar registada. E ele ainda é do Benfica? Perguntou o, ?????? (a resposta, essa terá que vir através de um comentário do próprio Bernardino, para vêr se ele sabe quem a formulou).
Segunda grande surpresa do dia. Estava prestes a ser servido o cosido de grão, e eis que entra na sala com ar de que chega de um planeta diferente, o grande Gil Furtado. Ele mesmo em pessoa, o que me tinha telefonado pouco tempo antes a desejar uma óptima jornada caminhadeira e de novo a justificar a sua ausência no evento e a lamentar-se por não poder estar presente.
Foi aqui neste momento, após estas 2 magníficas surpresas, que fiquei plenamente convencido, de que as 31 presenças na caminhada tinham anulado o 13 do mau augúrio da caminhada do ano 2010. A partir de agora, podemos voltar à Graça do Divor todos os anos e sempre que quisermos (menos nos meses de Junho, Julho, Agosto e Setembro), porque o enguiço está resolvido. O ter que ser tem muita força, e alguma coisa levou o Gil Furtado a não participar nesta caminhada, embora ele esteja convencido que foram as insónias, os 3 ou 4 cafés bebidos durante a tarde anterior e a noite que passou em claro, que o desviaram de marcar presença no início. Ele que me confidenciou, que se realmente não tinha chovido durante a caminhada, teria que reavaliar o seu sentimento de culto religioso e render-se humildemente perante os continuados milagres do nosso Santo protector Pedro.
Já passava das 4 horas quando iniciamos a visita ao Centro Interpretativo do Tapete de Arraiolos. Visita muito interessante a uma arte artesanal que aqui nasceu e cresceu ao longo de séculos. À Dra. Carla Barroseiro que nos acompanhou, aqui deixamos o nosso agradecimento pelo elevado profissionalismo, simpatia e características adequadas à função que desempenha, bem demonstrados em todas as componentes da visita. Penso ainda assim, que também foi compensada pela oportunidade que teve de encontrar e conhecer um grupo alargado (no número de pessoas e no escalão etário) com um comportamento talvez diferente do habitual, mas muito alegre, interessado e participativo na visita.
Com o famoso e tradicional chá de final de dia, desta vez tomado na ‘Loja Gourmet Teresa Alves’ também em Arraiolos, terminámos mais uma jornada caminhadeira e regressámos sãos e salvos às nossas residências.
Um agradecimento aos meus amigos do Vimieiro que me ajudaram em todas as fases do planeamento desta jornada Caminhadeira. Foram eles o António, o Guido, o Rui Lobo pai e o Dr. Rui Lobo filho.
Saudações Caminhadeiras em passada pré carnavalesca, desta vez com o saber e a mestria  do grande Rogério Matias,

Fortunato de Sousa