Albuns de Fotografias
Luís Martins
Fortunato de Sousa
Carlos Evangelista
António Palma
Dores Alves
Gil Furtado
Data do encontro: 16/05/2012
Local: Mora – Parque Ecológico do Gameiro
Percurso: 10,000 kms - 02:30 horas
Caminhantes: Ana Pires, Antonieta Faria, Bina Sales, Carmen Firme, Lina Fernandes, Luísa Clemente; Luísa Gonçalves, Margarida Graça, Maria do Céu, Nela Costa, Odete Vicente, António Clemente, António Palma, António Pires, Armando Lourenço, Carlos Evangelista, Carlos Penedo, Carlos Sales, Dores Alves, Fernando Bernardino, Fortunato Sousa, Gil Furtado, Gilberto Santos, João Costa, João Figueiredo, José Clara, José Manuel Dionísio, José Ponte, Luís Fernandes, Luís Martins, Manuel Flôxo, Manuel Garcia, Manuel Luís Canelas, Manuel Pedro, Manuel Reis, Octávio Firme, Pedro Antunes, Rogério Matias, Rui Graça, Vasco Palma e Vítor Gonçalves. (Total: 41)
Ao almoço: O nosso guia, Sr. Manuel Luís Canelas, não pôde estar presente, mas juntaram-se-nos mais 3 elementos caminhadeiros – Angelina Martins, Lurdes Clara e Vítor Neto – e escusado será dizer que tanto a anfitriã-caminhadeira Ana Pires como o seu marido anfitrião Jaime Pires nos deram o prazer da sua companhia à mesa. (Total: 44)
Organizadores: Fortunato de Sousa e Vitor Gonçalves
Almoço: Solar dos Lilases (Tel. 266 403 315)
Próxima caminhada: 02 e 03 / 06 / 2012 – (Organizam Bina e Carlos Sales)
Fundo de Reserva: (*)
Reportagem: Foi mais uma bela jornada, bem vivida, bem convivida, feliz! Já alguém disse que os povos felizes não têm história. Eu concordo, e acho que acontece o mesmo com as caminhadas. Assim sendo, e não lembrando agora qualquer perónio fracturado, como é que se encontra matéria para tantas reportagens de tão afortunados eventos?
Talvez puxando pela imaginação, o que não é nada fácil.
Comecemos por dizer que os simpáticos proprietários do Hotel Solar dos Lilases, Ana Pires e Jaime Pires, são amigos de longa data da maior parte dos elementos mais antigo dos Caminhadeiros, mormente dos fundadores do Grupo. Acrescente-se que a presença do guia Manuel Luís Canelas, funcionário da Câmara Municipal de Mora, foi uma bela ideia, provavelmente sugerida pela Ana e pelo Jaime Pires. O empenho dos três, aliado ao trabalho prévio dos dois organizadores desta caminhada – Fortunato de Sousa e Vítor Gonçalves – tiveram como resultado mais um dia em cheio.
Mas recuemos no tempo, dando um grande salto até ao dia 3 de Dezembro de 2008. Nesse dia realizou-se a 7ª caminhada da época 2008/2009. A respectiva reportagem pode ser lida no nosso Livro, nas páginas 85 a 88, ou no blogue, na entrada referente a essa data, onde também se podem ver as reportagens fotográficas e, antes, a convocatória e as inscrições.
O itinerário foi bastante diferente (Pavia), e os guias foram outros (Custódia Casanova e António Luís), mas o almoço foi no mesmo sítio e lá temos a amiga Ana Pires a colaborar na organização, que esteve a cargo do Manuel Pedro, provavelmente coadjuvado pela Céu, e do Vítor Gonçalves. O agrado deixado por essa jornada não foi menor que o da 4ª-feira passada.
Comparei os participantes de então com os actuais e verifiquei o seguinte:
Dos 13 caminhadeiros que então estiveram presentes – os supersticiosos que não se assustem, pois à mesa esteve mais gente – agora 11 bisaram (Maria do Céu, Odete Vicente, António Pires, Fernando Bernardino, Fortunato Sousa, Gilberto Santos, João Figueiredo, Luís Fernandes, Manuel Pedro, Manuel Reis e Vítor Gonçalves) e 2 faltaram (Chico Pires e Fernando Guerreiro). Portanto, todos os outros, e são muitos, são “sangue novo”, o que bem revela o grande crescimento deste grupo. (Uma ressalva à expressão “sangue novo”: Dores Alves e Manuel Flôxo, pelo menos, incontestavelmente jovens de sangue na guelra, merecem ser incluídos no conjunto dos mais antigos Caminhadeiros presentes nesta jornada.
Assinale-se, também, a presença, ao almoço, da actriz Maria Dulce, de seu nome completo Maria Dulce Andrade Ferreira Alves Machado Ribeiro, nascida em Lisboa a 11 de Outubro de 1936 e falecida em Loures a 24 de Agosto de 2010.
Da jornada desta última 4ª-feira, não tivesse havido um ou outro caminhadeiro com espírito mais anarquista, pouco ou nada haveria a dizer, para além de que tudo correu bem.
À hora marcada e no local combinado – um parque de estacionamento que só de si já dava gosto ver – lá estava toda a gente sob a atenção protectora da simpática estalajadeira e amiga Ana Pires e do eficiente guia Manuel Luís Canelas
A caminhada iniciou-se por um belo e longo passadiço de madeira ao longo da ribeira da Raia – que me pareceu um largo rio mais belo que o Tejo, mas não «mais belo que o rio que corre pela minha aldeia», porque a ribeira da Raia «não é o rio que corre pela minha aldeia».
Este passadiço colocou-nos acima da frondosa vegetação, a qual sem ele seria difícil de atravessar.
A esse respeito, ouvi um caminhadeiro perguntar a outro: «O caminho vai ser sempre assim, ou ainda tem terra?». Não ouvi a resposta, mas dado não haver muita intimidade entre ambos – aquilo em que em português popular se chama confiança – , presumo que a pergunta não foi mal interpretada e que a resposta terá sido muito educada.
Terminado o passadiço, atingimos uma grande área da margem da ribeira recentemente limpa de ervas. Será aqui que se vai realizar o 32º Campeonato do Mundo de Pesca de Clubes, nos dias 2 e 3 de Junho próximo, evento que atrairá 130 participantes mais as suas comitivas, pelo que são esperadas cerca de 500 pessoas, importante contributo para o desenvolvimento do turismo local.
Toda a primeira parte do percurso foi feita perto de água, embelezada por miríades de plantas viçosas e floridas e sonorizada pelo canto de diversíssimos pássaros. Em certa altura, alguns dos felizes caminhadeiros assistiram mesmo a um concerto entre aves e rãs, e acreditem que não estou a brincar: era evidente que cantavam e coaxavam de maneira concertada e com grande afinação. Pena que o grupo já nessa altura estivesse tão disperso, pois fiquei com a sensação que o nosso guia gostaria de nos ter explicado que espécies vegetais estávamos a ver e que espécies animais estávamos a ouvir
Na breve paragem efectuada na interessante vila de Cabeção – breve para os últimos a chegar, já que para os primeiros terá parecido longuíssima –, o guia Manuel Luís Canelas salientou a importância do património histórico e da Mata Nacional de Cabeção, mas um pequeno grupo de caminhadeiros procurou sítio onde se dessedentar – o meu termómetro de pulso chegou a marcar 42ºC -, o que provocou uma pequena perturbação no reagrupar – se é que se pode falar em reagrupamento.
Mais à frente, após um não propriamente muito longo mas, pelo menos para alguns caminhadeiros, penoso trecho feito em asfalto quente – e bem quente! – o mais atrasado dos caminhadeiros, quando já só via à sua frente dois outros companheiros e, mesmo esses, a grande distância, arranjou maneira de passar para a frente de todos como quem faz um passe de mágica. Acredito que a perturbação causada não terá sido muita, pois o fugitivo, logo que apanhou os da frente – coisa que não terá demorado muito mais que cinco ou seis minutos –, pediu que comunicassem aos de trás que não havia qualquer problema, mas como as comunicações não estavam muito boas a preocupação gerada ainda foi alguma. (No fim da caminhada, o indisciplinado pediu desculpa aos três companheiros que lhe pareceram ter ficado mais perturbados e, pelo que eu vi, as desculpas foram aceites).
Mas os pormenores positivos a destacar superam todas estas “malfeitorias”. E são eles, entre outros, uma fabulosa limonada que nos esperava, fresquíssima e oportuna, à sombra de uma antiga trepadeira do Solar dos Lilases, limonada que além de nos ter sido servida por profissionais competentes ainda foi acompanhada pelo sorriso lindo da gentilíssima filha do casal anfitrião; uma refeição que agradou a todos, coadjuvada por vinhos brancos e tintos – incluindo um muito especial, da casa –; uma muito bem fornecida mesa de digestivos que acompanharam sobremesas e cafés e que continuaram à inteira disposição dos que preferiram ficar sentados a conversar – ou então já lhes custava levantarem-se –; a visita, guiada pelo Jaime Pires, ao próprio solar, muito belo; o chá, os bolos e os licores, delicada e saborosa obra artesanal da gentil Ana Pires; a soberba paisagem divisada de qualquer ponto do solar, etc, etc.
Mas de tudo isto, até para não alongar demasiado a reportagem, vou pedir aos caríssimos confrades que aproveitem os comentários para se pronunciarem. Eu não tenho memória para tudo, mas gostaria de ver, nos comentários, a descrição da ementa, as marcas dos vinhos e dos digestivos; algumas observações enológicas – ou pelo menos enófilas – sobre eles; a história da recuperação do solar e até a receita da limonada.
Para terminar, saliento a presença de mais dois novos caminhadeiros: o jovem Vasco Palma e o José Ponte – respectivamente o filho e um amigo do casal Palma – e a quem o Grupo unanimemente dá as boas-vindas e faz os melhores votos de boas caminhadas.
Como acto final de mais um dia inesquecível, e como forma de agradecimento pela forma como fomos acarinhados, o Grupo teve o prazer de oferecer dois exemplares do nosso livro “O que Caminhei e Não”, devidamente assinados pelos caminhadeiros-mores Fortunato de Sousa, Vítor Gonçalves e Luís Fernandes, um ao casal Ana e Jaime Pires e outro ao guia Manuel Luís Canelas.
E agora, a rogo dos organizadores, presumo que por não saberem ler, nem escrever, nem assinar – nem ao menos de cruz –, subscreve a reportagem o
Repórter Anonimus
* Nota do Ministério das Finanças do Grupo – A verba do fundo de maneio está a ser parcialmente utilizada para a oganização da caminhada de final de época. Em princípio, não será necessário recorrer a mais que 33% de um qualquer mês das vossas pensões.