Ele há Drs. excelentes e outros Excelentíssimos (e outros
que nem por isso)
Álbuns de Fotos:
Fortunato de Sousa
Miguel Cardoso
Dores Alves
Luis Martins
Manuel Reis
Virgílio Vargas
Carlos Evangelista
Fotografias do
frontispício: Manuel Pedro/Fortunato de Sousa
Data do Encontro: 05/03/2014
Local: Fábrica da Pólvora de Barcarena
Percurso: 9,6 kms
Duração: Três horas
Organizador: Maria do Céu/Gilberto Santos/Manuel Pedro
Caminhantes: (29) Angelina Martins; António José Clemente; António Palma; Armando Lourenço, Carmen Firme; Dores Alves; Fortunato Sousa; Gil Furtado;
Gilberto Santos; Greta Statter; Guilherme Statter; João Costa; João Duarte;
João Figueiredo; José Clara; Luís Fernandes; Luís Martins; Luísa Clemente; Lurdes
Clara; Manuel Pedro; Manuel Reis; Margarida Graça; Maria do Céu; Miguel
Cardoso; Octávio Firme; Rogério Matias; Teresa Palma; Virgílio
Vargas; Vítor Gonçalves.
Ao almoço, juntaram-se a nós a Tininha e o Carlos
Evangelista
Guia da visita à
Fábrica da Pólvora: Dra. Lisete Carrondo
Almoço: Restaurante Maria Pimenta (Fábrica da
Pólvora). Ambiente agradável, boa comida, bom vinho, bom
serviço, pessoal simpático. Voltarei.
Chá: Cantina contígua ao restaurante. Chá, sandes e bolinhos generosos.
Próxima caminhada: 19/03/2014 (Organizadores:
Lurdes e José Clara)
Reportagem
Pontuais, impreteríveis, partimos às
dez horas da manhã. Minutos passados,
Caminhadeiro urgente, ligeiramente atrasado para a caminhada de hoje ou
muitíssimo adiantado para a próxima, telefona: - "Manel Pedro, onde estão
vocês" (ou "onde estais vós?"), "onde estás tu, que eu
vou-te buscar?" -, concedeu-me o privilégio de começar duas vezes a mesma
caminhada e, ainda por cima, "desculpa o incómodo", "obrigado pela gentileza". Grato
estou eu pela oportunidade de, por preço tão irrisório, usufruir de tão boa
companhia.
Serpenteando serra acima pela
toponímia na génese da Fábrica da Pólvora: Rua das Ferrarias Del Rei, Rua das Azenhas, Rua da Carreira de
Tiro, chegamos por fim à Estrada do Caminho
da Serra. Aqui e ali, a modéstia dos últimos
resquícios de ruralidade, mais frequente,
tijolo e cimento com a opulência
e a soberba dos vencedores. De permeio,
o Clube de Golfe de Cabanas, por alguns considerado equipamento desportivo dos
munícipes.
Pouco mais de uma hora de caminho,
paragem para reagrupamento e reabastecimento alimentar, enquanto se disfruta da
vista magnífica sobre as encostas e o vale da Ribeira de Barcarena. Depois, pés
a caminho para uma nova etapa por estrada e a corta-mato, rumo ao marco
geodésico - para mim, desde menino, agora
e sempre "o Castelo" . (Não é letra de lei, mas julgo que se trata de
um marco geodésico de 3ª ordem, também conhecidos por talefes, pinocos e até,
vejam lá, bolembreanas.) Oxalá a vista de 360o que a partir dele se
disfruta tenha sido paga suficiente para o dispêndio de energia para o
alcançar.
Duas horas de caminhada e iniciamos
o regresso atravessando a aldeia de Leceia, onde os mais perspicazes identificaram de passagem
a máquina Multibanco assaltada na noite anterior e outros ou os mesmos
embasbacaram perante a beleza do palacete, da Quinta de São
Miguel, pertença da família do escultor Álvaro de Brée, onde na
minha infância recebi aulas de catequese da benemérita madame Brée (prémio de
um chocolate para quem disser de cor a Salve, Rainha e o Pai Nosso, mais os
mandamentos e os sacramentos e os pecados - veniais e mortais -, e por aí fora,
e uma volta pela quinta na bicicleta do filho da madame, Henry - por todos nós
e para sempre crismado de "menino Órri" -, para os mais distintos
palradores da doutrina.).
Pontualidade britânica, treze horas
e toda a gente no local aprazado para o gamelório. A cereja no topo do bolo:
juntaram-se-nos a Tina e o Carlos
Evangelista. Até a comida nos soube melhor!
Próximo das quinze horas, iniciamos
a visita guiada não tanto como quem visita um museu, mas na perspectiva de quem
observa o sitio onde homens faziam pólvora. E foi desse modo que visitamos a
Caldeira dos Engenhos, a Galeria das Azenhas, a Casa do Relógio. De caminho,
subimos (ou devia dizer galgamos?) ladeiras rumo ao Edifício das Galgas,
escalamos degraus a caminho da Central Hidroeléctrica e, de pensamento enxuto
(mas não de lean thinking), nos
pespegamos no Pátio do Enxugo, para a
fotografia de grupo que criatividade e entusiasmo juvenil em boa hora sugeriu.
Muito obrigado à equipa do Museu da
Pólvora Negra na pessoa da Dra. Lisete
Carrondo, inexcedível na disponibilidade, na riqueza das explicações, na
simpatia e na paciência sem limites.
MP
PS: Do princípio ao fim, permiti-me, e por isso me penitencio, desrespeitar o Acordo Ortográfico, ao
que parece, ainda estado lactente (e ele a dar-lhe com o "c", pungente, vindo da alma e da mente).