quinta-feira, 4 de julho de 2013

Caminhada de Encerramento de Época 2012 / 2013 - Rota de Mora - Dia 29 de Junho




Álbuns:
Manuel Canelas (Guia)
Dores Alves
Data do Encontro: 29/06/2013
Local: Mora
Percurso: Rota de Mora - 08, 000 kms - 02: 00 Horas
Caminhantes: (58) Alice Miranda; Angelina Martins; Antonieta Faria; António Clemente; António Dionísio; António Henriques; António Palma; António Pires; António Silva; Armando Lourenço; Carlos  Evangelista; Carlos Penedo; Carmen Firme; Clara Ferreira; Dores Alves; Estela Garcia; Fátima Libânio; Fernanda Silva; Fortunato Sousa; Francisco Pires; Gil Furtado; Gonçalo Garcia; Greta Statter; Graça Sena; Guido Lopes; Guilherme Statter; Helena Gago; Hélia Jorge; Ilda Poças; Irene Afonso; Isabel Coelho; Isabel Henriques; João Figueiredo; José da Clara; José Dionísio; Lina Fernandes; Lúcio Libânio; Luís Fernandes; Luís Martins; Luísa Clemente; Luísa Gonçalves; Lurdes Clara; Manuel Canelas; Manuel Garcia; Manuel Pedro; Manuel Reis; Maria do Céu; Octávio Firme; Odete Vicente; Kinita de Sousa; Rogério Matias; Rui Afonso; Rui Graça; Teresa Viras; Tina Evangelista; Tomaz Pessanha; Virgílio Vargas; Vitor Gonçalves;
Só ao Almoço: (2) Marianita Dionísio; Sílvia Dionísio;
Só ao Jantar: (4) Caucha Zagalo; Fernando Zagalo; Graça Penedo; Luís Penedo;   
Ao Almoço e ao Jantar: (6) José Viras;  Lizete Lourenço; Manuel Flôxo; Manuela Pires; Maria Teresa; Margarida Graça;
Organizador: Fortunato de Sousa / Luís Fernandes / Vitor Gonçalves
Almoço e Jantar: Solar dos Lilases (Tel: 266.403.315)
Próxima Caminhada: 11/09/2013 – (Carlos Penedo)

Reportagem:
Última caminhada da época no dia 29 de Junho do ano 2013, que no calendário litúrgico é o dia do nosso santo padroeiro São Pedro. Dizem que não há casualidades na vida, e se na verdade assim é, no ano em que fomos tão protegidos da chuva em dias de caminhada, que melhor homenagem poderiamos dedicar em honra daquele que se diz ter sido o 1º bispo de Roma, que realizar o evento de final de época neste dia.
Muitos dos participantes chegaram a Mora no dia anterior, de modo a poderem ambientar-se ao clima da região nesta época do ano. Outros, pelas mais diversas razões, só chegaram no próprio dia do evento.
O Bar da  Mata Nacional de Cabeção, foi o local de concentração escolhido pelos organizadores, para percorrermos o percurso de final de época, dado que as sombras dos pinheiros e a proximidade da ribeira de Raia ou de Cabeção, atenuavam a agressividade do calor do Sol alentejano. Portanto, a partir das 9  horas, foram chegando as viaturas que transportavam os vários grupos, rigorosa e coloridamente  equipados à boa maneira caminhadeira. Beijos e abraços, muita emoção e espírito caminhadeiro em evidência. Só mesmo o compromisso falhado por parte dos donos do bar, subtraíu alguma alegria aos que esperavam tomar aqui o café da manhã.
Depois da fotografia de grupo, o Caminhadeiro Carlos Evangelista pediu a palavra, e propôs um desafio às caminhadeiras presentes. Dado que não existem no blog fotografias recolhidas por Caminhadeiras, quis o Carlos testar a sensibilidade e capacidade técnica das senhoras, entregando várias máquinas fotográficas, de modo a que se organizassem em pequenos grupos, e no final do dia as entregassem com os melhores registos de imagens recolhidos. Segui-se uma breve descrição efectuada pelo Caminhadeiro Mor Victor Gonçalves e pelo guia Manuel Canelas, sobre o tipo de percurso que iriamos efectuar e das características desta Mata Nacional.
Dado o elevado número de participantes, não era fácil manter o grupo compacto, pelo que foram necessárias algumas paragens para reagrupamento. Também a beleza da paisagem alentejana, ia proporcionando aos fotógrafos de serviço e desta vez também às fotógrafas, motivos mais que justificados para retardar o andamento.
A planeada visita a uma unidade de produção de mirtilos e a transformação dos mesmos em licôr, foi cancelada no dia anterior. No entanto a capacidade e a experiência acumulada por parte do Caminhadeiro Victor Gonçalves em transformar situações críticas em facilidades, mais uma vez resultou. Não houve mirtilos nem licôr, mas houve mel e outros produtos produzidos pelas abelhas de um casal de apicultores local.
Terminada a caminhada já com o calor a fazer-se sentir, regressou o grupo ao Solar dos Lilases de bico aberto e a pedir água. Água? Tá bem tá..... Se eu me apanho com uma bejeca ou uma limonada nas mãos logo te digo. E a begeca, a limonada e a água chegaram, um pouco fora de tempo mas chegaram. E também umas espetadas de frutos frescos muito criativas e bem elaboradas pela Ana Pires, que fizeram as delícias dos mais exigentes. Outros, à falta de líquidos para matar a sede, mergulharam de cabeça na piscina, não se sabendo até agora, se se ficaram só pelo banho ou também beberam água do mesmo.
Enquanto estas peripécias aconteciam, um estranho Caminhadeiro, elegantemente equipado com o traje da próxima época e de bastão em punho enluvado, deixou os e as caminhadeiras presentes mais que surpreendidos.
Seguiu-se o almoço, que no programa estava anunciado acontecer no exterior junto à piscina. A elevada temperatura a esta hora do dia, levou a que na véspera se tivesse acordado entre as partes, servir o almoço no restaurante da cave, a que mui típicamente os donos denominam por: ‘A Cavalariça’.
As iguarias estavam muito boas, e a companhia do já famoso entre os caminhadeiros, ‘Vinho Plexus’ branco, tinto e rosé, só deslumbrou quem não o conhecia. Abençoado Caminhadeiro Octávio Firme, que o apresentou há já algum tempo na inesquecível caminhada dos oregãos em Leceia.
Tal como nos anos anteriores, a caminhada de final de época incluíu uma sessão solene, onde os organizadores pretendem celebrar com toda a dignidade possível tudo o que passou ao longo dos últimos meses. O Caminhadeiro Mor autor desta reportagem, abriu a sessão, depois de um desfile do universo Caminhadeiro ao som da sinfonia ‘Suite Alentejana’ do compositor Luís de Freitas Branco’. De salientar a emoção sentida por todos, quando foi recordado o desaparecimento prematuro do Carlos Sales.
Desta vez, apostámos forte e tínhamos um programa muito bem preparado para apresentar. Se fôssemos profissionais, diríamos que algumas coisas não nos correram bem, mas como não passamos de simples amadores com uma dedicação à causa muito forte, só podemos confirmar que a sessão solene de encerramento de época foi um sucesso. O óptimo é inimigo do bom, e a exigência em demasia por vezes é má conselheira. Como alguém dizia, a organização não foi perfeita, mas a desorganização quase que resultou em pleno.
A colaboração prévia do Carlos Evangelista e à última hora do Tomás Pessanha foram a cereja em cima do bolo. O Carlos por todo o acompanhamento na preparação do evento, enquanto que o Tomás brilhou na componente técnica na mesa de mistura de som.
Portanto, diplomas e bastões de bronze e de prata, foram entregues aos Caminhadeiros que percorreram 250 e 750 kms em serviço Caminhadeiro. Troféus de mérito entregues ao António Pires, ao Bernardino e ao Manuel Reis por terem percorrido 1.000 kms em serviço Caminhadeiro. ‘Troféu Inovação’ ao António Palma pela criatividade demonstrada ao longo do tempo aqui passado, e o  ‘Troféu Mimo Caminhadeiro’ pelos mimos com que a Maria do Céu nos vem tratando ao longo dos anos.
De seguida, foram os organizadores surpreendidos por um grupo de conjurados (António Palma, Carlos Evangelista, Carlos Penedo e Manuel Reis), que entregaram a cada um dos 3 Caminhadeiros Mores,  um lindíssimo troféu, que pelas palavras deles é o reconhecimento da nossa dedicação à causa Caminhadeira. Não havendo lágrimas, agradeceu a ‘troika’ com voz embargada e um abraço a cada um dos conjurados.
A caminhadeira Maria do Céu, indignada com a atitude de uma tal múmia paralítica no passado dia 10 de Junho, quis replicar ela com outra atitude mais nobre, entregando a cada participante do género masculino presente, a medalha da ‘Ordem da Carica Amolgada’. Em simultâneo, fez correr uma petição onde apenas as participantes, intituladas as ‘ao lado assinadas’, exigiam também elas ser condecoradas com ‘qualquer coisinha’.
Quanto ao Bastão de Bronze, que deveria ter sido entregue com pompa e circunstância ao Caminhadeiro Manuel Garcia e não foi, já nos penitenciámos pelo facto. Só erra quem faz ou toma decisões, e desta vez o infeliz contemplado pelo erro foi o nosso amigo ‘Manel’, a quem já justificámos a falta e ele com elevação compreendeu.
O encerramento da sessão solene, esteve a cargo do Victor Gonçalves, que para além de ter anunciado as alterações previstas para próxima época, informou, que o Caminhadeiro António Dores Alves, à semelhança do que fez no ano anterior, voltou a oferecer um quadro da sua autoria (acrílico sobre tela), cuja receita reverterá de novo para uma Instituição de solidariedade social a nomear pela comissão vigente.
O Victor, leu ainda o prefácio do livro ‘Poetas Caminhadeiros’, compilação efectuada pelo nóvel Caminhadeiro Miguel Cardoso, de todos os registos em forma de verso integrados nas reportagens e comentários do nosso ‘blog’.
No final da sessão e para fortalecer o espírito de grupo, cantámos o ‘Hino dos Caminhadeiros,’ acompanhados pelo Rui Afonso à viola e pelos cavaquinhos da Irene, do Manuel Reis, Da Angelina e do António Henriques.
Os novos polos para utilizar na próxima época, foram entregues a todos os Caminhadeiros presentes, que já tenham uma distância de kms percorrida e acumulada igual ou superior a 100 kms.
Um chapéu tipo 'panamá', foi entregue a todos os participantes desta sessão de encerramento de época.
Era agora a vez do Manuel Flôxo entrar em cena, com a famosa sinfonia ‘A Caracolada’. Nada menos que 10 quilos de moluscos gastrópodes tamanho pequeno, confecionados em perfeição pelo ‘Mestre Manel’. Ver os elementos da orquestra, todos de palitinho numa mão e a begeca na outra, ao mesmo tempo que o mestre (ou maestro) ia alimentando as estantes com travessas recheadas de conchinhas acastanhadas, foi deveras delirante.
Agora faltava o jantar.Ainda faltava o jantar é verdade!!!
Sopa de cação e migas de espargos e de coentros com bochechas de porco estufadas. E o tal ‘Plexus’ mais a sobremesa e o cafézinho. Uns com mais, outros com menos apetite, mas parece que ninguém se negou aos deveres.
Finalmente a diversão:
Primeiro o Tango, dançado em todas as suas versões abrangentes a esta maravilhosa expressão de arte, reflectida na música e na dança. O Luís Fernandes ia anunciando e esclarecendo a assistência, acerca dos passes que iam exímiamente executando, tendo ele e os seus parceiros e parceiras, realizado uma demonstração muito acima do que lhes era exigido.
Música popular portuguesa através do grupo de cavaquinhos, precederam uma curta exibição fadista a cargo deste vosso amigo e da linda voz da Graça Penedo. O Luís Penedo como é habito interpretou uma guitarrada com o acompanhamento à viola do Rui Afonso.
Por fim e porque esta é a última reportagem da época, quero agradecer a todos os que participaram durante estes meses para que o ambiente vivido dentro do grupo tivesse sido maravilhoso. Sem o contributo desinteressado de todos nós, não seria possível atingir os objectivos pretendidos e que são: 'Mente Sã em Corpo São'. 
E foi assim que terminou a festa de final de época Caminhadeira 2012 / 2013, e termino eu esta reportagem.

Saudações Caminhadeiras em passada calorosa em ambos os sentidos,

Fortunato de Sousa

P.S. –  As imagens em vídeo não apresentadas na sessão de encerramento, assim como as outras a que lá assistimos, estão já publicadas no blog, na secção intitulada: Videoteca