Álbuns de Fotos:
Data do
Encontro: 04/12/2013
Local: Herdade do Freixo do
Meio – Na Rota do Vale Figueira
Percurso: - 7, 000 kms - 02: 15
Horas
Caminhantes: (32) Angelina Martins;
António Clemente; António Palma; António Pires; Carlos Evangelista; Carlos
Penedo; Carmen Firme; Dores Alves; Fernando Pedroso; Gabriela Bentes; Gil
Furtado; Gilberto Santos; Graça Penedo; João Costa; João Duarte; José Luís
Albuquerque; Lina Fernandes; Luís Fernandes; Luís Martins; Luís Penedo; Luísa
Clemente; Manuel Garcia; Manuel Pedro; Maria do Céu; Nela Costa; Octávio Firme;
Odete Vicente; Rogério Matias; Teresa Palma; Tomás Barradas; Virgílio Vargas;
Vítor Gonçalves;
Organizador: Virgílio Vargas
Almoço: Nas instalações da
Herdade do Freixo do Meio (tel: 93 843 46 08)
Próxima
Caminhada: 18/12/2013 – (F. Sousa; L. Fernandes; V. Gonçalves)
Reportagem:
Esta caminhada foi totalmente realizada nas
instalações da Herdade do Freixo do Meio, uma herdade alentejana junto da
povoação Foros do Vale de Figueira, situada a meio caminho entre Montemor-o-novo
e Lavre.
Nos momentos que antecederam a concentração
inicial, para a fotografia oficial, o caminhadeiro organizador, Virgílio Vargas
ofereceu aos caminhadeiros presentes uma bonita decoração de Natal que bem
alegrou as suas cabeças frescas.
A caminhada iniciou-se uns minutos após a hora
prevista, ainda sem a presença de 7 caminhadeiros que chegaram com um pequeno
atraso. Logo que chegou, este grupo,
seguindo o passo - bem acelerado - do caminhadeiro Gilberto Santos, rapidamente
se juntou aos restantes caminhadeiros.
Na caminhada, fomos orientados pelo Alexandre
Balancho, um guia que a Herdade gentilmente dedicou ao nosso evento
caminhadeiro. A participação do
Alexandre foi muito apreciada por todos os caminhantes pelas explicações que
nos foi prestando ao longo do percurso, através dos campos da Herdade.
Logo no arranque, passámos numa cerca onde alguns
burros nos olharam com ar satisfeito, tendo um deles manifestado o seu
contentamento bem ruidosamente. O
caminhadeiro organizador explicou então que dedicou muitas horas a treinar o
animal, para que este desse correctamente as boas vindas aos caminhadeiros.
O percurso, ora em caminhos de terra batida, ora
através do campo, serpenteou por entre sobreiros, azinheiras e vegetação
variada, por vezes rodeando diversas charcas de águas mansas. Em diversas ocasiões, aqui e ali, éramos
visitados pelos animais da herdade, desde varas de porco preto, gado bovino,
etc. Ao longe, numa "manada" de mais de 300 perus,
um deles anunciou aos outros: “olhem acolá, fujam! Parece que aquelas pessoas nos vêm buscar para o Natal! Não é nada! São Os Caminhadeiros!". E todos os outros responderam alegremente
“glu-glu-glu-glu-glu!”
Durante o almoço nas instalações da herdade,
pudemos banquetear-nos com um opíparo cozido de grão à moda do Alentejo,
seguido duma bela sericaia. O repasto
correu numa atmosfera de sã convivência, e terminou com o inevitável cafézinho,
acompanhado do tão ansiado xiripiti do caminhadeiro Carlos Penedo.
Em nome das Caminhadeiras que estiveram presentes, um agradecimento à Graça Penedo pela lembrança que lhes colocou em cima da mesa, como que a antecipar o espírito natalício.
Como primeiras actividades de índole cultural, realizadas logo a seguir ao almoço, destacam-se duas: "fazer festinhas no focinho dos burros" e "andar de escorrega e de baloiço no parque infantil da Herdade". foram ambas muito participadas por vários caminhadeiros.
Após as brincadeiras fomos recebidos, na escola da
herdade, por Alfredo Cunhal Sendim, o engenheiro coordenador do projecto
actualmente em desenvolvimento na Herdade do Freixo do Meio.
Tivemos então uma interessantíssima explicação
sobre a história da Herdade, com especial incidência no período a partir de
1990, data em que a herdade regressou à posse dos seus anteriores proprietários
(após um período de 15 anos de nacionalização).
Alfredo Cunhal Sendim expôs os diferentes desafios
que se colocaram na gestão deste património, desafios que obrigaram à definição
dum projecto "norteado pela ética do respeito por nós próprios, pelos
outros e pelo planeta terra o Freixo do Meio aumenta a sua actuação na procura
e implementação de um modelo de gestão agro ecológico denominado Montado”. Numa
linguagem simples, Alfredo Cunhal Sendim explicou que “procura-se viver os princípios
ancestrais deste agro ecossistema, à luz do conhecimento e das circunstâncias
sociais, ambientais e económicas actuais. O desafio é de gerir eficientemente o
Montado desta herdade alentejana. Alheio à hegemonia do mercado e à maximização
dos resultados imediatos, o projecto Freixo do Meio procura uma
sustentabilidade económica a par da prática efectiva de políticas sociais e
ambientais adequadas."
Esta interessante exposição foi depois
complementada por uma visita a outros locais da herdade, como os locais de
preparação e transformação de produtos agrícolas.
No final, e após o tradicional chá e bolinhos,
regressaram os caminhadeiros às suas casas, alguns ainda bem equipados com as
suas “antenas wireless” que exibiam orgulhosamente no alto das suas cabeças.
Antes de encerrar esta reportagem, desejamos expressar os nossos agradecimentos
aos diversos elementos da Herdade do Freixo do Meio que ajudaram a que esta
visita corresse tão bem, nomeadamente a Susana Teles, que colaborou na
preparação e definição deste evento, o guia Alexandre Balancho, que nos
acompanhou na caminhada, e o engenheiro Alfredo Cunhal Sendim, que nos
apresentou o magnífico trabalho realizado na Herdade. Muito Obrigado!
Saudações Caminhadeiras,
Virgílio Vargas