Álbuns de Fotografias
Local: Paço de Arcos
Percurso: Passeio Marítimo de Oeiras
Distância: 10 Kms
Caminhantes: (46) Acilina Couto, Ana Bela Fernandes, Angelina Martins, António Bernardino, António Dores Alves, António José Clemente, António Palma, Carlos Evangelista, Carmen Firme, Cidália Marta, Clara Maia, Estela Garcia, Fernanda Silva, Fortunato Sousa, Gilberto Santos, Graça Sena, João Duarte, João Figueiredo, José Clara, Josefa Carrasco, Júlia Costa, Kinita Sousa, Lídia Albuquerque, Lina Fernandes, Luís Fernandes, Luís Martins, Luísa Clemente, Luísa Goncalves, Lurdes Clara, Manuel Barbosa, Manuel Garcia, Manuel Pedro, Manuel Reis, Margarida Lopes, Margarida Serôdio, Maria da Luz Fialho, Maria do Céu Esteves, Maria do Céu Fialho, Octávio Firme, Odete Vicente, Pedro Albuquerque, Raul Almeida, Socorro Bernardino, Teresa Palma, Teresa Viras, Vítor Gonçalves.
Não Caminhantes: (1) Margarida Graça.
Organizadores: Maria do Céu Esteves e Manuel Pedro
Almoço: Restaurante Quitanda, Centro Náutico de Paço de Arcos
Próxima caminhada: 23/1/2019 (organiza: Carlos Penedo e Rogério Matias)
Reportagem:
Mais minuto menos minuto os caminhadeiros foram chegando ao ponto de encontro junto ao Centro Náutico do Clube Desportivo de Paço de Arcos. Como prometido, lá estava o Passeio Marítimo de Oeiras e a Torre do Bugio (ou Forte de São Lourenço da Cabeça Seca), aquele, desde o século XX, este, à nossa espera desde o século XVII ou um pouco antes.
O dia, límpido e soalheiro embora frescote, convidava à caminhada, que, como prometido, foi canja: piso plano e limpo, areal e Tejo de um lado, jardins e muros decorados com arte urbana do outro; caminhantes, ciclistas e corredores de todas as idades durante todo o caminho. Várias casas de banho ao longo do percurso para acudir a apertos e aflições. E os quilómetros a voar, generosamente curtos.
O almoço, pontual, no restaurante Quitanda, junto ao Centro Náutico apresentou entradas comuns, um saboroso arroz de peixe com camarão, vinho leve e escorregadio, sobremesas despretensiosas e o cafezinho do costume. Exuberante mesmo foi a exibição de vistosos peixes de fazer crescer água na boca que, suspeito, levará muitos de nós a regressar ao local do crime.
A habitual profusão de brindes e mais brindes a isto e àquilo, a este a àquele, como sempre pretexto para mais um copo, compôs o ramalhete.
Curiosa a casa de banho dos homens, limpa e provida de Guia de Utilizador: à altura dos olhos, sobre o urinol: "é favor afinarem o instrumento para as notas não caírem no chão". (Por mim, juro, nem uma semifusa; no chão, porém, espraiava-se uma sinfonia completa.)
A visita cultural fez-se em dois grupos. Alternadamente, enquanto um grupo visitava os Fornos da Cal de Paço de Arcos - bem recuperados e bem documentados -, o outro fazia uma visita guiada ao Museu dos Faróis, onde os guias, Srs. Teixeira e Santa Neto, nos apresentaram o sistema de assinalamento de navegação, a sua história e os seus principais componentes: normas e procedimentos, convenções, tecnologias, instrumentos, combustíveis e infraestruturas.
" A luz de cada farol é uma espécie de cartão de cidadão que o identifica univocamente...". Cor e períodos de luz e obscuridade que permitem distinguir um farol de outro....". "No princípio e durante vários séculos a iluminação sinalizadora era feita com fogueiras normalmente acendidas pelas esposas dos marinheiros..."
A história dos faróis, a sua utilidade ao longo dos tempos e até hoje, a evolução tecnológica - os mecanismos (relógios), os sistemas óticos de faces múltiplas os conceitos - intensidade luminosa, etc. Tudo, tudo ilustrado com exemplares de candeeiros a azeite ou óleo, petróleo, gás e finalmente eletricidade, sistema óticos determinantes da quantidade de relâmpagos e outras coisas que eu não sei dizer, merecedor de uma visita ainda por cima gratuita em alguns dias da semana.
Por fim o chá, desafetado, no bar do antiquíssimo recinto desportivo do Clube Desportivo de Paço de Arcos e as despedidas já com saudades. Ao fundo, a luz do farol do Bugio, vermelha, orientando-nos, indicando a esquerda (ou a direita?).
Foi mais uma caminhada (passeata, como sugeriu provocativamente a organizadora). Uns terão gostado mais e outros menos. Como sempre, se houve críticas, os elogios sobrelevaram-nas. (E é isso que nos distingue: parcimónia nas críticas, prodigalidade nos elogios, tolerância - apreço mesmo - para com a diferença, respeito pelas limitações dos outros, sobriedade na exibição dos méritos próprios... ai, se escutássemos melhor!)
Saudações caminhadeiras,
Manuel Pedro, e Maria do Céu Esteves