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Data do Evento: 20, 21 e 22 de Abril
Local: Arcos de Valdevez
Percurso: “Os Passadiços do Vez”
Distância: 03 kms
Caminhantes: (49) Acilina Couto; Amílcar Queiroz; António Bernardino; António Clemente; Cidália Marta; Carlos Evangelista; Carmen Firme; Cidália Marta; Clara Maria; Cristina Archer; Cristina Umbelino; Estela
Garcia; Fátima Libanio; Francisco Pires; Gabriela Bentes; Gil Furtado; Hélia Jorge, Ilda Poças; João Figueiredo; José Clara; Josefina Carrasco; Júlia Costa; Lúcio Libanio; Lidia Albuquerque; Luís Fernandes; Luís Martins; Luísa Clemente; Lurdes
Barbosa; Lurdes Clara; Manuel Barbosa; Manuel Garcia; Manuel Pedro; Manuel Reis; Margarida
Lopes; Margarida Serôdio; Maria do Céu; Maria do Céu Fialho; Maria da Luz Fialho; Octávio Firme: Pedro Albuquerque; Rogerio Matias: Rosa Silva; Rui Graça: Samuel Coias; Socorro Bernardino; Teresa Palma; Tina Rita: Tomás Pessanha; Vítor Gonçalves;
Não Caminhantes: (10) Angelina Martins; António Miranda; António Pires; Fernando Couto; Helena Meleiro; João Duarte; Lina Fernandes; Luísa Gonçalves; Margarida Graça; Virgílio Vargas
Só ao Jantar de 6ª Feira: (2) Irene Afonso; Rui Afonso
Organizadores: Carmen Firme, Octávio Firme, Luís Fernandes e Vítor Gonçalves.
Local do Jantar de 6ª Feira e Almoço de Domingo: Manuel Padeiro (Ponte de Lima)
Local do Almoço e jantar de sábado: A Floresta (Arcos de Valdevez)
Próxima Caminhada:Trilho da Agua - 2 de Maio. Organiza Pedro Antunes e Luis Fernandes
Reportagem:
E na sexta-feira lá partimos rumo a Arcos de Valdevez ou, melhor dizendo, a Arcos
do Vale do Vez, para mais uma caminhada extraordinária.
Depois de Santarém e já com todos os Caminhadeiros a bordo, foi distribuída a 1ª oferta da organização : um Pin da autoria do António Palma, alusivo a este evento.
Para encurtar a longa viagem foi organizado um karaoke.
Houve vários candidatos ao palco mas este karaoke era
mais do género IKEA, vinha aos bocados. Ou tinhamos as vozes, ou as letras, ou
a música... tudo junto estava díficil. Enfim nada que intimidasse o pessoal que
se atirou rapidamente para a versão "A capella".
Desde musica alentejana, fado, musica brasileira com o
"receba as flores que eu lhe dei" do Roberto Carlos, a musica
francesa com o "Tous les Garçons et les filles" de Françoise Hardy
com as meninas a ensaiarem o seu falsete, à musica italiana,...estes
caminhadeiros mostraram que além de dotados são de facto muti-lingua.
E entre canções e risadas lá chegámos a Ponte de Lima
para o jantar no restaurante "Manuel Padeiro".
Á nossa espera ja estavam a Irene e o Rui que conseguiram mudar as suas
actividades para se poderem juntar a nós.
O jantar foi farto, ou não estivéssemos no Minho, com a vitela e os rojões,...
60 caminhadeiros com a barriga
aconchegada e animados com a expectativa de um fim de semana juntos fizeram
subir o ruído da sala a níveis indesejáveis. E depois falam das crianças...
Depois do jantar dirigimos-nos ao Hotel Luna Arcos Nature &; Spa para um
merecido repouso.
No sábado de manhã a partida estava agendada para as 9:30 para a nossa
caminhada.
A ideia era fazer uma caminhada de 10 km pelos Passadiços
do Vez, mas tivemos um contratempo, que nos obrigou a encurtar o trajecto.
A culpa foi do GPS que nos levou por caminhos estreitos onde uma camioneta de
60 lugares tem dificuldade em movimentar-se. A certa altura ficámos numa
situação que nem para a frente nem para trás.
O que nos valeu foi a perícia do nosso motorista, o Sr Nuno, e a super direção
assistida do veículo, direcção assistida no sentido literal do termo e porque
foi assistida por 60 voluntariosos caminhadeiros que saíram da camioneta e
desataram a dar palpites.
"Ai que a ponte vem abaixo"
"Ele devia era andar para trás"
"Ele devia era seguir em frente"
"Ele devia era pedir ajuda"
Fez lembrar a história do "Velho, o Rapaz e o
Burro".
Entretanto, íamos entupindo o transito...O que nos vale é
que o pessoal minhoto não é dado a pressas e está sempre pronto a ajudar.
Uma das pessoas que nos ofereceu ajuda era um rapaz, o
Miguel, que tocava acordeon e que, quando soube que eramos um grupo grande em
passeio, ofereceu de imediato os seus préstimos para nos abrilhantar o jantar
dessa noite.
E porque não se pode perder a oportunidade, o negócio
fechou-se logo ali, primeiro era um artista, depois já eram dois a tocar
acordeon e uma cantora para cantar à desgarrada.
A nossa camioneta entretanto foi-se contorcendo como uma
cobra para trás e para a frente até que conseguiu entrar na estreita ponte, não
sem antes terem sido utilizados uns métodos pouco ortodoxos para limpeza da via
pública.
Acabámos a ser guiados por um motorista de taxi que nos
levou até à estrada.
Já era tarde quando chegámos aos Passadiços do Vez e por
isso tivemos que encurtar a caminhada para cerca de 3km.
O passeio é muito bonito, sempre ao longo do rio e ficou
a saber a pouco.
Mas, contrariedades à parte, ficámos com uma história
para contar aos netos e com a promessa de cá voltarmos.
O almoço foi em Arcos de Valdevez no restaurante "A
Floresta".
Mais uma refeição de arrombar, muitas entradas e os
tradicionais bacalhau e a carne cachena.
A tarde fez-se em passeio por Arcos de Valdevez e com a
visita ao Sistelo.
O jantar voltou a ser no restaurante Floresta tendo duas
particularidades a assinalar, uma é que tínhamos que levar pelos menos uma peça
de roupa branca vísivel, a outra é que iamos ter os nossos novos amigos
acordeonistas a animar a festa.
Ficou por desvendar o verdadeiro motivo do "jantar
em branco" e o nível de branco da indumentária variava imenso. Havia quem
estivesse a rigor, como os nossos organizadores mor Luis Fernandes e Vitor
Gonçalves que estavam de branco da cabeça aos´pés. O Luis até o sapatinho era
branco qual Al Capone, o Vitor só não tinha os sapatos brancos mas compensava
com o cabelo. Depois havia apontamentos como as camisas, as blusas, as calças,
as saias, as echarpes... Num outro extremo estava o amigo Manuel Reis que a
unica peça visivel de branco que nos apresentou foi uma tímida golinha de
padre.
Aconteceu então a 2ª oferta da organização: um chocolate com o logo dos Caminhadeiros.
Apesar de não haver muita fome o pessoal atacou os
salgadinhos, o queijo e a pasta de atum seguidos de filetes com arroz de grelos
para uns e carne cachena para outros.
O prometido é devido e o duo acordeonista lá apareceu
fazendo-se acompanhar de um terceiro elemento, uma senhora de rolinho na cabeça
e bracinhos cruzados que cantava à desgarrada com a inconfundivel voz de cana
rachada tão tipica das mulheres dos ranchos.
Alguns dos caminhadeiros mais afoitos foram ensaiando um
misto de vira e fandango no pouco espaço disponível.
No meio desta confusão, ouve-se uma grande gritaria, era
o segundo golo do Benfica já mesmo no fim do jogo que nos trouxe de volta o
nosso caminhadeiro e fervoroso adepto João Duarte que até aí ainda não tinha comido
nadinha.
Teve direito a versos de improviso dos nossos artistas
que foram falando das vitórias do Benfica deixando o amigo João ainda mais ao
rubro.
E para desmoer de tão opípara refeição regressámos ao
Hotel a pé, atravessando a ponte numa noite que estava magífica.
No domingo fomos visitar o Paço da Giela que tem vista
sobre o vale do Vez e é considerado monumento nacional desde 1910.
Antes de iniciarmos a visita ainda tivemos a oportunidade
de ver uma exposição temporária de arte textil, a decorrer numa das salas do
centro interpretativo do Paço de Giela.
A exposição era uma coleção de trabalhos de Ciça Mora e de outras artistas
brasileiras com telas feitas apenas com tecidos a que, com propriedade, se
designou de "Poesia Textil".
Tirámos a nossa foto da praxe na companhia de D. Afonso Henriques, do Alcaide
do Paço e do Espanhol, assim designado apesar de ter nome.
A hostilidade com os vizinhos espanhois afinal não vem do
tempo dos Filipes. O D. Afonso Henriques também não morria de amores pelo primo
Afonso VII de Leão e Castela e até se travaram de razões nos célebres
Reencontros de Valdevez em 1141.
Mas o Alcaide, que em rigor é um arqueólogo, em conversa
conosco afiançou-nos que antes de sermos lusitanos somos galegos e antes disso
muitas outras coisas. Por isso, Carmenzita, fica tranquila que somos todos
irmãos.
Depois da visita fomos até ao Soajo ver os espigueiros.
O almoço fez-se em Ponte de Lima depois de um passeio à
beira-rio onde estava a decorrer uma feira.
Houve quem enfeirasse a gastronomia local, queijos, enchidos vários, doces e
pão. O Carlos e a Tina optaram por comprar uma cabeça dos célebres Gigantones
de Ponte de Lima.
O Gigantone acabou por servir de brincadeira ao almoço. Tirar um foto com o
gigantone custava 1 euro e a receita (€ 50,00) reverteu para o fundo "Caminhadeiro
Solidário".
O almoço, de novo no Manuel Padeiro, voltou a dar-nos as
iguarias gastronómicas minhotas com o bacalhau e as papas de Sarrabulho. Tudo
coisas leves!
Na viagem de regresso estava tudo caladinho e a cabecear.
O amigo Rogério decidiu ir à frente fazer mais uma das
suas "introduções" que são histórias previas às suas canções. Depois
de um tal DVD, que não vou aqui comentar, o amigo Rogério revelou-se um
românico, qual quê' que digo eu? Um autentico pinga-amor.
Na sua "introdução" revelou uma história de amor
rocambolesca onde não faltou a história da namorada, a menina bonita por dentro
e feia por fora, da discoteca da Reboleira...
O Gil, que tem andado ausente e de quem já tinhamos
saudades, decidiu romper o silêncio e ir à frente dizer umas palavras.
E disse "No caminho até aqui vim a contar cabeças e
há mais cabeças pendentes aqui que no tempo da revolução francesa".
E depois foi falando, na forma carinhosa como foi
recebido, no bem que sabe estar entre amigos... hum a coisa estava a ficar
muito direitinha... acabou na história "Farmaceutico está? Não,
sobe!"
O Vitor aproveitou para agradecer aos caminhadeiros
Octávio Firme e Carmen pela organização, que sabemos, conta sempre com o apoio
dos organizadores mor e nesse sentido referiu a falta do Balão e da Kinita.
Durante o resto da viagem nem um pio e lá para o fim,
quase a chegar a Lisboa, algumas das meninas decidem voltar às canções e a
Socorro em particular desfiou de tal modo o reportório que por um pouco não
saía na Encarnação.
É assim o entusiasmo dos caminhadeiros depois de um
magnífico fim de semana.
Saudações Caminhadeiras em passada à moda do Vale do Vez,
Helia Jorge