terça-feira, 24 de abril de 2018

* * * * 1ª Caminhada Extraordinária . Época 22017 / 2018 * * * * * * * * * * * * * * * * * Os Passadiços do Vez * * * * * * * * * * * * * _______Arcos de Valdevez . Dias 20, 21 e 22 de Abril_______


Álbuns de Fotografias:
Carlos Evangelista Videos Bus
Céu Fialho
Acilina Couto
Acilina Couto Video I (youtube)
Acilina Couto Video II (Youtube)
Acilina Couto Video III (Youtube)
Acilina Couto Video IV (Youtube)
Acilina Couto Video V (Youtube)
Acilina Couto Video VI (Youtube)
Acilina Couto Video VII (Youtube)
Manuel Barbosa Video 
Ilda Poças
Luis Martins I
Luis Martins II
Luis Martins III
Lurdes Barbosa
Manuel Reis
Luz Fialho
Data do Evento: 20, 21 e 22 de Abril
Local: Arcos de Valdevez
Percurso: “Os Passadiços do Vez”
Distância: 03 kms
Caminhantes: (49) Acilina Couto; Amílcar Queiroz; António Bernardino; António Clemente; Cidália Marta; Carlos Evangelista; Carmen Firme; Cidália Marta; Clara Maria; Cristina Archer; Cristina Umbelino; Estela Garcia; Fátima Libanio; Francisco Pires; Gabriela Bentes; Gil Furtado; Hélia Jorge, Ilda Poças; João Figueiredo; José Clara; Josefina Carrasco; Júlia Costa; Lúcio Libanio; Lidia Albuquerque; Luís Fernandes; Luís Martins; Luísa Clemente; Lurdes Barbosa; Lurdes Clara; Manuel Barbosa; Manuel Garcia; Manuel Pedro; Manuel Reis; Margarida Lopes; Margarida Serôdio; Maria do Céu; Maria do Céu Fialho; Maria da Luz Fialho; Octávio Firme: Pedro Albuquerque; Rogerio Matias: Rosa Silva; Rui Graça: Samuel Coias; Socorro Bernardino; Teresa Palma; Tina Rita: Tomás Pessanha; Vítor Gonçalves;
Não Caminhantes: (10) Angelina Martins; António Miranda; António Pires; Fernando Couto; Helena Meleiro; João Duarte; Lina Fernandes; Luísa Gonçalves; Margarida Graça; Virgílio Vargas
Só ao Jantar de 6ª Feira: (2) Irene Afonso; Rui Afonso
Organizadores: Carmen Firme, Octávio Firme, Luís Fernandes e Vítor Gonçalves.
Local do Jantar de 6ª Feira e Almoço de Domingo: Manuel Padeiro (Ponte de Lima)
Local do Almoço e jantar de sábado: A Floresta (Arcos de Valdevez)
Próxima Caminhada:Trilho da Agua - 2 de Maio. Organiza Pedro Antunes e Luis Fernandes 
Reportagem:
E na sexta-feira lá partimos rumo a  Arcos de Valdevez ou, melhor dizendo, a Arcos do Vale do Vez, para mais uma caminhada extraordinária.
Depois de Santarém e já com todos os Caminhadeiros a bordo, foi distribuída a 1ª oferta da organização :  um Pin da autoria do António Palma, alusivo a este evento.
Para encurtar a longa viagem foi organizado um karaoke.
Houve vários candidatos ao palco mas este karaoke era mais do género IKEA, vinha aos bocados. Ou tinhamos as vozes, ou as letras, ou a música... tudo junto estava díficil. Enfim nada que intimidasse o pessoal que se atirou rapidamente para a versão "A capella".
Desde musica alentejana, fado, musica brasileira com o "receba as flores que eu lhe dei" do Roberto Carlos, a musica francesa com o "Tous les Garçons et les filles" de Françoise Hardy com as meninas a ensaiarem o seu falsete, à musica italiana,...estes caminhadeiros mostraram que além de dotados são de facto muti-lingua.
E entre canções e risadas lá chegámos a Ponte de Lima para o jantar no restaurante "Manuel Padeiro".
Á nossa espera ja estavam a Irene e o Rui que conseguiram mudar as suas actividades para se poderem juntar a nós.
O jantar foi farto, ou não estivéssemos no Minho, com  a vitela e os rojões,...
60 caminhadeiros com a barriga aconchegada e animados com a expectativa de um fim de semana juntos fizeram subir o ruído da sala a níveis indesejáveis. E depois falam das crianças...
Depois do jantar dirigimos-nos ao Hotel Luna Arcos Nature &; Spa para um merecido repouso.
No sábado de manhã a partida estava agendada para as 9:30 para a nossa caminhada.
A ideia era fazer uma caminhada de 10 km pelos Passadiços do Vez, mas tivemos um contratempo, que nos obrigou a encurtar o trajecto.
A culpa foi do GPS que nos levou por caminhos estreitos onde uma camioneta de 60 lugares tem dificuldade em movimentar-se. A certa altura ficámos numa situação que nem para a frente nem para trás.
O que nos valeu foi a perícia do nosso motorista, o Sr Nuno, e a super direção assistida do veículo, direcção assistida no sentido literal do termo e porque foi assistida por 60 voluntariosos caminhadeiros que saíram da camioneta e desataram a dar palpites.
"Ai que a ponte vem abaixo"
"Ele devia era andar para trás"
"Ele devia era seguir em frente"
"Ele devia era pedir ajuda"
Fez lembrar a história do "Velho, o Rapaz e o Burro".
Entretanto, íamos entupindo o transito...O que nos vale é que o pessoal minhoto não é dado a pressas e está sempre pronto a ajudar.
Uma das pessoas que nos ofereceu ajuda era um rapaz, o Miguel, que tocava acordeon e que, quando soube que eramos um grupo grande em passeio, ofereceu de imediato os seus préstimos para nos abrilhantar o jantar dessa noite.
E porque não se pode perder a oportunidade, o negócio fechou-se logo ali, primeiro era um artista, depois já eram dois a tocar acordeon e uma cantora para cantar à desgarrada.
A nossa camioneta entretanto foi-se contorcendo como uma cobra para trás e para a frente até que conseguiu entrar na estreita ponte, não sem antes terem sido utilizados uns métodos pouco ortodoxos para limpeza da via pública.
Acabámos a ser guiados por um motorista de taxi que nos levou até à estrada.
Já era tarde quando chegámos aos Passadiços do Vez e por isso tivemos que encurtar a caminhada para cerca de 3km.
O passeio é muito bonito, sempre ao longo do rio e ficou a saber a pouco.
Mas, contrariedades à parte, ficámos com uma história para contar aos netos e com a promessa de cá voltarmos.
O almoço foi em Arcos de Valdevez no restaurante "A Floresta".
Mais uma refeição de arrombar, muitas entradas e os tradicionais bacalhau e a carne cachena.
A tarde fez-se em passeio por Arcos de Valdevez e com a visita ao Sistelo.
O jantar voltou a ser no restaurante Floresta tendo duas particularidades a assinalar, uma é que tínhamos que levar pelos menos uma peça de roupa branca vísivel, a outra é que iamos ter os nossos novos amigos acordeonistas a animar a festa.
Ficou por desvendar o verdadeiro motivo do "jantar em branco" e o nível de branco da indumentária variava imenso. Havia quem estivesse a rigor, como os nossos organizadores mor Luis Fernandes e Vitor Gonçalves que estavam de branco da cabeça aos´pés. O Luis até o sapatinho era branco qual Al Capone, o Vitor só não tinha os sapatos brancos mas compensava com o cabelo. Depois havia apontamentos como as camisas, as blusas, as calças, as saias, as echarpes... Num outro extremo estava o amigo Manuel Reis que a unica peça visivel de branco que nos apresentou foi uma tímida golinha de padre.
Aconteceu então a 2ª oferta da organização: um chocolate com o logo dos Caminhadeiros. 
Apesar de não haver muita fome o pessoal atacou os salgadinhos, o queijo e a pasta de atum seguidos de filetes com arroz de grelos para uns e carne cachena para outros.
O prometido é devido e o duo acordeonista lá apareceu fazendo-se acompanhar de um terceiro elemento, uma senhora de rolinho na cabeça e bracinhos cruzados que cantava à desgarrada com a inconfundivel voz de cana rachada tão tipica das mulheres dos ranchos.
Alguns dos caminhadeiros mais afoitos foram ensaiando um misto de vira e fandango no pouco espaço disponível.
No meio desta confusão, ouve-se uma grande gritaria, era o segundo golo do Benfica já mesmo no fim do jogo que nos trouxe de volta o nosso caminhadeiro e fervoroso adepto João Duarte que até aí ainda não tinha comido nadinha.
Teve direito a versos de improviso dos nossos artistas que foram falando das vitórias do Benfica deixando o amigo João ainda mais ao rubro.
E para desmoer de tão opípara refeição regressámos ao Hotel a pé, atravessando a ponte numa noite que estava magífica.

No domingo fomos visitar o Paço da Giela que tem vista sobre o vale do Vez e é considerado monumento nacional desde 1910.
Antes de iniciarmos a visita ainda tivemos a oportunidade de ver uma exposição temporária de arte textil, a decorrer numa das salas do centro interpretativo do Paço de Giela.
A exposição era uma coleção de trabalhos de Ciça Mora e de outras artistas brasileiras com telas feitas apenas com tecidos a que, com propriedade, se designou de "Poesia Textil".
Tirámos a nossa foto da praxe na companhia de D. Afonso Henriques, do Alcaide do Paço e do Espanhol, assim designado apesar de ter nome.
A hostilidade com os vizinhos espanhois afinal não vem do tempo dos Filipes. O D. Afonso Henriques também não morria de amores pelo primo Afonso VII de Leão e Castela e até se travaram de razões nos célebres Reencontros de Valdevez em 1141.
Mas o Alcaide, que em rigor é um arqueólogo, em conversa conosco afiançou-nos que antes de sermos lusitanos somos galegos e antes disso muitas outras coisas. Por isso, Carmenzita, fica tranquila que somos todos irmãos.
Depois da visita fomos até ao Soajo ver os espigueiros.
O almoço fez-se em Ponte de Lima depois de um passeio à beira-rio onde estava a decorrer uma feira.
Houve quem enfeirasse a gastronomia local, queijos, enchidos vários, doces e pão. O Carlos e a Tina optaram por comprar uma cabeça dos célebres Gigantones de Ponte de Lima.
O Gigantone acabou por servir de brincadeira ao almoço. Tirar um foto com o gigantone custava 1 euro e a receita (€ 50,00) reverteu para o fundo "Caminhadeiro Solidário".
O almoço, de novo no Manuel Padeiro, voltou a dar-nos as iguarias gastronómicas minhotas com o bacalhau e as papas de Sarrabulho. Tudo coisas leves!
Na viagem de regresso estava tudo caladinho e a cabecear.
O amigo Rogério decidiu ir à frente fazer mais uma das suas "introduções" que são histórias previas às suas canções. Depois de um tal DVD, que não vou aqui comentar, o amigo Rogério revelou-se um românico, qual quê' que digo eu? Um autentico pinga-amor.
Na sua "introdução" revelou uma história de amor rocambolesca onde não faltou a história da namorada, a menina bonita por dentro e feia por fora, da discoteca da Reboleira...
O Gil, que tem andado ausente e de quem já tinhamos saudades, decidiu romper o silêncio e ir à frente dizer umas palavras.
E disse "No caminho até aqui vim a contar cabeças e há mais cabeças pendentes aqui que no tempo da revolução francesa".
E depois foi falando, na forma carinhosa como foi recebido, no bem que sabe estar entre amigos... hum a coisa estava a ficar muito direitinha... acabou na história "Farmaceutico está? Não, sobe!"
O Vitor aproveitou para agradecer aos caminhadeiros Octávio Firme e Carmen pela organização, que sabemos, conta sempre com o apoio dos organizadores mor e nesse sentido referiu a falta do Balão e da Kinita.
Durante o resto da viagem nem um pio e lá para o fim, quase a chegar a Lisboa, algumas das meninas decidem voltar às canções e a Socorro em particular desfiou de tal modo o reportório que por um pouco não saía na Encarnação.
É assim o entusiasmo dos caminhadeiros depois de um magnífico fim de semana.
Saudações Caminhadeiras em passada à moda do Vale do Vez,

Helia Jorge

6 comentários:

Fortunato de Sousa disse...

Depois de ler a excelente reportagem da minha amiga Hélia e me ter deliciado com a visualização das muitas fotografias e vídeos, como de costume de grande qualidade, garanto-vos que tive de imediato 2 sensações. Contraditórias talvez, mas reais.
1ª – Que não foi preciso lá ir e ter estado presente, para ficar a saber quase ao detalhe, do que se passou em Arcos de Valdevez durante todas as fases do programa do evento extraordinário.
2ª – Que foi mesmo com muita pena que eu e a Kinita não podemos estar presentes e participar com todos vocês nesta maravilhosa aventura, toda ela recheada de momentos emocionantes, criativos e de sucessos sucessivos desde a partida até à chegada.
A situação sui generis à partida menos agradável com o autocarro mais largo que a ponte, acabou afinal por se tornar numa história diferente, engraçada e motivo hilariante para os repórteres de serviço , cada um à sua maneira, seja por narrativa ou por imagens nos contar o que aconteceu. Também o fundo de maneio “Caminhadeiro Solidário”, viu a sua conta corrente aumentada em mais € 50,00. Parabéns e obrigado a quem teve a feliz iniciativa e a todos os que generosamente contribuiram.
Tudo isto, portanto, só foi possível, fruto de uma participação colaborante e pró activa por parte de todos os participantes no evento, e de uma organização perfeita por parte dos organizadores Luís Fernandes, Octávio Firme e Vítor Gonçalves.
Quero ainda agradecer encarecidamente a todas as amigas e a todos os amigos caminhadeiros, que ao londo dos 3 dias do evento, nos contactaram através dos diversos meios de comunicação que as novas tecnologias de informação nos disponibilizam. Foram, podem crer, palavras de conforto que ouvi com muita atenção e muito carinho, e que confirmam em absoluto, aquilo que tantos de nós temos como adquirido. Que o grupo “Os Caminhadeiros” é mesmo um universo diferente daquilo a que estamos habituados, e que valeu a pena, em boa hora ter sido criado, já lá vaão mais de 10 anos.
Para terminar, um grande e forte abraço para todos, desta vez em passada grata, sentida e emocionada, mas muito gratificante,
Fortunato de Sousa

DoCeu disse...

Nas margens do rio Vez
Se previu a caminhada
Porém foi no rio Ázere
Que a malta foi apanhada

Encurtada a passeata
Que não a sua beleza
Havemos de lá voltar
Ah, mas isso, de certeza!

Tenho apenas uma dúvida
Mas penso que é colectiva
Por que teve que, de branco,
Se vestir a comitiva

Do Vítor e do Luís (*)
Queremos saber as razões
Que passou pela cabeça
Dos ditos dois figurões?!

Se todos tinham cumprido
Deu direito a inspecção
E depois, no fim das contas,
Não houve qualquer função

Calça branca, alva camisa
De tudo se viu ali
Mas para que fosse tal coisa
Confesso que não ouvi

Desembuchem, rapazinhos
Desvendem lá o mistério
Se não isto até parece
Uma introdução do Rogério

Não levem a mal, amigos,
As quadras de pé quebrado
É só para agradecer
Um dia tão bem passado

(Err... oops, foram vários dias?!
Olha, não cabia na rima!!!)

(*) Luís Martins

DoCeu disse...

Parece que me enganei
Ele não estava a par do truque
Para agradar ao Luís
Vou arranjar quem me eduque

(E agora é que a amêndoa foi pior que o cimento!!!)

Rogerio disse...

Parabéns aos organizadores por este excelente fim de semana . Obrigado amigos, prometo que a "Marina " continua no meu pensamento.
Mais uma vez os meus parabéns, tudo estava perfeito.
Abracos
Rogerio

LM disse...

Pois é, caros amigos! Mais uma excelente jornada caminhadeira em que sobressaiu a parte cultural em detrimento da parte caminhadeira; mas isso são hierarquizações de actividades em que, de quando em VEZ, convém mexer.
Embora a mexidela tenha resultado em ficar tudo na mesma - FELIZMENTE - porque isso veio mostrar, mais uma VEZ, o quanto a estrutura dos dias caminhadeiros é sólida, bem pensada e mantida em favor dos seus elementos. E por isso, tem, e continuará a ter, a aprovação e aceitação dos seus intervenientes tanto dos mais antigos como dos mais recentes e, até, também desta VEZ, dos seus descendentes. E tudo isto devido ao ‘simples e pobrezinho’ facto de que tanto o corpo como o espírito são objecto de grande preocupação: já os romanos diziam: MENS SANA IN CORPORE SANO. E quando isso acontece não se terá de mudar nada.
Pois, parece-me, foi desta VEZ que, em Arcos do Vale do VEZ, se tentou mexer um pouco nas ‘águas’ do nosso grupo para dar, talVEZ, uma oportunidade a uma alternativa. Que, FELIZMENTE como disse atrás, não resultou.
Por mim posso dizer que tive pena de não ter feito mais uns quilómetrozitos no passadiço mas, por outro lado, encontrei dois aspectos positivos: o primeiro é que os meus pés não estavam a colaborar a 100% causando-me dificuldades ao fim de alguns quilómetros e o segundo é que aqueles 3 quilómetros de passadiço me deixaram um apetite que terei de saciar noutra altura.
Por isso aqui deixo um grande MUITO OBRIGADO aos organizadores – família Firme – que tanto trabalho e preocupação tiveram para nos proporcionar um fim-de-semana que ficará na nossa memória.
PS.: Já agora penso que, se quem fizer fotografias o faz para que sejam vistas, então elas devem possuir um mínimo de condições de visibilidade, nitidez – critério objectivo, independentemente de critérios artísticos que são, sempre, subjectivos.

VitGon disse...

Pois bem aqui estou eu para me penitenciar por uma falta grave na reportagem.
A Cristina Archer foi a unica que fez toda a caminhada programada e por isso, além de contabilizados os kms devidos, merece os nossos parabéns.
Sobre outro assunto que tem provocado alguma controvérsia, vou ficar em "BRANCO".
Abraço Caminhadeiro
VG