Convocam-se os Caminhadeiros para a 6ª Caminhada da época, a realizar desta vez na zona de Negrais.
Como é do vosso conhecimento, esta jornada estava planeada para a zona de Alverca, Alhandra, Vila Franca de Xira, com organização do Caminhadeiro Miguel Cardoso. No entanto, o surto bacteriano de 'legionella' que afectou toda esta região, levou-nos a alterar o local da caminhada e restante programa, para prevenir situações de desconforto por parte dos participantes ou mesmo impedimento da sua presença.
Face a estas alterações de última hora, os 'Caminhadeiros Mor' Fortunato de Sousa, Luís Fernandes e Victor Gonçalves, prepararam em alternativa o seguinte programa:
09:30 horas - Concentração no parque de estacionamento do restaurante 'O Caneira' em Negrais (Ver localização).
13:00 horas - Almoço no restaurante 'O Caneira'.
15:00 horas - Visita ao Museu do Ar (Granja do Marquês - Sintra)
15:00 horas - Visita ao Museu do Ar (Granja do Marquês - Sintra)
O local do chá encontra-se em fase final de definição.
Como de costume, devem os interessados em participar no evento, fazê-lo através dos comentários desta mensagem, até às 12:00 horas da próxima Segunda-Feira dia 17.
Saudações Caminhadeiras em passada alternativa,
Fortunato de Sousa
P.S. - Agradecemos ao nosso amigo Caminhadeiro Miguel Cardoso todo o empenhamento e esforço desenvolvido no planeamento da 6ª caminhada da época, mas que pelas razões atrás mencionadas teve que ser adiada.
25 comentários:
(Parte 1 de 2)
Nova Gramática do Português Contemporâneo, por Celso Cunha e Lindley Cintra (dizia, há anos, um má-língua da nossa praça que este apenas a tinha assinado para que ela tivesse boa venda em Portugal, dado que Celso Cunha, brasileiro, era praticamente desconhecido cá), Edições João Sá da Costa, 16ª edição, 2000, (copyright 1984):
Capítulo 8 (Substantivo) / Flexões dos substantivos / Número / Formação do plural / Substantivos compostos (pág. 189):
« d) geralmente ambos os elementos tomam a forma de plural quando o composto é constituído de dois substantivos, ou de um substantivo e um adjectivo:
[…] cartas-bilhetes; […] tenentes-coronéis; […] amores-perfeitos; […] gentis-homens; […] águas-marinhas; […] vitórias-régias»
Hesitei muito – tanto, que já passaram anos desde a primeira vez em que o problema se me pôs –, entre duas formas de má educação: chamar a atenção para o erro ou permitir que se repetisse e, mesmo, se multiplicasse. Hoje, finalmente, tomei a decisão: “caminhadeiros-MORES” – «o composto é constituído de um substantivo e um adjectivo». Ou seja, os nossos caminhadeiros-mores são os nossos maiores caminhadeiros – pelo menos em sentido figurado. Não passaria pela cabeça de ninguém, aliás pela língua, dizer “caminhadeiros-maior”, ainda que a grafia do adjectivo tivesse evoluído para essa forma.
Pronto! Já está! E não doeu muito, pois não?
Mas já que estamos nisto, gastemos mais um pouco do vosso tempo e continuemos a abusar da vossa paciência.
A confusão virá daqui:
«b) quando os termos componentes se ligam por preposição, só o primeiro toma a forma de plural:
[…] chapéus-de-sol; […] pães-de-ló; […] pés-de-cabra[…] » ( – Por favor, não digam esta palavra ao pé de mim, que me lembro logo dos ladrões que me roubaram!... – Não! Não estou a falar de política! Aí, as alavancas são outras!...)
ou, mais provavelmente, daqui:
«c) também só o primeiro toma a forma de plural quando o segundo termo da composição é um substantivo que funciona como determinante específico:
[…] navios-escola; […] bananas-prata[…]» E também palavras-chave, por exemplo.
De outras regras de formação do plural das palavras compostas não falemos, para evitar a confusão.
(Há muito tempo, numa caminhada, perguntaram-me qual era o plural de pastor-alemão. Julgo ter respondido acertadamente. Depois do que fica escrito, suponho que a pergunta não volte a ser feita.)
Com este plano B já posso ir
Abraços
Roger
(Parte 2 de 2)
Já que estou de tesoura na mão, continuemos:
Entre o sujeito composto “o surto bacteriano de 'legionella' que afectou toda esta região” e o predicado “levou” não pode haver vírgula. Poderia, se entre ambos houvesse algo intercalado. Exemplo: “o surto bacteriano de 'legionella' que afectou toda esta região, perigoso tanto para residentes como para caminhadeiros, levou…”
Em “os caminhadeiros- mores, Fortunato de Sousa, Luís Fernandes e Victor Gonçalves, prepararam…”, os nomes dos três notáveis caminhadeiros serão obrigatoriamente separados por vírgulas do que lhes está antes e do que lhes vem depois, porque eles são – que eu saiba – os únicos caminhadeiros-mores, aparecendo os seus nomes redundantemente, apenas como fórmula de respeito ou homenagem.
Já na frase “Os caminhadeiros Gilberto, Penedo, Garcia e Maria do Céu foram os primeiros a chegar ao fim da caminhada”, os seus nomes não aparecerão destacados por vírgulas, pois os primeiros poderiam ter sido outros – embora fosse quase impossível.
Em “devem os interessados em participar no evento, fazê-lo…”, não estando referida “a inscrição” o “lo” de fazê-lo” refere-se ao “evento”. Ora, fazer a caminhada através dos comentários – ninguém gostaria mais do que eu!...
Um preciosismo que me é suscitado pelo uso do vocábulo "através", em “através dos comentários”.
Houaiss admite-o em sentido figurado: «educar através de exemplos» e «conseguiu o emprego através de artifícios». Malaca Casteleiro também: «Conseguiu o seu intento através de um estratagema. Soube a notícia através dela.» (José Pedro Machado não o contempla).
Este uso é frequente, mas continua a repugnar-me. Julgo-o advindo da confusão de uma das acepções correctas da palavra – «pelo meio de, por entre» (a luz passava através das folhas das árvores) – com «por meio de», a qual, em meu atrevido entender de ignorante, é abusiva. Mas o uso faz lei… para meu desgosto!
Compare-se: «Educar pelo exemplo», «Conseguiu o emprego usando de artifícios», «Conseguiu o seu intento recorrendo a um estratagema. Soube a notícia por ela.»
Para que está aquele "através" ali atravessado?!
Por último, um anacoluto.
Celso Cunha novamente, Capítulo 19 (Figuras de sintaxe), pág. 624: «Anacoluto é a mudança de construção sintática no meio do enunciado, geralmente depois de uma pausa sensível […]»
«Agradecemos ao nosso amigo Caminhadeiro Miguel Cardoso todo o empenhamento e esforço desenvolvido no planeamento da 6ª caminhada da época, mas que pelas razões atrás mencionadas teve que ser adiada.»
Se muitas vezes é eficiente e elegante figura de sintaxe, outras vezes é mera distracção. Aqui, se estivesse escrito «no planeamento da 6ª caminhada da época, a qual, pelas razões atrás mencionadas, teve que ser adiada», não teríamos um anacoluto. E eu estaria calado.
Terminei. Nunca tinha cortado assim – “se queres conhecer o vilão, põe-lhe a tesoura na mão” – e só não prometo não repetir para não falhar. Mas tentar, sim…
Com as melhores saudações caminhadeiras em passada correctora, que não corretora – aqui está um trocadilho que no Português Acordado não poderá ser praticado –, nem correctiva e muito menos corredora, e pedindo desculpa pelo longo arrazoado, impertinente, sem dúvida, mas bem intencionado, despede-se o
Gil Furtado
Pois se a legionella nos impede de ir a Alhandra e arredores, não é por isso que ficamos em casa. Quem se tramou foram os recos.
Cá de casa vamos os 2 do costume.
Bjs. Céu.
Também quero caminhar e ir ver os aviões
Mais um para seguir o plano B.
Embora a frase seja curta, espero não ter cometido erros.
Pois então, re-orientemo-nos:
contem com a Maria do Céu e a Maria da Luz para irmos à descoberta do carvalho-negral e do campo de Lapiás
Contem com os quatro habituais: Lurdes e Zé Clara, Angelina e Luis.
Abraços
Embora curta, está errada a tua frase.
Caro Alves , lamento ter sido obrigado a dizê-lo, mas puxaste-me pela língua!…
O sintagma “embora” é uma conjunção concessiva: a oração subordinada por ele iniciada exprime uma oposição ao que é dito na oração principal. Na minha frase em epígrafe – que está correcta; não tenho qualquer dúvida –, o sintagma conjuncional concessivo pode ser substituído por vocábulos ou expressões equivalentes: “Ainda que curta”, “Apesar de curta”, “Se bem que curta” ou apenas “Bem que curta”, “Conquanto curta”, “Mesmo curta” ou “Mesmo que curta” e, dada a orgulhosa riqueza da nossa língua, talvez por muitos outros.
Como bem se percebe, há oposição entre o tamanho da frase e a quantidade de erros cometidos. Em tão pequena asserção, um erro, um que seja, é de mais. (Ou “demais”? Aqui, uma das minhas muitas dúvidas de Português ainda não resolvidas. Mas não tentarei solucioná-la hoje, já porque estou cansado – vocês dão cabo de mim! -, já porque é a minha dúvida de estimação, que cultivo há anos).
Se tivesses escrito muito, poderias dizer “Embora o texto seja longo, espero não ter cometido erros”, pois que num grande texto admitem-se e toleram-se algumas faltas – desde que não muito graves – e a contradição estaria em não as ter cometido.
Escreveras “Porque a frase é curta, espero não ter cometido erros.” e terias 20 valores. Estaríamos na presença de uma conjunção causal: o que se diz na oração subordinada é causa ou motivo para o que se afirma na oração principal: “o texto não terá erros por ser tão curto”. Igualmente poderias ter grafado “Como a frase é curta, espero…”, “Pois que a frase é curta, espero…”Já que a frase é curta, espero…”, “Visto que a frase é curta, espero…” etc.
A orgulhosa riqueza da nossa língua faz com que seja mais pungente o desgosto de tão mal a conhecermos! É estarmos na situação do amador que desconhece o objecto amado!
E com esta, “à Camões”, se despede o
Gil Furtado
PS: E confesso que, desta vez, só o Houaiss foi compulsado.
Eu vou.
E não digo mais nada, para ver se o mestre-escola não me cai em cima e não me desanca com todos os dicionários e gramáticas da língua portuguesa.
Livra!!!
CPenedo
Será que eu vou à caminhada ou para a caminhada? Só sei que vou por aí!
Nós vamos: Graça Sena e Manuel Garcia
Até 4ªFeira
Também vou.
Até Quarta.
Miguel Cardoso
Mais 3, Amilcar, Lucio e Fátima.
Agora ê cá tamém me quéro inscrevêri. Vou eu e a nha Quinita, purtanto semos 2.
Póde ser ca escrita vá cum algum erro dórtografia, mas sisso acontecêri, o mê amigo Gil Furtado vai de certêza emendári.
Abarços Caminhadêros pra todos em paçada sempre certa,
Fortunato de Sousa
Daqui vamos mais dois, eu e a Lina
Saudações caminhadeiras em passada de sair sem dar erros.
LF
Contem com os quatro do costume para o programa anunciado.
Octávio
Eu e a Margarida Serôdio
Até Quarta
Também estarei convosco na 4ª feira.
Abraços
VG
Olá!
Contem comigo só para o almoço e visita, sff.
Porquê? Pois... lá diz a canção "... escorreguei caí no chão...". Foi na escada, mas vai tudo dar ao mesmo. Caminhar esta semana, não vai dar :(
Para "ajudar à festa" do desacordo ortográfico, aqui vai mais uma:
"Redassão
O mano
Cu ando o meu mano nas ser,
vai chamarce Herrar…
Porque o pai dis que Herrar é o mano "
Não há a côr do horto gráfico que resista...
Beijos e até 4ª feira :)
Companheiras e companheiros,
Para meu grande desgosto, não sei se conseguirei garantir a presença na próxima quarta-feira. Deste facto, o organizador Balão de Sousa já está alertado.
Quanto a erros, só corrijo mais um: não é "paçada certa", Balão: é "pançada"!
Pançada de leitão bem assado - ou açado, já tanto se me dá! - é o que vos deseja o
Gil Furtado
PS: Mas p'ra ficar consolado, tragam-me de lá um bocado, se não for pedir demasiado. Obrigado.
Mais 2 presenças na caminhada e no almoço de leitão de Negrais. À visita cultural ao Museu do Ar e ao chá das 5, os nossos amigos Teresa Palma e João Duarte não poderão estar presentes.
Saudações Caminhadeiras em passada certa, mas certamente também a caminho da inevitável pançada,
Fortunato de Sousa
Sempre "em cima da hora" ou melhor "já fora de horas" aqui fica a minha inscrição a caminho do leitão :) :) :) Beijos
Tarde e a muito más horas...mas se me perdoarem o atraso, aqui estou, disposto a partilhar da vossa companhia na sétima caminhada!!!
As minhas desculpas....Não é a sétima, mas sim a sexta conforme a convocatória
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