sexta-feira, 24 de outubro de 2014

* * * * * 4ª Caminhada da Época 2014 / 2015 * * * * * ________ À Volta do Alviela - Dia 22 de Outubro _______



Álbuns de Fotos:
Miguel Cardoso
Maria do Céu Fialho
Manuel Reis
Dores Alves
Vitor Gonçalves
Luis Martins
Gil Furtado
Gabriela Bentes
Data do Encontro: 22/10/2014
Local: Alcanena – À Volta do Alviela
Percurso: 13,00 kms – 03:00 horas
Organizadores: Fátima Libânio e Lúcio Libânio
Presentes (43): – Amilcar Queiroz, Angelina Martins, Antonieta Faria, António Clemente, António Dores Alves, António Palma, Carlos Penedo, Carmen Firme, Estela Garcia, Fatima Libânio, Fortunato Sousa, Gabriela Bentes, Gil Furtado, Gilberto Santos, Helena Meleiro, Heloísa Cavacanti, João Costa, João Duarte; Joao Figueiredo, Lídia Albuquerque, Lina Fernandes, Lucio Libânio, Luis Fernandes, Luis Martins, Luisa Clemente, Luísa Gonçalves, Manuel Garcia, Manuel Pedro, Manuel Reis, Margarida Serôdio, Maria da Luz Fialho, Maria do Céu, Maria do Céu Fialho, Miguel Cardoso, Nela Costa, Octávio Firme, Odete Vicente, Pedro Albuquerque, Quinita Sousa, Rogério Matias, Teresa P. Duarte, Virgilio Vargas, Vitor Gonçalves.
Almoço: Monsanto – Restaurante “O Mal Cozinhado” (Tel. 249.870.047)
Próxima Caminhada: Dia 05 de Novembro (organiza Gilberto Santos)
Reportagem:
Durante o período de reencontro dos Caminhadeiros, a estrela das conversas foi a peregrinação a Compostela e a respectiva reportagem na imprensa galega.
Depois da foto da praxe (desta vez ao balcão, ou seja, a amurada da ponte sobre o rio Alviela), briefing do organizador Lúcio Libânio e pusemo-nos a andar.
Houve um prólogo linear para irmos espreitar a ribeira de Amiais e a entrada das grutas por onde a mesma se lança desenfreadamente. A zona, além de fresca, era pródiga na produção de cogumelos, que fizeram a delícia dos fotógrafos. Sem falar nos medronhos do caminho, a quem muito boa gente não resistiu… Mas não consta que tenha havido consequências nefastas!
Depois de regressarmos ao ponto de encontro inicial, é que começou verdadeiramente a caminhada.
A temperatura elevada, imprevista para esta época, rapidamente se começou a fazer sentir. Apesar disso, um grupo de intrépidas lebres, ia puxando, lá à frente. De vez em quando, impunha-se uma pausa, para o necessário reagrupamento.
E o calor a aumentar… De vez em quando, ouvia-se o agradável som de água a correr, mas apenas o som. Por isso o Vítor, quando finalmente se avistou a água, não teve problema em atirar-se de cabeça!
Pouco depois, na zona em que acompanhávamos “o aqueduto que leva a nossa água para Lisboa”, começaram a produzir-se as primeiras baixas e o grupo começou a fraccionar-se. Ouviam-se protestos: “eu vou sempre a andar em frente, mas nunca mais vejo o fundo ao tacho!”. Mas quem teria imaginado temperaturas destas, a 22 de Outubro?!
Havia que resistir e continuar estoicamente a caminhar. No final, alguns Caminhadeiros acabaram no carro vassoura. (E outros não acabaram… por vergonha!!!). Esbraseados, lá nos reagrupámos todos no parque de estacionamento. Depois de algum refrescamento e mudanças de traje e escarpins, seguiu a caravana para o almoço.
O restaurante era “O mal cozinhado”, em Monsanto, descoberto pelos recentes peregrinos a Fátima, durante a viagem. O incómodo causado por nos terem arrumado tão apertadinhos, depressa foi esquecido, perante a comidinha bem saborosa que nos foi servida.
Na altura dos discursos, o Fortunato apresentou-nos a D. Fernanda, proprietária e cozinheira do restaurante, contando-nos que a escolha do nome tinha sido esta “para não haver reclamações”!!!
O grupo foi contemplado com um azulejo trazido de Compostela, destinado ao espólio colectivo.
Durante o convívio digestivo, enquanto se tomavam os cafés e xiripitis, muita gente se interrogava sobre o que aconteceria quando, no Carsoscópio, se apagassem as luzes. Como iria a malta resistir à diabólica equação caminhada + calor + comidinha saborosa?...
Afinal, o que nos mostraram era tão vivo e interessante, que todos nos portamos bem. Verdade se diga que no Geódromo fomos sacudidos, no filme não havia cadeiras e no Carso houve demasiadas perguntas curiosas!!!
Após uma breve introdução, os irrequietos Caminhadeiros foram divididos em três grupos, para propiciar a interacção com os diversos módulos em simultâneo.
Ficámos assim a conhecer as origens geológicas da nascente do rio Alviela, o maior reservatório de água doce do país. Observámos o ciclo da água, no Carso. E descobrimos as características, hábitos e comportamentos dos morcegos, no Quiroptário.

Regressámos a “O mal cozinhado” para lanchar e por volta das 18h30 dispersámos.

Saudações Caminhadeiras,

Maria do Céu Fialho


10 comentários:

Raul Almeida disse...

Óptima reportagem. Até parecia que eu tinha ido à caminhada :-)

mreis disse...

Mais uma bela caminhada a que a organização dos Libânio já nos habituou. Gostei do trajecto, puxadinho qb como convém para testar as nossas capacidades caminhadeiras de 15 em 15 dias e que deu a conhecer a boa parte de nós mais um bonito cantinho do nosso Portugal. O calor exigiu mais um bocado de esforço mas não nos esqueçamos que a partida estava prevista para as 9:15, talvez devamos ser mais rigorosos com nós próprios. Ah mas no final a refrescadela com a água do Alviela foi mesmo bela!
Tanto o almoço como o chá foram de qualidade e a bom preço, que se pode pedir mais? Uma outra disposição das mesas tinha dado jeito, mas para um grupo de 40 e tal comensais cada vez está a ser mais dificil.
Com a parte cultural aprendi uma data de palavras novas e fiquei agradavelmente surpreendido com mais um espaço Ciência Viva numa zona do interior do país. Com o fecho de tribunais, escolas, centros de saude, ctt, finanças, etc. fico com a ideia de que ou se esqueceram ou qualquer dia também vão fechar estes centros. Tiremos fotos, entretanto.
Parabéns aos Libânio!

Gil A F Furtado disse...

Bela caminhada - afora a temperatura elevada e a distância percorrida -, bela reportagem e belos comentários esses dois aí em cima, como belos serão outros que a este se seguirão.

Venha mais de tudo, afora temperaturas e distâncias que escaldem.

Abraços.

GF

Unknown disse...



Mais uma bela jornada organizada pelo casal "Libânio", tendo como tema principal e muito importante "a água", que muito nos enriqueceu culturalmente.
Parabéns aos organizadores, bem como à Maria do Céu Fialho pela boa reportagem.
Não tendo estado presente na sessão do chá das 5 e embora com algum atraso, mas, mais vale tarde do que nunca, não queria deixar e dar os meus parabéns à Kinita pelo seu aniversário, muitos mais com muita saúde.

*escrito de acordo com antigo acordo ortográfico

Saudações Caminhadeiras,
Miguel Cardoso

LM disse...

Faz muitos, muitos anos, que visitei pela primeira (e única vez?!?!) os olhos de água do Alviela. Fiquei, desde então, com uma imagem que se foi esbatendo ao longo dos muitos anos passados mas que recordei muito vagamente em pequenas partes do percurso que fomos descobrindo ao longo da manhã. E vendo e recordando partes das construções que, na altura, eram visitáveis e de fácil acesso mas que hoje estão bem longe e afastadas do visitante. Não foi por isso que não deixei de adorar esta caminhada. Bem como as grutas onde os nossos amigos morcegos nascem e passam os primeiros dias e noites das suas vidas. Todo o local da ribeira do Amial é selvagem, todo o seu envolvimento nos agarra, como se (mãe) terra se sentisse, e nós também, muito pertos um do outro. A referida ribeira criou em mim um sentimento de algo que não acontece com o ser humano (pelo menos que se tenha provado até agora): vimo-la aparecer, entrar na terra novamente, voltar a renascer e, enfim, juntar-se ao rio em que, misturando-se, com ele continua até ao mar, renovando esse ciclo eternamente. Voltando parcialmente, e mais tarde, ao mesmo leito donde tinha saído anteriormente. É um sinal de vida que não devemos esquecer nem desperdiçar nem, muito menos, danificar.
Mas voltando à vaca fria, salvo seja; como disse atrás gostei muito do dia muito bem passado em terras do Alviela: foi o percurso - um pouco quente talvez, mas quem pode decidir isso? - muito variado com belas paisagens e lindos pormenores, foi o almoço agradável e muito económico, foi o lanche à maneira e, deixada para o fim, a visita cultural guiada que fizemos ao Carsoscópio. Quanto a nós, foi das coisas mais bonitas, valiosas e proveitosas, culturalmente falando, que já tivemos o privilégio de visitar. E tivemos muitas, graças aos muitos e diversos organizadores destas caminhadas que já se estendem ao longo de muitos anos.
E foi o convívio, senhores e senhoras, foi o convívio aquilo que nos dá mais prazer nestes dias em que nos encontramos. Para nós cá em casa, este convívio é e será sempre aquilo que mais procuramos, pois é aquilo que nos enriquece e nos dá mais força para o nosso dia-a-dia, tantas vezes fechados nas nossas rotinas limitadoras e nos nossos ambientes tão repetidos e tão fechados.
E tencionamos aqui voltar em breve com o nosso neto para desfrutar um pouco daquilo que nos foi dado a nós usufruir.
Obrigados e parabéns aos organizadores.
Angelina e LM

António Dores Alves disse...

Obrigado à Fátima e ao Lúcio Libânio por mais uma bem elaborada caminhada.
Abraços caminhadeiros

Gil A F Furtado disse...

Caminhadeiras e caminhadeiros

- mesmo os que não estiveram na última caminhada -, entretenham-se com o que segue, se a isso estiverem dispostos.

As informações recolhidas são mazotas, mas melhor não encontrei. E o que, principalmente, queria saber - qual a última povoação, ou, pelo menos, o último concelho entre Alcanena e Lisboa actualmente abastecido pelo Canal Alviela - ficou por esclarecer!...

Sobre o rio Alviela:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Alviela

A lenda dos Olhos de Água, desinteressante como quase todas as lendas:
http://www.cm-alcanena.pt/pt/conteudos/concelho/Lendas/Louriceira/

Sobre o rio e o canal:
http://moitasvenda.net/wiki/Nascente_do_Alviela

Sobre o canal (onde está Alcoentrinho leia-se Manique do Intendente):
http://correiodoribatejo.com/opiniao-vicente-batalha-canal-do-alviela-qual-o-destino-da-agua/

Sobre o sifão do canal do Alviela (Sacavém) e história da intrigante Cabeça do Aguadeiro:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sif%C3%A3o_do_Canal_do_Alviela

E os meus votos de despedida, por hoje, são que a felicidade vos banhe como a fresca água que sai das nascentes cársicas.

Um abraço apertado do vosso amigo

Gil Furtado

Fortunato de Sousa disse...

Depois de reler a reportagem e os comentários, e de rever as fotografias que a complementam, senti-me na obrigação de acrescentar o meu reconhecimento aos autores dos mesmos. Isto porque tanto a reportagem, os comentários e as 307 fotografias que integram os 8 álbuns, reflectem na perfeição a 4ª jornada caminhadeira da época.
Para resumir, os meus renovados parabéns a todos com um grande abraço Caminhadeiro em passada solidária,
Fortunato de Sousa

FotosCaminhadeiros disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Gabriela Bentes disse...

Faço minhas as palavras de todos os "amigos caminhadeiros" que aqui deixaram os seus comentários.
Parabéns aos organizadores, gostei imenso (em particular do Carsoscópio) só faltou um belo banho de rio no final, mas como fui das últimas só deu para refrescar ....
ps: Luis e Angelina não comentei a vossa caminhada que também Adorei (tudo) Um beijinho