sexta-feira, 10 de outubro de 2014

_________ 3ª Caminhada da Época 2014 / 2015 _________ ________ Caminho das Almas - dia 08 de Outubro _______




Albuns de Fotos:
Data do Encontro: 08/10/2014
Local: S.Julião (Sintra)
Percurso: 10, 000 kms; 03: 00 Horas
Caminhantes: (35) Lídia e Pedro Albuquerque, Dores Alves, Gabriela Bentes, Miguel Cardoso, Lurdes e José Clara, Nela e João Costa, João Duarte, Maria do Céu e Manuel Pedro, Lina e Luís Fernandes, Maria da Luz Fialho, João Figueiredo, Manuel Floxo, Gil Furtado, Manuel Garcia, Vítor Gonçalves, Fátima e Lúcio Libânio, Angelina e Luís Martins, Rogério Matias, Helena Meleiro, António Palma, Teresa Palma, Carlos Penedo, Amílcar Queirós, Manuel Reis, Gilberto Santos, Fortunato e Quinita Sousa, Virgílio Vargas.
Organizador: Angelina e Luis Martins
Almoço: Restaurante Bisk8 – tel. 219 611 668
Reportagem: 
Pois é! Isto de preparar uma caminhada não é coisa fácil e isenta de preocupações. Já uns dias antes nos vínhamos preparando para umas horitas de caminhada bastante húmida. Até porque vinha chovendo de vez em quando. Não é que a chuva fosse preocupação; o que não é nada agradável é a lama que, agarrada ao nosso calçado, com o seu peso e o incomodativo e escorregadio ‘tchac…tchac’ nos vai dificultando a habitual progressão leve e desportiva das nossas caminhadas. Quando, bem cedo, nos levantámos e olhámos para o céu, não ficámos, como dizer… descansados… mas também não totalmente desanimados. Uma réstia de esperança ao lado de uma réstia de sol deram-nos uma boa perspectiva para o dia caminhadeiro que se ia iniciar. Com as pêras já ensacadas e prontas a ser distribuídas, lá partimos para sermos os primeiros a chegar pois queríamos receber com todas as honras os nossos amigos caminhadeiros. Se bem o pensámos e preparámos, melhor o fizemos, como dizem as estórias infantis. À medida que eles iam chegando – ‘Eh. João, há quantos meses não te via. Como vai o Benfica?’ – e os íamos cumprimentando, também nos íamos divertindo oferecendo uns saquitos de pêras Rochas que tínhamos tido o prazer de ter colhido na antevéspera. ’Olhem o Manel Floxo que também veio! Dá cá um braço, rapaz’.’ E a Lena que também deixou o seu Porto para nos vir acompanhar a trazer a sua companhia!’.’ Bom, tomem lá umas pêrinhas para a caminhada!’ – e Bom! Se não fossem os acasos da vida e sete dos nossos fiéis e costumeiros amigos não terem podido vir teríamos sido um belo grupo de cerca de quarente e dois caminhadeiros a calcorrear terras de S.Julião e Carvoeira.
Apesar de, como se disse, a previsão meteorológica ser bastante sombria e desanimadora e de o amanhecer ter sido nebuloso e pouco simpático, o grupo dos Caminhadeiros não se assustou e, como é seu lema, à hora marcada já estavam todos prontos para iniciar a 3ª Caminhada da época 2014-2015. Partindo do parque de estacionamento da pequena aldeia de S.Julião, ao sul da Ericeira, atacámos uma subida de ‘dificuldade média-baixa’ que era o início do ‘Caminho das Almas’. Embora não saibamos o porquê desta designação, disseram-nos que existia uma tradição com alguns anitos de fazer em determinado dia do ano uma caminhada que, unindo avós e netos, os levava de Valbom até à Capela da Senhora do Ó e que este ano fora aumentada partindo de S.Julião. Aproveitámos esse percurso e estendemo-lo um pouco mais para nosso deleite perante panoramas tão deliciosos. Essa pequena subida inicial não assustou ninguém e, na Baleia, parámos na ‘Sociedade Recreativa da Baleia, Barril e Valbom’ para reagrupamento que alguns caminhadeiros mais rápidos  aproveitaram para se dessedentar. No nosso estilo muito particular de não olhar para o relógio nem para o conta-quilómetros, lá nos fizemos de novo ao caminho em que os mesmos iam sendo percorridos na cadência e cavaqueira habituais.
Junto à Capela da Senhora do Ó aproveitámos para fazer uma pequena paragem e por breves momentos se referiu que há cerca de duzentos anos, aquando das ‘Guerras Peninsulares’ – vulgo Invasões Francesas – o rio Lizandro era navegável até perto da Capela pelo que existe, bastante perto e acima dela, o Forte do Zambujal – obra nr.95 – que foi edificado propositadamente para proteger a entrada desse pequeno porto, não fossem os franceses usá-lo para contra-atacar. É por isso que a capela se chama na realidade ‘Capela de Nossa Senhora do Ó do Porto’.     
E sem saber bem como, tínhamos percorrido os dez quilómetros e uns pózinhos. E sempre sem que o ‘céu nos caísse em cima’. Um ‘bem-haja’ mais uma vez ao nosso caminhadeiro honorário – S.Pedro.
No Restaurante Bisc8, ali entre a Terrugem e Odrinhas, retemperámos forças com uns bacalhauzitos – à Bisk8 e com Broa – e umas grelhadas mistas que nos deixaram deliciados e bem dispostos. Até porque o serviço foi impecável (simpático e profissional) e os pratos satisfaziam em qualidade e quantidade. Bem-haja, sr.João Varandas (pessoa com quem tínhamos contactado).
E lá partimos prontos para a nossa tarde cultural no Museu Arqueológico de S. Miguel de Odrinhas. Aqui para nós que ninguém nos ouve, estávamos com um pouco de receio de que o tema – romanos, pedras, túmulos etc. – se tornasse algo pesado. Mas a simpatia e a paciência, o saber, o gosto e a forma de se exprimir da nossa guia Dra. Sandra Leitão conseguiu actuar como um bom digestivo e a hora e meia da visita passou também sem darmos por isso e sem que as pessoas se afastassem.
Seguiu-se o chá servido no Café do Museu pela D. Tânia Varandas, do qual já tínhamos tido uma pré-visão antes de entrarmos no museu e que, temos que acreditar, não ficou nada a dever aos chás (???) que possivelmente os nossos amigos romanos bebiam; e se eles gostavam bastante de comer e beber. E provámos pela primeira vez uma iguaria deliciosa que ela nos apresentou: o bolo de Caril. Gostámos muito.

Mais uma vez nos juntáramos e, mais importante que tudo, convivêramos. E estamos à espera do novo encontro que já tarda em acontecer.

Saudações caminhadeiras
Angelina e Luis Martins

9 comentários:

LM disse...

Não me lembrei de o fazer, e acho que não ficava bem, mas quero deixar aqui a informação de que algumas fotos – as de ar livre – foram feitas na 4ªfeira anterior à da Caminhada, aquando do último reconhecimento. Isto por duas razões:
1ª - eu não iria ter tempo de as fazer pois, como um dos organizadores, teria outros assuntos a tratar;
2ª - e talvez a mais importante, tem a ver com as previsões meteorológicas que não eram nada famosas (chuva e vento), o que impediria muita gente de fazer as fotos que desejariam, impossibilitando que o percurso e as suas belezas ficassem devidamente documentadas.
Aqui fica a explicação e espero que compreendam.
Um abraço.
LM

Fortunato de Sousa disse...

Os meus parabéns de modo formal aos organizadores do evento caminhadeiro. O casal Angelina e Luís Martins, cuja experiência e dedicação à causa caminhadeira deve ser enaltecida, brindaram-nos mais uma vez com uma organização perfeita em todas as suas vertentes. Do que deles dependia, tudo esteve perfeito, e quanto às condições meteorológicas, onde por enquanto não temos ainda domínio, também o nosso santo protector Pedro se aliou ao casal Martins, e nos protegeu das chuvadas pré anunciadas com alertas laranjas e amarelos durante todo o tempo em que decorreu o percurso.
Depois a injecção vitamínica de 'Pêra Rocha' e a tela Caminhadeira com assinatura da Angelina, foram a cereja em cima do bolo.
A reportagem a 4 mãos é o retracto perfeito do que ali se passou na passada Quarta-Feira. Faltam agora os adicionais albuns de fotografias, para complementar a imagem da 3ª jornada caminhadeira da época.
Um grande abraço Caminhadeiro para eles, e venha a próxima em passada de 'Olhos de Água',
Fortunato de Sousa

Vit.Gonçalves disse...

As expectativas que tinha para esta caminhada na bonita zona Oeste passaram de "mais um dia bem passado" no inicio para "mais um dia MUITO bem passado" no fim.
Parabéns à Angelina e ao Lúis, que graças ao cuidado posto na preparação desta caminhada, proporcionaram-nos um excelente dia de convívio e descontracção.
VG

mreis disse...

Caminhada dos Martins tem sempre brinde, qualquer dia passa a ser direito adquirido... para alem das peras rocha, gostei do trajecto variado em esforço e paisagem e claro do almoço dos 3 pratos.
O chá no museu foi boa ideia e a jovem que nos serviu estava toda orgulhosa pela oportunidade de expôr os bules e as chávenas antigas da avó.
Comecem a tratar da próxima.

mreis

M.Luz disse...

Muito obrigada, Luís e Angelina!
Pela permanente atenção ao ritmo (não vá alguém ficar para trás), pelas peras, pela escolha do Bisc8, pela bela aula de história da antiguidade!
E obrigada também pelas fotos tiradas anteriormente, e consequente explicação - é que que quando as vi fiquei preocupada porque pensei que a minha máquina tinha um "véu" na lente... ;)
Vamos à próxima... a bordo da máquina do tempo,

Maria da Luz

António Dores Alves disse...

Obrigado também da minha parte para a Angelina e o Luís.
O princípio o meio e o fim da caminhada foram muito bem elaborados e mostraram o empenho dos organizadores para que tudo fosse bem sucedido.
Um abraço a ambos,

Anónimo disse...

Amigos A. e L. Martins, já perceberam que "Os Caminhadeiros estão muito unidos. Se é dia de convivio e caminhada ninguém pode faltar e de tudo se faz para estar presente. Depois todos repararam quem organiza, ah! os Martins. Também já habituados a consultar o nosso amigo S. Pedro vimos que não nos desiludiria então demos corda às botas e... vamos usufruir. E não é que foi mesmo "à maneira" do príncipio ao fim. Só vi caras felizes. O meu agradecimento por tudo e até à próxima. Um GRANDE abraço caminhadeiro. Kinita

Unknown disse...


Boa noite,

não queria também deixar expressar os meus agradecimentos ao casal Martins (Angelina+Luís), por mais um belo dia que nos proporcionaram, desta vez na região oeste.
Parabéns aos mesmos pela boa organização do evento em causa.
Pêra rocha muito boa, agradecido.

*escrito de acordo com antigo acordo ortográfico

Saudações Caminhadeiras,
Miguel Cardoso


António Dores Alves disse...

Agradecimentos à Fátima e ao Lúcio Libânio pelo empenho com que se dedicaram a esta organização caminheira.
Abraços