Álbuns de Fotos
Luis Martins
F. Sousa
C. Evangelista
Tomaz Pessanha
Dores Alves
António Palma
Data do Encontro: 13/06/2012
Local: Palmela – Na Rota dos Moinhos – Serra do Louro
Percurso: 11, 000 kms - 02: 30 Horas
Caminhantes: (45) António Clemente; António Palma; Antonieta Faria; António Henriques; António Pires; Armando Lourenço; Bina Sales; Carlos Evangelista; Carlos Penedo; Carlos Sales; Carmen Firme; Dores Alves; Estela Garcia; Fernando Bernardino; Fortunato Sousa; Gil Furtado; Gilberto Santos; Graça Penedo; Graça Sena; Hélia Jorge; Irene Afonso; João Costa; João Figueiredo; José Clara; Lídia Albuquerque; Luís Martins; Luís Penedo; Luísa Gonçalves; Lurdes Barbosa; Manuel Barbosa; Manuel Floxo; Manuel Garcia; Manuel Pedro; Maria do Céu; Nela Costa; Octávio Firme; Pedro Albuquerque; Quinita Sousa; Rogério Matias; Rui Afonso; Teresa Santos; Tina Evangelista; Tomaz Pessanha; Vasco Palma; Vitor Gonçalves.
Só ao Almoço: (7) Angelina Martins; Chico Pires; Gertrudes Evangelista; Ilda Marques; João Duarte, João Evangelista; Lurdes Clara;.
Organizadores: Fortunato de Sousa e Vitor Gonçalves
Almoço: O Cantinho do Mata (Tel. 212 331 564 – 966 755 402)
Próxima Caminhada: 27 / 06 / 2012 – (Chico Pires, Fortunato de Sousa, Manuel Flôxo, Luís Fernandes e Vitor Gonçalves)
Reportagem:
Fernando Martins de Bulhões, mais tarde conhecido por Santo António de Lisboa, ganhou fama também por ser o santo casamenteiro. Ou seja, fazia milagres entregando às raparigas solteiras que a ele recorriam em prece, os homens das suas vidas. Parece que o santo folião, também se notabilizou pelas malandrices que lhes fazia, nomeadamente partindo-lhe as cantarinhas de barro ou as bilhas, quando estas regressavam ou iam para a fonte. As razões porquê, só ele as sabia e, como santo que era, jamais veio a revelar tal segredo. Elas, porque gostavam da brincadeira, nada se importavam de acabar a festa com as cantarinhas ou as bilhas em fanicos e, que se saiba, também nunca revelaram as razões do atrevimento abençoado do santo. Sabe-se sim, que Fernando de Bulhões morreu no dia 13 de Junho de 1231 em Pádua, antes de completar 40 anos de idade.
Esta pequena introdução, para além de uma justa homenagem a esta importante figura eclesiástica, serve ainda para dizer que foi no dia de Santo António, que o grupo ‘Os Caminhadeiros’ ultrapassou a barreira dos 1. 000 kms (mais precisamente mil e um kms e cem metros) efectuados em caminhadas oficiais, desde o 1º percurso realizado no Carvalhal no dia 17 de Outubro de 2007. Bonita soma esta, que é ao mesmo tempo um marco histórico na nossa actividade caminhadeira.
Ontem em Palmela iniciaram o percurso 49 caminhadeiros, tendo a Angelina, (que já deu um ar da sua graça) a Lurdes Clara e a Ilda Marques efectuado apenas uma curta distância do trajecto por razões de ordem física. Também ainda na fase inicial da caminhada ou de aquecimento muscular, as pernas do João Duarte atacadas por fortes cãibras, não lhe permitiram somar mais 11 kms à sua conta pessoal. A ‘Rota dos Moinhos’ na serra do Louro era já conhecida de uma boa parte dos Caminhadeiros, mas a beleza natural do local e as magníficas panorâmicas que daqui se avistam bem mereceram esta nova visita. E foi assim, neste deslumbrante cenário, que lá fomos seguindo em pequenos grupos, de quilómetro em quilómetro e em amenas cavaqueiras . A Teresa Santos sofreu uns arranhões na perna direita e, mais uma vez a falta do azeite virgem na mala de 1ºs socorros não permitiu testar as virtudes deste produto tão eficiente na versão do caminhadeiro Gil Furtado. Após uma curta paragem para repôr energias, dividiu-se o grupo em dois. Uns decidiram retornar pelo trajecto de ida, enquanto outros resolveram avançar mais um pouco, tendo o reencontro acontecido bem no alto dos antigos moinhos de vento. Interessante momento de reportagem aconteceu quando me dirigi a uma caminhadeira ainda no activo, e esta me fez sinal para me calar pois estava a atender uma ‘conference call’. Quem diria que o avanço tecnológico aliado ao ambiente caminhadeiro permitiria esta flexibildade a nível profissional.
Era já quase 1 hora quando a caminhada terminou, não mostrando o pessoal caminhadeiro sinais exteriores de grande esforço dispendido ou de cansaço. O casal Lurdes e Manuel Barbosa a quem saudamos pela 1ª presença junto de nós eram bem o sinal de invejável frescura física. Deixa lá ver amanhã como vai ser, dizia a Lurdes um pouco receosa.
Já com as presenças do Chico Pires, da Gertrudes e do João Evangelista, seguiu-se o almoço de sardinhas e carapaus assados, acompanhados por um delicioso vinho branco ‘Plexus’, que o casal Clemente ofereceu em dia de aniversário do António Zé. Depois, foram as generosidades do costume que mereceram destaque. Primeiro cantámos todos em voz bem alta os parabens ao aniversariante e brindámos com um flute de espumante as suas 73 Primaveras. De seguida, sorteios de mangericos oferecidos pela Luísa Clemente a 10 das senhoras presentes no evento, de um avental oferecido pela Angelina Martins que coube em sorte ao Armando e ainda de uma peça de artesato mui ‘sui generis’, que em dias de nevoeiro raramente se vê, ou seja, a ponta de um corno oferecida pelo António Clemente, que calhou em sorte ao Bernardino. Curioso, porque não era o nome dele que estava dentro do talego, mas sim o do Pedro Antunes que faltou à última hora. Finalmente e ainda no ambito das ofertas de caminhadeiros para caminhadeiros, desta vez a nossa amiga Maria do Céu respeitou a igualdade de género, tendo oferecido a cada um dos presentes um bonito molho de oregãos. Duas garrafas de origem italiana e espanhola oferecidas pela Caminhadeira Graça Sena foram um óptimo digestivo para a sardinhada do almoço. Também uma palavra de agradecimento ao Carlos Sales, que tão bem desempenhou a tarefa de ministro das finanças tradicionalmente a cargo do Luís Fernandes.
Porque a selecção de todos nós jogava às 5 da tarde, tiveram os organizadores que alterar o programa habitual de final do dia. Assim, o Vitor Gonçalves em atitude muito nobre prescindiu de assistir à 1ª parte do jogo, tendo acompanhado um grupo de caminhadeiros em visita cultural à pousada de S. Filipe perto de Setúbal. Outros decidiram que era hora de regresso a casa, não assistindo ao jogo da nossa selecção com um 3º grupo que decidiu manter-se no restaurante para este efeito. E aqui meus senhores, pela 1ª vez na minha vida de repórter caminhadeiro, tive o prazer de registar por escrito os mais curiosos e divertidos comentários quando um grupo extrovertido como este assiste a uma partida de futebol, e que iam alterando de tom e adjectivação a favor ou contra conforme a marcha do resultado. Como prova disso, aqui ficam alguns exemplos:
- Oh Veloso, marca essa porcaria como deve ser.......; Põe a bola no coração da área porra....; Isso, isso, nas costas do gajo.....; Vamos Cristiano, entra, isso é como limpar o cú a meninos.....; Oh Paulo, tira-me esse gajo daí, não vês que Postiga já não dá uma......; O gajo não é muito alto, mas passa por cima de tudo....; E como é que está a arbitragem? (disse o Carlos Sales quando chegou da visita cultural); Olha ali, olha ali..... Olha ali o quê, esse gajo é sempre a mesma coisa...; Fora de jogo pá, és cego ou o quê?; Olhó Nelson vai entrar, já vais ver como é que é....; Segue puto segue, és o maior....; -Foxx-se, foxx-se, foxx-se, como é que isso é possível??? O melhor marcador da liga espanhola !!!!; A tensão é de tal ordem que o gajo não consegue; Ai, ai, ai, ai.... estão-me a doer os ovários...
E foi neste ambiente castiço e muito portuga que terminou a penúltima caminhada da época 2011 / 2012.
Saudações Caminhadeiras com os desejos de rápidas melhoras ao Rui Graça e ao Luís Fernandes, que por razões de todos conhecidas não poderam estar presentes,
Fortunato de Sousa
8 comentários:
As melhoras para os nossos doentes.
Parabéns ao escriba.
Desta vez os homens não se podem queixar, foram eles as estrelas da festa.
Sa fotos estão muito bonitas e fico à espera dos outros olhares dos caminhadeiros.
Bjs
Céu.
Parabéns pelo reporting e também pelo resultado da selecção, assim como aos organizadores do evento.
Vamos que a próxima época já está aí a bater à porta.
Saudações Caminhadeiras,
Bina e Carlos Sales
Mais uma caminhada!.
Foi agradável.
Mais uma viagem!
Não posso.
É entrar!é entrar!
Tenho de ficar.
Vamos aproveitar!
No blog.
Que está quase a acabar!
Por agora.
E antes que acabe, aqui deixo algo que escrevi para o caminhadeiro Clemente, mas que não foi possível dar-lhe a conhecer no dia do seu aniversário..
Ouvi falar em “ANOS”? TEMPO!
É do tempo que nos olhamos,
Olhando o que somos, fomos
E o que fizemos. Mas, também o
que não fomos, não somos e não fizemos.
Também do tempo nos orgulhamos,
Quando bem o enfrentamos com,
Bravura, atitude e emoção.
O tempo dá-nos vida, duração
E diz-nos se estamos fora de prazo, ou não.
O caminhadeiro em questão, afirma certamente,
E todos lhe damos razão. Caminhadas como esta
Tanta amizade, carinho, tanto empenho, reboliço
E alguma confusão, são coisas boas da vida,
Saboreando o tempo, alimentam e fortalecem-nos o coração.
Que importa “QUE TEMPO”?
Vivam “OS ANOS”! Viva o CLEMENTE!
A melhor idade da vida? O melhor tempo?
Serão os setenta e três? Os que já passaram?
Os que aí vêm à frente? O melhor é estar VIVO,
E ter a certeza que a vida não passa inútilmente.
Com um abraço de parabéns da caminhadeira,
Kinita
Belas as fotos e a reportagem deste dia tão bem passado.
O passeio mais curto não foi por razões de ordem física, mas para fazer companhia à Angelina com quem já não estava há bastante tempo.
Boa recuperação para os doentes.
Não me é possível ir à próxima caminhada, mas desejo a todos um bom passeio.
Ilda Maria
Felicito os caminhadeiros-mor por ter sido atingido o km. 1000.
Parece irrelevante, mas esse número corresponde a umas tantas caminhadas que sempre com a batuta deles foram organizadas. Não foi pouco o trabalho e tempo que dedicaram a este nosso grupo.
Vamos fazer mais Kms. e continuar a ter esta alegria contagiante que é o nosso emblema.
Obrigado.
Estava eu a fazer os meus kms por terras de Espanha e os caminhadeiros a 'sardinhar' por terras de Palmela.
Mas se perdi a caminhada, fiquei a saber tudo com mais uma reportagem 'ao vivo', as fotos e os comentários da ordem. Que desta vez vieram com um extra de poesia da Kinita que está cada vez mais inspirada.
E já a pensar na próxima... será que o Chico tem cadeiras para tanta gente?
manel reis
Desta vez, comento esta jornada depois de já estar inscrito para a próxima. Dirá o Balão que é mais uma originalidade caminhadeira. Será, mas pequena.
Da qualidade do dia, da reportagem escrita e das fotografias nem vale a pena acrescentar mais nada. Tudo bom! O Carlos Sales resume tudo com os parabéns pelo reporting e pelo resultado da selecção, mas eu acho que ele estava a pensar no Sporting e nos resultados da ralação. (É um trocadilho sem graça, mas tem paciência, ó Carlos).
Para mim, muito pessoalmente, foi um grande dia.
Primeiro, juntei-me aos que fizeram o percurso mais longo e acho que não me saí nada mal, passe a imodéstia. Depois, à mesa, tive o prazer de ficar ao lado do caminhadeiro que tem fama de ser o melhor garfo - e talvez o melhor copo - do grupo e, meus amigos, foi um mano-a-mano pouco menos que pantagruélico!
Não me lembro de outra caminhada em que tenha comido e bebido tão bem. São os benefícios de nos juntarmos aos bons.
O Plexus do José António, trazido directamente da Adega Cooperativa do Cartaxo para festejar um aniversário - muitos parabéns, José António, pela 73 primaveras - abriu o caminho, o branco da casa secundou - ainda provei o tinto, mas achei que o branco hidratava mais - e depois foi um corrupio de travessas de sardinhas trazidas por um eficientíssimo, paciente e atencioso empregado de mesa e partilhadas por mim e pelo Flôxo.
As sardinhas estavam deliciosas, a salada era boa, o vinho escorregava bem, a fome era muita, a sede era maior e as nossas capacidades de ingestão eram notáveis. Já toda a gente havia terminado e esperava, e nós continuávamos com um jovial apetite dos 18 anos. Ainda veio mais uma travessa de sardinhas, ainda as partilhámos num ápice, restando uma. Pois até essa dividimos: o Flôxo comeu-lhe a cabeça e eu comi-lhe o rabinho.
Lembro-me bem de a Maria do Céu me ter oferecido um ramo de orégãos e um discurso, mas não me lembro do discurso. Também não me lembro do cheiro dos manjericos da Maria Luísa Clemente nem do sabor das bebidas estrangeiras da Graça Sena. Não dei pelo sorteio do avental, nem por o Bernardino ter ganho um corno. (Aqui, pergunto directamente ao próprio Bernardino: se não constava o teu nome, como é que souberam que o corno era teu?).
Para rematar, aconteceu o jogo da selecção. E este vosso amigo, supinamente ignorante em coisas de futebol - assim como em muitas outras - teve a feliz ideia de se juntar a um grupo afastado do televisor e perto duma garrafa. Uma ou várias - já não me dei bem conta... Sei que a conversa deve ter sido divertida, pois lembro-me de rirmos muito, mas não sei de que falámos. Sei que as bebidas deviam ser boas, pois bebemos bem, mas não sei o que bebemos. Nem sei se paguei alguma coisa, mas penso que não: sei que achei que tudo estava a ser de graça, porque a felicidade não tem preço.
Resultado: sei que fiz a viagem de regresso, tal como a de ida, com a Lídia e o Pedro Albuquerque - espero não ter sido muito maçador nem ter ressonado muito alto, mas se sim peço desculpa -, e fiquei convencido que o Dores Alves regressara connosco, tal como tinha ido, e só dias depois fiquei a saber que ele viera noutro carro.
Outro resultado: quando entrei em casa, vinha feliz mas a trocar as pernas. Entretanto, um companheiro de alma sã e conhecedor da vida - duas belas características caminhadeiras - disse-me que depois de uma caminhada daquelas qualquer um troca as pernas. Senti-me grato e muito mais animado.
Abraça-vos com amizade o
Gil Furtado
Em tempo:
Não esqueci o prazer de ter conhecido novos caminhadeiros e caminhadeiras nem a satisfação de ter recolhido no meu exemplar de "O que Caminhei e Não" mais uns quantos autógrafos destes novos e de alguns mais antigos.
Muito obrigado a todos.
GF
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