Data da Caminhada: 06/05/2009
Local: Arneiro Nisa – PR4 Trilhos do Conhal
Percurso: 9 Kms / 02:00 Horas
Caminhantes: António Bernardino; António Pires; Armando Lourenço; Chico Pires; Dores Alves; Fortunato de Sousa; Gil Furtado; Gilberto Santos; Luís Fernandes; João Costa; João Figueiredo; Manuel Floxo; Manuel Pedro; Maria do Céu Pedro; Manuel Reis; Manuel Tomás; Vitor Gonçalves.
Organizador: Fortunato de Sousa
Almoço: O Túlio (Arneiro – Tel. 245.469.129) Preço: € 20,00
Próxima Caminhada: 20/05/2009 (Organiza o João Figeiredo)
Fundo de Reserva: € 392,00
Reportagem:
Após 6 semanas de interregno para carregar baterias, reeniciou o grupo ‘Os Caminhadeiros’ as actividades pedestres na sempre deslumbrante paisagem que é o norte alentejano. O percuso ‘PR4-‘Trilhos do Conhal’ localizado entre Nisa e as Portas do Rodão em plena Serra de S. Miguel, poderia mui justamente ser rebatizado para ‘Sarilhos dos Trilhos do Conhal’. É que para atingir o cimo da serra, seja no sentido efectuado o ano passado ou no inverso como foi realizado ontem, são sempre sarilhos para lá chegar. Que o diga a encilopédia itenerante chamada António Bernardino, que por várias vezes teve que interromper a marcha para descansar e baixar a cabeça (ver fotos). Justificava ele que este estranho exercício minorava uma possível perda de irrigação na caixa craniana, com a consequência dramática que seria a perda de toda a informação incluída na base de dados aí residente. Em contrapartida e como sempre em oposição de fase às opiniões do Bernardino, todos nos queixavamos mais dos pés e não da cabeça. O Gil Furtado, possuidor de uma sensibilidade intuitiva fora do normal, passados que foram 5 minutos de andamento em terreno plano, quando inclinou a cabeça para trás e viu o trilho que faltava percorrer até ao fim da subida que levava ao cimo da serra, pura e simplesmente desistiu. Sarilhos que chegassem já as tripas lhe tinham dado durante a noite e na viagem de Lisboa até ao Arneiro.
Passadas 2 horas sob um sol escaldante e já exaustos, terminou a maior parte do grupo a caminhada. Outros mais aventureiros e curiosos chegaram mais tarde, mas compensados com o cenário que a paisagem e as águas do Tejo em dia de calmaria lhes tinham proporcionado.
Depois, já com a companhia do nosso amigo Estrela Alves, que mais uma vez nos brindou com a sua presença, iniciamos o maravilhoso repasto servido pelo nosso amigo Inácio. A Sopa de Peixe é apenas deslumbrante. As postas de peixe do rio que mais parecem do mar, as ovas do dito sobre as sopas de pão e os sabores resultantes do combinado das ervas aromáticas embriagam-nos o palato. Em resposta à pergunta do Vitor Gonçalves porque são as carpas cozidas com guelras, respondeu o Inácio que se assim não fosse subtraía-se um aos 12 sabores que a sopa contém. Eu acredito.
Para finalizar e tal como no ano passado, quis o nosso amigo Inácio brindar-nos com um espectáculo extraordinário. Por mim, volto a repetir que não há na nossa praça artistíca muita obra prima com as qualidades deste homem multifacetado. Dizia a Maria do Céu que foram só 4 horas de actuação ininterrupta a cantar Fado (Tradicional e Coimbra), anos 60, Quim Barreiros, música brasileira, africana, popular portuguesa, de intervenção, etc.etc.etc....O João Figueiredo e o Balão de Sousa também deram uma ajudinha, mas garanto que por vontade do Inácio ainda lá estávamos agora.
Local: Arneiro Nisa – PR4 Trilhos do Conhal
Percurso: 9 Kms / 02:00 Horas
Caminhantes: António Bernardino; António Pires; Armando Lourenço; Chico Pires; Dores Alves; Fortunato de Sousa; Gil Furtado; Gilberto Santos; Luís Fernandes; João Costa; João Figueiredo; Manuel Floxo; Manuel Pedro; Maria do Céu Pedro; Manuel Reis; Manuel Tomás; Vitor Gonçalves.
Organizador: Fortunato de Sousa
Almoço: O Túlio (Arneiro – Tel. 245.469.129) Preço: € 20,00
Próxima Caminhada: 20/05/2009 (Organiza o João Figeiredo)
Fundo de Reserva: € 392,00
Reportagem:
Após 6 semanas de interregno para carregar baterias, reeniciou o grupo ‘Os Caminhadeiros’ as actividades pedestres na sempre deslumbrante paisagem que é o norte alentejano. O percuso ‘PR4-‘Trilhos do Conhal’ localizado entre Nisa e as Portas do Rodão em plena Serra de S. Miguel, poderia mui justamente ser rebatizado para ‘Sarilhos dos Trilhos do Conhal’. É que para atingir o cimo da serra, seja no sentido efectuado o ano passado ou no inverso como foi realizado ontem, são sempre sarilhos para lá chegar. Que o diga a encilopédia itenerante chamada António Bernardino, que por várias vezes teve que interromper a marcha para descansar e baixar a cabeça (ver fotos). Justificava ele que este estranho exercício minorava uma possível perda de irrigação na caixa craniana, com a consequência dramática que seria a perda de toda a informação incluída na base de dados aí residente. Em contrapartida e como sempre em oposição de fase às opiniões do Bernardino, todos nos queixavamos mais dos pés e não da cabeça. O Gil Furtado, possuidor de uma sensibilidade intuitiva fora do normal, passados que foram 5 minutos de andamento em terreno plano, quando inclinou a cabeça para trás e viu o trilho que faltava percorrer até ao fim da subida que levava ao cimo da serra, pura e simplesmente desistiu. Sarilhos que chegassem já as tripas lhe tinham dado durante a noite e na viagem de Lisboa até ao Arneiro.
Passadas 2 horas sob um sol escaldante e já exaustos, terminou a maior parte do grupo a caminhada. Outros mais aventureiros e curiosos chegaram mais tarde, mas compensados com o cenário que a paisagem e as águas do Tejo em dia de calmaria lhes tinham proporcionado.
Depois, já com a companhia do nosso amigo Estrela Alves, que mais uma vez nos brindou com a sua presença, iniciamos o maravilhoso repasto servido pelo nosso amigo Inácio. A Sopa de Peixe é apenas deslumbrante. As postas de peixe do rio que mais parecem do mar, as ovas do dito sobre as sopas de pão e os sabores resultantes do combinado das ervas aromáticas embriagam-nos o palato. Em resposta à pergunta do Vitor Gonçalves porque são as carpas cozidas com guelras, respondeu o Inácio que se assim não fosse subtraía-se um aos 12 sabores que a sopa contém. Eu acredito.
Para finalizar e tal como no ano passado, quis o nosso amigo Inácio brindar-nos com um espectáculo extraordinário. Por mim, volto a repetir que não há na nossa praça artistíca muita obra prima com as qualidades deste homem multifacetado. Dizia a Maria do Céu que foram só 4 horas de actuação ininterrupta a cantar Fado (Tradicional e Coimbra), anos 60, Quim Barreiros, música brasileira, africana, popular portuguesa, de intervenção, etc.etc.etc....O João Figueiredo e o Balão de Sousa também deram uma ajudinha, mas garanto que por vontade do Inácio ainda lá estávamos agora.
Não esquecer o 'Caminhadeiro Mor' António Henriques que ontem não marcou presença, mas se está a preparar intensivamente na arte de bem tocar 'Cavaquinho' de modo a poder vir a ofuscar o brilho artístico do nosso amigo Inácio na componente instrumental.
Mesmo com os ‘Sarilhos dos Trilhos do Conhal’, para o ano que vem acho que temos de voltar ao Arneiro. É que não há duas sem três e o nosso amigo Dores Alves tem que voltar a Nisa para comprar os queijos.
Já ao caír do dia e entrar da noite, regressamos a Lisboa com a sensação de dever cumprido. Uns quantos ainda foram à estalagem de Vila Velha de Rodão tomar o chá da praxe.
Cumprimentos Caminhadeiros,
Fortunato de Sousa
Mesmo com os ‘Sarilhos dos Trilhos do Conhal’, para o ano que vem acho que temos de voltar ao Arneiro. É que não há duas sem três e o nosso amigo Dores Alves tem que voltar a Nisa para comprar os queijos.
Já ao caír do dia e entrar da noite, regressamos a Lisboa com a sensação de dever cumprido. Uns quantos ainda foram à estalagem de Vila Velha de Rodão tomar o chá da praxe.
Cumprimentos Caminhadeiros,
Fortunato de Sousa
Apendice à reportagem a pedido do Caminhadeiro Manuel Reis:
Dos pontos de interesse incluidos neste percurso pedestre, há um intitulado 'Buraco da Faiopa', com uma lenda a ele associada e que é a seguinte:
Conta o povo desta região que em tempos se guerrearam junto às Portas do Rodão mouros e cristãos. Uma dama de nome Urraca esposa de fidalgo cristão que por aqui vivia apaixonou-se por um mouro. Sempre que o marido cumpria os deveres patrióticos de combater os sarracenos, aproveitava a nobre dama para se encontar com o dito cujo mouro, naquele que é hoje conhecido como o buraco da Faiopa. Aqui praticavam lutas corpo a corpo muito diferentes das que o marido experimentava na guerra. Após muita paixão ardentemente vivida, foram um dia surpreendidos em flagrante delito pelo marido da dama que inesperadamente regressou mais cedo da contenda. Vingou-se o infortunado cristão atando uma pedra de moinho ao pescoço da traidora atirando-a pela encosta, indo esta cair no que é ainda hoje conhecido por estas bandas como ' O Pego da Urraca'.
6 comentários:
O amigo Balão de Sousa mais uma vez mostra os seus dotes de bom cronista. A descrição da ida a Nisa está primorosa.Tudo o resto já foi dito por ele, e de que maneira!
Um abraço,
Para a reportagem ficar completa, faltam as fotos e os filmes que alguns caminhadeiros recolheram nesse dia. Só com esses registos publicados poderemos recordar a maravilhosa jornada do grupo.
Cumprimentos,
Fortunato de Sousa
Caminhadeiro de Sousa, já mandei o link para as fotos, cujas levam legendas para ver se espicaçam outros comentários de alguns que 'falam, falam, falam, mas depois não escrevem nada'.
E está lá uma coisa que falta na reportagem: o famosissimo 'Buraco da Faiopa' que por acaso ninguem viu mas cuja história alguem me contou pelo caminho e que poderia ser acrescentada pelo tal erudito. Isto se o meu amigo não levar a mal que lhe acrescentem algo...
Amigos, que grande caminhada.
Fico contente em saber que o Bernardino resistiu, bravo Bernardino.
Que pena de não terem feito video da actuação do grande mestre Inácio.
Um abraço
Ahenriques
a maior reportagem fotografica de sempre! e com legendas! e ainda faltam os filmes do chico.
parafraseando o 'nosso' poeta tambem se faz caminho a fotografar.
Desta vez temos uma galeria de fotos em que vários caminhadeiros tiveram oportunidade de evidenciar as suas qualidades de repóters fotográficos. Temos que nomear dentro do grupo uma comissão credívem e isenta, que no fim do ano selecionará os melhores registos fotográficos.
Quanto à lenda da Faiopa que o Manel Reis muito legitimamente menciona e solicita no seu comentário que seja publicada, vou adicioná-la à reportagem procurando não alterar o que ele e eu ouvimos do Chico Pires.
Um abraço,
Fortunato de Sousa
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