domingo, 24 de maio de 2015

* * * * * * * * 18ª Caminhada da Época 2014 / 2015 * * * * * * * * Pelos Caminhos de S. Tiago de Rio de Moinhos-Dia 20 de Maio





Data do Encontro: 20/05/2015
Local: Rio de Moinhos, concelho de Borba
Percurso: 8,5 kms em 2 horas
Organizador: Miguel Cardoso
Caminhantes: (36) Angelina Martins; António Palma; Carlos Evangelista; Carlos Penedo; Carmen Firme; Cidália Marta; Fortunato de Sousa; Gabriela Bentes; Gil Furtado; Graça Sena; Helena Meleiro; João Duarte; João Figueiredo; José Clara; José Dionísio; Quinita de Sousa; Lina Fernandes; Luís Fernandes; Luís Martins;  Lurdes Clara; Manuel Flôxo; Manuel Garcia; Manuel Pedro; Manuel Reis; Margarida Graça; Maria da Luz; Maria do Céu; Octávio Firme; Odete Vicente; Pedro Albuquerque; Rita Graça; Rogério Matias; Teresa Palma; Virgílio Vargas; Vítor Gonçalves e o organizador.
Almoço: Restaurante “Espalha Brasas”-Alcaraviça
Evento Cultural: Visita à Adega Cooperativa de Borba
Chá de final de dia: Cafetaria “Paris”
Próxima caminhada: 03/06/2015 (Organizador: João Duarte e Teresa Palma Duarte)
Reportagem:
Novamente em terras Alentejanas, desta vez na freguesia de Rio de Moinhos, concelho de Borba, realizámos mais uma jornada caminhadeira e como sempre, com início pautado pela excelente pontualidade de todos os elementos do grupo.
A concentração teve lugar no largo em frente à Igreja Paroquial de S. Tiago Rio de Moinhos, a mais antiga do concelho de Borba, a qual não deixou de merecer uma visita por parte da maioria dos presentes.
Após a fotografia de grupo para a posteridade e com um tempo de amena primavera, iniciamos a caminhada por entre vinhedos e olivais e durante a qual pudemos observar alguns pontos de interesse, tais como: Ribeira de Rio de Moinhos; Casario da Ribeira; Ermida de Santo António; Monte do Zambujeiro e respectiva adega; Aldeia de S. Gregório; Serra D’ Ossa; Herdade do Monte Branco; Fonte e Albufeira do Monte Branco; etc..
Dos referidos pontos de interesse, salientamos a Aldeia de S. Gregório (Turismo Rural), onde foi feita uma pausa para reagrupamento e recuperação de energias para a fase final do percurso.
Cumprimos assim a 1ª parte da nossa jornada.
Seguiu-se o almoço, com os pratos tradicionais da região e novamente no restaurante “Espalha Brasas”, localizado no Monte das Naves de Cima, perto da povoação de Alcaraviça.
Durante o mesmo foi feito um sorteio entre os presentes, de recordações de S. Tiago de Compostela, amavelmente cedidas pelos Caminhadeiros Graça Sena e Carlos Penedo, Bem Hajam!
Como previsto, seguiu-se a parte cultural com uma visita à Adega Cooperativa de Borba, onde nos foi dado observar as diferentes e principais fases de produção do vinho, desde a pesagem da uva, sua fermentação, engarrafamento e estágio do mesmo.
Cumpriu-se a última etapa da nossa jornada, com o habitual chá de final de dia na Cafetaria “Paris”, onde nos foi servido o chá com os respectivos bolinhos caseiros e durante o qual o nosso Caminhadeiro-mor Fortunato de Sousa, como já acontecido em eventos anteriores, nos animou mais uma vez com belíssimos Cantares Alentejanos.
Agradeço encarecidamente a todos os participantes nesta jornada caminhadeira, e em especial ao Caminhadeiro-mor Fortunato de Sousa, pela preciosa ajuda dada no planeamento da mesma.
Certamente que todas as magníficas imagens obtidas pelos nossos repórteres fotográficos, completarão a minha resumida reportagem.
Agradecimentos:
- Câmara Municipal de Borba nas pessoas de:
Dra. Sara, responsável pelo departamento da cultura e
Sr. Luís Paixão, por nos terem dado uma preciosa ajuda na preparação da caminhada.
- À Sra. Dra. Andreia Gonçalves do departamento de Marketing da Adega Cooperativa de Borba, pelo acolhimento que nos foi dispensado durante a nossa visita.
- Restaurante "Espalha Brasas", na pessoa da D. Paula pelo seu esmerado serviço.
- Cafetaria  “Paris” na pessoa do Sr. Eduardo Geadas, pelo excelente serviço, no chá de final de dia.
Saudações Caminhadeiras,

Miguel Cardoso

* Escrito de acordo com a antiga ortografia.

4 comentários:

LM disse...

Não há caminhadas perfeitas! É verdade! Aliás, não há nada perfeito. E quem assim não pensar decerto não tem os pés bem assentes no chão. O que há é vontade de fazer mais e melhor. Mas a vontade é o motor que une todas as partes de um conjunto que se quer coeso e a funcionar bem oleado. E é aqui que reside o busílis de todas as questões. Para melhor explicar o nosso ponto de vista vamos dizer assim: se a nossa defesa não conseguir parar totalmente os avançados adversários mas os nossos dianteiros conseguirem marcar mais que eles… então o objectivo final foi conseguido; se os nossos avançados não marcarem mas a defesa impediu que se sofresse golos, então não se perdeu tudo.
Depois desta arengada sem pés nem chuteiras o que queremos é agradecer ao Miguel por esta caminhada que nos veio mostrar e dar a conhecer mais profundamente – pelo menos a nós – uma região de que o Miguel já nos abrira as portas há algum tempo atrás.
Duas ou três coisas nos ficaram registadas profundamente na memória: a singeleza e beleza das igrejinhas e capelinhas que fomos encontrando, não só no aspecto arquitectural como, e sobretudo, no aspecto artístico-decorativo. Foi realmente não só de espantar como revelador: de espantar porque elas estão muitas vezes construídas em lugares bastante ermos, e revelador porque isso significa que em tempos muito remotos aqueles lugares teriam sido importantes e bastante povoados não só por gente do povo como também por artistas e gente de posses que os podiam contratar. Basta-nos olhar e apreciar as pinturas dos tectos e algumas esculturas dessas mesmas igrejinhas.
Outra coisa que nos encheu a mente e o coração foi a vista das vinhas perfeitamente cuidadas e prontas a produzir vinhos que nos deixam a salivar. Os seus alinhamentos, a sua cor verde em contraste com o castanho do xistoso, os pequenos cachos já nascidos, tudo isto é digno de ser visto e de apreciar as gentes que isso conseguem.
Mas também vimos muita casa abandonada, aldeias esventradas dos seus ocupantes, parcial ou totalmente. Mas os tempos são outros. E termos conhecimento disto ajuda a compreender a questão.
Há uma coisa que demora muito tempo a mudar: são as mentalidades. É verdade que os alentejanos são orgulhosos de si próprios, é verdade, mas não devem pensar que são os únicos e como quaisquer gentes também devem ser humildes. O facto de se considerarem o celeiro já da nação foi um mito que o Estado Novo criou com finalidades mais obscuras, já que desde o séc.XVI ou XVII que se importa trigo do norte da Europa. Isto não invalida a dignidade do seu trabalho, de modo nenhum. Mas há pessoas mais velhas do que nós – felizmente não todas nem nada que se pareça - cujas mentalidades têm de mudar e gerações como a nossa e a dos nossos filhos, felizmente, já estão a tratar disso.
Vamos ficar por aqui porque de palha já isto vai longo. Mais uma vez agradecemos o trabalho e o cuidado que tiveste para nos oferecer uma jornada caminhadeira que, embora, não perfeita foi, contudo, muito boa.
Um abraço.
Angelina e LM

Fortunato de Sousa disse...

Venho aqui dar um grande abraço solidário ao meu amigo Miguel, pelo grande empenho que como sempre coloca na realização dos programas Caminhadeiro que organiza. A minha contribuição que ele refere na reportagem, foi muito curta mas também muito gratificante para os dois.
O Alentejo na Primavera é de uma beleza deslumbrante, ainda mais se observado pelos olhos de um alentejano dos quatro costados.
Como diz o Luís Martins, os montes abandonados e em degradação galopante são uma nódoa na planície. Pode ser que um dia ainda haja condições e vontade de os recuperar.
Portanto, mais uma vez os meus parabéns ao Miguel pelo magnifico dia que nos proporcionou e, um agradecimento especial pelas ameixas de Elvas que acompanharam a sobremesa e que foram uma oferta sua.
Saudações Caminhadeiras em passada solidária,
Fortunato de Sousa

Maria do Céu disse...

Para mim foi uma caminhada excelente, a paisagem lindissima, as "uveiras" cuidadas e a perder de vista, isto quer dizer,que se o S. Pedro ajudar vamos ter bom vinho lá para os lados de Borba.
O almoço estava bom e recomenda-se e as ameixas também deviam estar, mas como são um poço de doce poupei-me.
Foi pena não termos provado o "rosete", mas por sugestão do nosso amigo Fortunato, comprei uma garrafa para experimentar. Ainda não demos cabo dela.
Uma beijoca para o Miguel com um muito obrigada. Céu.

Carlos disse...

Embora um pouco atrasado por motivos já previstos, esta vida de Caminheiro Andante deixa-me muito pouco tempo livre, não posso deixar de felicitar o meu amigo Miguel pela jornada caminhadeira que nos proporcionou nas belas terras alentejana de região de Borba. Tempo óptimo, caminhada na medida certa, nem oito nem oitenta, belas paisagens como documentam as fantásticas fotos e obras de arte apresentadas no blog, excelente almoço em todos os aspectos, nomeadamente na simpatia do pessoal, para não falar na galinha doirada que é sempre um prato cinco estrelas do Espalha Brasas, ameixas de Elvas para a sericaia, (graças ao organizador) óptimo convívio, visita à adega (eu não provei porque estava de serviço à condução, mas tive oportunidade de comprar algum a bom preço), agradável chá das cinco, o que é que se pode pedir mais ?? Para mim foi uma excelente jornada caminhadeira e dou os parabéns ao Miguel que com de costume se dedicou de alma e coração a este objetivo. Um grande abraço para ele.
Aproveito para informar que, ao contrário do que eu pensava, aquelas pequenas lembrancas de pano que a Graça e eu distribuimos a todos para colocar nas mochilas, são para colar através de um processo muito simples que passo a descrever (para alguns não será novidade, certamente).
Coloca-se a peça no sitio onde se pretende, as setas, as espadas de Santiago e os sinais do caminho, e depois põe-se um pano por cima e com o ferro de engomar quente deixa-se ficar em cima do pano até a cola derreter e agarrar no tecido da mochila por exemplo.
Eu não sabia que era assim e a senhora que nos forneceu as peças também não nos explicou, só quando pedi à minha costureira para me coser a peça na mochila é que ela me ensinou. Santa ignorância. Aprender até morrer. Desculpem as moléstias, como dizem os nossos hermanos.
Abraço e beijos a todos
CPenedo