segunda-feira, 23 de junho de 2014

* * * * * * * * 20ª caminhada da Época 2013 / 2014 * * * * * * * * Pic Nic Caminhadeiro na Serra de Montejunto . Dia 18 de Junho




Álbuns de Fotos:
Data do Encontro: 18/06/2014
Local: Serra de Montejunto
Percurso: 9, 500 kms – 02:45 Horas
Organizadores: Carlos Penedo e Victor Couto
Caminhantes: (35)
Angelina Martins; António Clemente; Armando Lourenço; Carlos Penedo; Carmen Firme; Fátima Libanio; Fortunato de Sousa; Gil Furtado; Gilberto Santos; Inês Garcia; João Costa; João Duarte; João Figueiredo; Lina Fernandes; Lúcio Libanio; Luís Fernandes; Luís Martins; Luísa Clemente; Luke Beraneke; Manuel Flôxo; Manuel Garcia; Manuel Pedro; Manuel Reis; Margarida Serôdio; Maria do Céu; M. do Céu Fialho; M. da Luz Fialho; Nela Costa; Octávio Firme; Quinita Sousa; Rogério Matias; Teresa Palma; Victor Couto; Victor Gonçalves; Virgílio Vargas.
Almoço: Parque de Merendas da Serra de Montejunto
Próxima Caminhada: 04, 05 e 06/07/2014 (F. Sousa, L. Fernandes e V. Gonçalves).
Reportagem:
Depois de várias tentativas para realizar uma caminhada na serra de Montejunto, conseguiu finalmente o caminhadeiro Carlos Penedo, com a ajuda do seu primo Victor Couto, levar por diante a sua promessa. E em boa hora o fez, porque a maior parte dos participantes no evento nunca tinham visitado este local onde a natureza foi pródiga em ofertas de paisagens deslumbrantes. Também aqui tivemos oportunidade de encontrar uma grande beleza e diversidade de fauna e flora, inseridas em área protegida e muito bem conservada. As imagens recolhidas pelos vários repórteres caminhadeiros serão o testemunho destas minhas palavras.
A ocupação humana da serra de Montejunto remonta à época Neolítica e nela podemos encontrar ainda vestígios arqueológicos. No cimo foi erguido no século XII o primeiro convento Dominicano em Portugal, junto das ermidas de S. João Baptista e da Senhora das Neves.
O parque de merendas foi o local escolhido pelos organizadores para a concentração dos 37 participantes na Caminhada. Seriam 38, se uma lesão de última hora mas préviamente anunciada não impedisse o caminhadeiro Luís Pontes de marcar presença.
Portanto, depois do café matinal tomado no bar do parque e das saudações habituais entre os participantes, foi tirada a foto de grupo que perpetuará a nossa 1ª passagem pela serra de Montejunto. De seguida demos início ao percurso pedestre, todos juntos em direção ao ponto mais alto do monte. Daqui, tivemos oportunidade de ver as melhores paisagens que o local oferece, qualquer que seja o ângulo de visão seleccionado. Foi este também o troço mais difícil da caminhada, já que a partir dali seria sempre a descer e a parte final em circuito plano à volta do ponto de partida. Mais ou menos a meio, houve uma pequena paragem para repôr energias e reagrupamento do pessoal caminhadeiro. O resto do percurso foi efectuado em grupos divididos e em ritmo mais rápido ou mais lento de acordo com o que cada um lhe parece ser para si o mais adequado.
Finda a caminhada, aconteceu aquele que seria o grande momento inovador do evento: O almoço tipo Pic Nic. Para surpresa de todos, o António Palma e o Carlos Evangelista já esperavam por nós devidamente munidos de armas e bagagens gastronómicas ao estilo pic nic. Só numa enorme arca geladeira feita em esferovite descansavam várias garrafas de cerveja tipo mini, que foram a delícia dos caminhadeiros mais acossados pela sede. Mas não se ficou por aqui o desfile de sacos, caixas e cestos lindíssimos de merendas. Passado pouco tempo da hora de chegada, o parque mais parecia uma feira de tasquinhas ao estilo caminhadeiro. As várias mesas e bancos de pedra, distanciadas umas das outras para manter uma certa privacidade a quem as utiliza, foram para nós um factor de inconveniência, dado que não nos permitiu ficar junto uns dos outros durante o festival pic-niqueiro. Mas era ver as tolhas coloridas sobre as mesas, várias travessas com muitos tipos de saladas, rissois, panados, pasteis de bacalhau e até para surpresa da maioria, um fogão com um tacho em cima, onde o Manuel Garcia terminava a confecção da sua iguaria preferida: arroz de coelho à maneira. E as senhoras caminhadeiras a insistirem: prova aqui o meu petisco que está bem bom. Enfim, um festival gastronómico onde nem sequer faltaram as sobremesas compostas por doces de 1ª qualidade e até um cesto de verga com deliciosas ameixas que o João Figueiredo colheu nessa manhã do seu pomar na Abóboda. E o nosso amigo Flôxo, que só da sua parte trouxe nada menos que 4 geleiras, mas ao almoço só abriu 2, porque segundo ele as outras ficavam reservadas para a hora do chá. Dos vários vinhos para acompanhar as iguarias nem é bom falar, pois desde o famoso "Plexus", passando por brancos e tintos de várias origens até aos digestivos do Manuel Flôxo e do António Clemente, o mais difícil é encontrar  adjectivos que possam classificar tão preciosos néctares.
De realçar e agradecer mais uma vez à Maria do Céu, que desta vez nos presenteou com um molhinho de oregãos de Leceia.
Dado que não havia tempo para uma merecida e retemperadora cesta, fomos cumprir a parte cultural com uma interessante visita à Real Fábrica do Gelo. Construída em meados do século XVIII por iniciativa privada, tinha como objectivo o fornecimento de “neve” à cidade de Lisboa, e está desde 1997 classificada como Monumento Nacional. Em nome do grupo, os parabéns e o nosso agradecimento à guia Carla, pelo excelente acompanhamento, espírito de humor e enorme paciência demonstrados.
Já com a presença da Ana Margarida e do pequeno Dinis (esposa e filho do Victor Couto), seguiu-se a tomada do imprescindível chá, desta vez de várias qualidades e preparado ao momento em fogões de campanha. O acompanhamento do mesmo, para além dos mimos algarvios e não só que o Flôxo ia sacando das suas mágicas geleiras, tivemos ainda os bolinhos oferecidos pelo fundo de maneio e pelo Casal Angelina e Luís Martins. Como era dia de aniversário do André Martins e da Ana Penedo (filhos dos Martins e do Carlos Penedo), cantámos em uníssono os parabéns a você em plena Serra de Montejunto. Alguém dizia, que depois desta demonstração de competências alargadas e de grande qualidade, está o grupo “Os Caminhadeiros” preparado para enfrentar todo o tipo de modalidade de jornadas caminhadeiras que possam existir ao cimo da terra.
E foi assim, com despedidas até à próxima caminhada, que pouco a pouco fomos abandonando a bonita serra de Montejunto e começando a preparar a visita à serra da Gardunha, que dará por terminada a presente época Caminhadeira.

Saudações Caminhadeiras em passada de média altitude,

Fortunato de Sousa

7 comentários:

FotosCaminhadeiros disse...

Eu sei o que custou arranjar um percurso na serra de Montejunto para os Caminhadeiros. Até eu servi de cobaia, com a Odete e a Graça Sena, numa das tentativas do Penedo e Victor mas nessa chegamos lá acima com as pernas a tremer e o percurso foi chumbado. Ouvi dizer que foi à terceira tentativa mas valeu a pena caminhar naquela bela serra, apreciar a magnifica vista de todos os ângulos e acabar fresco que nem uma alface.
No entanto para mim o ponto alto desta caminhada foi a bela ideia de lançar o 1º picnic dos caminhadeiros (já tinhamos um na serra da estrela mas penso que foi preparado pelo hotel). As infraestruturas eram excelentes, o clima ajudou, não havia moscas nem abelhas, mas eu tenho que vos contar o que vi para que não fique esquecido. Devo começar por dizer que o meu farnel eram 2 miseras sandes de queijo serra com maçã (aprendi com o Balão), uma caixa com cerejas e ameixas e 1/4 de tintol. Com a 'lata' que me caracteriza comecei a rondar as várias mesas e foi um ver se te avias. Que eu me lembre provei: cuscus com legumes e cubos de queijo e presunto para acompanhar (para mim isto é gourmet!), coelho à jardineira, salada de grão com bacalhau, carne assada, feijão frade com atum, pasteis de bacalhau, salada de alface e tomate(!), empanada galega (adivinhem quem levou), peixinhos da horta (mmm...), bola de carne, bifes panados, entrecosto grelhado, frango frito, frango assado. Fruta havia muita, um bolo e uma mousse de se lhe tirar o chapéu (com cheirinho então...), cervejas do CEF/Palma, vinho tinto e rosé a rodos (até havia uma bag-in-box de Pias!). Parecia um festival de gastronomia, eu fazia parte do juri e claro que uma das sandes voltou para casa intacta. Peço desculpa se alguem passou fome por minha causa mas se eu não tivesse provado como é que havia de vos estar a descrever o assunto? Ao café não faltaram vários xiripitis e o chá de ervas caseiras do Manel Garcia estava uma delícia para acompanhar a doçaria variada servida ao lanche.
Ah e ainda por cima o Luis Fernandes não teve hipóteses de aplicar os seus famosos uplifts.
Parabéns ao Carlos Penedo e Victor. Continuem assim que vão longe!

Luis Fernandes disse...

Lindo este comentário, pena é o autor ser o FotosCaminhadeiros, se ao menos tivesse assinado!
Mas eu até sei quem escreveu, mas não digo.
Chamo a atenção dos "comentaristas" o cuidado de abrirem o seu próprio e-mail antes de comentar o blog, para serem identificados. Se não abrirem nenhum,fica como Anónimo e aí convém assinar.

Já agora uma correcção,no 1º picnic, todos ou quase todos levaram os "comes", na mochila.

De resto está tudo descrito. Mais nada a acrescentar senão os parabéns ao Carlos Penedo e ao Vitor Couto

Saudações caminhadeiras assinadas

LF

LM disse...

Cá em casa estamos mais do que satisfeitos com a concretização desta ideia; de facto, pela nossa parte, pensamos que resultou em cheio. Não só pela novidade, não só porque a variedade do almoço foi fabulosa, mas também porque, creio que pela primeira vez, o 'ministro das finanças' ficou a ver os 'tustos'. Foi mais um belo e feliz dia de convívio entre nós. Um abraço aos organizadores.
A&LM

Maria do Céu disse...

Repararam no "ar " feliz dos comentários, porque o nosso ministro das finanças , nesta caminhada, não arrecadou, mas antes largou ( entradas na fábrica do gelo) uns "aéreos"? Será que por este desize não vai amuar e cobrar com juros o que não arrecadou nesta caminhada?. Cá para mim a vingança vai servir-se fria ou quente, depende do almoço. Foi uma bela caminhada, o pic nic fantástico , e não há dúvidas foi uma boa ideia para encerrar as caminhadas do ano. Vem aí a extraordinária como remate de época. Gabriela, terias adorado tudo. Bjs. Céu.

octavio disse...

Os meus parabéns pela excelente jornada organizada pelo Carlos Penedo e pelo seu primo Victor Couto e pela não menos excelente reportagem efectuada pelo escriba de serviço (recurso?) Fortunato de Sousa. A ideia do pic-nic foi óptima e serviu para evidenciar os talentos, (porventura escondidos), de alguns verdadeiros/as 'chefs gourmets'.
Vai agora uma pequena correcção ao texto do Fortunato, do qual ele não é de todo responsável, pois se baseou na literatura distribuída, a qual presumo ser da responsabilidade da Câmara do Cadaval.
Vamos aos factos: tal como eu já na altura comentei, era impossível que a fundação do mosteiro Dominicano, actualmente em ruinas no alto da Serra de Montejunto, remontasse ao século XII. Domingos de Gusmão e Francisco de Assis apresentaram ao Papa Inocêncio III, entre 1206 e 1209, projectos de fundação de ordens mendicantes, em contraponto com a opulência e o fausto das ordens entretanto existentes (Cister,Cluny, Beneditinos) entre outras. Porém, para que não se tornassem seitas e não fossem criadas mais heresias que as que já então grassavam no norte de Itália e no sul de França, exigiu que as regras (estatutos) dessas Ordens fossem por si aprovadas. Quer no caso dos Franciscanos ,quer no caso dos Dominicanos, estas só vieram a ser aprovadas já no pontificado de Honório III, em 1216 os Dominicanos e em 1218 os Franciscanos. No caso concreto dos Dominicanos a Ordem passou a chamar-se Ordem dos frades pregadores mendicantes de S, Domingos. Foi este Papa que canonizou S. Francisco de Assis, S. Domingos de Gusmão, bem Como Sto António de Lisboa.
A primeira tarefa encomendada por Inocêncio III a Domingos de Gusmão foi iniciar uma pregação contra a heresia Cátara, a qual deu orígem às Cruzadas Albigenses que têm no seu haver as atrocidades cometidas contra os Cátaros no sul de França, nomeadamente com a queima de alguns milhares refugiados na Catedral de Beziers. Também é da responsabilidade dos Dominicanos a tristemente famosa Inquisição que, sobretudo na Península Ibérica, escreveu das páginas mais negras da história da religião Cristã.
Desculpem todo este arrazoado, mas eu tinha prometido que iria comentar as informações (erradas) contidas no folheto....
Saudações Caminhadeiras já em passada de encerramento de época.
OF

Carlos disse...

Olá a todos caminhadeiros e caminhadeiras. Uma saudação especial ao Octávio que esclareceu de forma inequívoca a questão dos secúlos XII ou XIII. Acontece que a informação que refere o século XII não veio do folheto da Câmara do Cadaval mas da Grande Encilopédia Portuguesa e Brasileira, e que eu próprio forneci ao Fortunato quando ele acedeu a fazer a reprtagem. Na verdade o folheto diz o seguinte : "O primeiro convento da ordem dos Dominicanos em Portugal foi erigido neste local por Frei Soeiro Gomes em 1218, no entanto este foi abandonado em 1225 devido ao rigor do clima e das condições de vida." Como se vê a Camâra do Cadaval forneceu a informação correcta sobre a origem de convento.
Também gostaria de deixar um agradecimento especial a todos os caminhadeiros, a começar pelos mores Luis Fernandes e Fortunato me ajudaram a planear este percurso e aos vários caminhadeiros que comigo fizeram
também os vários percurso na procura de um que fosse ao encontro do que eu tinha imaginado para Os Caminhadeiros. Permitam-me que destaque a colaboração do Gilberto que ainda praticamente não véspera da caminhada fez o percurso à procura das melhores condições e depois junto com o Vitor liderou o grupo e o marcou de forma a não haver enganos.
Obrigado a todos pela colaboração que nos torna cada vez mais fortes.
Saudações caminhadeiros em passada de final de época.
CPenedo

CEF (Caminhadeiro Sentado) disse...

O "Bom Filho" a casa voltou, já se fazia tarde mas, tarde é o que não vem.
Mais discreto (foi o último a publicar) e mais contido na sua seleção e produção.
Claro este tempo todo o olhar e o dedo descansando foi no que deu.
Assim fico contente, mais contente.
Parabéns Gil Furtado.
Abraço
Carlos Evangelista