sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

7ª CAMINHADA DA ÉPOCA 2013 / 2014 . NA ROTA DO VALE DE FIGUEIRA . DIA 4 DE DEZEMBRO



Álbuns de Fotos:
Data do Encontro: 04/12/2013
Local: Herdade do Freixo do Meio – Na Rota do Vale Figueira
Percurso: - 7, 000 kms - 02: 15 Horas
Caminhantes: (32) Angelina Martins; António Clemente; António Palma; António Pires; Carlos Evangelista; Carlos Penedo; Carmen Firme; Dores Alves; Fernando Pedroso; Gabriela Bentes; Gil Furtado; Gilberto Santos; Graça Penedo; João Costa; João Duarte; José Luís Albuquerque; Lina Fernandes; Luís Fernandes; Luís Martins; Luís Penedo; Luísa Clemente; Manuel Garcia; Manuel Pedro; Maria do Céu; Nela Costa; Octávio Firme; Odete Vicente; Rogério Matias; Teresa Palma; Tomás Barradas; Virgílio Vargas; Vítor Gonçalves;
Organizador: Virgílio Vargas
Almoço: Nas instalações da Herdade do Freixo do Meio (tel: 93 843 46 08)
Próxima Caminhada: 18/12/2013 – (F. Sousa; L. Fernandes; V. Gonçalves)
Reportagem:
Esta caminhada foi totalmente realizada nas instalações da Herdade do Freixo do Meio, uma herdade alentejana junto da povoação Foros do Vale de Figueira, situada a meio caminho entre Montemor-o-novo e Lavre.
Nos momentos que antecederam a concentração inicial, para a fotografia oficial, o caminhadeiro organizador, Virgílio Vargas ofereceu aos caminhadeiros presentes uma bonita decoração de Natal que bem alegrou as suas cabeças frescas.
A caminhada iniciou-se uns minutos após a hora prevista, ainda sem a presença de 7 caminhadeiros que chegaram com um pequeno atraso.  Logo que chegou, este grupo, seguindo o passo - bem acelerado - do caminhadeiro Gilberto Santos, rapidamente se juntou aos restantes caminhadeiros.
Na caminhada, fomos orientados pelo Alexandre Balancho, um guia que a Herdade gentilmente dedicou ao nosso evento caminhadeiro.  A participação do Alexandre foi muito apreciada por todos os caminhantes pelas explicações que nos foi prestando ao longo do percurso, através dos campos da Herdade.
Logo no arranque, passámos numa cerca onde alguns burros nos olharam com ar satisfeito, tendo um deles manifestado o seu contentamento bem ruidosamente.  O caminhadeiro organizador explicou então que dedicou muitas horas a treinar o animal, para que este desse correctamente as boas vindas aos caminhadeiros.
O percurso, ora em caminhos de terra batida, ora através do campo, serpenteou por entre sobreiros, azinheiras e vegetação variada, por vezes rodeando diversas charcas de águas mansas.  Em diversas ocasiões, aqui e ali, éramos visitados pelos animais da herdade, desde varas de porco preto, gado bovino, etc.  Ao longe,  numa "manada" de mais de 300 perus, um deles anunciou aos outros: “olhem acolá, fujam! Parece que aquelas pessoas nos vêm buscar para o Natal! Não é nada! São Os Caminhadeiros!". E todos os outros responderam alegremente “glu-glu-glu-glu-glu!”
Durante o almoço nas instalações da herdade, pudemos banquetear-nos com um opíparo cozido de grão à moda do Alentejo, seguido duma bela sericaia.  O repasto correu numa atmosfera de sã convivência, e terminou com o inevitável cafézinho, acompanhado do tão ansiado xiripiti do caminhadeiro Carlos Penedo.
Em nome das Caminhadeiras que estiveram presentes, um agradecimento à Graça Penedo pela lembrança que lhes colocou em cima da mesa, como que a antecipar o espírito natalício.
Como primeiras actividades de índole cultural, realizadas logo a seguir ao almoço, destacam-se duas: "fazer festinhas no focinho dos burros" e "andar de escorrega e de baloiço no parque infantil da Herdade". foram ambas muito participadas por vários caminhadeiros.
Após as brincadeiras fomos recebidos, na escola da herdade, por Alfredo Cunhal Sendim, o engenheiro coordenador do projecto actualmente em desenvolvimento na Herdade do Freixo do Meio.
Tivemos então uma interessantíssima explicação sobre a história da Herdade, com especial incidência no período a partir de 1990, data em que a herdade regressou à posse dos seus anteriores proprietários (após um período de 15 anos de nacionalização).
Alfredo Cunhal Sendim expôs os diferentes desafios que se colocaram na gestão deste património, desafios que obrigaram à definição dum projecto "norteado pela ética do respeito por nós próprios, pelos outros e pelo planeta terra o Freixo do Meio aumenta a sua actuação na procura e implementação de um modelo de gestão agro ecológico denominado Montado”. Numa linguagem simples, Alfredo Cunhal Sendim explicou que “procura-se viver os princípios ancestrais deste agro ecossistema, à luz do conhecimento e das circunstâncias sociais, ambientais e económicas actuais. O desafio é de gerir eficientemente o Montado desta herdade alentejana. Alheio à hegemonia do mercado e à maximização dos resultados imediatos, o projecto Freixo do Meio procura uma sustentabilidade económica a par da prática efectiva de políticas sociais e ambientais adequadas."
Esta interessante exposição foi depois complementada por uma visita a outros locais da herdade, como os locais de preparação e transformação de produtos agrícolas.
No final, e após o tradicional chá e bolinhos, regressaram os caminhadeiros às suas casas, alguns ainda bem equipados com as suas “antenas wireless” que exibiam orgulhosamente no alto das suas cabeças.
Antes de encerrar esta reportagem, desejamos expressar os nossos agradecimentos aos diversos elementos da Herdade do Freixo do Meio que ajudaram a que esta visita corresse tão bem, nomeadamente a Susana Teles, que colaborou na preparação e definição deste evento, o guia Alexandre Balancho, que nos acompanhou na caminhada, e o engenheiro Alfredo Cunhal Sendim, que nos apresentou o magnífico trabalho realizado na Herdade.  Muito Obrigado!

Saudações Caminhadeiras,

Virgílio Vargas

6 comentários:

Gabriela Bentes disse...

Bela reportagem meu amigo Virgílio que fielmente recordou este dia tão bem passado.
Um agradecimento especial à Graça Penedo pela tacinha por ela pintada, belo presente!
A ti VV mais uma vez Obrigada, Bj

Fortunato de Sousa disse...

Por razões da minha vida familiar não me foi possível estar presente na 7ª caminhada da época. Eu, que tinha sugerido ao Virgílio Vargas organizar esta jornada caminhadeira na herdade do Freixo do Meio, por indicação de amigos e familiares. Diziam-me eles que o projecto agro rural encabeçado pelo Eng. Alfredo Cunhal Sendim era merecedor de uma visita do grupo Os Caminhadeiros. Agora, depois de ler a magnífica reportagem produzida pelo organizador do evento, e de ver as fotografias dos repórteres de imagem, não posso deixar de estar em concordância total com eles e com o meu amigo Manuel Reis no comentário que publicou na convocatória: esperar pela reportagem e pelas fotos para ficar a saber quase tanto como os participantes. Mas, se é verdade que ficámos em termos de comparação com os caminhadeiros presentes no evento, quase ao nível dos acontecimentos que lá se passaram, não é menos verdade que nos faltou o contágio inigualável do ambiente que ali se vive em dias de caminhada, nem saboreámos o delicioso cozido de grão confeccionado à boa maneira do Alentejo.
Ainda para mais, quis o destino que este dia 6 de Dezembro, coincidisse com a nomeação pela UNESCO, da Dieta Mediterrânica como Património Imaterial da Humanidade. Só que esta dieta adaptada ao nosso grupo, não se confina apenas às características e qualidade dos ingredientes que a compõem, mas também e principalmente ao ambiente criado e vivido durante e pós almoço. Para tal, basta ver as fotografias da reportagem, onde vários participantes no evento reviveram tempos já muito distantes. Os baloiços e os escorregas em frente ao monte testemunham bem estas minhas palavras. Tudo o mais está bem definido no nosso lema:
Caminhante não há caminho, faz-se o caminho a andar.
Parabéns ao organizador 'Virgil o Vargas' pelo excelente evento e pela reportagem produzida, e aos repórteres fotográficos que tão bem ilustraram o que por lá se passou.
Saudações Caminhadeiras em passada pré natalícia,
Fortunato de Sousa

António Dores Alves disse...

Bom tempo, bela caminhada, boa parte cultural, belo chá, boa camaradagem.
Entrou nos TOP TEN.
Obrigado Vargas e parabéns.

mreis disse...

Pois é, o 'agradavel compromisso' foi bom, mas já vi que perdi um belo convivio caminhadeiro, umas antenas de natal, um cozido alentejano e a audição in loco da explicação do projecto da herdade que me parece muito interessante.
Claro que a reportagem do VV e as belissimas fotos dos (poucos mas bons) fotografos de serviço quase que me levaram lá... mas não é a mesma coisa, como diz o Fortunato.
Vou desafiá-lo para irmos lá os dois (e quem mais quiser) repetir a experiencia dos caminhadeiros.

Até dia 18

manel reis

LM disse...

Olá, caros amigos. Vou tentar fazer uma pequena análise do que foi esta caminhada; mas não se espere que vá dizer bem: o bom português nunca diz bem de nada – salvo os fanáticos por qualquer coisa que não vêem senão isso, seja futebol, religião ou política. Mas esses não contam. Os que contam são aqueles que, na sua isenção intelectual, não se deixam manobrar por opiniões vazias e facciosas, são aqueles que, perante um facto concreto, não deixam que transformem a sua opinião ou visão em algo que não lhes diz nada ou, até, seja contrário ao que têm em mente. E assim o relatam. E vou dar alguns casos concretos, poucos, claro, para que não se pense que estou a ‘manipular’ a realidade, uns com admiração, outros com tristeza ou pena. E vamos ao que importa que a conversa já vai longa:
1 - então não é que chegámos ao paraíso onde todos os seres vivos se entendem, falam entre si? Vejam como os burros conversam amenamente com o Carlos ou com o Virgílio ou como se dão bem com o Manel, o Pires ou o Rogério; convenhamos que não é frequente e é lindo.
2 - por outro lado é com pena que vemos que os porcos pretos não acreditam noutros animais, como os homens, por exemplo, a ponto de fugirem a quatro patas (excepto os mais jovens que ainda não percebem nada) e se manterem fechados nas suas higiénicas e lindas casotas.
3 – a propósito de porcos: no Alentejo só há porcos pretos? Não há porcos cor-de-rosa?
Mas porque ‘getos’ esta discriminação?
4 – outra coisa que não gostei foi o ‘ar’ de grande importância da restante bicharada que não se dava com os humanos, a ponto de lhes virarem as costas. Será que, como disse no ponto 1, eles entendem as nossas conversas e não gostam? Será?
5 – comprámos um saquinho com tomates secos porque nos tinham dito que, depois com a água, eles ficariam como dantes. Bom. Tretas. Quisemos fazer um arroz de tomate de que tanto gosto mas fiquei desiludido: são muito saborosos mas quase não deram gosto ao arroz.
6 – contra o que muito boa gente afirma vimos ali o quanto nalguns lugares se veneram os cornos de certos animais, a ponto de os colocarem em locais importantes para que sejam vistos por quem passa e deles se tirem lições: será um exemplo de grandes produções animaleiras? Ou será um aviso para gerações actuais e futuras?
7 – e deixem-me registar mais duas coisas:
negativa: vimos muito fossado feito pelos javalis mas deles... nada
positiva: a aplicação da engenharia à colheita da azeitona (já o era em relação à produção do azeite) que foi, para mim, uma revelação (sabia da sua existência mas nunca vira).

Após estas considerações resta-me repetir que se calo o resto é porque gostei; e se calei o muito que houve é porque foi muito o que gostei. Nem falo do organizador porque, não falando, é o mesmo que dizer que pode continuar em qualquer sítio, quer os porcos sejam pretos, cor-de-rosa ou tenham asas.
Um abraço para ti, VV.
LM

virgili o vargas disse...

agradeço as amáveis palavras dos comentadores que me antecedem, mas o evento foi um sucesso porque os caminhadeiros são todos gente de muita categoria!

aproveito e deixo aqui cópia dum mail recebido da Herdade do Freixo do Meio, enviado pela Susana Teles:

Olá, boa tarde,
 
Vimos agradecer a v/ visita à Herdade do Freixo do Meio na passada semana, com a animada presença do vosso grupo.
 
Agradecemos igualmente as simpáticas palavras na reportagem do passeio no blog dos Caminhadeiros.
 
Contamos com próximas visitas e participações nas nossas actividades. Aproveitamos para vos enviar informação sobre a Associação Guardiões do Montado, que desenvolve actividades na Herdade do Freixo do Meio, seguindo folheto em anexo.
 
Com os melhores cumprimentos,
Susana Teles