sábado, 9 de novembro de 2013

5ª Caminhada da Época 2013 / 2014 - Nos Caminhos da Lezíria Ribatejana - Dia 6 de Novembro




Local: Campo de Vôo de Benavente – Nos Caminhos da Lezíria Ribatejana
Percurso:  - 11, 500 kms - 03: 00 Horas
Caminhantes: (40) Angelina Martins; António Clemente; António Palma; Carlos Penedo; Carmen Firme; Dores Alves; Estela Garcia; Fátima Libânio; Fernando Pedroso; Fortunato Sousa; Gabriela Bentes; Gilberto Santos; Gil Furtado; Graça Penedo; Graça Sena; Inês Garcia; João Costa; João Duarte; José da Clara; José Luís Albuquerque; Lina Fernandes; Lúcio Libânio; Luís Fernandes; Luís Martins; Luís Penedo; Luísa Clemente; Luísa Gonçalves; Manuel Garcia; Manuel Pedro; Manuel Reis; Margarida Graça; Margarida Serôdio; Maria do Céu; Octávio Firme; Odete Vicente; Pedro Albuquerque; Pedro Antunes; Teresa Palma; Virgílio Vargas; Vitor Gonçalves;
Só ao Almoço: (2) Carlos Evangelista; Diana Palma Duarte
Organizador: António Palma
Almoço: Campo de Vôo de Benavente
Próxima Caminhada: 20/11/2013 – (Carlos Evangelista)
Reportagem:
Voltamos às reportagens em prosa, depois do Caminhadeiro Mor Victor Gonçalves nos ter surpreendido e brindado com uma magnífica reportagem em verso, narrando quase ao detalhe a aventura da 4ª caminhada da época, nos Trilhos do Juncalinho. Como muito bem disse o nóvel poeta, foi uma resposta ao desafio que lhe coloquei, mas em simultâneo acrescento eu, foi também uma justa homenagem à nossa amiga Graça Sena, pelo excelente programa Caminhadeiro por ela organizado em Melides.
Localizado em plena lezíria ribatejana, o CVB (Campo de Vôo de Benavente) foi o local escolhido pelo Caminhadeiro António Palma, para ponto de concentração dos 40 participantes na 5ª caminhada da época 2013 / 2014.
Depois do café da manhã tomado no bar deste bonito espaço, e da fotografia de grupo recolhida frente ao hangar, o António Palma anunciou aos participantes o alinhamento do programa do dia. De seguida, demos início ao percurso de 11,5 kms, que viria a durar quase 3 horas a ser percorrido. Na caminhada ainda não participou desta vez o nosso grande amigo Caminhadeiro Carlos Evangelista. No entanto, todos fazemos votos para que o problema de ordem física que o tem impedido de caminhar, já esteja resolvido na próxima jornada caminhadeira. Como todos sabemos, será ele o organizador do evento a realizar no próximo dia 20, e para além disso,  todos temos saudades de o ver a fechar o grupo de caminhadeiros denominados por tartarugas lentas.
Durante a jornada caminhadeira e como de costume, foram-se formando pequenos grupos distanciados entre si, fruto da diferença de ritmo dos intervenientes. Curioso foi testemunhar que a crise política, económica e social que se abateu sobre nós, era o tema de conversa em quase todos eles. Sinal dos tempos que correm, e que infelizmente não se vislumbra que se venha a alterar nos tempos mais próximos. Uma curta paragem para reabastecimento, serviu para reagrupar e dar início à segunda parte da caminhada. No final, alguns Caminhadeiros mais identificados com o ambiente rural e das dádivas que a natureza fornece nesta época do ano, traziam as mochilas recheadas de espargos silvestres, massarocas de milho, etc. Curioso foi ouvir alguém mui oportunamente comentar, que finalmente tinha-mos chegado ao fim da caminhada sem um queixume de invasão ou picadas de melgas.
Não podemos deixar de agradecer ao Sr. Duarte Lopes, proprietário da herdade através da qual caminhámos durante uma pequena parte do percurso, que se deslocou propositadamente ao local, para nos abrir e fechar os portões de acesso.
Seguiu-se o almoço na esplanada do bar do CVB, onde uma feijoada à maneira e frango assado foram as iguarias selecionadas para repôr as energias perdidas durante a manhã. A meio do almoço, o organizador ofereceu a cada participante uma aeronave miniatura de côr rosa ou azul, de acordo com o género do destinatário. As iniciais CVB gravadas nas asas de uma aeronave de cada côr, presenteavam os felizardos titulares das mesmas com um vôo oferecido pelo comandante António Palma. Coube a sorte ao Caminhadeiro Manuel  Reis  e à Caminhadeira Odete Vicente, que numa prova de amor maternal, prontamente o  endereçou à sua filha Inês.  No final do almoço, todos assistimos com emoção à elevada perícia do piloto e à tremideira dos passageiros, desde o início até ao final da aventura de vôo em viagem ultra leve.
O Caminhadeiro João Duarte, que neste dia cumpriu 67 risonhas primaveras, foi surpreendido pela presença da sua filha Diana, que se deslocou propositadamente desde Lisboa. Em conivência com a sua mãe, quiseram surpreender o pai e marido com um bonito e saboroso bolo de aniversário. E foi com uma fatia dele numa mão e um copo de espumante na outra, que cantámos em uníssono  e em alta voz os parabéns ao aniversariante. Embora emocionado, dizia o João  que tinha pena, mas não conseguia verter uma lágrima. Se não chorou no dia anterior com a derrota do seu Benfica diante de uns tais Gregos, muito menos o conseguiria fazer agora.
A visita cultural do dia, constava de uma visita ao Museu Municipal de Benavente. Aqui chegados, O António Palma apresentou o grupo à D. Maria Perpétua Oliveira, que através da sua invejável capacidade de comunicação e do seu vasto conhecimento da história desta bonita vila, nos deu a conhecer alguns dos factos aqui passados e que deixaram marcas profundas no povo da localidade. De realçar o terramoto de 1909, que teve aqui o seu epicentro e devastou tragicamente as gentes desta terra.
Faltava ainda o chá de final de dia, que desta vez foi tomado na pastelaria ‘Flor de Benavente’, localizada no centro da vila. A qualidade dos produtos servidos e a simpatia das empregadas, deixaram uma vontade acrescida aos elementos do grupo para uma nova visita a Benavente e às suas gentes.    
Para finalizar esta já longa reportagem, uma palavra de agradecimento à minha amiga Gabriela Bentes, ex colega de trabalho de grande parte dos elementos do grupo e que pela primeira vez sentiu o pulsar do ambiente caminhadeiro. Desejamos profundamente de que este dia tenha sido do seu agrado, e possa sempre que possível, partilhar de novo com o grupo outras aventuras caminhadeiras.
Ainda e em nome do grupo, os parabéns ao António Palma pela excelente jornada caminhadeira, que nos serviu em passada de vôo ultra leve, dentro e em volta do seu CVB.
Saudações Caminhadeiras em passada ultra calma de Benavente até ao Cabo da Roca,

Fortunato de Sousa

6 comentários:

Vit.Gonçalves disse...

Vou escrever um só verso
E fica o evento comentado
Muito obrigado amigo Palma
FOI MAIS UM DIA BEM PASSADO

VG

António Palma disse...

A todos quero agradecer a paciência que tiveram pelo atraso provocado pelo "sequestro" de mais de uma hora, dentro do elevador.
O desafio era grande e a fasquia era alta para esta Caminhada. Espero que a todos tenha agradado , foi com esse objectivo que a preparei.
Para finalizar, um obrigado ao Fortunato pela reportagem da Caminhada.
"Descolado de Benavente, a mil pés, com destino final, dentro de quinze dias, no Cabo da Roca!!"

AP

Gabriela Bentes disse...

Primeiro começo por agradecer as sempre amáveis palavras do meu grande amigo Fortunato de Sousa, que não desistiu e conseguiu que eu me estreasse como “caminhadeira” neste grupo fantástico. O Virgílio também me tentou trazer ao grupo várias vezes. Não o fiz mais cedo por total impossibilidade o que poderá acontecer muitas outras vezes.
Quanto ao passeio, agradeço ao Sr. António Palma ter organizado a caminhada pelas Lezírias que são tão bonitas. Adorei a experiência, e rever os meus amigos e ex-colegas de trabalho de tantos anos. Conheci gente nova (em todos os sentidos da palavra). Deu para ver que é um grupo muito organizado (já sabia porque leio o blog) empenhado e feliz com este saudável convívio.
É sem qualquer dúvida uma experiência a repetir sempre que me for possível (espero que já na próxima) e partilhar com o grupo (como diz o Fortunato) outras aventuras caminhadeiras. O meu muito obrigada.

mreis disse...

Afinal eu que na inscrição disse que não ia voar, voei, gostei e vejam lá que até nem me borrei. Pelo que o reporter mor desta vez errou ao referir-se a uma pretensa tremideira que ninguém viu nem muito menos cheirou.
Um obrigado especial ao Antonio Palma pela oportunidade do vôo e por todo o resto do programa, pese embora o percalço do elevador e a dieta forçada que, parece, tocou a alguns caminhadeiros (só lhes faz bem!).
Mais uma vez tivemos a sorte de apanhar como guia no museu de Benavente uma excelente comunicadora, estudiosa, conhecedora, entusiasta (e funcionária pública, não esquecer!) que nos brindou com uma exposição que me deixou a vontade de voltar lá para ver tudo com mais calma. E digo mais uma vez, porque temos encontrado mais exemplos destes ao longo das jornadas culturais das nossas caminhadas, de tal modo que me deixam um sentimento positivo de existir no país material humano bem melhor do que os tótós que teem sido escolhidos para nos governar.

MR

António Dores Alves disse...

Em terra ou a voar o António Palma fez uma aterragem perfeita. Concordo inteiramente com o Reis ao referir o nível dos guias que temos tido o previlégio de nos acompanhar nas jornadas culturais.
Parabéns Palma

mreis disse...

Volto aqui para que fique registado o meu agradecimento especial ao Lucio Libanio que 'videou' com grande mestria o meu baptismo de ultraleve.