terça-feira, 16 de outubro de 2012

3ª Caminhada da Época 2012 / 2013 - Pôr do Sol na Galé - Dia 10 de Outubro




Albuns de Fotos:
Luis Martins
Manuel Reis
Carlos Evangelista
Fortunato de Sousa
Data do Encontro: 10/10/2012
Local: Grândola (Parque de Campismo da Gale)– Pôr do Sol na Galé
Percurso: 09, 000 kms - 02: 30 Horas
Caminhantes: (35) Adalberto; Angelina Martins; António Clemente; António Palma; Artemisa Fernandes; Bárbara; Bia; Carlos  Evangelista; Carlos Penedo; Carmen Firme; Fortunato Sousa; Gil Furtado; Graça Penedo;  João Martins; José Dionísio; Lúcia; Lina Fernandes; Luís Fernandes; Luís Martins; Luís Penedo; Luísa Clemente; Luísa Gonçalves; Lurdes Clara; Manuel Garcia; Manuel Pedro; Maria do Céu; Margarida Serôdio; Manuel Reis; Octávio Firme; Odete Vicente; Pedro Albuquerque; Rogério Matias; Teresa Viras; Virgílio Vargas; Vitor Gonçalves.
Só ao Jantar: (06)  Carlos Beato; Ju Beato; José Clara; José Viras; Manuela Dionísio; Otelo Oliveira.   
Organizadores: Carlos Penedo e João Martins
Jantar: Restaurante Do Parque de Campismo (Tel:)
Próxima Caminhada: 24 / 10 / 2012 – (Carlos Evangelista / Vitor Gonçalves)
Reportagem: Era a Caminhada do Pôr do Sol na Galé. E aqui, para cumprir a sua missão de rotação, lá estava a Terra a ocultar o Sol na linha do horizonte à hora prevista, como que a confirmar ao grupo de caminhadeiros presentes, que o nome escolhido pelos organizadores para a caminhada não era obra do acaso, mas sim do ‘ocaso’. Lá longe, no limite da mesma linha do horizonte, o matiz vermelho alaranjado muito vivo e brilhante do Sol a esconder-se, fazia lembrar uma enorme lareira acesa onde a água azul do mar ia lentamente apagando o fogo. Do lado de cá, sobre uma duna, o António José Clemente, qual Corcovado no Monte da Tijuca, contemplava deslumbrado o espectáculo maravilhoso que a natureza lhe oferecia de mão beijada. Os outros Caminhadeiros iam recolhendo registos fotográficos para perpetuar mais um sucesso caminhadeiro.

Quanto ao programa da caminhada, teve o seu início na bonita vila de Grândola, onde a maior parte dos participantes compareceu no sítio préviamente combinado, ou seja, em frente ao monumento ao 25 de Abril.  Daqui até ao município local, o técnico de Turismo Dr. José Pedro Pires encarregou-se de nos ir apresentando em visita guiada, os monumentos e simbolos mais importantes que ao longo dos tempos a vila de Grândola foi preservando e atribuindo mérito.

Seguiu-se o momento nobre do dia, ao sermos recebidos nas instalações da Câmara Municipal de Grândola pelo seu presidente Dr. Carlos Beato, que acompanhado pela sua esposa Ju, agradeceram e deram as boas vindas ao Grupo ‘Os Caminhadeiros’ nesta nossa 1ª visita à sede do concelho. O Carlos Penedo retribuiu os agradecimentos em nome do grupo, e  como é normal nesta ocasiões, foram trocadas prendas entre ‘Os caminhadeiros’ e a Câmara M. de Grândola. De realçar, que esta sessão nobre só foi possível acontecer, pela relação de grande amizade e já muito antiga entre o Dr. Carlos Beato e  os organizadores Carlos Penedo, João Martins e a Lucrécia (para nós a Bia).

Uma deslocação à Igreja de N. Senhora da Assunção e ao Museu de Arte Sacra completou esta interessante visita à vila de Grândola. Não podemos no entanto deixar de realçar o contributo muito importante e elucidativo, dado pelo Padre Manuel Rosário nas explicações detalhadas e muito eloquentes em todas as áreas por ele abordadas durante a visita.

Daqui partimos para o Parque de Campismo da Galé onde os restantes participantes no evento caminhadeiro já esperavam por nós. E não havia muito tempo a perder, dado que o Pôr do Sol tinha hora certa marcada e não podiamos perder esse maravilhoso espectáculo visto da praia.  Portanto, fotografia de grupo como de costume e ala que se faz tarde. Depois, foi o palmilhar areia e mais areia e mais areia até ao final do percuso. Uns com mais queixas outros com menos, o certo é que todos cumpriram os 9 kms em 02: 30 horas. Coitada da minha amiga Odete, que num esforço redobrado e com uma constipação em cima não deu parte de fraca. Já a Lua muito envergonhada nos ia iluminando quando a caminhada chegou ao fim.

Pela 1ª vez 4 novos caminhadeiros quiseram tomar o gosto ao grupo: Foram eles o nosso ex colega e amigo Virgílio Vargas, e da parte dos residentes no Parque, a Lúcia, a Bárbara e o Adalberto. A todos eles o nosso obrigado pela sua presença, e o convite para que continuem a aparecer sempre que o entenderem oportuno.

Agora faltava o jantar mais que merecido para os participantes na caminhada, e devidamente justificado para os não participantes e convidados. Tal como no ano passado, quis a administração do Parque presentear-nos com um excelente espectáculo de música popular alentejana através do já conhecido grupo ‘Falta 1’. E foi assim, que no final do repasto, aconteceu um dos mais conseguidos momentos musicais até hoje vivido pelos Caminhadeiros. As qualidades interpretativas dos vários elementos que compôem o grupo alentejano ‘Falta1’ já nós conhecíamos,  mas as surpresas que se seguiram na interpretação da nobre arte fadista, essas estavam bem escondidas da maioria dos presentes. Assim, as vozes do Carlos Beato, Fortunato de Sousa, António Candeias, Graça Penedo, Carlos Mendes e Sertório José iam acompanhando os acordes dos exímios executantes de guitarra portuguesa e de viola Luís Penedo e António Eduardo, que complementaram de modo brilhante uma verdadeira noite fadista.

Um agradecimento aos organizadores Carlos Penedo e João Martins (prendado com um troféu dos caminhadeiros), e também à Bia pela preciosa colaboração prestada em todo o processo do evento caminhadeiro.

Finalmente,  em nome dos Caminhadeiros, o nosso muito obrigado ao presidente da Câmara Municipal de Grândola, Dr. Carlos Beato, por toda a disponibilidade e colaboração prestadas durante este dia para nós memorável.

Saudações Caminhadeiras,

Fortunato de Sousa

3 comentários:

LM disse...

Apesar de ser a nossa estreia pelas areias da Galé e não podermos comparar esta caminhada com a do ano passado, constatamos, contudo, que foi uma óptima tarde, noite e quase-madrugada. O nosso obrigado aos organizadores que tudo fizeram para proporcionar mais uma memorável caminhada - areia e mais areia, azul e mais azul, núvens douradas e céus que de azul passaram a vermelhos etc etc. Mais uma vez estiveram bem unidas as diversas vertentes que dão forma aos Caminhadeiros: uma boa caminhada, uma boa refeição, uma boa parte cultural e, sobretudo, um convívio extremamente proveitoso e salutar.
Aproveitamos também para darmos as boas-vindas ao regresso do Gil Furtado - 'Alleluia, Gil!!!' - pois já estávamos com saudades da prosa viva e castiça a que nos habituara. Não pare, por favor!
E só para terminar o 'romance' da Foz do Lizandro aqui fica prometido que, assim que a agenda e o bom tempo derem uma aberta, voltaremos à Ericeira para fazer os 'verdadeiros' Trilhos do Lizandro'.
Bem-hajam.
Angelina

mreis disse...

está a ficar na tradição
a caminhada da Galé
com a Bia, Carlos e João
a merecer o nosso olé!

a canequinha de barro
foi uma bonita lembrança
e momento belo e bizarro
ver os Fernandes acompanhar o fado com dança

o jantar estava bem bom
e o preço bem combinado
a guitarra e a viola no tom
nas vozes sentiu-se o fado

Gil A F Furtado disse...

Amigas e amigos,

Finalmente uma caminhada quase perfeita: almoço, visita cultural, caminhada, jantar-ceia, espectáculo, cama.

Para serem perfeitas, em todas o programa devia ser iniciado pelo pequeno-almoço, seguir-se a visita cultural, o almoço, a sesta, a caminhada – para os que ainda não estivessem cansados e não a tivessem trazido já feita de casa –, o jantar, o espectáculo-dançante, a ceia, e por aí fora…

Mas a de ontem teve outras mais-valias, algumas delas já experimentadas na versão anterior: no “day-after”, o pequeno-almoço, o repouso para quem o quis, a piscina para outros, mais uma caminhada – feita apenas por alguns dedicados e esforçados resistentes como preparação de uma futura–, outro belo almoço, uma tranquila viagem de regresso…

Em suma: mais uma inesquecível jornada, pela qual os organizadores e a sua prestimosa colaboradora estão de parabéns e merecem os nossos agradecimentos; o repórter relator está de parabéns e merece os nossos agradecimentos; os repórteres fotográficos estão de parabéns e merecem os nossos agradecimentos; e nós, participantes usufruidores, estamos de parabéns por termos participado e usufruído e expressamos os nossos agradecimentos. Venham mais!
(Já pareço aquele velho que, na Feira da Agricultura, em Santarém, discursando, disse dez vezes seguidas, referindo-se a outras tantas visitas à feira, que «o gado era lindo».)

Da inspirada pena do repórter fluiu a beleza de sucessivas imagens, realistas umas, poéticas algumas, humorísticas outras: «não era obra do acaso, mas sim do ‘ocaso’», «o pôr-do-sol tinha hora certa marcada», «a Terra a ocultar o Sol à hora prevista», «o matiz vermelho alaranjado muito vivo e brilhante», «enorme lareira acesa onde a água azul do mar ia lentamente apagando o fogo», «qual Corcovado no Monte da Tijuca», etc

Da qualidade artística e técnica, capacidade de observação, imaginação a legendar e sentido de oportunidade mais uma vez manifestados pelos repórteres de imagem, faço apenas um destaque: a legenda da segunda fotografia do álbum do Manuel Reis. Muito bem visto! E eu que nem tinha dado pela placa. Não fosse esta fotografia, perdia aquela pérola. A observação que me ocorre é que um decreto assim designado tinha que estar associado a uma igreja com aquele nome. E acrescento: essa legenda e este comentário, há 300 anos levavam-nos inapelavelmente à santa fogueira purificadora, mesmo sendo outros os culpados dos nomes do decreto e da igreja.

Certamente.

Gil Furtado

PS: Fico aflito, sem saber que responder, quando vejo palavras a meu respeito como as escritas acima pela amiga caminhadeira Angelina. Agradeço a simpatia e o encorajamento, mas não deixo de pensar que é uma opinião “manifestamente exagerada”, como dizia Mark Twain em circunstâncias bem diferentes.

Claramente!

Abraços.

GF