Albuns de Fotografias
Luís Martins
Fortunato de Sousa
Carlos Evangelista
António Palma
Dores Alves
Gil Furtado
Data do encontro: 16/05/2012
Local: Mora – Parque Ecológico do Gameiro
Percurso: 10,000 kms - 02:30 horas
Caminhantes: Ana Pires, Antonieta Faria, Bina Sales, Carmen Firme, Lina Fernandes, Luísa Clemente; Luísa Gonçalves, Margarida Graça, Maria do Céu, Nela Costa, Odete Vicente, António Clemente, António Palma, António Pires, Armando Lourenço, Carlos Evangelista, Carlos Penedo, Carlos Sales, Dores Alves, Fernando Bernardino, Fortunato Sousa, Gil Furtado, Gilberto Santos, João Costa, João Figueiredo, José Clara, José Manuel Dionísio, José Ponte, Luís Fernandes, Luís Martins, Manuel Flôxo, Manuel Garcia, Manuel Luís Canelas, Manuel Pedro, Manuel Reis, Octávio Firme, Pedro Antunes, Rogério Matias, Rui Graça, Vasco Palma e Vítor Gonçalves. (Total: 41)
Ao almoço: O nosso guia, Sr. Manuel Luís Canelas, não pôde estar presente, mas juntaram-se-nos mais 3 elementos caminhadeiros – Angelina Martins, Lurdes Clara e Vítor Neto – e escusado será dizer que tanto a anfitriã-caminhadeira Ana Pires como o seu marido anfitrião Jaime Pires nos deram o prazer da sua companhia à mesa. (Total: 44)
Organizadores: Fortunato de Sousa e Vitor Gonçalves
Almoço: Solar dos Lilases (Tel. 266 403 315)
Próxima caminhada: 02 e 03 / 06 / 2012 – (Organizam Bina e Carlos Sales)
Fundo de Reserva: (*)
Reportagem: Foi mais uma bela jornada, bem vivida, bem convivida, feliz! Já alguém disse que os povos felizes não têm história. Eu concordo, e acho que acontece o mesmo com as caminhadas. Assim sendo, e não lembrando agora qualquer perónio fracturado, como é que se encontra matéria para tantas reportagens de tão afortunados eventos?
Talvez puxando pela imaginação, o que não é nada fácil.
Comecemos por dizer que os simpáticos proprietários do Hotel Solar dos Lilases, Ana Pires e Jaime Pires, são amigos de longa data da maior parte dos elementos mais antigo dos Caminhadeiros, mormente dos fundadores do Grupo. Acrescente-se que a presença do guia Manuel Luís Canelas, funcionário da Câmara Municipal de Mora, foi uma bela ideia, provavelmente sugerida pela Ana e pelo Jaime Pires. O empenho dos três, aliado ao trabalho prévio dos dois organizadores desta caminhada – Fortunato de Sousa e Vítor Gonçalves – tiveram como resultado mais um dia em cheio.
Mas recuemos no tempo, dando um grande salto até ao dia 3 de Dezembro de 2008. Nesse dia realizou-se a 7ª caminhada da época 2008/2009. A respectiva reportagem pode ser lida no nosso Livro, nas páginas 85 a 88, ou no blogue, na entrada referente a essa data, onde também se podem ver as reportagens fotográficas e, antes, a convocatória e as inscrições.
O itinerário foi bastante diferente (Pavia), e os guias foram outros (Custódia Casanova e António Luís), mas o almoço foi no mesmo sítio e lá temos a amiga Ana Pires a colaborar na organização, que esteve a cargo do Manuel Pedro, provavelmente coadjuvado pela Céu, e do Vítor Gonçalves. O agrado deixado por essa jornada não foi menor que o da 4ª-feira passada.
Comparei os participantes de então com os actuais e verifiquei o seguinte:
Dos 13 caminhadeiros que então estiveram presentes – os supersticiosos que não se assustem, pois à mesa esteve mais gente – agora 11 bisaram (Maria do Céu, Odete Vicente, António Pires, Fernando Bernardino, Fortunato Sousa, Gilberto Santos, João Figueiredo, Luís Fernandes, Manuel Pedro, Manuel Reis e Vítor Gonçalves) e 2 faltaram (Chico Pires e Fernando Guerreiro). Portanto, todos os outros, e são muitos, são “sangue novo”, o que bem revela o grande crescimento deste grupo. (Uma ressalva à expressão “sangue novo”: Dores Alves e Manuel Flôxo, pelo menos, incontestavelmente jovens de sangue na guelra, merecem ser incluídos no conjunto dos mais antigos Caminhadeiros presentes nesta jornada.
Assinale-se, também, a presença, ao almoço, da actriz Maria Dulce, de seu nome completo Maria Dulce Andrade Ferreira Alves Machado Ribeiro, nascida em Lisboa a 11 de Outubro de 1936 e falecida em Loures a 24 de Agosto de 2010.
Da jornada desta última 4ª-feira, não tivesse havido um ou outro caminhadeiro com espírito mais anarquista, pouco ou nada haveria a dizer, para além de que tudo correu bem.
À hora marcada e no local combinado – um parque de estacionamento que só de si já dava gosto ver – lá estava toda a gente sob a atenção protectora da simpática estalajadeira e amiga Ana Pires e do eficiente guia Manuel Luís Canelas
A caminhada iniciou-se por um belo e longo passadiço de madeira ao longo da ribeira da Raia – que me pareceu um largo rio mais belo que o Tejo, mas não «mais belo que o rio que corre pela minha aldeia», porque a ribeira da Raia «não é o rio que corre pela minha aldeia».
Este passadiço colocou-nos acima da frondosa vegetação, a qual sem ele seria difícil de atravessar.
A esse respeito, ouvi um caminhadeiro perguntar a outro: «O caminho vai ser sempre assim, ou ainda tem terra?». Não ouvi a resposta, mas dado não haver muita intimidade entre ambos – aquilo em que em português popular se chama confiança – , presumo que a pergunta não foi mal interpretada e que a resposta terá sido muito educada.
Terminado o passadiço, atingimos uma grande área da margem da ribeira recentemente limpa de ervas. Será aqui que se vai realizar o 32º Campeonato do Mundo de Pesca de Clubes, nos dias 2 e 3 de Junho próximo, evento que atrairá 130 participantes mais as suas comitivas, pelo que são esperadas cerca de 500 pessoas, importante contributo para o desenvolvimento do turismo local.
Toda a primeira parte do percurso foi feita perto de água, embelezada por miríades de plantas viçosas e floridas e sonorizada pelo canto de diversíssimos pássaros. Em certa altura, alguns dos felizes caminhadeiros assistiram mesmo a um concerto entre aves e rãs, e acreditem que não estou a brincar: era evidente que cantavam e coaxavam de maneira concertada e com grande afinação. Pena que o grupo já nessa altura estivesse tão disperso, pois fiquei com a sensação que o nosso guia gostaria de nos ter explicado que espécies vegetais estávamos a ver e que espécies animais estávamos a ouvir
Na breve paragem efectuada na interessante vila de Cabeção – breve para os últimos a chegar, já que para os primeiros terá parecido longuíssima –, o guia Manuel Luís Canelas salientou a importância do património histórico e da Mata Nacional de Cabeção, mas um pequeno grupo de caminhadeiros procurou sítio onde se dessedentar – o meu termómetro de pulso chegou a marcar 42ºC -, o que provocou uma pequena perturbação no reagrupar – se é que se pode falar em reagrupamento.
Mais à frente, após um não propriamente muito longo mas, pelo menos para alguns caminhadeiros, penoso trecho feito em asfalto quente – e bem quente! – o mais atrasado dos caminhadeiros, quando já só via à sua frente dois outros companheiros e, mesmo esses, a grande distância, arranjou maneira de passar para a frente de todos como quem faz um passe de mágica. Acredito que a perturbação causada não terá sido muita, pois o fugitivo, logo que apanhou os da frente – coisa que não terá demorado muito mais que cinco ou seis minutos –, pediu que comunicassem aos de trás que não havia qualquer problema, mas como as comunicações não estavam muito boas a preocupação gerada ainda foi alguma. (No fim da caminhada, o indisciplinado pediu desculpa aos três companheiros que lhe pareceram ter ficado mais perturbados e, pelo que eu vi, as desculpas foram aceites).
Mas os pormenores positivos a destacar superam todas estas “malfeitorias”. E são eles, entre outros, uma fabulosa limonada que nos esperava, fresquíssima e oportuna, à sombra de uma antiga trepadeira do Solar dos Lilases, limonada que além de nos ter sido servida por profissionais competentes ainda foi acompanhada pelo sorriso lindo da gentilíssima filha do casal anfitrião; uma refeição que agradou a todos, coadjuvada por vinhos brancos e tintos – incluindo um muito especial, da casa –; uma muito bem fornecida mesa de digestivos que acompanharam sobremesas e cafés e que continuaram à inteira disposição dos que preferiram ficar sentados a conversar – ou então já lhes custava levantarem-se –; a visita, guiada pelo Jaime Pires, ao próprio solar, muito belo; o chá, os bolos e os licores, delicada e saborosa obra artesanal da gentil Ana Pires; a soberba paisagem divisada de qualquer ponto do solar, etc, etc.
Mas de tudo isto, até para não alongar demasiado a reportagem, vou pedir aos caríssimos confrades que aproveitem os comentários para se pronunciarem. Eu não tenho memória para tudo, mas gostaria de ver, nos comentários, a descrição da ementa, as marcas dos vinhos e dos digestivos; algumas observações enológicas – ou pelo menos enófilas – sobre eles; a história da recuperação do solar e até a receita da limonada.
Para terminar, saliento a presença de mais dois novos caminhadeiros: o jovem Vasco Palma e o José Ponte – respectivamente o filho e um amigo do casal Palma – e a quem o Grupo unanimemente dá as boas-vindas e faz os melhores votos de boas caminhadas.
Como acto final de mais um dia inesquecível, e como forma de agradecimento pela forma como fomos acarinhados, o Grupo teve o prazer de oferecer dois exemplares do nosso livro “O que Caminhei e Não”, devidamente assinados pelos caminhadeiros-mores Fortunato de Sousa, Vítor Gonçalves e Luís Fernandes, um ao casal Ana e Jaime Pires e outro ao guia Manuel Luís Canelas.
E agora, a rogo dos organizadores, presumo que por não saberem ler, nem escrever, nem assinar – nem ao menos de cruz –, subscreve a reportagem o
Repórter Anonimus
* Nota do Ministério das Finanças do Grupo – A verba do fundo de maneio está a ser parcialmente utilizada para a oganização da caminhada de final de época. Em princípio, não será necessário recorrer a mais que 33% de um qualquer mês das vossas pensões.
13 comentários:
o repórter anónimo esqueceu-se de mim...mas está perdoado..se for reposta a verdade...
Estimada Caminhadeira Maria Luísa,
Tem a querida amiga toda a razão, e a falha do repórter é imperdoável, pois é o primeiro a confirmar que não só a viu lá como foi com muito prazer que usufruiu da sua sempre simpática companhia.
Terá sido a primeira vez na história do Grupo que aconteceu um lapso desta natureza, mas... no melhor pano cai a nódoa. Não quer o repórter com isto desculpar-se, mas sempre vai dizendo que lhe é cada vez mais difícil contar quantidades acima de dez - principalmente depois do almoço -, e os convívios dos Caminhadeiros já juntam um número de pessoas que é frequentemente um elevado múltiplo disso.
Espero bem que não haja outros erros graves a apontar à reportagem e informo que os directores técnicos do Blogue já foram alertados para a necessidade de procederem às devidas correcções: incluir o nome da amiga Maria Luísa Clemente e alterar os totais de caminhantes e de almoçantes.
Pedindo desculpa a todos pelo involuntário erro, despede-se com amizade e um tanto envergonhado o
Repórter Anonimus Distraidus
Caros Caminhadeiros, desde terras de Tirana (Albânia), aqui quero deixar o meu agrado pela excelente reportagem de mais um belo passeio.
Embora longe e por isso impossibilitado de comparecer aos almoços de tão excelentes convívios, não quero deixar de me ir deliciando com as vossas caminhadas.
Quero deixar aqui a recordação de um belo almoço que há já algum tempo fiemos, a Carmo o Álvaro e eu nesse belo local do casal Pires e deixar-lhes o nosso abraço.
Para todos os elementos Caminhadeiros um fraterno abraço do Zé Teixeira
Eu sou o responsável pela não inclusão do nome da minha amiga Maria Luísa Clemente na lista de presenças da caminhada. Só não erra quem nada faz e eu fiz a lista, portanto errei. Mas também vos posso dizer, que esta não foi a 1ª vez que isto aconteceu, foi já a 3ª e das 3 vezes os prejudicados deram logo sinal de alarme. É também um bom indicador, pois revela que todo o conteúdo da reportagem é devidamente escrutinado pelos nossos amigos caminhadeiros.
Agora, reposta a verdade, deixem-me dar os parabens ao repórter anónimo que tão bem elaborou a reportagem. Ele que tantas partidas nos vai pregando nas caminhadas, só faltava mais esta de se esconder na autoria de tão bela obra narrada. Já tinhamos o Gil Furtado, agora só nos faltava mais este.
Saudações caminhadeiras em pasada sinuosa,
Fortunato de Sousa
Parte 1
Queridas Caminhadeiras e Caros Caminhadeiros,
Faço minhas todas as palavras do Repórter Anonimus, tanto as da reportagem como as do pedido de desculpas à nossa querida amiga Maria Luísa.
Estou inteiramente de acordo, razão pela qual não vou aqui repetir elogios – aliás merecidíssimos – a esta caminhada.
Desta vez, prefiro fazer alguns (amigáveis) reparos.
A distância entre primeiros e últimos é cada vez maior. Não é surpresa, aumentado como está o número de caminhantes, mas é pena.
Já alguns caminhadeiros têm referido este aspecto no sentido de o corrigir – estou a lembrar-me do Manuel Reis e do Vítor Gonçalves, entre outros – mas também é verdade que tenho ouvido a resposta realista de que não há nada a fazer: caminhar é viver – cada um tem a sua velocidade. Mas, repito, é pena.
Nesta 4ª-feira, por várias vezes vi, ao longo do percurso, o nosso guia a falar para apenas três ou quatro pessoas, e em outra altura esforcei-me por me juntar a ele, que estava completamente sozinho – e, ia jurá-lo, pareceu-me triste. Ou seja – desaproveitámos a sua presença.
O mesmo acontece nas paragens para “reabastecimento”: já os da frente, dessedentados, alimentados e repousados, estão a retomar a caminhada e ainda os últimos não tiveram tempo nem de desenroscar a tampa da garrafinha de água.
Desta vez, eu – que tinha comido em andamento uma “barrita” das do estilo do Flôxo, mas que tinha optado por não levar água, já que tinha outra carga –, recusei-me a suportar o sacrifício da sede e o perigo da desidratação, até porque o dia estava bastante quente, e, acompanhado por um pequeno grupo de sequiosos, aproveitei a paragem em Cabeção para procurar uma bebida fresca, e tanto fazia um chafariz como uma chafarica, mas não foi fácil de encontrar. As consequências, vocês conhecem-nas.
Parte 2
Mais à frente, desapareci. Foi uma partida de muito mau gosto e aqui me penitencio. Mas vou tentar justificar-me. Não desculpar-me, que não tenho desculpa, mas apenas explicar.
Na compridíssima – assim me pareceu – estrada asfaltada à saída de Cabeção, preta e quente, distraí-me a fotografar, e quando voltei a olhar para a frente só vi dois caminhadeiros lá muito ao longe: o Bernardino e o Carlos Evangelista. Pois foi exactamente nessa altura que o Diabo pôs a tentação à frente do meu nariz – e ninguém venha, a partir de agora, dizer-me que tal figurão não existe! –: um jovem automobilista parou para atender o telemóvel e eu, antes que ele se pusesse de novo em andamento, pedi-lhe se ele me punha à frente de toda a gente, ao que ele anuiu de pronto.
Julgava eu que o resto do grupo continuara pelo alcatrão, e que estava oculto por uma lomba que havia mais à frente, mas mal entro no carro vejo Evangelista e Bernardino abandonarem a estrada alcatroada e entrarem num caminho de mata. Peço ao automobilista que me deixe à entrada da mata, para não me perder dos companheiros, mas ele, que além de prestável era natural da zona, respondeu-me que sabia onde eles iam sair e que me deixava lá. Perante tal argumento, seria indelicadeza recusar. E foi assim que, em anos de caminhadas, de repente me vi à frente da Céu e do Gilberto e de todas as lebres que corriam por aquela mata! Tenho fotografias que o comprovam, pois fotografei-os de frente! DE FRENTE!
Mas ainda não vi as fotografias. Espero que tenham ficado bem, para não me deixarem mentir, mas este é outro problema.
Eu entendi muito bem o simpático gesto do Luís Martins em emprestar-me uma das suas máquinas, apreciei e agradeço, mas, em boa verdade, vejo-me obrigado a recusar futuras repetições, por muito indelicado que isto possa parecer. É que se já me basta o peso das pernas para me atrasar, o que fará quando levo outras cargas.
Fotografar – só não o sabe quem nunca fotografou – não é um simples carregar num botão, tchic, e já está! Fotografar envolve todo um trabalho intelectual riquíssimo: observar durante todo o tempo, apreender o interesse do motivo, enquadrar de forma a valorizar ao máximo a mensagem a transmitir, observar o fundo para eliminar, se possível, parasitas que desviem a atenção do tema, combinar cores, ter a certeza que os outros vão ver aquilo que pretendemos mostrar, sei lá que mais… Ora, este processo é inevitavelmente lento e muito cansativo. Mais ainda para quem sempre apreciou as pausadas e detestou as rápidas.
Estou justificado? E também desculpado? Muito obrigado.
Parte 3
E agora, porque este comentário ainda não é suficientemente longo, ainda ninguém de vocês adormeceu, uma história que ouvi ao nosso amigo Balão durante a viagem de ida para Mora, no carro dele. Não lhe pedi autorização para a divulgar, mas espero que ele não me leve a mal.
Contou-nos ele, e os outros passageiros – Odete, Alves e Rogério – podem confirmar, que, há muitos anos, ainda ele era rapaz, numa conversa à volta de alguns copos com o seu conterrâneo e amigo José Dionísio, tivera uma daquelas respostas alentejanas que acabara por se transformar num ditado: «Chuva em Novembro, Natal em Dezembro». “Se nós o conhecíamos”, perguntou. “Que não”, respondemos, mas o Balão foi contando que outras pessoas tinham ouvido e rido, e que o tinham repetido, e que o dito se foi espalhando, e que, muitos anos depois, estando ele, Balão, um dia, em frente da televisão, de repente ouve uma personagem de telenovela repetir o seu ditado: « Pois claro! Chuva em Novembro, Natal em Dezembro»!» Todos achámos graça à história e todos compreendemos bem a satisfação do Fortunato de Sousa.
Mas a história ainda não acaba aqui.
Depois disso, um outro amigo dizia-me que achara muita piada a dois ditados ouvidos algum tempo antes. Um era «Frio pelas costas e sogra pela frente, morte de repente». O outro falava de enterrar o sogro, mas ele tinha-o esquecido. Respondi-lhe que conhecia esse provérbio e que, curiosamente, andava há dias a procurá-lo na minha cabeça, mas que também não o encontrava.
Consultando o livro apropriado – um dos livros apropriados –, achei-o: «Sogro e furão, debaixo do chão».
Também encontrei variantes e outros relacionados, mas não é curial transcrevê-los. Importante é o que se segue:
Ligo outra vez para o meu amigo, digo-lhe o provérbio – ele confirma que era mesmo esse que tinha ouvido, e – as palavras são como as cervejas: umas atrás das outras – conto-lhe a história do provérbio do Balão. E, de súbito, ocorre-me; “Deixa-me ver se também aqui está!”
E não é que está mesmo! O provérbio do Balão já chegou ao “O Livro dos Provérbios”, recolha de Salvador Parente, edição Círculo de Leitores de 2005.
Parabéns, senhor inventor de provérbios. E este é mais um motivo para me orgulhar de ter amigos como tu.
E lanço aqui um pequeno repto: quem quer interpretar o provérbio do Balão? Ou, o que é o mesmo, escrever uma pequena história em que ele se aplique?
Basta! Agora, despeço-me. Tenho a impressão que fica qualquer coisa por dizer, mas deixo para a próxima. Não andavam por aí a criticar que eu estava muito calado? Pois agora, aturem-me.
Cordiais saudações caminhadeiras do
Gil Furtado
Ainda bem que voltámos ao Solar dos Lilases e ao convívio com a Ana e o Jaime Pires que tão bem sabem receber. Vamos ter que corrigir a forma de caminhar de modo a que a distancia entre "lebres" e "tartarugas" seja mais curta.
Além da caminhada e do convívio fica esta caminhada na minha memória pois a caminhadeira Antonieta Faria ofereceu-me 2 livros da autoria do seu pai, o saudoso Mário Portugal Faria, CT1DT , que vou entregar aos meus amigos A. Carvalho e Kabé , pois lembro-me bem de já no inicio dos anos 70 fazermos viagens até Benavente para desfrutar tão agradável companhia. O meu obrigado à Antonieta.
Se saí do tema foi para lembrar que estas caminhadas nos proporcionam novas agradáveis companhias e ligações antigas com amigos comuns.
Até ao Fundão com um abraço caminhadeiro.
VG
Amigos Caminhadeiros,
ler a reportagem e ver imagens tão representativas e expressivas, transportou-me à vossa última caminhada. Senti os sorrisos dos anfitriões do renovado e sempre lindo "Solar", a paz dos seus semblantes e alguns bem delicados.
Senti o perfume de toda a paisagem,
que tiveram o prazer de usufruir,o "quente" da zona e o calor que havia nos vossos corações e em todo o burburinho humano que todos experimentaram nessa caminhada,(mais um convívio, mais uma viagem!)e senti que para a próxima tenho de lá estar, por isso... ... "ME aguardem minha gente" que vou lá estar!!!.
Parabéns ao Luis Martins pelas fotos de excelência com que nos presenteia. Parabéns ao talentoso repórter anónimo. Para todos um abraço amigo. Kinita
Olha para estes! Então o outsourcing já chegou às reportagens? E logo pela mão do grande repórter Balão de Sousa que com tantas reportagens valorosas foi a sua fama cimentando! Onde é que isto vai parar? Claro que depois acontecem os lapsos de que foi vítima desta vez a Maria Luísa. Será que qualquer dia é o fundo de maneio a pagar a um jornalista para fazer a reportagem? Habere iudicium! (Esta é para o repórter anonimus que pela assinatura deve ter andado a estudar para padre…)
Bom mas a caminhada foi bonita, pá, apesar de ter começado com 1/2 hora de atraso. O guia foi uma mais-valia desaproveitada pelo tresmalhar do pelotão, conforme diz o Gil. Que merece aqui um encómio porque desde que se lhe avariou a máquina fotográfica tem sido visto a chegar no meio do pelotão passando o apelido de tartaruga lenta a outro. Ainda bem que ele desta vez desvendou o truque para chegar à frente, porque já se comentava que andava ali bruxaria…
O almoço foi de categoria e o Luís Martins não deixou passar em claro aquele requinte das mesas decoradas com pétalas. Parabéns ao chef em especial pelas excelentes migas de espargos. E ao Jaime e Ana Pires pelo belo esforço de construir e manter com tanta qualidade e carinho uma obra de mérito. Da visita guiada onde nos deu a conhecer todos os aspetos do grande empreendimento, retive uma curiosidade: o russo que restaurou as paredes, tetos e pinturas está hoje a trabalhar no MacDonalds quando temos tanta arte à espera de restauro.
Anonimus vobiscum!
E até ao Fundão
mreis
Quase em final de época e após 184 kms percorridos em 17 caminhadas, é normal que comecem a aparecer alguns sinais de cansaço. Não nos percursos pedestres, onde a componente física está cada dia mais musculada e bem preparada para a caminhada da serra da Gardunha que se avizinha. O problema do cansaço, prende-se com alguns factos relevantes que deviam constar da reportagem e não foram mencionados ou foram de algum modo distorcidos. Eu, caminhadeiro responsável pela grande parte das reportagens, sou o principal infractor do que acabo de referir.
Vamos aos factos e reparar ou minorar as faltas:
1- O nome da Maria Luísa Clemente já está incluída no meio das mulheres;
2- O amigo que comigo criou o provérbio 'chuva em Novembro, Natal em Dezembro',não foi o José Dionísio, mas o meu amigo José Viras;
3- Ao repórter anónimo não foi enviado o tópico para mencionar na reportgem a entrega da pescaria da Tina Rita às senhoras presentes e não só (O carlos e a Tina são pessoas de bem e sabem perdoar).
4- Creio que também por algum cansaço mental, o caminhadeiro Gil Furtado denunciou finalmente as suas escapadelas à revelia das regras estabelecidas. Só que desta vez a sua inspiração em crise, não lhe permitiu mencionar visões fictícias de animais selvagens de cores psicadélicas como tinha acontecido em Nisa na serra de S. Miguel. Apanha-se mais depressa um mentiroso que um côxo.
5- Quero saudar o comentário do nosso amigo Zé Teixeira que desde Tirana segue a nossa actividade caminhadeira com toda a atenção. Em nome do grupo, um grande abraço para ele e para a Carmo. E não estamos esquecidos da promessa de realizares uma caminhada na Albânia logo que se tornar oportuno e possível. Com um bocado de sorte pode ser que ainda haja Europa para o ano que vem.
6- Se por acso ainda alguma coisa foi esquecida ou distorcida da realidade, não lhe atribuam grande importância, são coisas de caminhadeiro.
Ah, que já me ia a esquecer de vos enviar um grande abraço caminhadeiro,
Fortunato de Sousa
Escrevo, não escrevo, vale a pena, não vale a pena....Mas depois penso como é fantástico ler a reportagem, anonimus ou não, e saborear todos os comentários que nos chegam por esta via e nos dão conta deste ou daquele detalhe assim prolongando e enriquecendo a jornada que parece querer continuar na parte mais feliz da nossa memória. Na verdade, para
mim pelo menos, estas caminhadas só terminam quando sai o último comentário e mesmo assim, de vez em quando dou por mim a reler prosas antigas que frequentemente despertam saudades, não loucas como diz o fado, mas saborosas e dignas de serem relembradas.
Por isso escrevo.Para dar os parabéns aos organizadores e aos anfitriões e a todos os que colaboraram nesta magnifica jornada de Mora. E ao repórter, que finjo que não sei quem é, e que tem toda a razão quando fala nos anarquistas (entre os quais me incluo) que contribuiram para tresmalhar o grupo. De facto é pena, disso me penitencio e prometo tentar andar mais certinho e direitinho, como se diz cá no Norte.
Só mais uma palavra para os nossos fotógrafos pelas magníficas imagens e que desta vez incluiram a ementa completa num autêntico Hino à exceléncia dos Lilazes.
Parabéns Ana, Jaime e seus colaboradores.
Grande abraço a todos os caminhadeiros.
E agora vamos aFundar para Cerejar.
CPenedo
Creio que já foi tudo dito, mas não posso ficar sem agradecer aos organizadores Fortunato de Sousa e Vitor Gonçalves, bem como ao amável casal Ana e Jaime Pires que tão bem nos receberam.
P.S.
O amigo anonimus também não pode ser esquecido ficando redimido de qualquer lapso que involuntáriamente tenha cometido.
abraços caminhadeiros
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