segunda-feira, 10 de maio de 2010

1ª Caminhada Extraordiária 2009/2010 - Valle del Jerte - Extremadura . Espanha - 8 e 9 de Maio de 2010 (1º dia)



1º Album de Fotos (Gil Furtado)
2º Album de Fotos (Gil Furtado)

Data do Encontro: 08/05/2010
Local: Valle del Jerte
Percursos: PR-24 Ruta de la Era de San Bernabe . 11,500 Kms 02:35 Horas / Ruta de Los Castaños . 06,000 Kms 01: 30 Horas

Caminhantes: A. Pires; A. Henriques; Bina; C. Sales; Chico Pires; Edite; F. Sousa; Gilberto; Gil Furtado; Guida Gaspar; Isabel Henriques; João Costa; João Figueiredo; Lina Fernandes; Luís Fernandes; Maria do Céu; Manuel Pedro; Manuel Reis; Nela Costa; Octávio Gaspar; Quinita; Teresa Palma; Teresa Santos; V. Gonçalves.
Não Caminhantes: João Duarte; Jú Grilo; Manuel Grilo.
Organizadores: Gilberto / Manuel Pedro
Almoço: Restaurante do 'Hotel Los Arenales' (Tel. 927 47 02 50)
Reportagem:
Em nome do grupo 'Os Caminhadeiros', venho formalizar os parabens ao Gilberto e ao Manuel Pedro pela excelente organização daquela que foi a nossa 1ª aventura fora de Portugal. Graças a eles, a partir de agora já podemos dizer que somos um grupo com experiência internacional.
A maior parte dos Caminhadeiros que decidiram estar presentes no 1º evento extraordinário da presente época, sairam de Lisboa ainda na manhã de Sexta-Feira tendo almoçado pelo caminho. Os restantes partiram ao começo da tarde, mas não impediram que o jantar (la cena como se diz por estas bandas) já tivesse sido tomado no local do destino, depois de percorridos os mais de 400 kms que separam o 'Valle del Jerte' de Lisboa. Um grupo decidiu jantar perto do Hotel, enquanto que outro mais aventureiro, se decidiu por uma escapadela até 'Cabezuela del Valle', onde uma gentil empregada de mesa que dá pelo nome de Joana, demonstrou que a maior parte dos clientes frequentam a casa não pela qualidade dos produtos ali servidos, mas pela sua maneira sui generis de agradar ao freguês. Quis desta vez o destino, que o galante Gil Furtado e a matreira Joana não se tivessem cruzado. À falta deste, assumiu o sempre desconcertante Vitor Gonçalves a nada fácil tarefa de o substituir. No dia seguinte confirmámos que a Joana tinha ficado presa pelo beicinho.
Depois de uma longa viagem sem problemas e 'la cena' tomada, era hora de recolher aos quartos para no dia seguinte palmilhar os 11 kms da 1ª caminhada. O único problema era saber se as condições meteorológicas permitiam ou não desfrutar as lindas paisagens que envolviam o 'Valle del Jerte'. A maioria era de opinião que não. As previsões recolhidas através da rádio e da televisão não eram nada favoráveis, mas a proteção milagrosa de S. Pedro, o nosso Santo protector, não estava por enquanto afastada. Só a fé dos crentes (a maioria), se poderia contrapôr ao pragmatismo da ciência (a minoria).
A verdade e cada um tire as ilações que quiser, às 08:00 horas da manhã de Sábado o Sol raiava no horizonte. Havia que dar corda aos calcantes antes que fôsse tarde. Portanto, pequeno almoço tomado, a imprescindível foto de grupo e ala que se faz tarde até 'Casas del Castañar' para dar início à jornada caminhante. O Gilberto entretanto, ia esclarecendo o Manuel Grilo e a Jú (que não iam caminhar) sobre os pontos de interesse de maior relevância para matarem o tempo até à hora da nossa chegada. A 'Garganta de los Infiernos' é um local a não perder aconselhava ele.
Com uns minutos de atraso em relação à hora da partida causados pelo facto do caminhadeiro Manuel Reis não ter pilhas no instrumento fotográfico (pilas em castelhano), 24 caminhantes iniciaram os dois percursos planeados: O maior, 'Ruta de la Era de San Bernabe' para 21 caminhadeiros e a mais curta, 'Ruta de los Castaños' para a Bina, a Edite e o João Figueiredo, que mui gentilmente as acompanhou nesta 1ª experiência das lides caminhantes. Foi então que tivemos oportunidade de desfrutar das mais belas paisagens que este mágnifico local nos proporciona. Toda a zona envolvente é de uma beleza fora do normal. Carvalhos, Castanheiros e principalmente as mais de 2.000.000 (são dois milhões e não estou errado) de Cerejeiras com os seus frutos em fase de maturação, justificam literalmente a nossa visita. O serpentear do 'Rio Jerte' cá em baixo no vale, visto do cimo da Serra é deslumbrante. Estou convicto que a reportagem fotográfica dos vários repórteres de imagem confirmarão o que aqui fica narrado. Estamos todos ansiosos para vêr as fotos e as legendas com que o naturalista Gil Furtado, qual 'Sir David Attenborough' dos episódeos do Herman (no tempo em que o malandro ainda tinha piada) nos irá presentear. Refiro ainda, que tive oportunidade de seguir o conselho dado pelo nosso amigo Carlos Evangelista, tendo molhado a cara e bebido água pura e cristalina que brotava de uma das várias fontes encontradas ao longo do caminho. A última parte do percurso foi realizada debaixo de chuva, o que originou um aceleramento inesperado por parte de alguns elementos do grupo, principalmente da Quinita, que ao contrário do que é habitual terminou a caminhada inserida no grupo da frente. De referir também o óptimo desempenho das senhoras nesta nada fácil caminhada, com um ênfase muito especial para a Teresa Palma, que após uma larga ausência motivada por problemas de saúde, regressou em boa forma. Alguém sugeriu com toda a legitimidade, que temos de começar a realizar testes anti doping após as caminhadas.
De regresso ao 'Hotel Los Arenales', retemperámos as energias com um banho quente e um bom almoço, agora já acompanhados do casal Grilo e do João Duarte, que não realizaram a jornada caminhante.
Na parte da tarde fomos visitar Hervás. Esta bonita localidade, edificada pelos Templários no século XII, foi mais tarde habitada por uma comunidade Hebraica e hoje integrada na 'Rede de Judiarias de Espanha'. Só o frio e umas ameaças de chuva impediram uma visita mais pormenorisada ao 'pueblo' e à Sinagoga.
Regressámos ao Hotel já sem a companhia da Teresa, do João e do Vitor. A Teresa Palma pelo incompreensível compromisso assumido com a entidade patronal, para ir trabalhar a um Domingo, enquanto o João Duarte e o Vitor, esses sim pela mui nobre e justificada atitude de não poderem perder de modo algum a festa de consagração do 'Glorioso'.
Depois de jantar e ao serão, o ambiente ali criado fez reviver e trouxe à memória de muitos de nós as inúmeras peripércias dos tempos em que iamos efectuar cursos técnicos a Madrid. Os famosos jantares no restaurante Galego 'O PECO' foram as recordações mais em evidência. Os efeitos de umas 'Copas Torres 5 Años' e outros digestivos que tais, foram o ponto de partida para um final de noite no bom sentido acalorado, em que o Gil Furtado, os manos Pires, o Manuel Reis, o Fernandes, o João Figueiredo e o Balão de Sousa não tiveram jogo de cintura suficiente para os argumentos apresentados pelo Carlos Sales no que diz respeito à arbitragem Portuguesa. Quem sabe sabe e o resto é conversa. Só o Bernardino tantas vezes recordado poderia contradizer o especialista da arbitragem.
Saudaçãoes Caminhadeiras e até à próxima reportagem que vem já seguir,
Fortunato de Sousa

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