quinta-feira, 22 de outubro de 2009

4ª Caminhada 2009/2010 - 21 de Outubro - Rota das Lapas . Ordasqueira


Data da Encontro: 21/10/2009
Local: Rota das Lapas . PR3 - Ordasqueira
Percurso: 13,000 Kms; 02:50 Horas
Caminhantes: A. Henriques; A. Pires; Bernardino; Carlos Sales; Dores Alves; F. Sousa: Gilberto; Gil Furtado; Hugo Pires; Luís Fernandes; Maria do Céu; Manuel Pedro; Manuel Reis; Teresa Palma; Vitor Gonçalves.
Organizador: António Henriques.
Almoço: Restaurante ‘Vitor da Ordasqueira’ (Tel. 261.312.892) Preço: € 15,00
Próxima Caminhada: 04/11/2009 (Organiza: Vitor Gonçalves)
Fundo de Reserva: € 351,00
Reportagem: Um ligeiro atrazo do organizador ao local de concentração, devidamente justificado e bem entendido pelo grupo que o esperava, não manchou a excelente organização de mais uma caminhada. Conhecedor desta bonita região do país, o Caminhadeiro Henriques reuniu o grupo e efectuou uma breve descrição do itenerário a percorrer, onde poderiamos selecionar 1 de 3 opções. A maioria optou pela 2ª com uma distância de 11kms, que no final o ‘GPS’ do Luís Fernandes transformou em 13 sem oposição crítica do Bernardino. Talvez esta singular excepção, se deva ao facto do experiente caminhante não querer entrar em conflito com o resto do grupo, pois desta vez denotou alguma fragilidade física, optando pela opção mais curta do percurso: 8 Kms. O Luís Fernandes far-lhe-à o favor de contabilizar também 11 Kms na estatistica para o ‘Bastão de Prata’, enquanto o resto do grupo fará vista grossa pela benesse concedida. O Carlos Sales por sua vez sentir-se-à prejudicado, pois pelas suas contas palmilhou mais 2 kms, devido a um erro de orientação de rota do António Pires na parte final da caminhada.
Numa manhã de início de Outono com alguma chuva, durante o percurso tivemos oportunidade de apreciar lindíssimas paisagens rurais, casas seculares (algumas em degradação), fontanários, moínhos e alguns monumentos de interesse público relevante. Destaque para a ‘Quinta das Lapas’, onde actualmente funciona um ‘Centro de recuperação de Toxicodependentes, para a bonita 'Igreja de Monte Redondo' e também para a frondosa ‘Fonte da Pipa’, da qual brota ininterruptamente água, há mais de um século.
Dado o adiantado da hora e o esforço despendido, não poderia o Henriques ter escolhido local melhor para o almoço. Não só por se encontrar muito perto do local onde terminámos a caminhada, mas ainda porque o Sr. Vitor, (que também dá o nome ao restaurante) nos esperava com uma mesa de boas vindas bem recheada de entradas sólidas e líquidas. Já comodamente sentados, depressa o ‘Cabrito Assado’ no forno e as ‘Bochechas de Porco’ estufadas, fizeram esquecer o ‘Arroz de Pato’.
Como de costume a tertúlia durante o repasto esteve animada, com o inconfundível Caminhadeiro Bernardino a assumir protagonismo. Desta vez, os motivos de interesse das suas intervenções foram tantos que não caberiam numa reportagem com estas caracteristícas. De qualquer modo, não posso deixar de referir uma intervenção assaz eloquente deste sempre inspirado orador. Indignado por tanta ignorância evidenciada pelos interlocutores, não se conteve e demonstrou a sua superioridade intelectual levantando-se e proferindo em voz alta o seguinte: 'TODOS OS INDIVÍDUOS QUE PENSAM ALÉM, SÃO CONTESTADOS POR TODOS OS QUE NÃO CONSEGUEM LÁ CHEGAR' (arre porra Bernardino, ouviu-se em unisono na sala).
Dizia o seu habitual companheiro de mesa, Manuel Pedro, que esta acrescida inspiração se devia ao facto de haver gente nova no grupo, mas não lhe perdoava o facto de o ter preterido nas habituais e interessantes conversas. Nem mesmo o facto de o João ser adepto do Benfica o convenceu.
Importante mencionar a única pessoa presente na sala para além de nós e que nos fez companhia durante o almoço: A D. Georgina, uma senhora com apenas 85 anos de idade, que para acompanhar o cabrito assado, não prescindiu de 1 copo de tinto e mais outro que o Henriques mui gentil lhe serviu. Questionada se o almoço tinha sido do seu agrado, respondeu que só depois da ‘bica e da amendoa amarga’ poderia responder. Permitiu ser fotografada em companhia do António Pires, que lhe perguntou se tinha ‘email’, de modo a poder enviar-lhe o registo fotográfico. O Gil Furtado pediu a palavra para homenagear a D. Georgina e dizer-lhe que para a próxima vez a convidará para se sentar junto dele à cabeceira da mesa. (Bom momento de reportagem este).
Dadas as nada agradáveis condições atmosféricas, foi a visita cultural da tarde resumida a uma breve visita ao Forte de S. Vicente. Neste local histórico se defenferam os portugueses das investidas dos franceses aquando das invasões.
O chá foi tomado numa agradável esplanada coberta, em Torres Vedras, onde o nosso amigo Gil Furtado nos surpreendeu com umas deliciosas bolachas holandesas. Com elas e com o chá brindamos ao seu neto ‘Midas’, bébé luso-holandês, que em Amesterdão recebeu a visita do avô babado Gil no cumprimento do seu 1º aniversário.
Para terminar, umas palavras de boas vindas à Teresa e ao João, que em boa hora decidiram aceitar o convite da Maria do Céu e se juntaram a nós nestas saudáveis andanças. Se o grupo não os desiludiu, contamos com eles no Lousal, no próximo dia 4 de Novembro.

Saudações Caminhadeiras,

Fortunato de Sousa

4 comentários:

Gil A F Furtado disse...

Caros Caminhadeiros, acabo de ler a reportagem do Companheiro Fortunato. Está boa, como de costume, talvez ainda melhor, mas tem um erro gravíssimo, um erro de género: o meu neto Midas é, tal como o seu homónimo da lenda, um rapagão dos pés às cabeças. (Aliás, sai ao avô). Acabou de celebrar o seu primeiro ano de vida e aposto que não tardará muito a acompanhar-nos nas mais árduas caminhadas. Por isso, daqui solicito ao notável repórter que proceda à devida correcção. (E desde já lhe digo que está desculpado do seu involuntário erro). A propósito do Midas da lenda - o pobre vivia uma verdadeira maldição: não podia apalpar as aias: elas ficavam com um tal brilho dourado que a rainha percebia logo.

Para todos os Caminhadeiros, saudações resplandecentes.

Fortunato de Sousa disse...

Desde já, ao avô Gil e ao neto Midas as minhas desculpas pelo erro indesculpável.
A falta que faz um revisor na redação das reportagens. Se fosse em programação informática, poderia argumentar que a versão ainda estava em desenvolvimento e antes de entrar em produção teria que passar pela análise.
Assim que posso eu apresentar como atenuante ao grosseiro erro de género? Distração, má fé, velhice, eu sei lá. Já reuni o conselho de família para ser avaliada esta minha falta grave, e após conclusões credíveis será elaborado um relatório a apresentar ao queixoso.
Quanto à lenda associada ao nome Midas, que o poderá inibir de apalpar as aias, neste caso pode o neto delegar ao avô Gil tão ingratas tarefas, pois ele se encarregará de o substituir com toda a sua sabedoria e aias não lhe faltarão.
Saudações Caminhadeiras,
Fortunato de Sousa

mreis disse...

Primeiro que tudo e antes de mais nada, um voto de louvor ao caminhadeiro A.Henriques pelo pundonor (deu erro mas acho que existe...) que pôs na organização desta caminhada.
Desde a escolha do percurso à organização das chuvadas mais fortes para antes de começar e durante o almoço de modo a que não atrapalhasse o andamento dos trabalhos. Desde a semaforização impecável em tudo que era cruzamento, entroncamento, encruzilhada, desvio, ramal, bifurcação, etc., até ao boião de cultura servido no forte de S.Vicente, tudo esteve a nivel elevado.
E depois para que conste nunca tinha passado tao perto de um moinho eolico e fiquei a saber que o diametro do rotor é de 90 metros e a altura do cubo (cilindrico...) é de 80 metros. Grande bisarma!

Saudações

manel reis

A. Dores Alves disse...

Até a chuva se tornou leve para garantir que tôdos os objectivos que o António Manuel Henriques nos propôs fossem atingidos. Um grande obrigado do Caminhadeiro Dores Alves