sábado, 3 de junho de 2023

* * * * * * * * 17ª Caminhada da Época 2022 / 2023 * * * * * * * * _________ “Pelo Percurso Pedestre da Cegonha” _________ * * * * * * * * * * * * * * Coruche, 31 de Maio * * * * * * * * * * * * *

 


Álbuns de Fotos:
Data do Encontro: 31 de Maio de 2023
Local do Encontro: Coruche
Percurso: Pelo Percurso Pedestre da Cegonha, ao longo do Rio Sorrento
Distância: 9 Km.
Participantes: (24) António Bernardino, António Dores Alves, António Palma, António Pedro, Carlos Evangelista Ferreira, Carmem Firme, Cristina Umbelino, Estela Garcia, Gilberto Santos, Ilda Maria Poças, João Duarte, José Luís Iglésias, José Maria Alberto, Luísa Gonçalves, Manuel Garcia, Margarida Lopes, Maria Céu Esteves, Maria Odete Vicente, Octávio Firme, Raul Almeida, Samuel Coias, Socorro Bernardino, Teresa Palma Duarte, Victor Gonçalves. 
Temos forçosamente de acrescentar a Yasmine, que tem sido um elemento activo e presente  no grupo dos Caminhadeiros
Não caminharam: Lina Fernandes, Luís Fernandes, Rosário Mendes.
Organização: Ilda Maria Poças, Samuel Coias
Almoço: Restaurante “O Farnel”
Visita Cultural e Lanche: Visita guiada ao Centro Histórico e ao Núcleo Tauromáquico. Lanche no “Páteo do Sorraia”.
Próxima Caminhada: 14/06/2023 Organizam Carmen e Octávio Firme (Valada)
Reportagem: 
1. O Trajecto - Depois de uma viagem sem qualquer incidente, todos os “Caminhadeiros” inscritos, como habitual, cumpriram o horário e antes da hora marcada estavam presentes no Parque do Sorraia, em Coruche, cujo nome se ao facto de existirem imensas corujas na região e D. Afonso Henriques, de passagem por lá, ter referido que seria a terra de Coruje. 
Não havendo nada pré-definido para o café matinal, após os beijinhos de recepção e a alegria do reencontro, o nosso fotógrafo de serviço, fez a fotografia da praxe, aproveitando o facto de alguns Caminhadeiros, já cansados (?!), se terem sentado, na escadaria de acesso ao passadiço.
Será que esta atitude tem a ver com o facto de que “ao envelhecermos as atividades físicas diminuem, na mesma proporção que as distâncias relativas parecem aumentar” (Dimos Iksilara). Estou em crer que não. Foi apenas uma estratégia para posarmos para a fotografia e escutarmos a breve introdução de boas-vindas do Samuel.
E, com pontualidade britânica, demos início à caminhada, com uma pequena adaptação ao Percurso Pedestre da Cegonha.  
Assim, começámos pelos verdejantes campos de milho, antes de atravessarmos a ponte para seguir junto ao Rio Sorraia. Este nome resulta da união de duas ribeiras: o Rio de Sor e o Rio Raia.
Como previamente informados, o trajecto era de dificuldade muito fácil, totalmente plano, em terreno sem sombras e de terra batida, mas com a particularidade de caminharmos ao longo do Sorraia, de podermos apreciar as suas margens verdes dos campos de arrozais. 
E assim, seguimos pelo Percurso Pedestre da Cegonha, comandados pelo “comandante” Samuel Coias, e com o Caminhadeiro Aviador Palma a encerrar o cortejo.
Houve hipótese de os menos resistentes, poderem encurtar o percurso e esperarem junto à ponte do açude. 
Uma palavra especial à caminhadeira Odete que, há um tempo afastada, fez questão de   acompanhar o grupo em grande parte do percurso. Porque, nesta fase da sua recuperação, um quilômetro pode ser pouco para quem faz dez, vinte, trinta, mas sabe-se a importância desta primeira caminhada superada! O importante é respeitar as fases e comemorar cada conquista por menor que seja!  
Finalmente o “comandante”, quando já tudo aspirava por uma paragem para recarregar energias, concedeu-nos a hipótese de uma breve paragem. 
O Percurso Pedestre da Cegonha, inclui uma parte do trajecto a efectuar junto à estrada nacional, que atravessa a vila. Esta estrada, além de muito movimentada, não tem qualquer berma de segurança e, para evitar riscos desnecessários, tínhamos decidido que voltaríamos pelo mesmo percurso, com a vantagem que poderíamos aproveitar para rever, mais atentamente, algum pormenor da paisagem que nos tivesse passado despercebido.
No entanto, os mais afoitos, para uns, e mais rebeldes para outros: a Maria do Céu, o Gilberto e o Raul, não esquecendo a fiel Yasmine, seguiram pelo trajecto oficial do Percurso Pedestre da Cegonha. Penso porque, além de querem fazer mais quilómetros também porque “ultrapassar obstáculos é o prazer pleno da existência, sejam eles de tipo material, nas ações ou nos exercícios físicos” (Arthur Schopenhauer).
E após quase 10 Kms caminhados, transpirados, cansados e esfomeados e porque, o que sedimenta a alta performance são os exercícios físicos regulares, aliados a uma nutrição equilibrada, estávamos ansiosos pela segunda parte do programa.

2. O Almoço - Restaurante “O Farnel”
Os Caminhadeiros foram recebidos pelo som do acordeão de  Carlos Marmelada, que deu as boas-vindas e animou o pessoal com música típica ribatejana. 
Nos lugares de cada um havia informação turística de Coruche com o programa de actividades que a vila proporciona a todos os visitantes e ainda frases sugestivas e alusivas à prática de actividade física. Algumas são utilizadas no decurso deste texto.

"Se uma taça de vinho tinto por dia corresponde a uma hora de exercício físico, então a adega é a minha academia”  (Dilce Stédile)

Não é bem o caso dos Caminhadeiros, mas nesta fase do dia já soube muito bem.
O Restaurante “O Farnel”, fez jus à fama que tem na região e cada um se deliciou com as entradas tipicamente ribatejanas (linguicinha e farinheira fritas, febra e cachola de azeite e vinagre, azeitonas aromatizadas, manteiga e pão caseiro), sopa e as iguarias previamente escolhidas.  Para a maioria, bacalhau à Farnel com batata frita e migas de bacalhau. Inicialmente era prevista salada, mas acho que preferiram as migas à salada, para poucos a carne de porco à ribatejana com batata frita e migas de couve, acompanhado de bebidas à discrição e à escolha de cada um.
Sobremesas sortidas de doces ou salada de frutas.
Ao longo do almoço fomos acompanhados pela música do nosso acordeonista e de um excelente serviço de mesa.  

3. A visita cultural
“Atividade física não é apenas uma das mais importantes chaves para um corpo saudável. É a base da atividade intelectual criativa e dinâmica.”  (Eduardo Costa)

Pois...
Por isso mesmo, aliada a uma boa refeição seguiu-se a actividade cultural. 
Guiados pela Dra Dulce Patarra, do Museu Municipal, que nos descreveu a história e o passado de Coruche, através das suas igrejas e edifícios percorremos as ruas da vila e vivenciámos o seu passado.  Ficámos a saber que o município de Coruche é maior que o arquipélago da Madeira, mas que é pouco povoado, apenas com 17 356 habitantes, apesar de ser a capital mundial da cortiça.
Visitámos as igrejas de S. António, de S. Pedro e da Misericórdia. Qualquer delas bem conservada e de traça diferente do habitual. 
Curioso os sinos de cortiça no Largo Mudo, onde se situa a Igreja de S. Pedro. 
Duas curiosidades em relação a estas igrejas: são revestidas de azulejo e servem essencialmente para cerimónias fúnebres...
Outra curiosidade foram as pinturas de arte urbana, que retratam cenas do quotidiano da vila, nas 3 enormes escadarias que dão acesso ao castelo (uma delas com 124 degraus..).  Apesar de curiosos, nenhum dos Caminhadeiros, fez menção de subir, porque já tínhamos tido a nossa dose de caminhada matinal. Ficará para uma próxima visita individual, de certeza.
Entre as igrejas, fomos agraciados também por uma visita guiada ao núcleo tauromáquico que representa um dos aspectos marcantes da cultura desta terra, na exposição “Tauromarquia de Coruche: história, arte e tradição”, que pretende contribuir para consolidar a informação, enriquecer e perpetuar a herança cultural destas lides. Ficamos a saber que a história das touradas, se inicia no SEC XIX, ainda durante a monarquia e que grandes toureiros tomaram alternativa na praça de touros de Coruche. Curioso também o facto de um aficionado, Zé Luís, pegar o touro de costas, ou na cadeira. 
Apesar de actividade física, coligada a cultura, ser um apanágio de corpo são em mente sã, já estávamos por demais cansados e já se tinham registados algumas “baixas” entre os Caminhadeiros, que discretamente se foram retirando. 
Dos 27 Caminhadeiros presentes ao almoço, éramos apenas 22 no início da visita e, já passando das 17h00, hora prevista para o chá, restavam cerca de 12 ainda resistentes a ouvir a nossa guia turística. 
Assim, delicadamente, pedimos excusas e demos por terminada a visita. Excepção para o Caminhadeiro Palma, que fez questão de ir ao Turismo comprar pins. Foi o único que cumpriu todo o programa previsto.
Realçamos o profissionalismo da Dra Dulce que, apesar de alguma indisciplina do grupo, tão comum nestas circunstâncias, mostrou-se sempre paciente e pronta a responder às questões. Estamos certos que, apesar disso, a sua missão foi coroada de êxito, pois aumentou a nossa cultura geral e o conhecimento que tínhamos sobre Coruche.

3. O Chá no Páteo Sorraia com vista para o Rio
Já passava das 17h30, quando aportaram ao Páteo Sorraia, apenas 18 dos ainda resistente 
s. Não propriamente na esplanada, porque o tempo estava instável, mas numa sala reservada, onde nos esperava um chá já morno, mais umas sandes, uns croquetes e o bolo “Campino” típico da região. Alguns preferiram imperiais, pois o calor a isso incitava. 

“Fazer exercícios físicos e dar bastantes risadas fortalece o corpo, prolonga a vida e enobrece a alma.” (Nino Carneiro)

Foi o momento para a descontração, para a partilha das diferentes frases sobre a actividade física que cada um tinha recebido ao almoço, para avaliar os aspectos positivos e menos positivos da caminhada.

4. Em modo de conclusão

Ao longo do trajecto fomos sendo questionados sobre as surpresas que tínhamos prometido. Podemos agora referir que foi também um modo de vos manter em suspenso e tentar conquistar mais adeptos para esta caminhada. Mas aqui estão elas:
- quase 10kms em vez de 8! Tínhamo-nos baseado na informação do turismo, mas esquecemo-nos de somar o acrescento ao trajecto inicial. 
- sopa no início da refeição (para os organizadores também foi surpresa)
- música para animação.
- os pensamentos sobre actividade física.

Tivemos sorte com o tempo, não excessivamente quente, ainda que instável, por vezes com sol radioso, outras com nuvens envergonhadas.

“Uma vida saudável não se retém apenas a uma boa alimentação e atividades físicas, não se pode ter saúde sem novas experiências e conhecimentos, sem exercitar a mente, sem atividades culturais, sem humildade, sem bons pensamentos e principalmente, sem praticar atitudes sociáveis.”   (Ricardo Fonseca)

Penso que este tem sido o apanágio deste grupo e agradecemos o facto de podermos ser parte integrante dele. 
Obrigado a todos os que estiveram presentes e lamento os que, por diferentes motivos, não conseguiram ir. 

Saudações Caminhadeiras
Ilda Maria Poças e Samuel Cóias

Por decisão dos autores este texto é escrito, sem adesão ao actual acordo ortográfico

7 comentários:

Rogerio disse...

Parabens Casal Ilda/Samuel parabens pela excelente reportagem, tive pena de não pider estar presente.

Raul Almeida disse...

Mais uma bela caminhada, desta vez organizada pelos estreantes Ilda e Samuel. Estão de parabéns, estava tudo muito bom. O almoço abrilhantado com música e as frases de caminhada foram ideias muito originais. Obrigado aos organizadores. Beijinhos e abraços.

Maria do Céu disse...

Parabéns aos organizadores. Boa caminhada e almoço. Podem continuar. Bjinhos. Maria do Céu.

Cristina Umbelino disse...

Parabéns aos organizadores Ilda e Samuel.
Foi um dia muito bem passado,cheio de surpresas.Podem continuar.
Beijinhos.Cristina Umbelino.

António Palma disse...

Mais uma vez, os meus parabéns aos organizadores da excelente caminhada!
Para uma primeira organização de Caminhada," a fasquia ficou bem alta"!😊😊👍👍

CEF disse...

Comer, coçar e organizar o "mal" é começar.
Parabéns aos novos Organizadores, tudo limpinho e poesia como sobremesa.
SFF continuem.
Abraços
eu

Maria de Passos disse...

Obrigada a todos pelos comentários
Ilda e Samuel