domingo, 23 de março de 2014

* * * * * * * * 14ª caminhada da Época 2013 / 2014 * * * * * * * * Rota do Sável e da Lampreia . Tancos . Dia 19 de Março




Data do Encontro: 19/03/2014
Local: Tancos / V.N. da Barquinha
Percurso: Rota do Sável e da Lampreia - 10, 000 kms - 02: 30 Horas
Caminhantes: (37) Angelina Martins; António Clemente; António Palma; Antonieta Faria; António Pires; Carlos Penedo; Carmen Firme; Dores Alves; Fátima Libânio; Fortunato de Sousa; Gabriela Bentes; Gil Furtado; Gilberto Santos; João Costa; João Duarte; João Figueiredo; Lina Fernandes; Lúcio Libânio; Luís Fernandes; Luís Martins; Luísa Clemente; Lurdes Clara; Manuel Bento; Manuel Flôxo; Manuel Garcia; Manuel Pedro; Manuel Reis; Margarida Graça; Maria do Céu; Miguel Cardoso; Octávio Firme; Odete Vicente; Rui Graça; Teresa Palma; Virgílio Vargas; Vítor Gonçalves; Zé Clara;
Só ao Almoço: Carlos Evangelista
Organizador: Lurdes Clara e Zé Clara
Almoço: Restaurante ‘O Almourol’ (tel: 249.720.100)
Próxima Caminhada: 02/04/2014 – (Fortunato de  Sousa)
Reportagem:
Mais uma caminhada no Ribatejo e mais uma vez com o início do percurso em paisagem de bruma suja. Só que a bruma nestas terras, junto ao rio Tejo, transforma o cenário de tal modo que o torna deslumbrante. Se o ano passado na Azambuja tivemos a lezíria como pano de fundo acinzentado em paisagem aberta e alargada, desta vez tivemos aqui na Barquinha e em Tancos, a beleza imponente do Tejo com a vila do Arrepiado na outra margem e o castelo de Almourol localizado numa pequena ilha no meio do rio em paisagem de bruma do nosso lado esquerdo. Os chorões em tom de verde carregado, pequenos barcos de pesca artesanal e a presença de algumas aves aquáticas complementavam o panorama que ficou registado nas câmaras fotográficas dos nossos repórteres de serviço. Mais tarde, um avião da base aérea de Tancos lançando grupos de paraquedistas no ar já limpo, seria a cereja em cima do bolo que o grupo de caminhadeiros participante nesta jornada não irá esquecer tão cedo. Uma Caminhadeira mais sensível a estes cenários, dizia com toda a legitimidade, que as caminhadas não é só caminhar, é também o contacto com tudo o que a natureza nos oferece de mão beijada.
Ao local de concentração iam chegando as viaturas com os participantes, cumprimentos habituais e tempo ainda para um café da manhã. De saudar a presença do Carlos Evangelista logo pela manhã, testemunho de que pouco a pouco vai recuperando e readquirindo a preparação física adequada para enfrentar todo o programa das jornadas Caminhadeiras.
Fotografia de grupo,  apresentação do programa do dia por parte do Zé Clara, e uma breve descrição do percurso a realizar efectuada pelo nosso guia de serviço, Manuel Bento, amigo de infância do organizador.
A caminhada em terreno muito razoável para a prática desta actividade, grau de dificuldade muito adequado ao perfil do grupo e uma perfeita gestão do guia Manuel Bento, permitiu que desta vez tivessemos caminhado muito agrupados. A meio da caminhada, já o Sol tinha vencido o nevoeiro matinal e os seus raios solares obrigando uma grande parte dos e das participantes a aliviarem-se das camadas de peças de roupa com que iniciaram o percurso. Já na parte final da caminhada, as opiniões dividiam-se quanto à localização de um canavial extenso, que para uns os protegia do calor e para outros os impedia de  poder observar a paisagem para o lado do rio. São estas as dificuldades da vida de um caminhadeiro.
Seguiu-se o almoço no Almourol, não o castelo medieval com um passado histórico complicado em termos humanos, mas sim no restaurante com o mesmo nome, onde desta vez 38 valentes e destemidos guerreiros se teriam que defrontar com o poderoso Ciclóstomo servido em Arroz de Cabidela e com o arrogante Sável com ovas do dito, espécie de peixe da família ‘Clupeidae’ (encaixa esta amigo Gil). De referir também a amabilidade do Sr. José Ferreira, proprietário do restaurante, que nos presenteou com uma prova de azeites de várias origens, mas todos eles matéria prima de produtores da região.
Durante o repasto e para acalmar a gula, fomos surpreendidos pela apresentação de um audio visual onde os chapéus dos Caminhadeiros serviram de tema. Ao produtor e realizador da obra, Carlos Evangelista, o nosso obrigado. À Lurdes e ao Zé que nos presentearam com um delicioso pão da região, o nosso agradecimento pela simpatia e generosidade mais uma vez demonstrados . Também ainda para os elementos do grupo Os Caminhadeiros que caminharam de Ferrol até Santiago de Compostela (Carlos Penedo, Manuel Garcia, Graça Sena e Odete Vicente), o nosso obrigado pela simpática lembrança que nos ofereceram.  
Segui-se a componente cultural, uma visita guiada pelo Sr. Carlos Vicente ao parque de esculturas de V.N. da Barquinha, um espaço com o melhor da escultura contemporânea portuguesa, cobrindo autores e obras cujo trabalho se desenvolveu da década de 60 até à actualidade.  
O tradicional chá de final de dia tomado no mesmo local onde foi servido o almoço, deu por finda mais uma extraordinária jornada Caminhadeira. Parabens renovados à Lurdes e ao Zé que tão bem organizaram o evento.

Saudações Caminhadeiras em passada para as terras de Nisa,


Fortunato de Sousa

8 comentários:

Gabriela Bentes disse...

Numa palavra: ADOREI!!! O passeio/caminhada num local paradisíaco que há muito não visitava. O almoço não ficou atrás, belo "spot", serviço e comida Divinal. Muito Obrigada ao casal Lurdes e Zé da Clara.
ps: Obrigada também pelo pãozinho... o meu foi passear para outra casa, mas irei recebe-lo em breve :)

Maria do Céu disse...

À Lurdes e ao Zé o meu muito obrigada pelo dia fantástico que passámos, e ao pão que se deixou comer numas boas torradas.
Céu.

António Dores Alves disse...

A escolha do local para caminhada a que se seguiu o almoço e chá foi muito bem escolhido. Excelente cenário natural.
Obrigado ao casal Lurdes e Zé Clara que se esforçaram para que tudo corresse muito bem neste dia de bom convívio.

Lurdes Barbosa disse...

Amigos,
Com esta descrição e com estas lindas fotos, cada vez dá mais vontade de acompanhar estes queridos caminhadeiros.....:-))...que pena não ter tempo disponivel.

Obrigado, pela partilha destes Lindos e Felizes momentos!

Beijinhos e Abraços para todos!

mreis disse...

'Transportados' pelos Clara, mais uma bela caminhada com o mais bonito trajecto da época caminhadistica, secondo me. Foi pena não termos avistado nenhuma baleia mas temos que acreditar no Vitor que disse que as havia e grandes.
E perguntarão alguns caminhadeiros: porque é que não há fotos do manel se ele aparece com a máquina ao pescoço? Elementar, meus caros, ele levou a máquina mas esqueceu-se de pôr a bateria a carregar. Mas não se perdeu grande coisa pois o grupo está recheado de grandes fotógrafos e para além do já famoso LM podemos apreciar mais uma data de excelentes fotografias.
O almoço começou muito bem com umas 'entradas' do Carlos Evangelista que mostrou que apesar de não ter caminhado não tem estado de 'baixa'. Temos realizador!
Já não posso acompanhar a nossa amiga Gabriela quanto à qualidade do repasto, sobretudo da lampreia, mas gostos não se discutem...
Cultura da boa foi a visita ao parque urbano da Barquinha e boa ideia ter sido guiada, para nos dar umas 'luzes' sobre as obras de arte expostas, para mim muito obscuras. O guia até nos disse que tinha havido alguma polémica com o custo e dimensão do projecto. Imagino que sim...
E foi mais uma organização dos Clara aprovada com louvor e distinção e ainda levamos um saboroso pão.

Até Nisa.

Unknown disse...



Embora com algum nevoeiro, não deixou de ser uma boa caminhada ao longo da margem direita do Tejo que nos deixou maravilhados com as belas paisagens.
Em termos gastronómicos e para os estreantes, que foi o meu caso para as iguarias escolhidas (arroz de lampreia+sável), considero que foi uma escolha acertada e que será caso a repetir.
Culturalmente, a visita ao extenso parque de esculturas contemporâneas (década de 60), em Vila Nova da Barquinha, considero que foi enriquecedora sendo certamente valor acrescentado para a cultura geral do grupo Caminhadeiro.

Concluindo, expresso os meus agradecimentos a:
-casal Clara (Lurdes+Zé) pela boa organização da jornada e pelo presente recebido;
-Carlos Evangelista pela surpresa feita com a apresentação da sua produção do audio visual;
-grupo de Caminhadeiros referido na reportagem pela lembrança com que nos brindaram.

*Luís Martins os espargos souberam a pouco, mas mesmo assim, ainda chegaram para uma deliciosa omelete.

*escrito de acordo com antiga ortografia

Saudações Caminhadeiras e até Nisa,
Miguel Cardoso






LM disse...

Muito a propósito foi o vídeo dos chapéus do nosso amigo caminhadeiro sentado, C Evangelista, para ilustrar as nossas caminhadas, pois estas estão a ser de se lhes tirar o chapéu!!! Do Rosário ao Intendente, do Divor a Torres Vedras, de Leceia à Barquinha, isto para mencionar só as de 2014, não param de nos surpreender e nos agradar. Um grande bem-haja a todos os organizadores que com carinho e amizade nos têm proporcionado estes dias tão diferentes e tão completos.
Abraços e boa saúde para todos …
Angelina e Luis

Gil A F Furtado disse...

Nas inscrições para a Amieira do Tejo prometi que não deixaria de comentar a ida a Tancos, «porque esta jornada não pode ser ignorada nem os seus organizadores desconsiderados por omissão».
Aqui estou a cumprir.
Atrasei-me muito a comentar, mas isso tem uma vantagem: não preciso de repetir o que já foi dito, o que me permitirá ser breve e maçar-vos pouco. (Oxalá!)
Agora mesmo, reli e revi tudo: convocatória, inscrições, reportagem, comentários e álbuns fotográficos: foi uma bela maneira de reviver agradabilíssimos momentos.
Ao ler a convocatória comecei de novo a salivar, ante a ementa anunciada e que depois se concretizou plenamente; recordei a agradável viagem na companhia do Luís Martins, da sua gentil esposa, Angelina Martins, e do nosso amigo Dores Alves; revi a misteriosa e um tanto romântica paisagem nublada que nos esperava.
E se antes de me inscrever já sabia que iria encontrar uma boa organização, ainda o almoço não tinha começado e já eu felicitava o casal organizador. (E já tinha agradecido ao guia).
Destaco a recepção, pois fomos recebidos como nunca antes: uma prova de azeites e uma selecção de bons vinhos brancos, rosés e verdes, de frescura no ponto – agradável sensação realçada pelo paradoxo de estarem… ao sol –, acompanhados por saborosas entradas “ambulantes” – o que evitou acumulações junto das mesas –, tudo servido com muita simpatia e profissionalismo. (Também agradeci e felicitei todo o pessoal de serviço).
À mesa, comecei pela lampreia e o belo arroz, passei ao sável e às suas ovas em açorda de bom pão, e voltei à lampreia. Facto curioso: gostei de tudo, da primeira à última garfada, mas apreciei ainda mais a lampreia depois de me ter deliciado com o sável. Dito de outra maneira: o sável realçou a lampreia. Vá lá um homem entender estes mistérios gastronómicos.
Falhei a grelhada mista, é verdade. Se, por um lado, sinto alguma pena, pois gosto de provar tudo quanto se coma, por outro não me fez qualquer falta: saí de lá perfeitamente almoçado e muito bem bebido. (E o nosso Ministro das Finanças nem meteu a unha nas nossas pensões!)
Do vídeo do Carlos Evangelista nem vou falar, para cumprir a promessa de não repetir o que já foi dito. Digo apenas que o apreciei tanto que gostava de ter uma cópia: é que, ao ver-me nele, até julguei estar a ver um actor, o que só se explica por o vídeo ter sido feito por um Realizador profissional.
Das fotografias – e não é que não haja várias dignas de realce, mas os outros fotógrafos que me perdoem – destaco uma: a quarta do Virgílio Vargas. Aquele seu primeiro Castelo de Almourol perdido na bruma e muito bem enquadrado – um pouco mais ao centro, como aconteceu ao que se lhe segue, ou um nada mais à direita; um pouco mais de névoa ou de luz e já não seria a mesma coisa – encheu-me as medidas.

Para terminar, enalteço e agradeço o gesto que marcou o dia: a partilha eucarística do pão – «Tomai e comei: é a transubstanciação da nossa simpatia».

Muito obrigado, Lurdes e José.
Muito obrigado, companheiros.

Encantado, o

Gil Furtado