segunda-feira, 17 de junho de 2013

19ª Caminhada da Época 2012 / 2013 - Peniche . Rota da Sardinha - Dia 12 de Junho



Albuns de Fotos:
Luis Martins
Miguel Cardoso
Carlos Evangelista
Data do Encontro: 15/06/2013
Local: Peniche
Percurso: Rota da Sardinha - 12, 000 kms - 03: 00 Horas
Caminhantes: (40) Angelina Martins; Antonieta Faria; António Bernardino; António Clemente; António Palma; António Pires; António Silva; Carlos  Evangelista; Carlos Penedo; Fátima Libânio; Fortunato Sousa; Gil Furtado; Gilberto Santos; Graça Penedo; Helena Gago; Irene Afonso; João Figueiredo; Jorge Veiga; Lina Fernandes; Lúcio Libânio; Luís Fernandes; Luís Martins; Luís Penedo; Luísa Clemente; Luísa Gonçalves; Manuel Garcia; Manuel Flôxo; Manuel Pedro; Manuel Tomás; Manuel Reis; Margarida Graça; Maria do Céu; Miguel Cardoso; Odete Vicente; Kinita de Sousa; Rogério Matias; Rui Afonso; Rui Graça; Virgílio Vargas; Vitor Gonçalves;
Só ao Almoço: João Carlos Domingues
Organizadores: Fátima e Lúcio Libânio
Almoço: Restaurante ‘A Sardinha’(Tel: 262.781.820)
Próxima Caminhada: 29/06/2013 – (Fortunato de Sousa / Luís Fernandes / Victor Gonçalves)
 Reportagem:
40 caminhadeiros responderam à convocatória da ‘Rota da Sardinha’, para percorrerem os 12 kms que totalizam o perímetro da vila de Peniche. Pontuais como é seu timbre, às 09:00 horas lá estavam todos concentrados em frente à antiga Fortaleza, agora transformada em Museu. Pelo meio e ao longo da história, este mesmo imóvel foi servindo de ‘Praça Militar, abrigo de refugiados 'Boers' provenientes da África do Sul, residência de prisioneiros austríacos e alemães durante a Primeira Guerra Mundial, prisão política do Estado Novo, e de alojamento provisório a famílias portuguesas chegadas das antigas colónias a seguir ao 25 de Abril de 1974. Relevante a componente histórica deste edifício, cujo destino ou futuro ficará marcado pela qualidade e dimensão dos decisores políticos da nação. Por enquanto, em frente ao Museu e do outro lado do largo,  um antigo pescador ia arrumando a sua bancada de peixes secos salgados.
E foi assim, nesta manhã fresca de fim de Primavera ou de início de Verão envergonhado, que após a fotografia de grupo em frente à porta do antigo Forte, se deu início à caminhada. Em grupos de menor ou maior dimensão, lá fomos circundando a vila, com os porta bandeiras dos Caminhadeiros, Carlos Evangelista e Victor Gonçalves a  deixar bem identificada a nossa passagem pela vila, onde a qualidade do seu peixe e as rendas de bilros se destacam.
Sempre em bom ritmo, depressa alcançámos um dos pontos mais bonitos do percurso: O ‘Ilhéu da Papoa’. Localizado na costa norte da vila, assente em formação rochosa calcária, mas com uma flora lindíssima nesta época do ano, que deixaram a Luísa Clemente, a Angelina e outras Caminhadeiras deslumbradas. Também os fotógrafos de serviço se puderam regalar com as imagens que este maravilhoso local lhes proporcionou.
A manhã ia aquecendo e a beleza natural continuava diante da nossa vista. Sempre com a Ilha da Berlenga à nossa frente, fomos marginando o Atlântico até ao Cabo Carvoeiro, passando pela Ponta do Trovão, Santuário da Senhora dos Remédios, Varanda de Pilatos, etc. etc... No Santuário, de realçar a capela revestida de azulejos azuis e brancos muito bem conservados e de rara beleza.
Muito interessante ainda, a passagem pelo bairro dos pescadores, com casas de construção modesta e ruas estreitas, que caractrizam bem a diferença do escalão social de quem as habitou ou habita.
Depois, veio o merecido almoço no restaurante ‘O Sardinha’, sendo este certamente o motivo inspirador para o Lúcio e a Fátima Libânio darem nome à caminhada ou à rota com o mesmo nome. Entretanto, havia quem dissesse, que se o nome tivesse sido sopa de peixe, carapau ou caldeirada,  tinha-lhe assentado às mil maravilhas. Tudo isto, porque a qualidade das iguarias estava à altura da sardinha.
Tal como havia prometido, a nossa estimada amiga Caminhadeira Maria do Céu, foi acompanhada de um pequenino trono de Santo António. Porém, também de acordo com as suas expectativas e com a crise que atravessamos, o pobre do Santo não conseguiu mobilizar a faceta generosa dos participantes. Apenas umas escassas moedas castanho escuras a imitar o tostãozinho para o Santo António, e lá foi o Santo e a Maria do Céu carpir as mágoas para outra freguesia. 
No final do almoço, o Vitor Gonçalves teceu algumas considerações sobre o que virá a ser a última caminhada da época, e o António Palma distribuiu os seus já famosos PIN’s, desta vez alusivos à caminhada extraordinária de Loriga na Serra da Estrela.
A componente cultural selecionada pelos organizadores do evento, foi como não podia deixar de ser, uma visita ao Museu Municipal de Peniche. A funcionar desde o ano de 1984, está divido em três áreas. No entanto, aquela que mais prendeu a atenção dos elementos do grupo, foi a que está situada no 3º piso, denominada ‘Núcleo da Resistência Antifascista’. 
Terminámos como é hábito com o tradicional chá de final de festa, desta vez e também no restaurante ‘O Sardinha’. Bolinhos e chá de várias proveniências, mereceram o aval da maioria ou senão de todos os Caminhadeiros e Caminhadeiras.
Ao João Carlos Domingues, que só a partir do almoço se reuniu a nós, esperemos que o convite do seu amigo Carlos Evangelista não lhe tenha desagradado e possa aparecer mais vezes, caminhando ao apenas almoçando.
Umas breves palavras finais para os organizadores do evento. A Fátima e o Lúcio Libânio aderiram por sua iniciativa ao grupo, na caminhada dos ‘Trilhos da Archeira’ no passado mês de Fevereiro, certamente depois de uma cuidada radiografia ao grupo através do blog. Efectuado o diagnóstico, avaliaram a situação clínica e viram que também eles poderiam usufruir dos efeitos da terapia de grupo que  'Os Caminhadeiros ' transmitem aos que a ele aderem. Se assim foi e lhes agradou o ambiente aqui vivido depois de 4 meses em regime experimental, então estamos todos de parabéns, porque o objectivo de ambas as partes foi alcançado.
Saudações Caminhadeiras em passada lenta mas certamente compreendida e desculpada por todos os meus amigos Caminhadeiros,                                                                                              
Fortunato de Sousa

8 comentários:

Maria do Céu disse...

Uma belíssima caminhada, com uma paisagem deslumbrante.
Por ser quase dia de Sto António, gostaria de agradecer o "tostãozinho" que deram para o mesmo.
1 beijoca
Céu.

Fortunato de Sousa disse...

O tostãozinho, centimozinho ou outro qualquer tipo de moeda ainda vigente, já estão referidos na reportagem, mas na nova edição por mim revisionada ou revista. Certamente que a fraca recolha do pecúlio, foi a razão aparente que me levou ao imperdoável esquecimento. Agora, só um Santo António ou uma Maria da Céu, com as suas divinas graças me poderão perdoar.
Saudações em passada um tanto ou quanto envergonhada,
Fortunato de Sousa

Maria do Céu disse...

Caminhadeiros, O Foutunato referiu-se à eventual fraca contribuição para o st António. Nada mais errado, o objectivo foi plenamente conseguido e ultrapassou as expectativas, pois o tostão, e por isso é que as moedas eram só as pequeninas no total o pecúlio rendeu 1.75 €. Estou a pensar que destino darei a tamanha "fortuna", que isto seria no século passado. Certo é que me diverti a fazer o dito e seguramente o Vitor a fazer o peditório. Bjs. Céu.

Unknown disse...



Excelente caminhada na periferia do Cabo da Península de Peniche (outrora ilha), a qual nos surpreendeu pelas vistas magníficas e um sem número de locais de bastante interesse.
Observando a evolução das formações rochosas ao longo dos anos que envolvem toda a península, destaco os "Rochedos da Papoa" e no promontório do Cabo Carvoeiro o rochedo "Nau dos Corvos", que são de facto manifestações imponentes da mãe natureza.
Remeto para as respectivas reportagens dos "Paparazis" a visualização de muitos outros locais também de grande interesse e que não estão referidos nos meus comentários e na reportagem da caminhada.
A vertente cultural primou com a visita à Fortaleza de Peniche, hoje adaptada a museu e que em tempos idos foi um importante complexo militar e mais tarde serviu de prisão política do estado novo.
Foi de facto uma visita muito interessante.
Gastronomicamente falando e como não podia deixar de ser, foi rainha a “Sra. Sardinha”, não descurando obviamente todas as restantes iguarias degustadas.
Desta vez não houve aniversariantes, mas está de parabéns o casal Libânio pela estreia como organizadores.
Organização e reportagem excelentes.

*escrito de acordo com a antiga ortografia

Saudações Caminhadeiras e a pensar já em Mora,
Miguel Cardoso

Lúcio e Fátima disse...

Agradecemos ao Balão a sua disponibilidade, engenho e arte escriturária na elaboração de tão composta reportagem. Confirmo que a citada terapia funciona na perfeição, e enquanto o grupo tiver paciência para a administrar, contem connosco para a tomar. Um grande abraço a todos. E vamos noutra passada, sem deMora.

LM disse...

Mais um excelente dia de convívio, em que não faltou também o contributo do nosso, já caminhadeiro, S. Pedro. Esta é, sem dúvida, uma terapia excelente para restaurar o nosso equilíbrio, que nestes últimos tempos tem balançado mais que balão de Santo Popular em noite de ventania. Obrigada pela vossa companhia e um abraço a todos. Saudações e vamos lá até Mora ....Angelina

mreis disse...

Até esta caminhada só tinha ido a Peniche para almoçar. A ideia que tinha é que era uma terra sem grande interesse e até quanto a peixe foram mais os barretes que as alegrias.
Pois foi preciso os 'pacientes' Libanio levarem-me lá desta vez para ficar a conhecer a paisagem maravilhosa que rodeia Peniche e o seu forte de 'fortes' recordações, sobretudo para quem, como eu, admira o sofrimento e a coragem dos lutadores antifascistas.
Sairam-se muito bem os Libanio's embora, sem terem nada a ver com isso, ainda não foi desta vez que o peixe de Peniche me deslumbrou...
Bora até Mora!

Sara disse...

Uma bela viagem para realizar com amigos e família Espero que você tenha sido desfrutando eu estou planejando um para o próximo ano, mas nós somos um pequeno grupo de pessoas, mas estamos tentando e conseguir umos apartamentos mobiliados buenos aires