quinta-feira, 1 de novembro de 2012

4ª Caminhada da Época 2012 / 2013 - Rotas do Guincho - Dia 31 de Outubro




Álbuns de Fotos:
Dores Alves
Carlos Evangelista
Luis Martins
Data do Encontro: 31/10/2012
Local: Malveira da Serra - Rotas do Guincho
Percurso: 10, 000 kms - 02: 45 Horas
Caminhantes: (31) Angelina Martins; António Clemente; António Henriques; António Palma; António Pires; Carlos  Evangelista; Carlos Penedo; Carmen Firme; Chico Pires; Dores Alves; Fortunato Sousa; Gil Furtado; João Figueiredo; João Martins; José Clara; Lina Fernandes; Luís Fernandes; Luís Martins; Luísa Clemente; Luísa Gonçalves; Lurdes Clara; Manuel Garcia; Manuel Pedro; Maria do Céu; Margarida Graça; Margarida Serôdio; Manuel Reis; Octávio Firme; Pedro Albuquerque; Rogério Matias; Vitor Gonçalves.
Só ao Almoço: (03) Abílio Guimarães Coelho; João Evangelista; Maria Gertrudes
Organizadores: Carlos Evangelista e Vitor Gonçalves.
Almoço: Adega Regional de Colares   Tel: 219282733
Próxima Caminhada:  07/ 11 / 2012 – (Fortunato de Sousa e João Martins)

Reportagem:
Designado para a desmontagem duma caminhada percorrendo o litoral Atlântico e com a dica do Vítor porque não a zona do Guincho, não parei mais para mostrar a minha zona saloia. Que percurso a fazer, e como? Internet, claro, bom!, este, não vejo como fazê-lo, olha, Clube …….. , Oi!, mais, uma tentativa, aqui está, PR 4 CSC - Rota do Litoral do Guincho, não foi fácil te encontrar rapaz. Falando com o meu irmão sobre a minha tarefa caminhadeira e, conhecedor da zona, logo entramos em alternativas possíveis, foi quase tiro e queda. Vou combinar um encontro contigo e com um amigo que se mexe nessa área. Mensagem: Adega Regional de Colares, quinta-feira encontro com o Miguel Poças para falares do almoço e veres se gostas do local. Apresentados, para o local nos fomos dirigindo e definindo o pretendido. Do que vi gostei, e pensei, o espaço estava encontrado, de conversa decidida chegamos a acordo de cavalheiros para o preço relação refeição, Vai ver que vão gostar.
Para a parte cultural teríamos a adega, com o Enólogo Francisco para falar um pouco da Adega e sua história, sabendo dos créditos do nosso guia, estava descansado, era só o convite.
 De Colares parti para a Malveira da Serra, no parque de estacionamento junto a uma Igrejinha parei, olhei, perfeito local para a concentração – Restaurante o Camponês, está feito. Quis iniciar o reconhecimento do percurso mas a chuva não deixou.
No dia seguinte voltei ao parque de estacionamento, e lá parti de mapa na mão, rua acima para encontrar o inicio da caminhada, olha aqui está, Almoinhas Velhas, boa, vou continuar, há que estar de olhos abertos para encontrar aqueles tracinhos de cor vermelha, e amarela juntinhos a fazerem paralelas e com continuidade para um casamento perfeito no dia aprazado, olha aqui está um, boa, outro por ali, cruzes não credo, não valem, é por ali, e assim fui descobrindo o litoral, bonito este cenário, a Peninha, ali é a Praia do Abano e ao longe o Guincho, aposto que eles vão gostar e os meus santinhos me irão ajudar decerto, trimm, trimm, Está tudo bem (fala o meu mano), onde estás? Estou fazendo o percurso de que te falei, Sozinho?, Sim, Grande maluco, já falei com o Enólogo Francisco para falar da Adega e, com todo o gosto estarei, foi a resposta, Boa, boa, depois falamos, beijo,  Beijo.
Perto da Praia do Abano, parando ouvindo as ondas e, num olhar contemplativo entre a serra e o mar senti que tinha ficado para trás quem me acompanhava desde algum tempo,..…. Tinha de continuar, pedra aqui poste acolá, me indicavam o caminho certo, deixando a orla marítima  e atravessando a estrada nacional fui encontrar cenário verdejante  de hortas e pinhal na calma de um vale onde ribeira de calmas águas se houve o seu falar ,lá estava Charneca ,embrenhado no doce silêncio cortado por vezes pelo pipilar de uma ave, e após mais uma subidita mais atrevida Alcorvim estava encontrada, e por fim, Janes, com Malveira da Serra à vista ponto de partida e de chegada, trimm, trimm , Carlos é o Vítor, temos de adiar a caminhada o nosso amigo Sales partiu. Já o tinha sentido, Vamos adiar a Caminhada, Está descansado, vou já tratar de tudo. Fica para a semana, tá.

Malveira da Serra – 31/10/2012
Vão chegando e, beijo a esta Princesa, abraço a este amigo o grupo se forma, Já estavam todos na hora combinada,  com o frenesim habitual de mais uma caminhada, Vamos tirar a foto do grupo, pessoal, fala o Fortunato, Aqui na escada da Igreja, opina o Rogério, o grupo aí se perfila, aparece uma voluntária para tirar a foto, hoje o Fortunato aparece no grupo também, de seguida em silêncio e em comunhão as mãos se uniram como uma corda durante uns segundos em recolhimento para com o nosso sempre muito querido Amigo Carlos Sales. Paz á Sua Alma.
Com a lição bem estudada, lá partimos decididos como sempre para mais uma descoberta. A meteorologia generosa ajudava, Chico! é por aí à esquerda Almoinhas Velhas e, lá vai o grupo descobrindo e agradado o cenário que se deparava, casas com bom ar, a Peninha altaneira qual sentinela, as praias quase selvagens, São 10 horas, vou ligar ao Miguel Poças, tenho de conseguir por ele ou outra via o pedido da Maria do Céu, Faço anos de casada e gostava de ter um bolo de aniversário que achas? Mas, é surpresa, tenho o espumante no carro, bico calado, ouviste, Trimm, trimm, não atende, mais adiante volto a telefonar, trimm, trimm, Miguel Poças, bom dia, já caminhamos desde as 9,30, está tudo em ordem? Sim, cá vos espero tudo OK, Oiça, tenho uma urgência, é que preciso que me arranje para o lanche um Bolo de Aniversário de Casamento, para juntar às queijadinhas, O quê?, tenho a cozinha cheia, Tem de ser, tem de ser, a minha amiga era para ir voar ,não tinha a certeza de vir caminhar,  Já lhe falo, Ok, e lá vamos indo e vendo as arribas da Ponta Abelheira, a Praia da Grota quase selvagem, o Forte do Abano já se vê, chegados à Praia do Abano e durante a pausa a Carmen diz, Quê bonitooo, aquela  rocha parece mesmo um perro, tal e qual, com orelhas e tudo, mas para o Manuel Reis, travesso, É o Adamastor ,é o que é, trimm, trimm, Carlos que peso deve ter o bolo? , Oh! pá onde está a Céu? bom vai ali, sai sinal de liques, vem aqui, que peso? É pá sei lá, 3 kilos não? Miguel 3 kilos e obrigado, e acabada a pausa caminhando mais além o Gil Furtado com os seus binóculos olhando para a Peninha identificava o local onde o Octávio deu cabo do perónio, o organizador confirma, Caiu sim, mas firme que eu vi, e lá fomos ouvindo palavras gentis sobre o percurso ainda marítimo, agora e de retorno será campesino que vamos percorrer, pintado de hortas e manchas de pinhal salpicado por aldeias como, Charneca, e Alcorvim, pelo meio vão ficando trocas de impressões várias que este grupo partilha sempre com a maior elevação, para chegarmos a Janes, penúltima etapa deste nosso percurso com vista superior sobre o mar, donde já se vê o ponto de partida e chegada Malveira da Serra. Boa Caminhada, assim, sim, são vozes amigas que se ouvem.
O local do almoço era surpresa, havia que dar a direção, Sigam o carro do António Palma e não percam o de trás.
Chegados ao local, Colares, Adega Regional, também tive a minha, pois os mais despachados já brindavam de copo na mão com agrado pelo local escolhido. Bom, isto não está a correr nada mal pensei. Hoje ao almoço tivemos mais um novo anfitrião o ex-colega da IBM, Abílio Guimarães Coelho e, mais uma vez a presença do meu irmão João Filipe e da minha cunhada Maria Gertrudes. A sala ampla de decoração acolhedora e requintada foi de agrado geral pelo que foi dado a ver nos rostos dos Almoçantes, até parecia um Casamento. Casamento não houve, foi entre o Gil Furtado e o Manuel Reis quanto ao Ramisco de Colares. Para um tinha gosto a pinhal, para o outro era mais vinagre balsâmico. Esperemos nova degustação com a nossa presença. Com a conivência do António Palma no Alma Artística Desassossego foi apresentada uma passagem de roupa, polos com identificação Caminhadeira contando ainda com a colaboração da Maria do Céu para o desfile. Este trio ofereceu aos Caminhadeiros Mor, Fortunato, Vítor e Luís Fernandes um exemplar, sendo entregue também em tempo oportuno outro à nossa amiga Bina.
A amiga Lurdes Clara também ofertou às Princesas uma doçura da sua aptidão doceira, e como não há doce sem chá o casal Musa Inspiradora (TR/CE) o fez em caixa na forma de coração com pássaro pintado, eu dito, melhor sugiro e, ela pinta, pinta, e sempre com mais pinta.
O tempo voou e, fomos a correr para ouvir o Enólogo Francisco, responsável pela Adega Regional de Colares. O historial desta casa nos foi contado desde a sua fundação, passando até pela praga da famigerada filoxera que grassou o nosso País idos muitos anos, sendo que a zona de Colares não, devido exatamente ao tipo de castas que aqui são produzidas. Ao visitar a nave onde repousam algumas dezenas de tuneis, fomos ouvindo números que nos deixam tristes, pois o que se produz hoje em relação ao passado é para esquecer.
Percorrido o edifício acabamos na loja de compras onde alguns não hesitaram no Ramisco de Colares, segundo o Manuel Reis de gosto avinagrado (o dito) contraposto logo por alguém de fino e afinado gosto e conhecimentos vastos no mundo do vinho de seu nome Gil Furtado.
Regressados ao edifício do almoço passamos para outra sala com decoração acolhedora de luz amena, e eis outra surpresa pois onde supostamente seria servido o chá aparece um bolo aniversariante de vela acesa. O casal Maria do Céu e Manuel Pedro faziam anos de casados. Há que festejar. A Princesa diz algumas palavras sobre a data (desculpa Céu eu não ouvi, andava parecia uma barata entre a cozinha e a sala) e, agradece emocionada a vivência dos seus 37 anos com o seu Príncipe, aplaudida com entusiasmo de Parabéns o grupo Brindou com o espumante trazido de casa pela aniversariante. Ainda foi dado a visitar a algumas caminhadeiras a cozinha onde foi elaborada a nossa refeição com a amabilidade do nosso amigo Miguel Poças responsável pelo evento, explicando e respondendo às perguntas que iam sendo feitas, tendo sido oferecidos postos de trabalho tal o interesse demonstrado pelas visitantes.
Depois de esgotado o celebrante espumoso e mais dois dedos de conversa, esta Caminhada teve o seu fecho.

Agradecimento ao Miguel Poças, Enólogo Francisco, Miranda e ao meu mano.

Se há dias que correm bem a uma pessoa e a sorte lhe bate à porta, hoje foi um dos tais.
Com amigos destes tudo se torna tãooooooo fácil, e gostoso.
Obrigado
    
Carlos Evangelista

5 comentários:

Gil A F Furtado disse...

Pela primeira vez na História dos Caminhadeiros, o Mor Fortunato (chamo-lhe apenas mor, sem substantivo, porque ele é mor em tudo: caminhadeiro-mor, organizador-mor, repórter-mor, dinamizador-mor, alentejano-mor, cozinheiro-mor, amigo-mor, etc) quebrou uma regra de ouro: convoca para a próxima caminhada sem ainda estar escrita a reportagem desta. (A urgência foi tal que, no cabeçalho do que há-de vir a ser uma reportagem, está dito, no momento em que escrevo, que a Rota do Guincho foi feita ao pôr-do-sol na Praia da Galé. Precipitação ou ressaca, Fortunato-Mor?!

Ora bem, esta quebra de regras permite-me, finalmente, a realização de um velho sonho: comentar a caminhada antes de existir a respectiva reportagem. (Outro é comentar a caminhada antes dela ser feita).

Foi uma grande jornada!

Comecemos por dizer que o tempo ajudou, mas “Deus ajuda a quem muito madruga”, ou seja, o trabalho de casa do organizador principal e seus coadjuvantes foi tão bem feito que deu nisto. Estão de parabéns e são credores dos nossos agradecimentos.

O itinerário, muito bem escolhido, foi uma feliz mistura de ruralidade com ar marinho, paisagem sempre bonita e mutável, virada ora a terra ora ao mar, terrenos incultos e casais rústicos, inclinações que não castigavam entremeadas de caminhos quase planos...

O ambiente do restaurante era sobremaneira convidativo, de um requinte discreto e clássico, sem mancha de novo-riquismo, com as amplas mesas redondas muito bem dispostas em ampla sala e muito bem postas. A comida foi saboreada com gosto e os vinhos com que nos hidratámos foram prazerosamente degustados, desde o rosé muito leve com que fomos recebidos, até ao fabuloso ramisco velho com que acompanhámos o prato principal depois de termos passado por um branco fresco, vivo, pleno de espírito, delicioso. Até o comportamento do empregado-de-mesa merece nota alta: eficiente, discreto e educado. A princípio pareceu, a alguns, demasiado formal, mas alguém disse que isso passaria logo que bebêssemos dois ou três copos, e assim foi.

O momento musical provocado pelo Maestro Manuel Reis encantou todos os ouvintes. As competências que um “virtuose” da música adquire: começa por aprender cavaquinho e ei-lo a tocar bordos de copos! No cavaquinho, o vira; aos copos, vira-os.

As conversas à mesa foram de alto nível, aliás como sempre, mas não conseguimos resolver uma grande dúvida. Já hoje dediquei toda a manhã a pesquisar a net, e nada! Quem há aí que possa ajudar? É o seguinte: «Viva la muerte!», além de título do famoso filme de estreia de Arrabal, foi, muito antes disso, “apenas” uma exclamação de um general franquista, ou uma consigna comum nas hostes fascistas durante a guerra civil de Espanha? Poderá ter sido as duas coisas? Ficamos à espera de esclarecimento.

A visita cultural teve pelo menos duas grandes qualidades: a primeira foi ter sido feita logo ali ao lado; a segunda foi ocorrer num ambiente onde se está sempre bem. (Eu, pelo menos, estou). O prazer da visita foi multiplicado pela sabedoria do guia e pelos deliciosos produtos que de imediato puderam ser adquiridos a simpáticas e eficientes atendedoras.

O aniversário de casamento dos nossos queridos amigos Maria do Céu e Manuel Pedro foi uma bela surpresa que muito contribuiu para o prazer do convívio. Por mim, além de felicitar o casal, tentei dar os parabéns a todas as senhoras presentes, mas, dividido entre o bolo e o espumante celebracionais, não consegui. Assim, aproveito este comentário para pedir desculpa às queridas caminhadeiras que involuntariamente excluí, e prometo felicitá-las em próximas oportunidades.

E pronto. Vou já carregar no “Publique-se”, antes que o reporter acorde.

Saudações caminhadeiras em passada antecipada,e fique claro que este escrito não pretende ser reportagem mas apenas comentário à futura dita cuja.

Na Arruda de outros Vinhos nos encontraremos. Espero.

Abraços.

Gil Furtado

Fortunato de Sousa disse...

Venho aqui peinitenciar-me pelas gafes cometidas, e prontamente dectetadas pelo olho clínico de um tal revisor de reportagens a que todos chamamos de Gil Furtado. O gajo não deixa passar uma, quanto mais duas ou três. Por mim, confirmei a regra que diz: Depressa e bem não há quem, pois ao querer publicar parte da reportagem antes da convocatória, e em contagem decrescente para saír de casa, o resultado foi o que se viu. De qualquer modo, ao mesmo tempo foi benéfico para o blog, pois sem essas insignificantes falhas por mim cometidas, não teríamos tido a faca aguçada do censor a picar-me os calcanhares, e em simultâneo a oportunidade de poder ler um excelente comentário a uma reportagem ainda não publicada. Enquanto uns conseguem graus académicos e licenciaturas com cadeiras que não constam do programa, outros, comentam reportagens não publicadas. Ah... granda Relvas dos Caminhadeiros.
Quanto à magnífica reportagem do nosso amigo Carlos Evangelista, só posso dizer que merece agora atempadamente, um novo comentário do nosso amigo senador dos Caminhadeiros. Por mim, só posso dar os parabens aos magníficos repórteres, quer ao da narrativa quer aos da imagem. Mesmo assim, ainda vou ver se tenho tempo e paciência para adicionar mais um album de fotografias à reportagem, de modo a que todos possam avaliar o contraste entre o que é recolher imagens ocasionais e fazer fotografia com arte e engenho.
Saudações Caminhadeiras já em passada de reconhecimento do percurso na Arruda dos Vinhos,
Fortunato de Sousa

m.reis disse...

Repararam na bela reportagem, em tom coloquial, quase "saramaguiana"? Eu gostei! O CEF é um verdadeiro artista, só não sei se é de nascença ou tem mestre lá em casa...
E completíssima, so ficou inacabada a querela do ramisco balsamico mas a sugestão de uma outra degustação está aceite. Os ramisquicos diziam que ia bem com queijo, eu por mim parafraseio um conhecido nosso que diz muitas vezes: "pode ser..."
Boa caminhada, Carlos, nós é que agradecemos.

mreis

O Gil continua inspirado prosador e aqui ficam 2 comentários de apreciador:
Primeiro:
o maestro da copofonia
foi o manuel garcia
que deu início à sinfonia
ainda sopa não havia

Segundo:
Uma amiga que vive no Canadá e segue o blog mandou-me este link sobre o tema "viva la muerte":
http://www.lewrockwell.com/orig3/cullen1.html
Obrigado Maria!

LM disse...

Bom! Perdoem-nos mas não queremos cair no lugar-comum de dizer que esta caminhada foi espectacular! Não! Nada disso! Não é porque não o tenha sido! Não! Apenas queremos dizer que já é lugar-comum que as Caminhadas sejam sempre NORMALMENTE espectaculares! Lá de vez em quando vem uma cujo trajecto tem de ser alterado à última da hora. Mas enfim, também acontece. Contudo estas excepções só vêm mostrar que a NORMALIDADE é... bem, já o dissemos.
Queremos, no entanto, mencionar os três ou quatro, já não sabemos, pontos que devemos apontar e que, como não podia deixar de ser, deram a conhecer ao Grupo Caminhadeiro artes e artistas em modalidades que não eram, em princípio, esperadas. Ou melhor, foram inesperadas. Estamo-nos a recordar de: doçaria, artesanato, escrita, confecção e passagem de modelos. Doçaria porque, apesar dos dedos massacrados da Lurdes, a sua compota ficou de se lhe tirar o chapéu e não se lhe pode apontar o dedo (a não ser que esteja embebido na dita compota e a pedir ‘Quero mais’ (como diz o anúncio do miúdo)). Artesanato porque, mais uma vez, o casal CEF/Tina nos brindou com uma amostra das suas habilidades artesanais e, desta feita, com a hipótese de juntar o chá à compota já referida. Escrita porque, se já havia dois barras na arte e mais alguns amadores, aparece agora, sem saber ler nem escrever como se diz na minha terra, um outro artista, singular ou conjunto, de quem se espera, pelo menos nós esperamos, mais, muitas, crónicas e comentários para nosso, pelo menos o nosso, prazer. Já sabíamos, por prova provada, que o Carlos manobrava bem os dedos (vejam-se as suas fotos) numa máquina fotográfica; agora que manobre bem os dedos numa máquina de escrever é que... bem, foi inesperado e resultou em grande. Para animar, ou melhor, para aumentar a animação do almoço, vimos uma passagem de modelos que, bem, só nas passerelles dos grandes costureiros se podem encontrar.
Para finalizar queremos agradecer aos organizadores e a quem com eles colaborou mais esta jornada Caminhadeira.
E que viva o ramisco.
Angelina e Luis Martins
(Escrito à revelia do malfadado Acordo Ortográfico)

Carlos disse...

E poderá uma caminhada ser mais que perfeita ? Para mim a resposta foi dada quando li a deliciosa reportagem da última caminhada elaborada pelo nosso CEF. É que na verdade quando regressava de Colares já tinha a certeza que tudo tinha sido perfeito. Uma magnifica jornada caminhadeira já muito elogiada pelos anterioes comentadores. Já não faltava nada para atingir a perfeição. Inevitàvelmente veio-me à memória um comentário feito pelo saudoso caminhadeiro Carlos Sales que a propósito duma certa caminhada minhota afirmava que a fasquia estava a ficar cada vez mais alta e seria dificil mantê-la tão alta. Passados quase dois anos e muitas caminhadas feitas verificamos que que graças ao muito trabalho dos organizadores e seus colaboradores sem esquecer os nossos mores, que como eu já salientei mais que uma vez, estão sempre lá, em todas, o nível das nossas caminhadas se mantêm bem alto, atingindo muitas vezes, como neste caso, a EXCELÊNCIA.
E porque é que digo que é mais que perfeita ? É porque com a reportagem feita pelo CEF ainda subiu mais um degrau. Não é só uma deliciosa reportagem, muito para além disso. Trata-se de uma lição de organização com todos os detalhes que faz uma magnífca retrospectiva dos estados de alma, dúvidas, incertezas, alegrias, frustrações etc por que passa um organizador quando se confronta com uma tarefa como esta que exige muito trabalho, dedicação e generosidade.E depois, no fim, como é o caso desta caminhada, julgo eu, resulta numa satisfação enorme para o Carlos e todos os colaboradores que contribuiram para este sucesso mais que perfeito.
E claro que por detrás de um grande organizador está sempre uma grande organizadora. Obrigado também à Tina, face menos visível deste casal mas que se sente que está sempre lá.
Parabéns ao Carlos e colaboradores e já sabes Quero mais...
Abração companheiros
CPenedo