quinta-feira, 22 de março de 2012

13ª Caminhada 2011 / 2012 - Trilhos e Sabores do Alentejo - Vimieiro - 21.03.2012



Albuns de Fotografias
Fortunato de Sousa

Luís Martins
Manuel Reis
Carlos Evangelista
Data do Encontro: 21/03/2012
Local: Vimieiro – Trilhos e Sabores do Alentejo
Percurso: 14, 000 kms; 03: 00 Horas
Caminhantes: António Henriques; António José Clemente; Luísa Clemente; António Palma; Antonieta Faria; Andreia Faria; António Pires; António Dionísio; Silvia Dionísio; Bia; Carlos Evangelista; Carlos Sales; Bina Sales; Carlos Penedo; Fernando Bernardino; Fortunato de Sousa; Quinita de Sousa; Francisco Pires; Gil Furtado; Gilberto Santos; Graça Sena; Guido Lopes; Hugo Pires; João Costa; Nela Costa; João Duarte; José Clara; Lurdes Clara; José M. Dionísio; Luís Fernandes; Luís Martins; Manuel Flôxo; Manuel Garcia; Manuel Pedro; Maria do Céu; Manuel Reis; Margarida Graça; Rui Graça; Odete Vicente; Octávio Firme; Carmen Firme; Pedro Antunes; Rogério Matias; Rui Afonso; Irene Afonso; Vítor Gonçalves e Luísa Gonçalves. (Total: 47).
Ao almoço: Os mesmos e também Angelina Martins, Francisca da Rosa, Lina Fernandes, António Jorge Lopes e Mariano Pegacho.
Organizador: Fortunato de Sousa
Restaurante: Sala de Eventos do André Cotovio no Vimieiro (Tel. 965.002.430). Preço per capita: € 20,00.
Próxima Caminhada: 04/04/2012 – (Organizadores: Luísa Clemente e António José Clemente)
Fundo de Reserva: € 939,53
Reportagem:
O conhecido historiador de Arte Portuguesa Túlio Espanca (primo da poetisa Florbela Espanca), autor de um importante e exaustivo levantamento do património arquitectónico e artistico do distrito de Évora, descreveu numa das suas obras a bonita vila do Vimieiro como ‘Infanta da Planura’. A sua harmonia arquitectónica, como que adormecida na planície desde a sua fundação, certamente que o inspirou a dar-lhe este prestigiante título que muito honra o povo vimieirense.
Pois foi aqui na terra natal do organizador do evento, que o grupo ‘Os Caminhadeiros’ teve a maior adesão de participantes (47 caminhantes mais 6 presenças no almoço) até hoje registada nos seus quase 5 anos de existência. Como pioneiro deste inigualável grupo, não posso deixar de me sentir lisongeado por ter contribuído e atingido este marco histórico da nossa actividade caminhadeira.
Às 09:30 horas para cumprimento do horário, começaram a chegar ao largo da Igreja as viaturas com os caminhadeiros forasteiros, que se juntaram aos meus conterrâneos participantes locais. A Lurdes Clara não pensava vir a encontrar aqui o seu antigo colega de trabalho Guido Lopes, ficando assim mais uma vez demonstrado que a aldeia global existe mesmo. Após a fotografia de grupo que antecede o início da actividade caminhante, lá partiu o grupo pela rua de S. João abaixo. O Octávio Firme, que desde a descida da Peninha não experimentava o sabor de caminhar, quis testar o peróneo em percurso plano e, se não fosse a Carmen a acalmar-lhe o impeto aventureiro, não sabemos se a consolidação da lesão não teria sofrido outras consequências. Agora, esperamos ter a curto prazo a Angelina também restabelecida, de modo a que a enfermaria fique sem trabalho por mais uns longos tempos. Com o grupo desta vez mais disperso que o costume, lá fomos andando em passada moderada até ao Monte do Paço, desfrutando da belissíma paisagem alentejana em ambiente primaveril. Eram unânimes os comentários lamentando as graves consequências que a seca prolongada provoca não só na economia local como também no atrazo dos campos de flores que nesta altura do ano já deviam colorir a paisagem inconfundível do Alentejo na Primavera. Outros Caminhadeiros comentavam o erro de cálculo do organizador na dimensão do percurso, pois os 12 kms préviamente anunciados não correspondiam ao que já tinha sido percorrido e o que ainda faltava palmilhar. Em tom de reclamação ouvi alguem dizer: Os alentejanos é sempre a mesma coisa: é já ali..., é já ali.... e depois nunca mais chegamos ao destino. O Carlos Sales quis mesmo que o Fernandes confirmásse se os 500 metros da entrada do portão até ao monte, revelados pelo arrendatário da herdade, não corresponderiam a mais de 1 km. Com mais ou menos custo assim cumprimos 14 kms em solo alentejano vimieirense, desta vez com a Quinita a acusar o organizador da distância exagerada no percurso
O almoço de sabores alentejanos esteve dentro dos limites e por aqui me fico, mas ainda tivemos oportunidade de cantar os parabens aos aniversariantes do dia, que foram o João Figueiredo e o filho da Maria do Céu e do Manuel Pedro.
A componente cultural foi desta vez dividida em duas partes, uma ao ‘Centro Interpretativo do Mundo Rural’ e outra à ‘Igreja Matriz’. Na primeira, em visita guiada muito bem conduzida, tivemos oportunidade de constactar, que houve no passado recente por estas terras, gentes que podiam mui legitimamente ter reivindicado o estatuto de ‘geração à rasca’, tanto pela dureza das tarefas realizadas como pela carga horaria e compensações salariais recebidas. Quanto à visita à Igreja Matriz, o organizador do evento tentou dar a conhecer o passado e o presente da terra que o viu nascer, realçando a beleza arquitectónica do monumento mais nobre que a vila tem.
Quanto ao tradicional chá de fim de tarde desta vez um pouco acervejado, por razões óbvias limito-me a dizer que foi para a minha sogra, para a Quinita e para mim muito gratificante tê-los recebido com espírito caminhadeiro na nossa terra e em nossa casa.
A bolaria presente foi obra da Marianita, mulher do meu amigo António e proprietários da Confeitaria Dionísio.
Uma palavra final de agradecimento para os que pela 1ª vez experimentaram esta interessante aventura caminhadeira. Foram eles a Graça Sena, a Sílvia, e os meus conterrâneos e amigos Guido Lopes, Zé Manel e também aos que só poderam estar presentes ao almoço como o António Jorge, o Joaquim  Campanha e o Mariano. Não esquecendo ainda o Zé Domingues, que sem o seu contributo não teria havido chá quente e cerveja fresca.
Saudações Caminhadeiras,

Fortunato de Sousa

P.S. – Aproveitando a comemoração da semana mundial da poesia, aqui vos deixo um lindo poema de Miguel Torga.

ALENTEJO

A lua que te ilumina,
Terra da côr dos olhos de quem olha!
A paz que se adivinha
Na tua solidão.
Que nenhuma mesquinha condição
Pode compreender e povoar!
O mistério da tua imensidão
Onde o tempo caminha
Sem chegar!.......

10 comentários:

Luis Fernandes disse...

Se as reportagens do nosso amigo e caminhadeiro-mor já estavam de parabéns,o que dizer da organização desta caminhada. Com um nível tão alto de qualidade, como será possível ultrapassar? Parabéns Fortunato.
E já agora parabéns também, ao caminhadeiro Manuel Reis que acaba de entrar para o quadro dos Bastões de Prata.
Saudações caminhadeiras em passada de qualidade
LF

Ahenriques disse...

Mesmo com o erro de cálculo na distância foi uma excelente jornada. Quinze minutos depois do inicio do almoço já os efeitos saudáveis da caminhada estavam estoirados, mas é sempre assim. O nosso amigo Sousa está de parabéns, tudo correu muito bem, até no papel de guia saiu por cima. Um dia perfeito, grande caminhada grande almoço com muita qualidade nos sabores alentejanos e o pão... que maravilha, só no Vimieiro. Não podemos esquecer a Quinita e a sua mãe que também tiveram um papel muito importante nesta excelente organização. Fiquei satisfeito por rever o amigo de longa data António Dionisio, um grande abraço.
Ahenriques

Carlos Sales disse...

Olá Gente Caminhadeira, estamos a atingir um nível, de um modo geral, que será quase impossível ser ultrapassado, mas vamos estar com a atenção necessária no futuro.
A experiência diz-nos que já foram usadas estas mesmas palavras, "em antes", como diz o outro.
O ALENTEJO e os ALENTEJANOS, que nos receberam, estão de Parabéns.
Saudações Caminhadeiras.
Bina e Carlos Sales

Vit.Gonçalves disse...

Dia muito bem passado.
Que melhor comentário se pode fazer?
Muito obrigado ao Fortunato, Quinita e à D. F. Joana Rosa pelo modo que nos receberam e se despediram de nós com aquele "chá" maravilhoso.
Um abraço para os Vimieirenses que nos deram o prazer da sua companhia.
VG

mreis disse...

O Fortunato que já era mor passa a ter a maior caminhada no currículo. E boa, compridinha, a deixar uma dorzita nas pernas no final como deve ser.
Mas a melhor parte foi ele a fazer de dr. José Pereira do Vimieiro e dar-nos um banho de história. Cá para mim deve ter inventado algumas estórias, como todos os historiadores, mas gostei mais foi daquela de terem sido bracarenses os primeiros povoadores. Eu vi logo que havia ali a mão de minhotos.
Claro que por trás de um grande organizador há sempre uma grande mulher, neste caso duas, a Quinita e sua mãe. Já dos outros vimieirenses não me atrevo a dizer que estavam por trás dele, podem levar a mal.

abraços caminhadeiros
manel reis

octavio disse...

Já tive oportunidade de felicitar pessoalmente o Fortunato pela excelente organização, almoço e pela breve história do Vimieiro e das suas gentes com que ele nos brindou,Os parabéns vão também para a Quinita e sua mãe que tão bem souberam mostrar o que é a hospitalidade alentejana. Uma palavra ainda para os amigos vimieirenses que nos fizeram sentir numa verdadeira família.
Bem hajam.
Desta forma a fasquia vai estando cada vez mais alta.... o que se traduz em maiores responsabilidades para os organizadores

CEF disse...

La nave va, e foi assim que aqui cheguei neste cruzeiro de desafios, Da casa de partida saíram 7, e o 77 está quase, à mesa bem se vê, que grande reunião, que grupo é este onde as idades estão de braço dado, O mar foi o inicio e não tem parado de se espraiar sempre em crescendo. O Peixe esteve nas suas águas e delas nos banhou de uma ternura e sabedoria sã que nos calou a todos, o silêncio se fez sentir desta vez sem que tivesse havido os gages habituais, tal era a eloquência de tão firme orador, tal Sto. António falando aos peixinhos, o que fomos ouvindo da sua praia, falando do seu torrão com ternura de menino mas presença de homem feito, nos foi descrevendo o enriquecimento dos seus tesouros, deu uma lição qual lente com o seu barrete em dia de aula magna, normalmente pede silêncio, mas hoje, aqui não foi necessário, a turma estava vaidosa no que estava a ouvir, a ver, um dos seus tão bem dizendo e, o que dizia ia sempre subindo de interesse com o coração pequenino mas de grande alma e humildade de grande Companheiro, Peixe garbo sempre envolto em sua Sereia de sorriso aberto, cúmplices dos mesmos valores nos banharam de um dia de planura a perder de vista, Que bom ter partilhado a sua companhia e da Sereia mãe também, olhos ternos e fala meiga que a todos encantou, filha de peixe ……. não é Quinita?
Este dia foi especial, e a presença de tão grande número de Caminhadeiros quer dizer, Fortunato contamos contigo. Parabéns, Parabéns.
Carlos Evangelista

mreis disse...

Já depois do meu comentário anterior e de ter enviado as fotos é que vi o belo trabalho 'brincando às pinturas' do nosso fotografo-mor Luis Martins. Parabens por mais estas obras de arte que na minha opinião veem elevar o nivel deste nosso blog.

mreis

Kinita disse...

Olá,grupo giro, venho aqui só para vos agradecer todas as palavras amáveis e principalmente a vossa presença. Foi muito agradável e alguns vieram de tão longe,(não foi Irene e Rui?)
Vamo-nos encontrando sempre. Basta querermos.
Gostei de ver os novos caminhadeiros vimieirenses e o amigo Zé, deram um toque especial, assim como a minha mãe que adorou recebê-los a todos, tal como nós. Abração. Kinita

Carlos disse...

E o que é que se pode dizer quando tudo é perfeito ??? Desde o primeiro minuto que sentimos aquele acolhimento que nos enche o coração e nos transforma em meninos e meninas felizes porque somos acarinhados, um a um ,com toda a atenção do mundo. Depois foi uma sucessão de momentos de excelência, fruto da dedicação, trabalho e muito carinho com que os nossos anfitriões nos receberam. À D. Francisca da Rosa, à Quinita, ao Balão e seus amigos fantásticos (nós tivemos a sorte de ter 3 deles da nossa mesa) só podemos dizer muito obrigado e parabés pelo magnifico dia que nos proporcionaram e que nos encheu o coração e a alma de Caminhadeiros.
Carlos Penedo