domingo, 26 de fevereiro de 2012

11ª Caminhada 2011/2012 - Quinta da Cardiga - Entroncamento/Golegã em 22-02-2012




Albuns de Fotos
Fortunato de Sousa
Dores Alves
Manuel Reis
Carlos Evangelista
Data do Encontro: 22/02/2012
Local: Quinta da Cardiga – Entroncamento / Golegã
Percurso: 8,8 kms; 02: 00 Horas
Caminhantes: A. Henriques; A. Pires; Armando; A. Clemente; Luísa Clemente; A. Palma; Antonieta Faria; Bernardino; Carlos Evangelista; Tina; Carlos Sales; Bina Sales; Dores Alves; Fortunato de Sousa; Luís Fernandes; Gilberto; Gil Furtado; João Duarte; João Costa; Nela Costa; José Clara; Lurdes Clara; Manuel Reis; Manuel Garcia; Margarida Graça; Rui Graça; Odete Vicente; Carmen Firme; Rogério; Vitor Gonçalves; Manuel Flôxo.
Organizador: Gilberto Santos / Nela e João Costa
Almoço: Restaurante STOP - Atalaia (Tel. 249728183)
Próxima Caminhada: 07/03/2012 – (Organiza: Vitor Gonçalves)
Fundo de Reserva: € 599,53
Reportagem: À hora aprazada o parque de estacionamento do Cemitério do Entroncamento encheu-se de carros e de gente com ar desportivo e bem disposto, contrastando com a normalidade própria de quando o mesmo parque se enche de viaturas, o que me leva a especular sobre o que terão pensado os funcionários do dito “Campo Santo ” perante a algazarra e a ausência programada de recepção a novos inquilinos.  
Alguns minutos após a hora estimada de partida, demos início à caminhada rumo à Quinta da Cardiga, a qual, outrora, foi muito conhecida pelas suas produções agrícolas, com especial destaque para os azeites e vinhos vendidos em várias lojas que a quinta possuía de Lisboa, que ainda fazem parte das memórias do signatário, como referência apresentavam os seus produtos rotulados com a Cruz de Cristo dos Templários, que, segundo reza a história, aí estabelecerem um castelo que juntamente com Almourol eram pontos de vigia e defesa do Rio Tejo. À volta da torre principal do velho castelo, construído ainda antes da fundação da nação, encontra-se o palácio principal que, como toda a quinta, apresenta um abandono impossível de conceber considerando a localização geográfica privilegiada à beira do Tejo e com uma extensão de fértil planície a perder de vista ente a Golegã e a Barquinha. Rumamos ainda a São Caetano, antiga aldeia onde se alojavam parte dos empregados da quinta e que, felizmente, contrasta com o palácio, abegoarias, adegas, etc., quanto a conservação das casas e limpeza geral do lugar. Queremos aproveitar para agradecer ao CLAC do Entroncamento e especialmente ao Eng.º João Pimenta pela sua colaboração e companheirismo caminheiro.
Terminada a caminhada, seguimos para o Restaurante Stop na vizinha aldeia da Atalaia, onde previamente tínhamos encomendado os pratos típicos da época e da região para a maior parte dos caminhadeiros, arroz de lampreia e sável com açorda das respectivas ovas. A apreciação global foi genericamente boa com um pequeno senão para a açorda pobre em ovas e pouco consistente, contudo, o preço qualidade pareceu-nos razoável. Há que assinalar que no restaurante já nos esperava o Octávio Firme, em franca recuperação da sua fractura de perónio, juntamente com os seus primos da Golegã, Alda e Filipe.
Findo o repasto, a maior parte dos caminhadeiros teve oportunidade de visitar a Casa Estúdio Carlos Relvas, sita na Golegã, onde fomos recebidos pela simpática e eficiente equipa da Dra. Elsa Lourenço com especial destaque para a Dra. Cátia Fonseca, com quem agendamos a visita e que amavelmente serviu de guia a um dos grupos. Ficamos, assim, mais ricos culturalmente, com o conhecimento da excelente e pioneira obra de Carlos Relvas, do seu acervo, da magnífica Casa Estúdio e da apresentação holográfica que, manifestamente, nos leva a pensar e reflectir que a evolução tecnológica do registo de imagens só tem sido possível com a tenacidade e dedicação de pessoas, similar à de Carlos Relvas.
Após a visita, os elementos do grupo que ainda tinham disponibilidade para um pouco mais de tertúlia, dirigiram-se, a fim de tomarem o habitual chá antes do regresso aos seus lares, ao Café Central, ponto de encontro das gentes da Golegã e dos inúmeros forasteiros que por ali demandam na descoberta e nas comemorações típicas como o São Martinho ou Feira do Cavalo.
Ainda uma saudação especial ao Rui Graça, que pela 1ª vez experimentou o ambiente Caminhadeiro, e o convite para que continue a marcar presença nos próximos eventos se este não o desiludiu.
Saudações Caminhadeiras,
Gilberto Santos

3 comentários:

Fortunato de Sousa disse...

Só nos faltava ter começado uma caminhada à porta de um cemitério. Reclamações dos moradores era impossível e quanto a segurança, que o diga o Manuel Reis que iniciou o percurso e se não o avisassem tinha deixado as portas do carro totalmente abertas, tal era a confiança que depositava nos moradores do condomínio fechado.
Humor negro à parte, os meus parabens aos organizadores e muito em especial ao Caminhadeiro Gilberto pela evento que organizou e muito bem narrou nesta reportagem.
Agora venha a caminhada da lezíria sob a batuta do experiente 'Caminhadeiro Mor' Vitor Gonçalves.
Saudações Caminhadeiras,
Fortunato de Sousa

mreis disse...

Boa caminhada, um bocadinho curta (nem parece organizada pelo grande fundista Gilberto), mas culturalmente muito rica.
Para mim foi especialmente interessante o que fiquei a saber sobre a Quinta da Cardiga e o abandono a que está votada. A ministra Cristas anda a dizer que quer tomar conta das terras abandonadas, era bom que pusesse aquelas a produzir... e até estou com curiosidade de ver como é que ela resolve o problema da sacrossanta propriedade privada...
O chá no café central deu-nos a conhecer mais um exemplo dos antigos locais de convívio e centros culturais das vilas e cidades do interior que vão mais ou menos fechando para dar lugar aos passeios no centro comercial mais próximo. No meio disto deve ser agradável para o dono actual encher o espaço numa quarta feira com umas dezenas de forasteiros, como se dizia dantes.
E quando é que há uma caminhada na margem sul?

António Dores Alves disse...

Caminhada com percurso e tempo adequados. Só é pena a Quinta estar naquele estado, mas além de tudo o mais é sinal dos tempos.
Obrigado ao caminhadeiro Gilberto pelo empenho na organização, pois é cada vez mais difícil organizar e gerir estes eventos.
abraços caminhadeiros.