segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

9ª Caminhada 2011 / 2012 - Caminhos pré-históricos de Vila Nova de São Pedro - 25.01.2012



Albuns de Fotos
Luís Martins
Manuel Reis
F. Sousa
Carlos Evangelista
Dores Alves
Rui Pedro Mestre
Data do Encontro: 25/01/2012
Local: Caminhos pré-históricos de Vila Nova de São Pedro
Percurso: 10, 600 kms; 03: 00 Horas
Caminhantes: António Henriques; António José Clemente; Luísa Clemente; António Palma; Antonieta Faria; António Pires; Armando Lourenço; Carlos Evangelista; Carlos Sales; Bina Sales; Fernando Bernardino; Fortunato de Sousa; Francisco Pires; Gil Furtado; Gilberto Santos; João Costa; Nela Costa; João Duarte; Teresa Palma Duarte; José Clara; Lurdes Clara; Lúcio Costa; Luís Fernandes; Luís Martins; Angelina Martins; Manuel Flôxo; Manuel Garcia; Manuel Reis; Margarida Graça; Odete Vicente; Pedro Antunes; Rui Pedro Mestre; Vítor Gonçalves e Luísa Gonçalves. (Total: 34);
Ao almoço: Os mesmos e também o Dr. José Pereira, o Dores Alves, o Rogério Matias e o Vítor Trigo
Organizador: Gil Furtado
Restaurante: ‘O Baile’, de Adolfo Henriques, na Maçussa (Tel. 243.719.620 / 919.474.476). Preço per capita: 35 euros.
Próxima Caminhada: 08/02/2012 – (Organizadores: A. Henriques e V. Gonçalves)
Fundo de Reserva: € 399,53
Reportagem:
Tal como mais que uma vez eu aqui já mencionei, uma reportagem deve ser efectuada e publicada logo a seguir ao acontecimento que lhe deu origem, e de preferência no dia seguinte. Se assim não fôr, o seu efeito já não é o mesmo. Perde oportunidade, alguns pormenores são esquecidos, quer pelo autor quer por quem a lê e nela participou, e o que era mais relevante já não tem a mesma piada nem o mesmo sabor. Enfim, é como se fôssemos ler o jornal de hoje na semana seguinte ou comer hoje umas deliciosas sardinhas, que saíram do mar e foram assadas 3 ou 4 dias antes.
De qualquer modo, reconheço que não é fácil disponibilisar tempo e espírito de repórter para pôr em prática esta minha teoria. É como fazer outra caminhada no dia seguinte, com a diferença de que neste caso só um é que caminha, subindo e descendo narrando os factos com curvas e contra curvas, enquanto os outros participantes esperam com alguma ansiedade pelas notícias e pelas imagens do que se passou, e que o blog nos vai servindo mal ou bem em cada 2 semanas.
E agora, que vos posso eu dizer do evento caminhante organizado pelo senador, matreiro, sábio e sabedor, experiente caminhadeiro e também nosso amigo Gil Furtado na passada 4ª-feira em Vila Nova de São Pedro:
Que em dia frio mas solarengo compareceram à partida 33 Caminhadeiros, a que se juntou o Lúcio Costa, presidente da junta de freguesia da terra que deu nome à caminhada. Foi ele que mui amavelmente nos guiou durante os quase 11 kms e as 3 horas do percurso, e nos elucidou dos pontos mais importantes que fomos encontrando pelo caminho. De entre todos, o de maior importância foi o Castro de V.N. de São Pedro, onde mais uma vez tivemos o privilégio de escutar a douta sabedoria histórica da voz do Dr. José Pereira. O mesmo que semanas antes nos tinha elucidado da presença relevante de Cristóvão Colombo por estas terras ribatejanas.
Agora notem bem: O tal matreiro, sábio e sabedor Gil Furtado, deixou o Dr. José Pereira e o Lúcio Costa explanarem toda a importante carga histórica que levou o ‘IGESPAR’ a classificar mui justamente este pré-histórico Castro de ‘Património Nacional’, para a seguir entrar ele em cena. Com toda a naturalidade que o caracteriza, com a sua elevada retórica, em voz alta e bem colocada, contou-nos uma história ou lenda local de uma madrinha astuta que conseguiu casar a sua afilhada com um iniciado proprietário amanhador de terras chamado António Ferreira, sob a condição prévia dos 6 hectatres de terreno por ele cobiçados incluirem o desposamento da donzela. Concretisado o sonho e o interesse mútuo dos noivos, como acontece em todas as histórias bem sucedidas, foi o casal muito feliz pela vida fora, dando início a uma linhagem familiar bem conhecida em V. N. De São Pedro por atitudes e acções de obras valorosas prestadas à população. Não fôra a inconfidência do presidente da junta Lúcio Costa, e ainda agora não saberiamos que o nosso amigo Gil é um dos netos do sr. António Ferreira, herdeiro e proprietário desta pequena parcela de ‘Património Nacional’. Talvez um dia se possa erguer aqui a sede social dos Caminhadeiros, sugeriu alguém com muita oportunidade.
Já eram quase 2 horas da tarde quando entrámos na sala de ‘Baile’ da Maçussa, onde o Dores Alves, o Rogério Matias e o Vitor Trigo esperavam por nós. Aqui, mais uma vez os passes de dança foram variados, todos soberbamente ensaiados pelo mestre Adolfo Henriques.
O ano passado estava melhor; Que não, diziam outros, mas vamos lá ver o preço e só depois posso ajuizar. Deixa lá, para a próxima aceitamos o convite do Lúcio Costa e almoçamos em V. N. De São Pedro a preço de conveniência. Bem, se tivermos em conta as entradas, prato de cabrito, caminhada com guia incluído, 2 convidados e mais o chá, até pode não estar caro dizia um caminhadeiro em ar conciliador.
O Caminhadeiro Mor Vitor Gonçalves, que no início da caminhada deu indicações e solicitou aos caminhadeiros presentes a necessidade de caminharmos em ritmo mais lento e mais compacto, foi bem entendido por todos e é neste ritmo que vamos passar a andar. Quanto ao planeamento das caminhadas futuras, é que o Vitor não teve a colaboração que se desejava, mas com um pouco mais de insistência havemos de conseguir os objectivos. Para já ficou decidido que só haverá mais 2 caminhadas extraordinárias: A do Minho a organizar pelo Carlos Penedo e a das cerejas no Fundão em que a Bina e o Carlos Sales irão repetir o sucesso do evento por eles realizado em Junho de 2010.
O sucesso literário da obra ‘O que Caminhei e Não’, ficou confirmado com o sucesso de vendas obtido neste dia. Estão de parabens o casal editor, tal como o António Palma com a continuação da entrega de ‘Pin’s’ por ele produzidos e os certificados de presença dos caminhadeiros nos eventos.
Tivemos ainda oportunidade de brindar ao casal Firme e ao João Figueiredo, que por razões diversas mas conhecidas de todos não poderam estar presentes no evento caminhante.Uma saudação também especial para a Margarida Graça e para o Rui Pedro Mestre (filho do Carlos Evangelista) que pela 1ª vez partilharam com o grupo esta sui generis modalidade desportiva e não só.
E agora perguntam vocês: Qual a razão porque foi o Balão de Sousa a fazer a reportagem e não o Gil Furtado?

É só para te dar trabalho. Será que podes tu fazer a reportagem?

É que eu estou a sentir-me no papel do pai da noiva que gaba a noiva. É tudo muito pessoal: a minha freguesia, o presidente dela, o «meu» castro, os meus avós, o restaurante do meu amigo...

Se tiveres mais essa pachorra, agradecia-te muito.

Além disso, tenho que ir amanhã de manhã para a minha aldeia, sem computador.

Este foi o ‘email’ que recebi ontem do meu amigo Gil Furtado, o tal senador, matreiro, sábio e sabedor e velho experiente Caminhadeiro. Com este paleio tão criativo e apelativo não lhe podia dizer que não. Foi o que fiz com espírito de caminhadeiro solidário e colaborante.
Saudações Caminhadeiras,
Fortunato de Sousa

6 comentários:

Gil A F Furtado disse...

Agora, que acabo de ler a reportagem elaborada pelo decano dos repórteres-caminhadeiros, confirmo o acerto da minha opção: a reportagem escrita por ele está muito mais objectiva, variada e interessante do que qualquer coisa que eu tivesse feito. Por isso, os meus agradecimentos ao companheiro Fortunato. E a todos os caminhadeiros que quase desesperaram esperando a reportagem, o meu pedido de desculpas pela minha responsabilidade no atraso da publicação da mesma.

Só não percebo uma coisa. O Balão chama-me senador, matreiro, sábio, sabedor, velho e experiente. Aqui fica o meu protesto: velho, ainda vá, embora me sinta com 18 anos, mas os outros elogios não os mereço - muito menos o de matreiro, que é o mais lisonjeiro dos qualificativos que já recebi.

Em passada calma, despeço-me até à próxima caminhada.

Gil Furtado

Luis Fernandes disse...

Já que não posso dar os parabéns ao pai da "noiva", antes pelo contrario, dou ao padrinho por mais uma bela reportagem.
E como estou numa de parabéns,aproveito para os dar, à Bina Sales e ao João Duarte pela entrada nos Bastões de Bronze, assim como ao Bernardino e ao Pires mas estes pela entrada nos Bastões de Prata.
Mais uma vez, Parabéns a todos.

Saudações caminhadeiras em passada de parabens.
LF

CEF disse...

Comentário tardio.
Monte da Lua, Peninha, PONTO ALTO na entrega do projecto que este Grupo veio construindo durante quatro anos, nas caminhadas realizadas em trocas de amizade, conhecimentos e temperamentos dos melhores que há, Que delicia. “ O Que Caminhei e Não” foi mais uma caminhada divertida que me surgiu fazer quando do final da festa de encerramento Época 2011, no Monte do Chico – Lavre. Não podia ficar parado, tinha de estar mais uma vez convosco, pensei?
Vou fazer o “Um Livro”, Boa, Que titulo? É para todos os que caminharam até hoje, A capa? Como vai ser?
Foi uma aventura engraçada, e no segredo dos deuses conseguir fotos dos Caminhadeiros foi obra, falando ao Luís Fernandes e, ao Fortunato em meias palavras sem deixar cair o meu segredinho deixado ao Luís Martins, Boa vai em frente que é giro.
O gozo que me deu esta Aventura, antes de sair já o tinha lido quatro vezes, pois com trabalho de tipografia não se brinca e, falta sempre mais qualquer coisa.
E, foi mais uma ocasião para divulgação do nosso Grupo, da qual recebemos os Parabéns por tal coesão, criatividade e procura.
Foram sete os distinguidos com o livro mas, não faltariam argumentos, referências para os restantes oitenta e um, o receberem também, porque todos somos um Todo, e foi isso que eu quis fazer neste livro, somos como as pedrinhas da minha musa que juntas hoje já são mais de cem.
A Semente que de vós apanhamos está mais vigorosa e, a dar rebentos, flor e, frutos da melhor imaginação criativa que novos elementos dão de retorno ao Grupo, no fundo como agradecimento pela tão bela ideia que iniciaram, A fasquia já não tem altura e penso que os medos que por vezes o Fortuna to tem, em o Grupo enfraquecer não se vislumbra.
Vou ter de estar mais atento e trabalhar mais pois arranjei lenha para me queimar com a entrada do meu afilhado Palma não se brinca assim como o Luís Martins, Gil Furtado por favor volta às tuas fotos, estás perdoado.
Vamos ao trabalho.
Carlos Evangelista

Anónimo disse...

A ideia para o 'O que caminhei e não' foi-me realmente comunicada pelo CEF na sequência de uma conversa sobre fotografia, das muitas que temos tido. Embora só tenhamos entrado para o grupo em Fevereiro, perdão, fevereiro, passado as nossas incursões no blog eram mais que muitas. Líamos o que aparecia escrito, víamos as fotos publicadas, e divertíamo-nos com o que encontrávamos. Mas é um facto que a prosa e a poesia do blog é muito mais saboreada se escrita: para mim saborear o que foi escrito, só em livro. Um dia disse ao Carlos que estava a fazer um pequeno álbum fotográfico das Caminhadas em que eu e a Angelina participámos e ele disse:'É pá, e eu estou a tentar fazer uma publicação dos textos existentes no blog!' 'Bolas, pá; isso é em trabalho enorme, tramado de fazer, mas altamente recompensador. Vai em frente!'. E não é que ele foi (como, aliás, eu tinha a certeza que iria)? Todo este paleio serve apenas para lhe agradecer pela ideia e pelo trabalho, e dizer, não só a ele mas também a quem ler estas letras, que (como se costuma dizer) tem sido um dos meus livros de cabeceira. Encontrámos no livro muitas alegrias, muita amizade entre as pessoas, muita vida. E muitas surpresas: uma delas tem a ver com um pedaço de escrita fabulosa da autoria do Chico Pires. Obrigado. Aos outros que contribuem diariamente para estes textos - o FS, o GF, o LF, o CS, o MR e tantos outros - igualmente um muito obrigado. Este livro veio confirmar aquilo que já sentíamos há muito tempo: é um privilégio estarmos inseridos neste grupo. Até já.
Angelina e Luis Martins

Fortunato de Sousa disse...

Ideias novas e proatividade são sempre bem vindos ao grupo. Se para mais vierem polarisados de boas energias e intennções como é o caso do projecto posto em prática e acabado com sucesso pela Tina e pelo Carlos tanto melhor.
Ao longo destes 4 anos e picos que caminhamos juntos, muitos têem sido os exemplos de dedicação à causa caminhadeira através de atitudes e acções colaborantes da maior parte dos elementos do grupo. Uma leitura atenta das reportagens e comentários do blog, agora perpetuadas em livro, testemunham bem o contributo individual e colectivo do que atrás ficou dito. É este o espírito caminhadeiro que nos norteia, que temos praticado desde o 1ºdia e continuaremos a seguir no futuro.
Saudações Caminhadeiras,
Fortunato de Sousa

Gil A F Furtado disse...

Este meu comentário destina-se a comentar os comentários com que o Reis comentou as suas muito bem comentadas fotografias. Ora comentemos:

1º A fonte onde o Balão está empoleirado é a fonte do Outeiro, sendo o Outeiro uma das povoações da freguesia de Vila Nova de São Pedro. É dessa fonte a água que nunca prejudicou a saúde de velhos de mais de 80 anos que até hoje nunca beberam nada senão vinho.
2º Do lado de cá e até ao meio da ponte é freguesia de V.N.S.Pedro, concelho de Azambuja, distrito de Lisboa; do meio da ponte para lá é território da freguesia de Almoster, concelho e distrito de Santarém. A ponte cruza a ribeira de Almoster, cujas águas se diz terem ficado tintas do sangue de liberais e miguelistas que se bateram em 18.02.1834 (batalha de Almoster).
3º Nem todos os "buracos" do Castro de VNSP eram usados como silos de mantimentos. Junto do que resta do forno de cerâmica há uma cisterna onde era armazenada a água e um grande amassadoiro de barro. Quase ao centro do reduto principal, e alinhada com a entrada do Castro, há uma cova com cerca de 1 metro de diâmetro e um pouco menos que isso de profundidade onde foi encontrado um grande vaso de barro – 58 cm de diâmetro de boca por 38 cm de altura - com vestígios de alimentos cozinhados, tendo sido interpretada pelos arqueólogos como uma oferta propiciatória datando do início do povoamento. Este vaso, muitos outros objectos do Castro e até uma interessante maquete podem ser vistos no Museu do Carmo.
4º Na equipa dos fotógrafos, o Luís Martins não joga a extremo: é, sim, um verdadeiro ponta de lança.
5º E com lugar garantido nesta equipa, acaba de aparecer mais um elemento – o Rui Pedro Mestre. Belos trabalhos. Muitos parabéns. Oxalá possa continuar a acompanhar-nos.

(A propósito, Luís Fernandes: o Rui Mestre e a Margarida Graça não constam do “Total de quilómetros”).

Sem mais comentários, aqui deixo este documento.

Gil Furtado.

PS: Espero bem que a esta hora o casal Sales já esteja inscrito para Santa Cruz.

Abraços.

GF