Album de Fotos (Dores Alves)
Album de Fotos (A. Lourenço)Album de Fotos (L.Martins)
Album de Fotos (F. Sousa)
Album de Fotos (Gil Furtado)
Album de Fotos (C. Evangelista)
Album de Fotos (C. Sales)
Data do Encontro: 29/06/2011
Local: Monte do Chico Pires
Percurso: 09, 200 kms; 02: 00 Horas
Caminhantes: A. Pires; Anabela Pires; Armando; A. Clemente; Luísa Clemente; Carlos Evangelista; Carlos Penedo; Carlos sales;Bina Sales; Dores Alves; O. Firme; Carmen Firme; Gilberto; Guerreiro; A. Henriques; Isabel Henriques; João Figueiredo; João Martins; Manuel Reis; Laura Dias; Lucrécia Bernardino; Luís Fernandes; Lina fernandes; Luís Martins; Angelina Martins; Joaquim Monteiro; Maria do Céu; Manuel Pedro; Pedro Antunes; Odete Vicente; Rogério; Teresa Viras; Claudia Gonçalves; Vitor Gonçalves; Luísa Gonçalves.
Não Caminhantes: Bernardino; Chico Pires; Fernando Zagalo; Fortunato de Sousa; Gil Furtado; Hugo Pires; Paula; Inácio Pires; Ana Fonseca; João Duarte; José Teixeira; José Viras; Manuel Flôxo; Teresa Antunes; Tina Rita; Vitor Neto.
Organizadores: Chico Pires; F. Sousa; M. Flôxo; V. Gonçalves; L. Fernandes.
Almoço: Monte do Chico Pires
Próxima Caminhada: 14/09/2011 – (Organiza F. Sousa / V. Gonçalves)
Fundo de Reserva: € (A divulgar depois de encerradas as contas)
Reportagem:
Com esta reportagem e os comentários que eventualmente possam surgir com ela relacionados, chega ao fim a época de 2010/2011 referente à nossa actividade 'Caminhadeira'. Tal como mencionado ontem no monte do Chico Pires, esta foi certamente a época mais brilhante desde que em boa hora iniciámos esta interessante modalidade desportiva com as componentes sociais e culturais a ela agregados. Mente sã em corpo são é o nosso principal objectivo a atingir, sabendo que para o alcançar há que seguir com algum rigor a mensagem que o grande poeta andaluz António Machado nos legou: 'Caminhante não há caminho, faz-se o caminho a andar'. Pois é isto que temos vindo a fazer desde o ano de 2007. Caminhar, socialisar, discutir ideias, num grupo sempre a crescer onde os novos que chegam, depressa absorvem e entendem o espírito de grupo muito saudável dos que já por cá andam. Coisas de Caminhadeiros, como muito bem diria o nosso amigo Chico Pires.
Terminado o prólogo que já vai longo, vamos agora tratar do que se passou ontem em Lavre.
O horário da concentração foi cumprido pela generalidade dos Caminhadeiros, que iniciaram pelas 10 horas 1 percurso de quase 10 kms localizado numa propriedade próxima do monte do anfitrião. O Sr. Daniel, feitor da herdade, tinha prometido no sábado anterior ao Vitor Gonçalves, que lá estaria à hora marcada para abrir o portão de acesso e não faltou ao compromisso. São assim as gentes das terras onde José Saramago se inspirou para escrever um dos seus mais belos romances: Levantados do Chão.Numa cozinha improvisada e num espaço que nos anos anteriores também serviu de salão de amesendamento, um pequeno grupo liderado pelos chefes de cozinha F. Sousa e M. Flôxo caminhavam desesperadamente para conseguir não desiludir os que neles acreditaram. E o caminho não era fácil, havia que subir até satisfazer o apetite a 50 convivas, alguns deles famintos pelo desgaste do percurso pedestre percorrido e pelo calor do Sol alentejano. Só mesmo a prestigiosa colaboração de uns voluntariosos ajudantes, com realce para a Teresa Antunes, o João Duarte, o Vitor Neto e o José Viras tornaram possível tão árdua tarefa. Fora da cozinha, o Chico Pires muito bem coadjuvado pelo Bernardino ia complementando toda a logística inerente ao grande dia que é a festa de final de época.
Enquanto o bacalhau e o borrego ferviam nas panelas ou nos tachos, fomos de repente surpreendidos pela presença de um caminhadeiro disfarçado de D. Fuas Roupinho, montado numa égua baia cedida por um autóctone mais ingénuo que acreditou nos dotes de cavaleiro do Gil Furtado. As consequências da sua pouca preparação para a arte equestre não se fizaram esperar, pois para além de ter deixado fugir o quadrúpede, ainda finalizou a aventura com marcas bem vísiveis no couro não cabeludo. Coisas de Caminhadeiro, como muito bem diria o Chico Pires.
Antes de almoço foram servidas as entradas acompanhadas de limonada à moda do Vitor Gonçalves e refresco de frutos vermelhos à moda da Maria do Céu. Seguiu-se o almoço servido nos tachos onde foram confecionadas as iguarias, com a particular relevância de o tacho onde foi cozinhado o ensopado de borrego, ter no passado sido utilizado pelos cozinheiros do 'Navio Império'. Hoje é propriedade do nosso amigo José Teixeira, que gentilmente nos concedeu o privilégio da sua utilização, depois de o ter recebido do seu pai que o adquiriu num leilão. (Como podem confirmar, há anos que os 'tachos do império' andam em leilão, só que ainda há muitos por leiloar e a preços exagerados). Um erro de cálculo ou fraca experiência do cozinheiro F. Sousa, ficou demonstrada ainda o almoço ia a meio. Que o digam todos aqueles que nem sequer provaram o ensopado de borrego. Outros em surdina comentavam, que era apenas golpe de mestre do cozinheiro para demonstrar as suas qualidades e fazer soar a ideia de que a iguaria estava tão boa que nem chegou para todos. Cada um tire as ilações que quiser, mas prometo para a próxima ser mais generoso nas quantidades de matéria prima a introduzir no tacho. De realçar que o bacalhau à moda do mestre Flôxo teve que salvar as honras do convento, mas aqui também a experiência contou muito, pois o mestre 'Manel' preparou dois tachos do fiel amigo, já a contar com algum percalço que podesse vir a ocorrer ao colega aprendiz de cozinheiro. Golpe de mestre, como se costuma dizer ou coisas de caminhadeiro.
Mesmo em cima da hora do almoço, quis a Tina Rita (esposa do Carlos Evangelista) supreender o grupo com a sua presença. Outras supresas da sua autoria apareceriam mais tarde, mas já lá vamos.
Findo o almoço, houve oportunidade para amenas cavaqueiras e um interessante mano a mano entre o Manuel Flôxo e o António Clemente, em que cada um tentava diplomadicamente fazer valer perante o outro as qualidades impares das suas aguardentes velhas. Eu e mais uns quantos incautos que as provaram, ainda hoje estamos sem saber para que lado podiamos pender, mas temos a certeza que bebendo um pouco mais de qualquer uma delas, pendiamos certamente para o chão.
A tarde já ia a meio, e enquanto o Chico Pires dava os retoques finais nos bastões medalhados com prata e bronze, um grupo de trovadoras acompanhados pelos cavaquinhos da Teresa Antunes e do Henriques iam ensaiando intra muros aquilo que pouco mais tarde se veio a concretizar num excelente espectáculo de música popular portuguesa. Diga-se em abono da verdade, que a presença da famosa voz do meio artistíco nacional chamada Anabela veio trazer ao citado grupo uma mais valia inquestionával. A sua simplicidade em interpretar com o grupo de vozes amadoras o Hino dos Caminhadeiros, foi sem dúvida um dos pontos altos da nossa festa. Em nome do grupo o nosso muito obrigado à Anabela pela sua generosa contribuição.
Aproveito o momento para com toda a justiça realçar alguns momentos importantes relacionados com a generosidade e sensibilidade artística de alguns elementos do grupo 'Os Caminhadeiros:
Tina Rita: – Já em Castro Verde nos tinha dado uma ideia das suas capacidades criativas e sensibilidade apurada em ver arte onde a maioria de nós vê coisas normais. Desta vez, às peças de pedra revestidas com as suas cores e desenhos muito peculiares, foi acrescentada uma ranhura para nela colocar uma fotografia de rostos em grande plano e expressões captadas com muita oportunidade. Assinadas pela Tina e pela sua musa inspiradora que é o Carlos, demostram bem como é fácil fazer arte com coisas simples. Só faltou o tal vidêo que o C. Evangelista nos vai mostrar em momento oportuno.
Joaquim Monteiro: - Com poucos kms e horas de caminhada com o grupo, teve em terras de Lavre momento de inspiração suficiente para compôr um lindo poema a todos nós dedicado. Dele nos declamou a 1ª parte, com a promessa de após o completar nos fazer chegar a versão final a colocar numa galeria de arte no nosso blog.
Armando Lourenço: - Surpreendeu-nos o Caminhadeiro Armando com a oferta de um DVD por ele mesmo criado. Nele constam uma seleção de imagens filmadas nas caminhadas em que participou na presente época.
Teresa Antunes e António Henriques: - Dois exímios instrumentistas amadores de cavaquinho, que acompanharam o grupo coral improvisado, mas antes dando a ideia de que fazem do cante popular a sua profissão. (Com receio de me esquecer de divulgar alguma das bonitas vozes femininas e masculinas, não vou mencionar nomes).
Finalmente ao Chico Pires pela disponibilidade prestada, tanto em termos pessoais como na melhoria das infra estruturas em benefício do grupo. De modo a simbolisarmos o nosso agradecimento, foi-lhe oferecido um troféu com o logotipo do grupo 'Os Caminhadeiros'.
Ao que convencionámos denominar como sessão solene, aconteceu para entregar os 'Diplomas de 1º Nível de Mérito e dedicação à causa Caminhadeira e novos Bastões de Bronze' ao Carlos Sales, Dores Alves, Carlos Evangelista, João Costa (recebido pelo Gilberto) e à Odete Vicente. De seguida, foram pela 1ª vez laureados com 'Diplomas de 2º Nível de Mérito e dedicação à causa Caminhadeira e Bastões de Prata' os Caminhadeiros Fortunato de Sousa, Luís Fernandes e Vitor Gonçalves. Tudo isto acompanhado com música de pompa e circunstância preparada pelos Luís Fernandes e sob o aplauso intenso de toda a assistência.
Novos Bonés e Polos com o logo do grupo 'Os Caminhadeiros', foram entregues como mandam as regras aos Caminhadeiros que completaram 50 e 100 kms respectivamente em percursos organizados pelo colectivo.
Assumindo o compromisso do ano anterior em que ficou decidido contribuir monetariamente para uma instituição de Solidariedade Social, efectivamos de novo esta nobre atitude para com a mesma instituição. Embora haja uma concordância genérica do acto em si, nem todos concordam com o caminho utilizado par lá chegar. Sou de opinião que também aqui o caminho se faz caminhando, pelo que é aconselhável deixar que o tempo nos ensine através do debate construtivo e nós nos abramos mais à sociedade como muito bem revelou o nosso amigo Caminhadeiro Manuel Pedro.
Terminada a sessão solene em termos formais, segui-se a sessão não menos solene mas muito mais aberta, onde o nosso sempre jovem caminhadeiro Manuel Flôxo pôs em evidência a sua arte de bem grelhar toda carne. Psechiu, reparem bem na arte do Flôxo a grelhar a carne, dizia um dos caminhadeiros que pela 1ª vez assistia aos dotes inquestionáveis do homem do grill. Enquanto a carne desaparecia no grelhador, em proporcionalidade directa também as cervejas e os vinhos frescos iam desaparecendo da arca frigorífica.
Porque ainda não nos é possível controlar o avanço dos ponteiros do relógio e a velocidade da terra em volta do Sol, iamos assistindo ao debandar dos Caminhadeiros e convidados em sentido inverso ao que tinham percorrido pela manhã. Todos no entanto com ar de quem achou por bem ter estado presente em mais uma caminhada de final de época do grupo 'Os Caminhadeiros' realizada no Monte do nosso amigo Chico Pires.
Saudações Caminhadeiras,
Fortunato de Sousa
P.S. - Uma breve palavra de agradecimento a todos os presentes, mas muito em especial para todos os que contribuiram de um modo ou de outro para que este evento final tenha tido sucesso. Também aos que pela 1ª vez se juntaram a nós (com receio de falhar não menciono nomes), esperamos ter correspondido às expectativas criadas e não os ter desiludido.
Como vamos entrar em período de férias de verão, proponho um desafio a todos os Caminhadeiros: Que utilizem o blog como espaço de comunicação entre todos nós. Façam sugestões, critiquem de modo construtivo o que vos pareça estar mal ou menos bem de modo a podermos corrigir ou melhorar os processos na próxima época. Tragam ideias novas, que o caminho faz-se caminhando.
Percurso: 09, 200 kms; 02: 00 Horas
Caminhantes: A. Pires; Anabela Pires; Armando; A. Clemente; Luísa Clemente; Carlos Evangelista; Carlos Penedo; Carlos sales;Bina Sales; Dores Alves; O. Firme; Carmen Firme; Gilberto; Guerreiro; A. Henriques; Isabel Henriques; João Figueiredo; João Martins; Manuel Reis; Laura Dias; Lucrécia Bernardino; Luís Fernandes; Lina fernandes; Luís Martins; Angelina Martins; Joaquim Monteiro; Maria do Céu; Manuel Pedro; Pedro Antunes; Odete Vicente; Rogério; Teresa Viras; Claudia Gonçalves; Vitor Gonçalves; Luísa Gonçalves.
Não Caminhantes: Bernardino; Chico Pires; Fernando Zagalo; Fortunato de Sousa; Gil Furtado; Hugo Pires; Paula; Inácio Pires; Ana Fonseca; João Duarte; José Teixeira; José Viras; Manuel Flôxo; Teresa Antunes; Tina Rita; Vitor Neto.
Organizadores: Chico Pires; F. Sousa; M. Flôxo; V. Gonçalves; L. Fernandes.
Almoço: Monte do Chico Pires
Próxima Caminhada: 14/09/2011 – (Organiza F. Sousa / V. Gonçalves)
Fundo de Reserva: € (A divulgar depois de encerradas as contas)
Reportagem:
Com esta reportagem e os comentários que eventualmente possam surgir com ela relacionados, chega ao fim a época de 2010/2011 referente à nossa actividade 'Caminhadeira'. Tal como mencionado ontem no monte do Chico Pires, esta foi certamente a época mais brilhante desde que em boa hora iniciámos esta interessante modalidade desportiva com as componentes sociais e culturais a ela agregados. Mente sã em corpo são é o nosso principal objectivo a atingir, sabendo que para o alcançar há que seguir com algum rigor a mensagem que o grande poeta andaluz António Machado nos legou: 'Caminhante não há caminho, faz-se o caminho a andar'. Pois é isto que temos vindo a fazer desde o ano de 2007. Caminhar, socialisar, discutir ideias, num grupo sempre a crescer onde os novos que chegam, depressa absorvem e entendem o espírito de grupo muito saudável dos que já por cá andam. Coisas de Caminhadeiros, como muito bem diria o nosso amigo Chico Pires.
Terminado o prólogo que já vai longo, vamos agora tratar do que se passou ontem em Lavre.
O horário da concentração foi cumprido pela generalidade dos Caminhadeiros, que iniciaram pelas 10 horas 1 percurso de quase 10 kms localizado numa propriedade próxima do monte do anfitrião. O Sr. Daniel, feitor da herdade, tinha prometido no sábado anterior ao Vitor Gonçalves, que lá estaria à hora marcada para abrir o portão de acesso e não faltou ao compromisso. São assim as gentes das terras onde José Saramago se inspirou para escrever um dos seus mais belos romances: Levantados do Chão.Numa cozinha improvisada e num espaço que nos anos anteriores também serviu de salão de amesendamento, um pequeno grupo liderado pelos chefes de cozinha F. Sousa e M. Flôxo caminhavam desesperadamente para conseguir não desiludir os que neles acreditaram. E o caminho não era fácil, havia que subir até satisfazer o apetite a 50 convivas, alguns deles famintos pelo desgaste do percurso pedestre percorrido e pelo calor do Sol alentejano. Só mesmo a prestigiosa colaboração de uns voluntariosos ajudantes, com realce para a Teresa Antunes, o João Duarte, o Vitor Neto e o José Viras tornaram possível tão árdua tarefa. Fora da cozinha, o Chico Pires muito bem coadjuvado pelo Bernardino ia complementando toda a logística inerente ao grande dia que é a festa de final de época.
Enquanto o bacalhau e o borrego ferviam nas panelas ou nos tachos, fomos de repente surpreendidos pela presença de um caminhadeiro disfarçado de D. Fuas Roupinho, montado numa égua baia cedida por um autóctone mais ingénuo que acreditou nos dotes de cavaleiro do Gil Furtado. As consequências da sua pouca preparação para a arte equestre não se fizaram esperar, pois para além de ter deixado fugir o quadrúpede, ainda finalizou a aventura com marcas bem vísiveis no couro não cabeludo. Coisas de Caminhadeiro, como muito bem diria o Chico Pires.
Antes de almoço foram servidas as entradas acompanhadas de limonada à moda do Vitor Gonçalves e refresco de frutos vermelhos à moda da Maria do Céu. Seguiu-se o almoço servido nos tachos onde foram confecionadas as iguarias, com a particular relevância de o tacho onde foi cozinhado o ensopado de borrego, ter no passado sido utilizado pelos cozinheiros do 'Navio Império'. Hoje é propriedade do nosso amigo José Teixeira, que gentilmente nos concedeu o privilégio da sua utilização, depois de o ter recebido do seu pai que o adquiriu num leilão. (Como podem confirmar, há anos que os 'tachos do império' andam em leilão, só que ainda há muitos por leiloar e a preços exagerados). Um erro de cálculo ou fraca experiência do cozinheiro F. Sousa, ficou demonstrada ainda o almoço ia a meio. Que o digam todos aqueles que nem sequer provaram o ensopado de borrego. Outros em surdina comentavam, que era apenas golpe de mestre do cozinheiro para demonstrar as suas qualidades e fazer soar a ideia de que a iguaria estava tão boa que nem chegou para todos. Cada um tire as ilações que quiser, mas prometo para a próxima ser mais generoso nas quantidades de matéria prima a introduzir no tacho. De realçar que o bacalhau à moda do mestre Flôxo teve que salvar as honras do convento, mas aqui também a experiência contou muito, pois o mestre 'Manel' preparou dois tachos do fiel amigo, já a contar com algum percalço que podesse vir a ocorrer ao colega aprendiz de cozinheiro. Golpe de mestre, como se costuma dizer ou coisas de caminhadeiro.
Mesmo em cima da hora do almoço, quis a Tina Rita (esposa do Carlos Evangelista) supreender o grupo com a sua presença. Outras supresas da sua autoria apareceriam mais tarde, mas já lá vamos.
Findo o almoço, houve oportunidade para amenas cavaqueiras e um interessante mano a mano entre o Manuel Flôxo e o António Clemente, em que cada um tentava diplomadicamente fazer valer perante o outro as qualidades impares das suas aguardentes velhas. Eu e mais uns quantos incautos que as provaram, ainda hoje estamos sem saber para que lado podiamos pender, mas temos a certeza que bebendo um pouco mais de qualquer uma delas, pendiamos certamente para o chão.
A tarde já ia a meio, e enquanto o Chico Pires dava os retoques finais nos bastões medalhados com prata e bronze, um grupo de trovadoras acompanhados pelos cavaquinhos da Teresa Antunes e do Henriques iam ensaiando intra muros aquilo que pouco mais tarde se veio a concretizar num excelente espectáculo de música popular portuguesa. Diga-se em abono da verdade, que a presença da famosa voz do meio artistíco nacional chamada Anabela veio trazer ao citado grupo uma mais valia inquestionával. A sua simplicidade em interpretar com o grupo de vozes amadoras o Hino dos Caminhadeiros, foi sem dúvida um dos pontos altos da nossa festa. Em nome do grupo o nosso muito obrigado à Anabela pela sua generosa contribuição.
Aproveito o momento para com toda a justiça realçar alguns momentos importantes relacionados com a generosidade e sensibilidade artística de alguns elementos do grupo 'Os Caminhadeiros:
Tina Rita: – Já em Castro Verde nos tinha dado uma ideia das suas capacidades criativas e sensibilidade apurada em ver arte onde a maioria de nós vê coisas normais. Desta vez, às peças de pedra revestidas com as suas cores e desenhos muito peculiares, foi acrescentada uma ranhura para nela colocar uma fotografia de rostos em grande plano e expressões captadas com muita oportunidade. Assinadas pela Tina e pela sua musa inspiradora que é o Carlos, demostram bem como é fácil fazer arte com coisas simples. Só faltou o tal vidêo que o C. Evangelista nos vai mostrar em momento oportuno.
Joaquim Monteiro: - Com poucos kms e horas de caminhada com o grupo, teve em terras de Lavre momento de inspiração suficiente para compôr um lindo poema a todos nós dedicado. Dele nos declamou a 1ª parte, com a promessa de após o completar nos fazer chegar a versão final a colocar numa galeria de arte no nosso blog.
Armando Lourenço: - Surpreendeu-nos o Caminhadeiro Armando com a oferta de um DVD por ele mesmo criado. Nele constam uma seleção de imagens filmadas nas caminhadas em que participou na presente época.
Teresa Antunes e António Henriques: - Dois exímios instrumentistas amadores de cavaquinho, que acompanharam o grupo coral improvisado, mas antes dando a ideia de que fazem do cante popular a sua profissão. (Com receio de me esquecer de divulgar alguma das bonitas vozes femininas e masculinas, não vou mencionar nomes).
Finalmente ao Chico Pires pela disponibilidade prestada, tanto em termos pessoais como na melhoria das infra estruturas em benefício do grupo. De modo a simbolisarmos o nosso agradecimento, foi-lhe oferecido um troféu com o logotipo do grupo 'Os Caminhadeiros'.
Ao que convencionámos denominar como sessão solene, aconteceu para entregar os 'Diplomas de 1º Nível de Mérito e dedicação à causa Caminhadeira e novos Bastões de Bronze' ao Carlos Sales, Dores Alves, Carlos Evangelista, João Costa (recebido pelo Gilberto) e à Odete Vicente. De seguida, foram pela 1ª vez laureados com 'Diplomas de 2º Nível de Mérito e dedicação à causa Caminhadeira e Bastões de Prata' os Caminhadeiros Fortunato de Sousa, Luís Fernandes e Vitor Gonçalves. Tudo isto acompanhado com música de pompa e circunstância preparada pelos Luís Fernandes e sob o aplauso intenso de toda a assistência.
Novos Bonés e Polos com o logo do grupo 'Os Caminhadeiros', foram entregues como mandam as regras aos Caminhadeiros que completaram 50 e 100 kms respectivamente em percursos organizados pelo colectivo.
Assumindo o compromisso do ano anterior em que ficou decidido contribuir monetariamente para uma instituição de Solidariedade Social, efectivamos de novo esta nobre atitude para com a mesma instituição. Embora haja uma concordância genérica do acto em si, nem todos concordam com o caminho utilizado par lá chegar. Sou de opinião que também aqui o caminho se faz caminhando, pelo que é aconselhável deixar que o tempo nos ensine através do debate construtivo e nós nos abramos mais à sociedade como muito bem revelou o nosso amigo Caminhadeiro Manuel Pedro.
Terminada a sessão solene em termos formais, segui-se a sessão não menos solene mas muito mais aberta, onde o nosso sempre jovem caminhadeiro Manuel Flôxo pôs em evidência a sua arte de bem grelhar toda carne. Psechiu, reparem bem na arte do Flôxo a grelhar a carne, dizia um dos caminhadeiros que pela 1ª vez assistia aos dotes inquestionáveis do homem do grill. Enquanto a carne desaparecia no grelhador, em proporcionalidade directa também as cervejas e os vinhos frescos iam desaparecendo da arca frigorífica.
Porque ainda não nos é possível controlar o avanço dos ponteiros do relógio e a velocidade da terra em volta do Sol, iamos assistindo ao debandar dos Caminhadeiros e convidados em sentido inverso ao que tinham percorrido pela manhã. Todos no entanto com ar de quem achou por bem ter estado presente em mais uma caminhada de final de época do grupo 'Os Caminhadeiros' realizada no Monte do nosso amigo Chico Pires.
Saudações Caminhadeiras,
Fortunato de Sousa
P.S. - Uma breve palavra de agradecimento a todos os presentes, mas muito em especial para todos os que contribuiram de um modo ou de outro para que este evento final tenha tido sucesso. Também aos que pela 1ª vez se juntaram a nós (com receio de falhar não menciono nomes), esperamos ter correspondido às expectativas criadas e não os ter desiludido.
Como vamos entrar em período de férias de verão, proponho um desafio a todos os Caminhadeiros: Que utilizem o blog como espaço de comunicação entre todos nós. Façam sugestões, critiquem de modo construtivo o que vos pareça estar mal ou menos bem de modo a podermos corrigir ou melhorar os processos na próxima época. Tragam ideias novas, que o caminho faz-se caminhando.
13 comentários:
Caros Caminhadeiros, a todos quero agradecer o carinho como me continuaram a receber no vosso grupo, apesar de ainda só comparecer à parte recreativa. Prometo que é na próxima época que irei organizar uma caminhada.
Após ter lido toooooda a reportagem do F.Sousa só me resta dar os meus parabéns pela excelente organização deste evento.
Um abraço a todos e boas férias.
Uma referência à minha humilde pessoa, feita nesta reportagem pelo decano dos repórteres, referência alás muito pouco abonatória da minha arte de bem cavalgar, merece a devida resposta.
Comecemos por esclarecer que, ao contrário do que também está dito na legenda de uma fotografia do mesmo autor, não ia de D. Fuas, nem de Conde de Marialva ou sequer de Cavaleiro da Távola Redonda, mas, quanto muito, poderia ser confundido com um qualquer morgado alentejano ou, vá lá, com D. Quijote de la Mancha, embora a minha intenção primeira fosse ir de fiel Sancho, personagem que muito melhor me quadraria.
Digamos, também, que não caí por mal cavalgar, como muito insidiosamente a reportagem insinua, mas antes por muito estimar o animal.
Passemos à explicação destas afirmações.
Nos dias, semanas mesmo, que antecederam o grandioso e inesquecível evento que foi a última caminhada-convívio da época 2010-2011, enquanto uma numerosa, esforçada e eficientíssima equipa se encarregava da organização do mesmo até ao mais ínfimo pormenor, este vosso amigo, ao mesmo tempo que reiteradamente se disponibilizava para qualquer tipo de colaboração, sonhou ir de Sancho Pança, ou seja, montado num burro! Por razões óbvias: não para divertir o pessoal, longe dele essa ideia, mas sim porque o calor alentejano e a idade dos rins já não lhe permitem grandes caminhadas – nem pequenas.
Assim, solicitou ao amigo Chico Pires que consultasse o mercado local no sentido de providenciar um manso asinino que o transportasse. Apesar da sobrecarga de tarefas com que a organização do evento o assoberbava, o amigo Chico não se fez rogado: pelo contrário, mergulhou de cabeça na execução de mais este carrego. O pior foi quando, ao fim de porfiados esforços, o Zuca, outro amigo alentejano, veio com a resposta: «Burros e burras, no Alentejo como no resto do país, não há! Têm sido todos solicitados pelos sucessivos governos e, depois, por grandes empresas e até para fazerem figura no estrangeiro. Só se for uma égua...”
Como este vosso companheiro tinha informado o nosso amigo Chico Pires que, na falta de asinino, equino serviria desde que não fosse cavalo fogoso nem égua nova, a combinação fez-se.
Não vou agora roubar-vos tempo dizendo que à última hora um impedimento de monta provocou a substituição do primeiro animal e seu arrieiro por outro sem arrieiro – denominemos assim o dono do animal – e que este segundo equídeo não gostou nada de se ver abordado, após horas de espera numa estreita rulote, por dois estranhos, pelo que resolveu fazer greve e substituir a cavalgada por um remansoso pascigo. Também não me alongarei a explicar que, não fora a prestimosa ajuda do sr. Diamantino e do jovem Carlos – este último conhecido da égua e o primeiro conhecido do dono da mesma a quem ia consultando telefonicamente – , a esta hora eu ainda estaria a tentar entender os arreios alentejanos, tão diferentes dos por mim quase esquecidos ribatejanos. Basta que se diga que a cilha alentejana não tem fivela nem, ao menos, é atada com um nó: leva apenas uma pequena ponta mal entalada entre duas correias, ao ver o que, pensei «Estás no chão não tarda», pensamento que viria a revelar-se altamente premonitório.
Devidamente ajaezado o animal e feitas as apresentações - «Eu sou o Gil; tu, como te chamas?» - onde já iriam então, a pé, os caminhadeiros andantes, abalados mais de uma hora antes “por esses campos fora”!? A intenção deste Geraldo-Com-Algum-Pavor era surpreendê-los num ataque pela retaguarda, salvo seja. Recebidas informações no monte do anfitrião – ao qual aqui chamarei de Montelavre, pois não sei se já está baptizado de outro modo –, onde cozinheiros, mecânicos, electricistas, ajudantes e outros técnicos se afanavam, e, numa placa que dizia “Caminhadeiros e Cia” saída da imaginação do Chico Pires, o C de Cia era uma sugestiva e reveladora ferradura, fiquei a saber que estava fechado o portão de acesso à caminhada. Grande desilusão!
Deste modo gorado o tal ataque surpresa, aproveitei a manhã para ir cavalgando. A passo, devagar, devagarinho, não fose o diabo tecê-las, tanto mais que a égua estava desferrada e eu não queria deixar que escorregasse no alcatrão da estrada, a manhã ia decorrendo lentamente. Montando o mais garbosamente que me era possível, e encolhendo a barriga até doer sempre que passava por alguma rapariga nova – e novas, para mim, são todas, desde a idade núbil até aos 65, ou mesmo mais quando bem conservadas. Mas a imagem que os seus olhos me devolviam, associada à que eu via nas vidraças das janelas, dizia-me que tais presunções não serviam para nada. Ah, meus queridos 20 anos, onde estão vocês?
De tempos a tempos, ia falando por telefone com participantes da caminhada, para saber quando poderia, ao menos, esperá-los à saída do tal cispado portão. E a égua, que queria estender as pernas e que eu sofreava, ia-se impacientando mais e mais, comigo e com as moscas: zangada, dava repontões com a cabeça, sacudindo as ditas e aliviando o freio. Mal sabia eu que era a aproximação do dramático final.
Cada vez era maior a pena que me fazia ver o pobre bicho incomodado por tão impertinentes insectos, e vezes sem conta tive que me esforçar por resistir à tentação de usar o meu sombrero para os afastar. « Não faças isso, que o animal espanta-se», dizia-me o meu pouco bom senso.
Em certa altura, ela e eu já cansados, parámos à sombra de uns providenciais eucaliptos, fora da estrada, num amplo terreiro frente ao muro que cerca um novo restaurante cujo nome esqueci, perto do tal famigerado portão. Cansados, eu e ela, mas não as moscas, cuja nuvem se adensou.
Daí, num último contacto telefónico – e, meus amigos, que coisa ridícula é um cavaleiro de antanho usando um telemóvel! - fiquei a saber que o pelotão de infantaria já avistava o portão da saída e anunciei que iria lá esperá-los. E então, erro fatal, perante a espessa e incomodativa núvem de diabinhos alados,a pena que sentia do animal vencendo o bom senso, pensei «Ela não se assusta porque eu não lhe vou tocar» - e passei lentamente o meu chapéu de falso cowboy ao lado da cara do nobre bicho.
Áh meus amigos! Foi um autêntico lance de rodeo. Encabritada, encaracolada, as quatro patas verdadeiras molas de aço impulsionando os seus quinhentos quilos mais os meus oitenta, não queiram saber a que alturas ambos nos guindámos! À vontade, mais de metede da altura dos eucaliptos que nos ensombravam!
Mas aguentei-me, carago! Mão esquerda nas rédeas, que não tive tempo para a lançar ao arção, mão direita sempre agitando o malfadado chapéu, que nem tempo tive para largá-lo – e que continuava assustando o pobre bicho – , mas pernas firmes como mandíbulas de rotweiller e pés bem fincados nos estribos, aguentei-me! Não me destribei! O assustado bicho não me destribou!
E descendo lá das alturas, sempre no lombo da égua, selim bem apertado nos joelhos, com a adrenalina mais alta do que eu próprio tinha estado, com uma alegria imensa a encher-me o peito de um orgulho ribatejano – confesso que vaidoso –, pensei: «Desta já estou safo!»
Mas não estava! O chapéu continuava a adejar; o bicho assustava-se cada vez mais; mal assentou as quatro patas no chão, o animal, cheio de raça, não deu tempo tempo para mais nada: voltou a encabritar-se, encaracolou-se toda outra vez, e despediu ares fora, muito mais acima que da primeira vez: estou em crer que ultrapassou os píncaros dos mais altos eucaliptos!
Caí! Claro que caí! O próprio Marialva cairia e não teria razões para se envergonhar! Venha o mais pintado dizer que se aguentava, que eu estou aqui para o desmentir. E, se quiserem, vamos a meças!...
Caí, “mas a volta por cima que eu dei, quero ver quem dava!»
E fiquem todos sabendo que a égua não me fugiu: eu é que ainda tive o bom senso de a libertar, para lhe evitar traumas maiores.
Posfácio breve.
Reagindo à velocidade do som – mais rápido mesmo que o som que fiz quando bati com os costados no chão – , num ápice que durou minutos estava de novo a pé e na estrada, para continuar a proteger a minha Rocinanta – primeira da história cavalar, enquanto que Rocinantes há muitos.
Devo aqui agradecer a dois desinteressados anónimos que me não deram tempo a que lhes perguntasse como eram suas graças: um que de longe confundi com o Hugo Pires e que de perto não tinha qualquer semelhança e que estava preocupadíssimo primeiro por ter visto passar uma égua sem cavaleiro e depois por ver passar um cavaleiro sem égua; e outro, mais velho, que apanhou a fugitiva num simples passe de mágica, fenómeno que muito me surpreendeu, pois horas antes a mesma não dera mão a estranhos. Dizia-me depois o mago que nunca encontrara um animal que o temesse. Creio cada vez mais que há pessoas com dons inexplicados.
Devo agradecer também ao Manuel Reis e ao Joaquim Monteiro que ficaram de guarda ao animal até que aparecesse o sr. Diamantino, delegado do dono da Rocinanta, enquanto eu fui rapidamente por uma cerveja fresca.
Agradeço também ao Sales, que me lavou o crânio à mangueirada, garantindo que não havia massa encefálica exposta – nem derrame de caca! –, e à Céu e à Luísa Gonçalves, que, com as suas mãos e palavras de fadas, me trataram das feridas e do ego.
Agradeço também a todos os caminhadeiros que muito gentilmente se abstiveram de comentários jocosos, muitos porque sabem por experiência o que custa montar nestas idades, outro talvez porque nunca terão sabido mesmo em novos (sem ofensa!).
Estou também muito reconhecido à esposa de outro cavaleiro ribatejano a quem perguntei se a experiência que ela tem após as cavalgadas do marido lhe permitia dizer ser recuperável este massacrado arco que vai do joelho esquerdo ao joelho direito e ela muito convincentemente respondeu que sim. ( Em boa verdade, o seu sim não foi lá muito convincente, mas eu é que estava desejoso por acreditar no que talvez tenha sido uma mentira clemente).
Agora a quem não perdoo – juro por quem sou! – é aos indiscretos fotógrafos que me confundiram com um caso de estudo de contusão hipertraumática patológica.
Agradeço ainda ao sr. Hélio (ou Élio?), nas palavras do sr. Diamantino experiente cavalariço e que bem mostrou sê-lo na habilidade e arte com que meteu a poldra no atrelado.
Por último, o meu grande reconhecimento ao dono da Rocinanta, que, sem me conhecer, em mim confiou, e à própria Rocinanta que, com a sua raça e juventude, me proporcionou uma experiência que me remeteu aos meus vinte e poucos anos, e ao Chico Pires, pela paciência que demonstrou aturando-me.
E as minhas desculpas a todos que desiludi, principalmente, mais uma vez, à pobre Rocinanta.
Pós-posfácio brevíssimo.
Lá, a quem me perguntou que tal tinha sido o meu susto, respondi que o da égua tinha sido muito maior. Chegado a casa, recriminado pela minha querida esposa pelo susto que tinha pregado a todos, respondi: «Então e o meu?».
E agora termino, porque vou a correr –é uma forma de dizer, pois que vou a coxear – a uma consulta de ortopedia.
Para todas as minhas queridas caminhadeiras e para todos os meus caros caminhadeiros, saudações à rédea solta e de chapéu agitado ao vento da planura alentejana,do
Gil de Marialva Furtado
Em tempo:
Ressalvo a palavra nuvem, que só tem acento - não agudo nem circunflexo mas ziguezagueante, o que é grave -, nos dias - principalmente nas noites - de trovoada relampejante.
Não ressalvo outros erros, tais como pontuação mal usada, porque a emenda podia ser pior que a asneira, mas aproveito para dizer - fui consultar a enciclopédia - que o Marialva que nos interessa, Pedro Noronha Coutinho (1713-1799), exímio cavaleiro e mestre de equitação que cultivou como ninguém a arte de cavalgar - em sua honra denominada "arte de Marialva" -, gentil-homem da câmara de D. José, estribeiro-mor da rainha D. Maria I, tenente-general e conselheiro de guerra, nas suas horas frequentador das vielas da Mouraria, brigão, tangedor de guitarra, cantador de fado e sedutor de galdérias - ou seduzido? -, foi conde, sim, mas o 6º de Cantanhede, e de Marialva foi o 4º marquês. Resta dizer que o seu ensino em matéria de equitação foi posto por escrito pelo seu discípulo M. Carlos de Andrade em a "Luz da Liberal e Nobre Arte de Cavalaria", em 1790, tempo em que a palavra liberal tinha um nobre significado. (Cf. Lexicoteca).
Ai! Lá me deu a ilharga mais uma pontada!
Olá gente Caminhadeira, pois é com muita pena que vamos estar em plena inactividade, no referente à arte Caminhadeira, durante tempo demasiado, mas todos vamos fazer o possível e o impossível para que a nossa forma física seja bem forte, afim de, na próxima época, termos todos uma performance invejada por todos os que não são Caminhadeiros.
Agora, apenas como mero desabafo e sem qualquer intensão de critica, pois poderão ainda aparecer alguns álbuns fotográficos em que surjam algumas fotos que, não constam nos que estão disponíveis no Blog.
Como estive a consultar as fotos do encerramento da época 2009/2010 e verifiquei que os fotografos de serviço, conseguiram obter imagens de algumas entregas de troféus, na reportagem da época 2010/2011 não estiveram atentos a esse facto.
Vamos aguardar, na esperança que ainda possa aparecer alguma coisa.
Saudações Caminhadeiras.
Carlos Sales
Ora vamos lá ver porque ponta é que vou pegar nisto.
1º: A reportagem do Gil Furtado relativamente ao meu comentário sobre a última caminhada está de se lhe tirar o chapéu (perceberam o trocadilho?). O tal chapéu que segundo ele lhe provocou a queda da égua. Há é sempre uma desculpa para justificar a falta geito, mas não tira o mérito à minuciosa e excelente descrição do trambolhão e de toda a narrativa. Eu até diria que foi uma pena nenhum repórter ter estado presente. Se não fossem as marcas bem visíveis no couro não cabeludo, diriamos que era mais um mistério igual ao de Nisa a que o Gil nos vem habituando. Porque é que estas coisas lhe acontecem sempre quando não há gente a testemunhar? Ora são javalis de cores esquisitas, ora são éguas. Mais parecem fábulas que histórias reais, mas a criatividade não tem limites, todos o sabemos. Venham mais Gil, mas agora só para a próxima época.
2º: Quanto ao reparo do Sales em relação à falta de registo fotográfico sobre o momento nobre da entrega dos diplomas e bastões, eu também já tinha notado a sua falta. Estou como ele, à espera que ainda apareça alguma foto que perpetue o momento. Se assim não acontecer, paciência, ou teremos de repetir a sessão.
Saudações Caminhadeiras,
Fortunato de Sousa
Caras amigas e amigos Caminhadeiros,
Dado ser uma pessoa reservada e chegados ao fim de mais uma época de caminhadas,impunha-se da minha parte, expressar sentidamente o meu agradecimento da minha integração no grupo, que se quer efectivo e afectivamente amigo e partilhado.
Fez-me rejuvenescer de espírito e de ânimo.
Segundo o provérbio latino "Esto brevis et placabis" sê breve e agradarás, daí que vou terminar, mas antes, apelo a todos a que perante as dificuldades surgidas no dia a dia, por razões intrínsecas e extrínsecas e perante o facto inerente à nossa condição humana de estarmos a perder qualidades e a entregarmo-nos à idade da introversão e da introspecção, a que não deixemos de nortear os nossos afazeres por um compromisso de seguimento e de responsabilidade de grupo.
As nossas caminhadas são sempre uma presença afectiva, amiga e partilhada, dá ânimo à alma e projecta o corpo para a juventude. É necessário rejuvenescer o espírito, uma vez que o corpo pede cada vez mais descanso.
Por issso "ab imo pectore" i.e. é do mais fundo do coração, agradecer mais uma vez ao grupo, por me ter dado o privilégio da sua companhia.
"Há homens que lutam um dia e são bons; há outros que lutam um ano e são melhores; há aqueles que lutam anos e são muito bons; porém há homens que lutam por toda a vida e estes são imprescindíveis".
A todos umas excelentes férias.
Bem hajam,
Rogério Matias
Acabei de ler o livro “Levantado da Égua” e, adorei. Não fica atrás nem à frente dos escritos anteriores.
Não é surpresa pois esta pena que é mais Frutada do q. Furtado está onde está, há também Balões , Reis, Sales ,Pires e,e,todos os Outros géneros.
Direi como a ciganita que chamada á razão pelo pai após ter recebido um rebuçado, O que se diz à senhora? QUERO MAIS; QUERO MAIS.
Há quem diga (q. visita o nosso sitio) que sou um Felizardo, e sou mesmo, por vos ter.
Agora até à Próxima, vou digerindo esta Época gostosa com “vontades renovadas”, para?, para?.
Logo se verá.
Parabéns com um Abração
C. Evangelista
Olá, continuação de boas férias da gente Caminhadeira.
Agora e em forma de pedido. penso que para se fazer a comunicação de e para uns e outros, não devemos usar os comentários da reportagem da última Caminhada da época, para esse efeito.
Em face do exposto, proponho que seja criada uma nova entrada, com a designação, por exemplo de:
NOTAS e/ou RELATOS DAS FÉRIAS DE CAMINHADEIROS.
Beijos para quem é de beijos e abraços para quem é de abraços.
Carlos Sales
Penso que os comentários também estarão concluidos e com isto se termina a época 2010 / 2011. No entanto, se alguém ainda quiser deixar algum parecer sobre o evento do final de época pode com toda a legitimidade continuar a adicionar comentários. Serão sempre bem vindos.
Quanto à sugestão deixada pelo Carlos Sales sobre uma vova mensagem para comunicação entre os parceiros de luta, parece-me bem e era isto mesmo que estava pensado e por mim sugerido como nota final desta reportagem. Assim, a partir de agora ficamos à espera que alguém se manifeste com ideias novas ou velhas, mas sempre em prol da causa caminhadeira.
Saudações Caminhadeiras em passada repousante,
Fortunato de Sousa
Chegado mesmo agora de Cuba, nas Caraíbas, fiquei de tal modo impressionado com a reportagem do Balão e a hipo-estória do Gil que me deitei às 3 da matina e não quero deixar de pôr aqui a minha opinião e até não percebo porque os outros caminhadeiros não se pronunciam (serão da maioria silenciosa?).
Antes de mais para um louvor e um obrigado a todos os organizadores pela melhor organização de sempre ainda por cima considerando que para 50 é muito mais difícil que para os cerca de 15 que éramos em 2008.
Não levem a mal que dê um abraço especial ao Chico que qualquer dia vai à falência por nossa causa. Bem mereceu ir receber a 1ª placa dos caminhadeiros em ombros.
A seguir tinha que ser um parágrafo para cada um mas fica apenas a lista desordenada dos nomes que "por obras mais ou menos valerosas" me ficaram na memória desta última caminhada da época: Balão, Vítor, Fernandes, Floxo, Céu, Tina e Carlos, Armando, Sales, etc. etc. etc.
Se formos atrás na época, enquanto os "espanhóis" Manel Pedro e Gilberto fizeram jus ao seu curriculum, já os estreantes Carlos (Evangelista em Tomar e Penedo em Vilar de Mouros) nos surpreenderam com o alto nível de organização das caminhadas extraordinárias.
Uma palavra para os fotógrafos cada vez melhores e mais "artilhados" que apesar de "silenciosos" complementam muito bem as reportagens escritas.
O Gil da cultura e do piriri-pororo anda a ver se nos distrai de caminhar mas temos que apertar com ele para ver se actua em andamento.
A todas as caminhadeiras e todos os caminhadeiros um grande abraço e até Setembro, sem falta.
Manel Reis
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