quarta-feira, 11 de maio de 2011

Convocatória : 14ª Caminhada Época 2010 / 2011 . Alfange (Santarém) . 18 de Maio

Convocam-se todos os interessados em dar às gâmbias para mais uma caminhada na margem direita do Tejo, desta vez em Alfange, povoação ribeirinha entre a dominiosa Scalabis e o plácido Tejo que lhe banha o supedâneo (como diria Aquilino).
Data da caminhada: dia 18 de Maio próximo.
Hora limite da concentração: 10 horas TMG.
Local de concentração: Taverna Miratejo, Rua dos Pescadores, encostada à margem direita do Tejo e à linha (do Norte) do caminho de ferro.
Como atingir o ponto de encontro (Clique aqui): Ir para a Ribeira de Santarém. Quer de carro quer de comboio, vindo do norte ou vindo do sul, toda a gente sabe.(Ou não?) Uma vez aqui, usar o GPS de janela e perguntar onde é a Taberna Miratejo, do senhor Adriano Simplício. Não há cão nem gato que não conheça; pessoas, talvez. Com sorte, ser-vos-á dito para virardes a ocidente e que acompanheis o rio para jusante até que um indício seguro, como a placa com o nome do restaurante ou a presença de algum caminhadeiro mais madrugador, vos garanta terdes atingido o destino. É aí!
De qualquer modo, para os mais tecnolófilos, aqui ficam as coordenadas aproximadas, segundo o Google Earth: 39o 13’ 51’’N 8o 40’ 27´´O, alt. 23m. Não garanto que estejam certas, mas também não estarão muito erradas.
Hora de início da caminhada: 5 minutos depois de estarem reunidos todos os que se inscreverem.
Distância = Tempo x Velocidade.
Duração: Tanto maior quanto maior a distância e mais lenta a velocidade.
Grau de dificuldade: Para caminhadeiros como nós não há caminhadas difíceis.
Tradição: Ainda é como era: após o almoço haverá cultura e chá.
Aguardam-se as inscrições, que deverão ficar completas até à próxima 2ª-feira.
Notas finais: Motivos imprevistos poderão obrigar à alteração do programa, mas nada obviará ao amical convívio. Mais informações, a havê-las, serão oportunamente comunicadas. Esclarecimentos poderão ser solicitados pelas vias habituais.
Fraternais saudações caminhadeiras em passo de fandango.

(Ass: O organizador Gil Furtado)

25 comentários:

Fortunato de Sousa disse...

Arre pôrra Sr. Dótor!!!!!
Por uma destas é que não esperava em final de época. A que se deve toda esta vitalidade do nosso amigo Gil? Ele é surpresa em Nisa com um desempenho inacreditável, com mentira ou sem mentira. Depois outra supresa, com a sua nova bicicleta pedalando como se tivesse acabado de aprender a dominar o velocípede.
Garanto-vos que antes de publicar este comentário tive que consultar várias vezes o dicionário, de modo a descodificar alguns termos que parece pertencerem ao léxico português.
E local da caminhada: Alfange? Mas que terra é esta? Foice cabo longo.......Tenho esperança que o Bernardino ou Vitor Gonçalves saibam onde é, pois nem o organizador tem a certeza das coordenadas refletirem o local correcto.
De qualquer modo marcarei presença, mas vou um dia antes, para não faltar à hora da concentração.
Saudações Caminhadeiras em passada completamente descontrolada,
Fortunato de Sousa

Carlos Sales disse...

Vou tentar dar conhecimento a todos os Caminhadeiros, quanto à decisão que a Bina e Eu tomámos, sobre a participação na area de Alfange, tentando escrever num Português, o mais arcaico possível e entendido por todos. Penso que qualquer dia e como diz o Fortunato, não haverá nenhum dicionário que nos consiga ajudar a decifrar o enigma do palavreado.
Assim sendo, a Bina e Eu marcaremos presença em ALFANGE.
Carlos Sales

mreis disse...

A 18 lá estarei no Alfange
Isto em linguagem moderna
O problema é "oú est-ce qu'on mange"
Se na taverna ou na taberna

Gil A F Furtado disse...

Em primeiro lugar, felicitemos o caminhadeiro Manuel Reis pela sua quadra, com rima a b a b - ainda que recorrendo a uma língua estrangeira -, ao contrário das suas habituais, com rima a a a a, que não admira fazerem rir mesmo que tivessem pouca graça ou nenhuma – defeito que, diga-se, nunca apresentaram.

Passemos ao esclarecimento de dúvidas, se conseguirmos, começando exactamente pela última expressa: a do mesmo Manuel Reis.

No "meu" Ribatejo de rapaz, íamos às tabernas. Ainda hoje as prefiro. Pena que já quase não as haja.
Apreciei que o nosso presuntivo amesendador de Alfange - ou alguém por ele - tivesse chamado taverna, e não restaurante, à sua tasca, mas não sei por que grafou um v e não um b. Na oportunidade, perguntar-lhe-emos.

Quis responder sem usar dicionários, mas não consegui: deixei-me vencer pelo prazer que a sua consulta sempre dá. Mas valeu a pena. Ora vejamos:

José Pedro Machado, o nosso grande dicionarista há poucos anos desaparecido, regista a forma taverna e as suas derivadas tavernal, tavernário, taverneira, taverneiro, tavernola, tavernória e tavernório, derivando-as do lat. taberna, it. taverna, dizendo ser cada uma delas o m. q. tabern[etc, para não estar aqui a repetir vocábulo a vocábulo].
Já com b, regista taberna – s. f. (do lat. taberna). Loja ou lugar onde se vende vinho a retalho; bodega, tasca. || Casa de pasto ordinária, reles. || Fig. Casa imunda, desordenada –, e as formas correspondentes a todos os derivados acima transcritos, mais tabernáculo, tabernal(2), tabernear e taberneiramente – também do mesmo étimo – , e ainda tabernante, tabernemontana e tabernemontaninas – que são nomes usados em Botânica e cujos étimos não indica, mas presumivelmente nada terão que ver com tabernas – para cada entrada apresentado o(s) seu(s) significado(s) mais ou menos desenvolvido(s).
(Pode parecer estranho, mas tabernáculo é parente de taberna – veremos à frente porquê; e tabernal(2), vocábulo popular na Madeira, é o m. q. tribunal. Sem comentários.)
Portanto, podemos concluir que J. P. Machado prefere as formas com b, o que se compreende facilmente uma vez que já os romanos diziam taberna e não taverna. Vá lá saber-se por que franceses, italianos e outros trocaram o b pelo v! Será culpa de regionalismos ainda do tempo da roma antiga?

Gil A F Furtado disse...

Podíamos ficar por aqui, mas a tentação de consultar o Houaiss – o melhor dicionário de Português alguma vez editado –, só é superada pela de continuar a maçar-vos. Portanto, vamos a isso.

tabern- el.comp antepositivo, do lat. taberna,ae ‘casa feita de tábuas, cabana, choupana; armazém, loja; oficina; taberna, tasca; prostíbulo, lupanar, alcouce; camarote (no circo)’ – fr. taverne, it. cat. provç. taverna –, com os der. tabernaculum,i ‘tenda, barraca; habitação, morada, residência, abrigo; tabernáculo (lat. ecl.)’, tabernarius,a,um, ‘próprio das tabernas; trivial, corriqueiro, grosseiro’, tabernarius,ii ‘mercador, negociante, lojista; frequentador de tabernas’, além de contubernium,ii ‘coabitação; camaradagem (entre soldados que moram na mesma tenda); comércio, trato, intimidade, relação de amizade; concubinato, mancebia, barreguice; tenda de soldado; morada, habitação’, donde contubernalis,ii ‘o que mora na mesma tenda, camarada (entre soldados); colega; marido de uma escrava; mulher de escravo’; a cognação vern. data das orig. do idioma: atabernado, atabernar; contubernáculo, contubernal, contubernar, contubérnio, contubernizar; taberna, tabernáculo, tabernal ‘próprio de taberna; tabernário’, tabernante, tabernanto tabernário, tabernear, taberneira, taberneiro, tabernemontana, tabernemontanina, tabernola, tabernório (com as f. não pref. em -v-: taverna, tavernal, tavernário etc)
E esta, hem!? Quem havia de dizer que os contubérnios se formam nas tabernas e que as inocentes tabernas são antros de concubinato, mancebia, barreguice!?
E parece que Houaiss e a sua equipa de dicionaristas não têm dúvidas que certas plantas se dão bem nas tascas.

Apesar da hora tardia – pelo toque da viola que ouço no Mezo já sei as horas que são! – não resisto a transcrever mais uma entrada.

taberna s. f. (1858 cf. MS6) 1 freq. P estabelecimento de venda, esp.de vinho, jeropiga e bagaceira, para consumo local, além de petisco (queijo, chouriços etc.), mas que não serve pratos de comida → cf. tasca 2 restaurante barato; casa de pasto 3 p. ext. pej. casa muito suja e desordenada → f. geral. não pref.: taverna Ø ETIM lat. taberna,ae ‘casa feita de tábuas, cabana, armazém, oficina; taberna, tasca; prostíbulo, alcouce; camarote (no circo)’; cp. taverna; ver tabern-; f.hist. 1858 taberna Ø SIN/VAR (e afins) baiuca, bar, bitaca, bitácula, bodega, boliche, boteco, botequim, caipirinha, catraia, chafarica, frege, frege-moscas, futrica, girianta, guarita, locnda, malcozinhado, pulperia, tasca, tasco, tenda, tendinha, venda, vendola.

E pronto! É, ou não, o melhor dicionário de Português? (Mas o pobre do José Pedro Machado nunca teve o luxo duma equipa de colaboradores…)

Por hoje é tudo. Amanhã, podendo, tentarei dizer alguma coisa sobre Alfange, a grande dúvida do companheiro Balão de Sousa. Desde já prometo que serei mais breve, mas talvez não menos enfadonho…

E agora, à deita em passada arrastada…

Até amanhã, companheiros.

Gil Furtado

Ah, lá me esquecia de concluir: taberna ou taverna, cada um vá comer onde quiser.

GF

Fortunato de Sousa disse...

Só um intervalo nas aulas de português do Gil Furtado, para dizer que o Nosso amigo Rogério também estará presente no Alfenge.
Já podes continuar Gil.
Fortunato de Sousa

Gil A F Furtado disse...

Obrigado. Então comecemos. Prestem atenção.

Hoje, Alfange.

Pior: Alfange ou Alfanje?

Socorramo-nos dos mestres.

Malaca Casteleiro, no Dicionário da Academia:

alfange s. m. (Do ár. al-khanjal ‘punhal’) Arm. 1. Espécie de sabre de folha curta, larga e recurva, usado por árabes, turcos e outros povos orientais. 2. Espada curta; tipo de sabre.
(E mais nada.)

José Pedro Machado, no Grande Dicionário da Língua Portuguesa:

Alfanja, s. m. O m. q. alfanje.
Alfanjada, s. f. (de alfanje). Golpe de alfanje.
Alfanjado, adj. (de alfanje). Semelhante ao alfanje.
Alfanjar, v. tr. (de alfanje). Dar forma de alfanje a || Preparar às carreiras, aviar mal.
Alfânjar, alfanje, s. m. (do ár. al-khanjar). Cutelo curto e largo, convexo pelo fio; cimitarra mourisca.
(Não regista a forma alfange)


Houaiss, no Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa:

alfange s. m. (sXV cf. IVPM) 1 sabre de lâmina curta e larga, com o fio no lado convexo. 2 AGR B m.q. GADANHA (foice) ETIM ár al-handjar ‘espécie de punhal ou cutelo´pelo hispano-árabe hangal, ver alfanj- HOM alfanje (fl. alfanjar) SIN/VAR alfanje
alfanj- el.comp. antepositivo, do ár. al-handjar ‘espécie de punhal ou cutelo’; ocorre em alfanje, atestado desde as orig. da língua (com a f. alfanger) e nos seus der. alfanja, alfanjada, alfanjado e alfanjar.
alfanjada s. f. pancada com alfanje ETIM alfanje + ada; ver alfanj-
alfanjado adj. que tem forma os semelhança de alfanje ETIM part. de 1alfanjar; ver alfanj-
1alfanjar v. t.d. dar forma ou aspecto de alfanje a ETIM alfanje + ar; ver alfanj- HOM alfanje (1ª 3ª p.s.), alfanjes (2ªp.s.) / alfanje(s.m.) e pl.
2alfanjar v. t.d. B preparar (algo) às pressas; aviar mal «sem tempo, a mulher alfanjou um refresco de laranja» ETIM orig. obsc. HOM ver 1alfanjar
alfanje s. m. (sXV cf. IVPM) m.q. ALFANGE ETIM ár al-handjar ‘espécie de punhal ou cutelo’pelo hispano-árabe hangal, ver alfanj-; f.hist. sXV alfange


Outra vez J. P. Machado, mas agora o Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa:

Alfanje1, s. Do ár. al-khanjal (Pedro de Alcalá, 41211) ou al-khanjar, «espada curta; punhal, estilete, navalha»; parece que no Andaluz se verificou a evolução: «punhal>espada curta e curva» (Neuvonen, p. 177); voc. muito representado na Europa. em 1136 documenta-se alfânjar: «Spada aut lancea aut alfaniar», Leges, p. 372. Apesar de em cast. já se documentar no séc. XIII (vj. Neuvonen, ob. e loc. cit.), em port. só encontro alfanje no séc. XVI: «Sentirão de quanto maior efficacia fossem as lanças e alfanges Romanos, que suas fundas de lãa», Frei Bernardo de Brito, Monarquia Lusitana, I, 3, título 2. | O topónimo Alfanje2, em Santarém, tem outra origem: do ár. al-hanx, «a cobra»; cf. B. F.1, VI, p. 7, nota; Ver. Port. VI, p. 126

Vou repetir, usando maiúsculas, esta parte final:

O TOPÓNIMO ALFANJE2, EM SANTARÉM, TEM OUTRA ORIGEM: DO ÁR. AL-HANX, «A COBRA»; CF. B. F.1, VI, P. 7, NOTA; VER. PORT. VI, P. 126


(Não há dúvia: o nosso velhinho José Pedro Machado era um grande dicionarista, um grande arabista, um homem de grande cultura e, diga-se também, uma pessoa de grande humildade!)

E agora? Vamos a Alfange ou a Alfanje?

Não importa: VAMOS!

Saudações caminhadeiras em passo baralhado. Mas amanhã será pior.

Gil Furtado

Gil A F Furtado disse...

Em primeiro lugar, felicitemos o caminhadeiro Manuel Reis pela sua quadra, com rima a b a b - ainda que recorrendo a uma língua estrangeira -, ao contrário das suas habituais, com rima a a a a, que não admira fazerem rir mesmo que tivessem pouca graça ou nenhuma – defeito que, diga-se, nunca apresentaram.

Passemos ao esclarecimento de dúvidas, se conseguirmos, começando exactamente pela última expressa: a do mesmo Manuel Reis.

No "meu" Ribatejo de rapaz, íamos às tabernas. Ainda hoje as prefiro. Pena que já quase não as haja.
Apreciei que o nosso presuntivo amesendador de Alfange - ou alguém por ele - tivesse chamado taverna, e não restaurante, à sua tasca, mas não sei por que grafou um v e não um b. Na oportunidade, perguntar-lhe-emos.

Pretendi esclarecer esta dúvida sem abusar de dicionários, mas não consegui: deixei-me vencer pelo prazer que a sua consulta sempre dá. Mas valeu a pena. Ora vejamos:

José Pedro Machado, o nosso grande dicionarista há poucos anos desaparecido, regista a forma taverna e as suas derivadas tavernal, tavernário, taverneira, taverneiro, tavernola, tavernória e tavernório, derivando-as do lat. taberna, it. taverna, dizendo ser cada uma delas o m. q. tabern[etc, para não estar aqui a repetir vocábulo a vocábulo].
Já com b, regista taberna – s. f. (do lat. taberna). Loja ou lugar onde se vende vinho a retalho; bodega, tasca. || Casa de pasto ordinária, reles. || Fig. Casa imunda, desordenada –, e as formas correspondentes a todos os derivados acima transcritos, mais tabernáculo, tabernal(2), tabernear e taberneiramente – também do mesmo étimo – , e ainda tabernante, tabernemontana e tabernemontaninas – que são nomes usados em Botânica e cujos étimos não indica, mas presumivelmente nada terão que ver com tabernas – para cada entrada apresentado o(s) seu(s) significado(s) mais ou menos desenvolvido(s).
(Pode parecer estranho, mas o tabernáculo é parente da taberna – veremos à frente porquê – ; e tabernal(2), vocábulo popular na Madeira, é o m. q. tribunal. Sem comentários.)
Portanto, podemos concluir que J. P. Machado prefere as formas com b, o que se compreende facilmente uma vez que já os romanos diziam taberna e não taverna. Vá lá saber-se por que é que franceses, italianos e outros trocaram o b pelo v! Cá para mim, já havia regionalismos – e rivalidades – no tempo da antiga Roma.

Gil A F Furtado disse...

Podíamos ficar por aqui, mas a tentação de consultar o Houaiss – o melhor dicionário de Português alguma vez editado –, só é superada pela de continuar a maçar-vos. Portanto, vamos a isso.

tabern- el.comp antepositivo, do lat. taberna,ae ‘casa feita de tábuas, cabana, choupana; armazém, loja; oficina; taberna, tasca; prostíbulo, lupanar, alcouce; camarote (no circo)’ – fr. taverne, it. cat. provç. taverna –, com os der. tabernaculum,i ‘tenda, barraca; habitação, morada, residência, abrigo; tabernáculo (lat. ecl.)’, tabernarius,a,um, ‘próprio das tabernas; trivial, corriqueiro, grosseiro’, tabernarius,ii ‘mercador, negociante, lojista; frequentador de tabernas’, além de contubernium,ii ‘coabitação; camaradagem (entre soldados que moram na mesma tenda); comércio, trato, intimidade, relação de amizade; concubinato, mancebia, barreguice; tenda de soldado; morada, habitação’, donde contubernalis,ii ‘o que mora na mesma tenda, camarada (entre soldados); colega; marido de uma escrava; mulher de escravo’; a cognação vern. data das orig. do idioma: atabernado, atabernar; contubernáculo, contubernal, contubernar, contubérnio, contubernizar; taberna, tabernáculo, tabernal ‘próprio de taberna; tabernário’, tabernante, tabernanto tabernário, tabernear, taberneira, taberneiro, tabernemontana, tabernemontanina, tabernola, tabernório (com as f. não pref. em -v-: taverna, tavernal, tavernário etc).

E esta, hem!? Quem havia de dizer que os contubérnios se formam nas tabernas e que os inocentes ramos de loureiro assinalam antros de concubinato, mancebia, barreguice!?
E parece que Houaiss e a sua equipa de dicionaristas não têm dúvidas que certas plantas se dão bem nas tascas.

Apesar da hora tardia – pelo toque da viola que ouço no Mezo já sei as horas que são: passa das 2 da manhã! – não resisto a transcrever mais uma entrada.

taberna s. f. (1858 cf. MS6) 1. freq. P estabelecimento de venda, esp.de vinho, jeropiga e bagaceira, para consumo local, além de petiscos (queijo, chouriços etc.), mas que não serve pratos de comida → cf. tasca 2. restaurante barato; casa de pasto 3. p. ext. pej. casa muito suja e desordenada → f. geral. não pref.: taverna ETIM lat. taberna,ae ‘casa feita de tábuas, cabana, armazém, oficina; taberna, tasca; prostíbulo, alcouce; camarote (no circo)’; cp. taverna; ver tabern-; f.hist. 1858 taberna SIN/VAR (e afins) baiuca, bar, bitaca, bitácula, bodega, boliche, boteco, botequim, caipirinha, catraia, chafarica, frege, frege-moscas, futrica, girianta, guarita, locanda, malcozinhado, pulperia, tasca, tasco, tenda, tendinha, venda, vendola.

E pronto! É, ou não, o melhor dicionário de Português? (Mas o pobre do José Pedro Machado nunca teve o luxo duma equipa de colaboradores…)

Por hoje é tudo. Amanhã, podendo, tentarei dizer alguma coisa sobre Alfange, a grande dúvida do caminhadeiro Balão de Sousa. Desde já prometo que serei mais breve, mas talvez não menos enfadonho…

E agora, à deita em passada arrastada…

Até amanhã, companheiros.

Gil Furtado

Ah, lá me esquecia de concluir: taberna ou taverna, vá cada um comer onde quiser.

GF

Luis Fernandes disse...

Parece que o problema do blog já está resolvido e antes que volte a acontecer aqui fica a confirmação da minha presença.

Saudações caminhadeiras em passada de taverneiro (ou será taberneiro)...
LF

António Dores Alves disse...

Não vou estar presente nesta caminhada que promete arrebatar o troféu das melhores até agora organizadas. Desejo o melhor sucesso para ela.
Abraços caminhadeiros.

maria luisa disse...

Caros Caminhadeiros
Do Bairro para a Lezíria é um pequeno passo para Caminhadeiro. Desta forma, em passo ribatejano, podem contar com os quatro do costume.
Octávio

Gilberto Santos disse...

Caros Caminhadeiros,
Com as mãos posta como manda aqui a tradição saúdo todos os caminhadeiros " Sewaadee Ká"-

Não estarei presente com muita pena, mas a minha actual missão assim determina. Conto regressar no próximo Sábado, dia 21, após ter cumprido cabalmente, julgo eu, a missão que me foi confiada aqui no velho Reino do Sião.

mreis disse...

Para o Gilberto,

Dos outros caminhadeiros não sei mas eu fico sempre sensibilizado quando alguém se levanta às 7:49 da madrugada para mandar uma saudação.
Da minha parte um grande 'saionara' que é a palavra que conheço mais parecida com essa que mandaste.
Um abraço e bom regresso (vens de caravela?)

manel reis

Armando Lourenço disse...

Amigo Gil
Com pena minha não vou poder estar presente (o dever... do oficio a isso me obriga)
Bom sucesso para a tua organização e um bom dia para todos.
Um Abraço
Armando

ANTONIO PIRES disse...

Até lá

Fortunato de Sousa disse...

Venho por este meio e a rogo do Caminhadeiro Rogério confirmar a sua presença no Alfange.
Fortunato de Sousa

manel disse...

A minha companheira e eu também lá estaremos. Alfange, é?
Um abraço M. Pedro

CEF disse...

40 anos passados vou voltar a percorrer os terrenos de quando fui soldadinho, não de chumbo (que sorte) sem nome, que este em cavalaria é para os animais, número sim. Para este percurso espero que o Gil não tenha consultado os manuais da EPC e, praticados pelo Salgueiro Maia, quando das saídas para instrução nocturna, e outras que tivemos de papar.
Bom, vamos acabar com a nostalgia que já vai longe o romance.
Soldadinho 365??
SIMMM, PRESENTEEEEE
O nosso amigo Monteiro está de pedra e cal.
Até às Ómnias
CEF

Ahenriques disse...

Amigos caminhadeiros lá estarei.

Um abraço
Ahenriques

Vit.Gonçalves disse...

Estarei no Alfange com o nosso amigo Floxo prontos para o que der e vier.
Saudações caminhadeiras.
VG

Unknown disse...

Gostamos muito do seu blog e da proposta dele. É muito legal. Parabéns. http://nossasviagenspelobrasil.blogspot.com/

Anónimo disse...

Contem com mais dois: Angelina e Luis Martins

Gil A F Furtado disse...

Alfange (Itinerário até lá)

Provavelmente estas notas só irão servir para atrapalhar, mas é na confusão que se mais se apreciam os bons caminhos.

ALERTA Nº 1, muito importante para distraídos, bem como para quem não conheça:
Quem descer de Santarém para Alfange pela Ladeira das Figueiras, itinerário inserido na convocatória, corre o risco de entrar inadvertidamente na Ponte D. Luís.
Só se evita esse contratempo prestando muita atenção às placas indicadoras de direcção, e abandonando a descida perto do fim da mesma – ANTES DO FIM DA MESMA! – virando para a esquerda, para a Ribeira de Santarém.
Uma vez aqui, há uma ou duas placas que apontam a Taverna Miratejo, e não será difícil encontrar a passagem de nível. É IMEDIATAMENTE ANTES DESTA, BEM ENCOSTADA A ELA, que fica a entrada para a Rua dos Pescadores, nosso destino, rua estreita, inicialmente apertada entre casas antigas e logo a seguir desafogada correndo ao longo do Tejo, mas sempre estreita.
Atenção: tanto se pode estacionar apertado junto do restaurante, como andar mais 20 metros e parar no Largo (ou Praceta?) Padre Chiquita (ou Chiquito? Ou Chiquitito?).

ALERTA Nº 2, muito importante para quem não queira descer a Ladeira das Figueiras.
Quem entrar em Santarém pelo lado sul, o lado do Cartaxo e do CNEMA, pode – e deve – procurar, logo à entrada, no Largo Cândido dos Reis, primeiro largo que se encontra terminada a subida da Ladeira das Padeiras, a Rua João Afonso seguida da Rua Primeiro de Dezembro, esta de sentido único, pois a partir daqui é facílimo atingir o Alfange: basta, perto do fim da 1º de Dezembro, sair para a direita na Rua da Vila de Belmonte, cuja placa está bem visível e ainda tem por baixo, a ajudar, uma placa privativa da Taverna Miratejo, poucos metros andados virar à esquerda para a Calçada da Graça e descer, descer, descer a Estrada (ou Rua?ou Ladeira?) de Alfange, estreita mas de dois sentidos (cuidado com o cruzamento com outros carros, aliás raros) e estacionar logo que a descida termine, no tal Largo (ou Praceta?) Padre Chiquita (ou Chiquito? Ou Chiquitito?).
ALERTA Nº 3 e último. Eu, que (quase) sempre entrei em Santarém vindo do Cartaxo, continuo a preferir essa via. Fujo a sete pés da longa, complicada e desagradável volta a que a saída “Santarém” da A1 nos obriga. Se levasse eu as rédeas do animal, sairia em Aveiras, iria ao Cartaxo pelo caminho novo, desafogado e seguro, ultrapassaria o Cartaxo rodeando-o por fora, pela esquerda, por caminhos também novos e desafogados mas que aqui não sei explicar, e continuaria para Santarém pelas velhinha Nacional 3, com algum trânsito, mas não muito, até Vila Chã de Ourique e Vale de Santarém e pouco a partir daí, o que me permitiria apanhar facilmente o Largo Cândido dos Reis, a Rua João Afonso e a Primeiro de Dezembro.

Resta-me desejar-vos boa viagem seja qual for o caminho que escolherdes, boa caminhada – consultem o boletim metereológico – bom almoço, boa tarde cultural e boa chazada, em suma bom convivio.

Gil A F Furtado disse...

Leia-se "meteorológico", evidentemente. A ciência da metereologia é toda outra...

A proósito: viram mesmo o boletim? E não me disseram nada!? É que se já hoje houve inundações, o que fará amanhã, com trovoadas e aguaceiros ao longo de todo o dia!

Vamos "caminhar" de barco?

Gil