Album de Fotos (F. Sousa)
Album de Fotos (C. Evangelista)
Album de Fotos (L. Martins)
Album de Fotos (M. Reis)
Album de Fotos (C. Sales)
Data do encontro: 18/05/2011
Album de Fotos (C. Evangelista)
Album de Fotos (L. Martins)
Album de Fotos (M. Reis)
Album de Fotos (C. Sales)
Data do encontro: 18/05/2011
Local: Alfange (Santarém), Lezíria ribatejana entre o Tejo e a vala de Palhais
Distância percorrida e duração: 9,600 km em 01h:50m
Caminhantes: (21) Angelina Martins, Bina Sales, Cármen Firme, Maria do Céu, Maria Luísa Clemente, António Bernardino, António Clemente, António Henriques, António Pires, Carlos Evangelista, Carlos Sales, Fortunato de Sousa, Luís Fernandes, Luís Martins, Manuel Flôxo, Manuel Pedro, Manuel Reis, Octávio Firme, Rogério Matias, Vítor Gonçalves e o organizador
Organizador: Gil Furtado
Restaurante: Taverna Miratejo, de Adriano Simplício, Rua dos Pescadores, Alfange (Santarém), Telefones: 936468767 e 243103322. Preço: 20,00€
Próxima caminhada: 01/06/2011 – Manuel Pedro
Fundo de Reserva: 523,04€
Reportagem: Foi talvez milagre de Santa Iria, mas toda a gente chegou ao local de encontro antes da hora combinada. (Toda a gente excepto os que não puderam comparecer, e cuja ausência sentida sempre se lamenta.) E isto apesar do inóspito do local, do mau estado do tempo e de ser tão matutina a hora marcada para o ajuntamento! Ainda houve algumas hesitações, como a dos que viraram para trás à procura de caminho alternativo quando já estavam na Ribeira de Santarém a dois passos da Rua dos Pescadores, nosso destino, e bastava passar por baixo da ponte de D. Luís, ou a dos que não acreditando na veracidade de uma placa que na Rua Primeiro de Dezembro indicava a proximidade do restaurante que demandávamos deram volta muito maior, mas ninguém se perdeu. Não obstante, o organizador ainda começou a ser criticado por ter posto no blogue coordenadas erradas, mas rapidamente ficou esclarecido que não era verdade.
O organizador voltaria a ser criticado por não ter dado sinal de partida para a caminhada nos ajustados cinco minutos após estarmos todos juntos, mas a verdade é que, além de a chuva que já caia não convidar nem prenunciar nada de bom, havia caminhadeiros com o pequeno almoço em atraso tratando de aproveitar os rissóis de carne e o vinhinho branco da Taverna Miratejo, enquanto outros, aliás todos, felizes pelo reencontro, se cumprimentavam demorada e efusivamente, abraçando-se e beijando-se. Após isso, lá metemos pés ao caminho.
Nem dois minutos eram decorridos e procedemos à primeira paragem, junto dos pilares da ponte de D. Luís: o organizador acabara de receber a terceira crítica do dia por se ter esquecido da fotografia de grupo. Efectuado o sacramental disparo pelo notável émulo do vizinho Carlos Relvas, e já a ficarmos bem molhados, lá seguimos.
A segunda paragem deu-se junto da Ponte de Palhais, menos de cinco minutos após a primeira, sob pretexto de se proceder a uma recontagem dos participantes e onde o organizador confessou só conhecer o caminho até ali – como é seu costume, aliás. E lá veio nova crítica, dupla, por o organizador não saber quem éramos nem para onde íamos.
Não aceite pelo caminhadeiro Carlos Evangelista a nomeação ad-hoc para alferes do pelotão, cargo que lhe assentava que nem luva dado o seu passado de cavalgadas militares pela lezíria, não teve o organizador mais remédio que meter-se à aventura, lezíria adentro, entre o vaidoso Tejo e o humilde Palhais. E escolheu tão bem ou tão mal o caminho, enlameado de barro pesado que se agarrava às botas, que poucos minutos depois choviam mais críticas, desta vez em coro.
Arrepiado caminho para um duríssimo alcatrão, pôs-se o organizador à frente das hostes, qual Afonso Henriques em 1147, mas em sentido contrário ao deste. E em vez de vozes de ataque aos mouros ia alertando para árvores velhinhas, viçosas vinhas e outras culturas fresquinhas. Porém não voltou a tardar muito para que as críticas chovessem, desta vez por ser tanta a chuva que caía. Como se a culpa fosse do organizador que, chuva por chuva, prefere a que molha à que avermelha as orelhas.
Democraticamente a maioria venceu e, contra a vontade do organizador, que estava disposto a levar o grupo a fazer 15 ou mesmo 20 quilómetros, voltou-se para trás. E aqui é justo dizer que o organizador vislumbrou um ar de desolação nos olhos pelo menos da caminhadeira que a gente sabe.
Já bem encharcados, e já perto, novamente, da ponte de Palhais, por onde tínhamos entrado na ensopada lezíria, eis que o caminhadeiro Bernardino topa um grande areeiro industrial em plena laboração e desafia o grupo a ir até lá. “ – Para acabares de atestar a cabeça?” – houve logo quem lhe perguntasse – mas a verdade é que foi seguido por quase todos. Conclusão: não era só o Bernardino a precisar de areia para a sua camioneta. E mais uma vez, o organizador, que não tinha metido prego nem estopa, viria a ser criticado por não ter ido à areia. Curiosamente, dois – ou três? – outros caminhadeiros que também não tinham ido recarregar, escaparam às críticas…
Chegados ao restaurante encharcados que nem pintos, houve uma natural e demorada confusão de troca de roupas molhadas por enxutas: e o organizador foi criticado por não ter posto rapidamente toda a gente à mesa.
Finalmente todos amesendados, o organizador, que estivera na cozinha a temperar a salada da tal maneira especial e que só provou duas rodelinhas dos enchidos das entradas porque mão caridosa lhas reservou, foi criticado por se ter atrasado a sentar-se e por ter deixado acabar tão rapidamente as entradas. Como se fosse ele o responsável pela fome marabúntica de cada a um. E cada vez mais o organizador fazia apelo à sua paciência de santo.
Foram-nos então servidas as iguarias: açorda de sável com as ovas da fêmea do dito, sável frito, enguias fritas, enguias de ensopado e espetadas de porco em vara de loureiro. O organizador, que até é tido e se tem na conta de esquisito – leia-se “um tanto exigente no que diz respeito a comidas e vinhos” – gostou de tudo. Muitos outros caminhadeiros também. O organizador destaca mesmo a qualidade do ensopado. Pois houve quem criticasse: que a fritura de sáveis e enguias estava exagerada, que a salada estava salgada, que a carne estava quase gelada…E quem foi o criticado? O organizador, como esperado.
Diga-se, em abono da verdade que o organizador tanto preza, que houve no serviço uma ou duas falhas: além de os diferentes pratos terem vindo para a mesa muito em cima uns dos outros, só havia uma empregada de mesa – é costume haver duas –, o seu jovem coadjutor era fracalhote para as funções, e o estalajadeiro ajudou menos do que é seu hábito. Ou seja: deixaram a empregada praticamente sozinha e, apesar de ela não ter dado parte de fraca, isso reflectiu-se no serviço: as sucessivas travessas ficavam preferencialmente na primeira metade da mesa do banquete – com evidente prejuízo de quem estava lá para o fundo, e um deles era o organizador – e as espetadas de porco em vara de loureiro por terem chegado cedo de mais já estavam quase frias quando foram comidas – pelo menos pelos tais mais afastados.
Devia ter-se seguido, após algum repouso propiciador da digestão – “depois de comer, nem ler”, dizia e praticava o pai do organizador – a sessão cultural. Não tendo sido possível contactar a Casa dos Patudos e não tendo o núcleo local do museu ferroviário motivos de suficiente interesse, optou o organizador por uma visita aos monumentos locais – de Alfange e da Ribeira de Santarém – que até não são nem poucos nem desinteressantes. Feliz ou infelizmente, o organizador, enquanto uns já se cultivavam à volta da mesa de snooker, em vez de arrastar o grupo imediatamente para a rua começou por ler uma introdução à visita. “Infelizmente”, diziam os caminhadeiros que tentavam manter-se acordados apesar da monotonia da leitura; “felizmente”, dizia o caminhadeiro Sales, e outros com ele, quando, leitura ainda não acabada, começa de desabar uma tal chuvada, tão pesada, tão forte e tão demorada que nos teria ensopado completamente – e já não havia mais roupas para mudar – se estivéssemos na rua. E que teve outra vantagem: interrompeu definitivamente a leitura da introdução à história e à monumentalidade de Santarém e seus arredores. (Mas não julguem que se livraram de vez: para que tanto trabalho de recolha não se perca, logo in loco prometi enviar a todos tão importante “boião de cultura”).
Com a tarde desorganizada pela abençoada chuva – que tanto cria como estraga – a sessão cultural avançou em regime de roda livre – quem quis jogou à sueca, enquanto outros olhavam as águas do Tejo a ficarem cada vez mais molhadas e os sáveis cada vez mais aflitos em risco de se afogarem, ou resolviam problemas de sudoku ou de palavras cruzadas ou simplesmente conversavam entre si e com os autóctones – e o chá foi eliminado ou, também para alguns, substituído por umas cervejolas que acompanharam uma caracoletas pedidas pelos que sempre reservam um buraquito para tapar com mais qualquer coisa (e digo isto sem segundas intenções, claro).
O organizador foi aqui mais uma vez criticado, e com toda a razão, por não ter avisado alto e bom som que as actividades do dia estavam terminadas. Pediu desculpa e não se tendo justificado então justifica-se agora: é que julgava ter toda a gente percebido “não haver mais nada para fazer ou para sonhar”.(“Adeus, tristeza, até depois…”)
Assim terminado o dia, desmobilizámos ordeiramente, como é apanágio deste grupo. Não sem que o organizador tivesse perguntado aos mais críticos se já estavam mais satisfeitos com a organização, ao que lhe foi respondido que há pessoas que não podem ouvir uma criticazinha sem acreditarem logo nela. O organizador ficou mais descansado. Cruzámo-nos então com a empregada de mesa que às mesas faltara e que sem nos conhecer percebeu quem éramos e nos desejou continuação de um bom dia, boa saúde e breve regresso.
Ora isto é o mesmo que, conhecendo-vos tão bem como vos quer – ou querendo-vos tão bem como vos conhece – vos deseja o organizador.
Agora, chovam no blogue os comentários; críticos, evidentemente, para que os erros possam ser corrigidos e o prazer destes encontros cada vez maior.
(E por falar em comentários: as falhas informáticas que atrapalharam o nosso blogue foram tão bem ou tão mal corrigidas pelo serviço diponibilizador que neste momento há comentários em duplicado.)
Saudações caminhadeiras em passada de fandanguista cansado mas que promete estar em forma para o próximo encontro. Com todo o prazer.
Gil Furtado
Distância percorrida e duração: 9,600 km em 01h:50m
Caminhantes: (21) Angelina Martins, Bina Sales, Cármen Firme, Maria do Céu, Maria Luísa Clemente, António Bernardino, António Clemente, António Henriques, António Pires, Carlos Evangelista, Carlos Sales, Fortunato de Sousa, Luís Fernandes, Luís Martins, Manuel Flôxo, Manuel Pedro, Manuel Reis, Octávio Firme, Rogério Matias, Vítor Gonçalves e o organizador
Organizador: Gil Furtado
Restaurante: Taverna Miratejo, de Adriano Simplício, Rua dos Pescadores, Alfange (Santarém), Telefones: 936468767 e 243103322. Preço: 20,00€
Próxima caminhada: 01/06/2011 – Manuel Pedro
Fundo de Reserva: 523,04€
Reportagem: Foi talvez milagre de Santa Iria, mas toda a gente chegou ao local de encontro antes da hora combinada. (Toda a gente excepto os que não puderam comparecer, e cuja ausência sentida sempre se lamenta.) E isto apesar do inóspito do local, do mau estado do tempo e de ser tão matutina a hora marcada para o ajuntamento! Ainda houve algumas hesitações, como a dos que viraram para trás à procura de caminho alternativo quando já estavam na Ribeira de Santarém a dois passos da Rua dos Pescadores, nosso destino, e bastava passar por baixo da ponte de D. Luís, ou a dos que não acreditando na veracidade de uma placa que na Rua Primeiro de Dezembro indicava a proximidade do restaurante que demandávamos deram volta muito maior, mas ninguém se perdeu. Não obstante, o organizador ainda começou a ser criticado por ter posto no blogue coordenadas erradas, mas rapidamente ficou esclarecido que não era verdade.
O organizador voltaria a ser criticado por não ter dado sinal de partida para a caminhada nos ajustados cinco minutos após estarmos todos juntos, mas a verdade é que, além de a chuva que já caia não convidar nem prenunciar nada de bom, havia caminhadeiros com o pequeno almoço em atraso tratando de aproveitar os rissóis de carne e o vinhinho branco da Taverna Miratejo, enquanto outros, aliás todos, felizes pelo reencontro, se cumprimentavam demorada e efusivamente, abraçando-se e beijando-se. Após isso, lá metemos pés ao caminho.
Nem dois minutos eram decorridos e procedemos à primeira paragem, junto dos pilares da ponte de D. Luís: o organizador acabara de receber a terceira crítica do dia por se ter esquecido da fotografia de grupo. Efectuado o sacramental disparo pelo notável émulo do vizinho Carlos Relvas, e já a ficarmos bem molhados, lá seguimos.
A segunda paragem deu-se junto da Ponte de Palhais, menos de cinco minutos após a primeira, sob pretexto de se proceder a uma recontagem dos participantes e onde o organizador confessou só conhecer o caminho até ali – como é seu costume, aliás. E lá veio nova crítica, dupla, por o organizador não saber quem éramos nem para onde íamos.
Não aceite pelo caminhadeiro Carlos Evangelista a nomeação ad-hoc para alferes do pelotão, cargo que lhe assentava que nem luva dado o seu passado de cavalgadas militares pela lezíria, não teve o organizador mais remédio que meter-se à aventura, lezíria adentro, entre o vaidoso Tejo e o humilde Palhais. E escolheu tão bem ou tão mal o caminho, enlameado de barro pesado que se agarrava às botas, que poucos minutos depois choviam mais críticas, desta vez em coro.
Arrepiado caminho para um duríssimo alcatrão, pôs-se o organizador à frente das hostes, qual Afonso Henriques em 1147, mas em sentido contrário ao deste. E em vez de vozes de ataque aos mouros ia alertando para árvores velhinhas, viçosas vinhas e outras culturas fresquinhas. Porém não voltou a tardar muito para que as críticas chovessem, desta vez por ser tanta a chuva que caía. Como se a culpa fosse do organizador que, chuva por chuva, prefere a que molha à que avermelha as orelhas.
Democraticamente a maioria venceu e, contra a vontade do organizador, que estava disposto a levar o grupo a fazer 15 ou mesmo 20 quilómetros, voltou-se para trás. E aqui é justo dizer que o organizador vislumbrou um ar de desolação nos olhos pelo menos da caminhadeira que a gente sabe.
Já bem encharcados, e já perto, novamente, da ponte de Palhais, por onde tínhamos entrado na ensopada lezíria, eis que o caminhadeiro Bernardino topa um grande areeiro industrial em plena laboração e desafia o grupo a ir até lá. “ – Para acabares de atestar a cabeça?” – houve logo quem lhe perguntasse – mas a verdade é que foi seguido por quase todos. Conclusão: não era só o Bernardino a precisar de areia para a sua camioneta. E mais uma vez, o organizador, que não tinha metido prego nem estopa, viria a ser criticado por não ter ido à areia. Curiosamente, dois – ou três? – outros caminhadeiros que também não tinham ido recarregar, escaparam às críticas…
Chegados ao restaurante encharcados que nem pintos, houve uma natural e demorada confusão de troca de roupas molhadas por enxutas: e o organizador foi criticado por não ter posto rapidamente toda a gente à mesa.
Finalmente todos amesendados, o organizador, que estivera na cozinha a temperar a salada da tal maneira especial e que só provou duas rodelinhas dos enchidos das entradas porque mão caridosa lhas reservou, foi criticado por se ter atrasado a sentar-se e por ter deixado acabar tão rapidamente as entradas. Como se fosse ele o responsável pela fome marabúntica de cada a um. E cada vez mais o organizador fazia apelo à sua paciência de santo.
Foram-nos então servidas as iguarias: açorda de sável com as ovas da fêmea do dito, sável frito, enguias fritas, enguias de ensopado e espetadas de porco em vara de loureiro. O organizador, que até é tido e se tem na conta de esquisito – leia-se “um tanto exigente no que diz respeito a comidas e vinhos” – gostou de tudo. Muitos outros caminhadeiros também. O organizador destaca mesmo a qualidade do ensopado. Pois houve quem criticasse: que a fritura de sáveis e enguias estava exagerada, que a salada estava salgada, que a carne estava quase gelada…E quem foi o criticado? O organizador, como esperado.
Diga-se, em abono da verdade que o organizador tanto preza, que houve no serviço uma ou duas falhas: além de os diferentes pratos terem vindo para a mesa muito em cima uns dos outros, só havia uma empregada de mesa – é costume haver duas –, o seu jovem coadjutor era fracalhote para as funções, e o estalajadeiro ajudou menos do que é seu hábito. Ou seja: deixaram a empregada praticamente sozinha e, apesar de ela não ter dado parte de fraca, isso reflectiu-se no serviço: as sucessivas travessas ficavam preferencialmente na primeira metade da mesa do banquete – com evidente prejuízo de quem estava lá para o fundo, e um deles era o organizador – e as espetadas de porco em vara de loureiro por terem chegado cedo de mais já estavam quase frias quando foram comidas – pelo menos pelos tais mais afastados.
Devia ter-se seguido, após algum repouso propiciador da digestão – “depois de comer, nem ler”, dizia e praticava o pai do organizador – a sessão cultural. Não tendo sido possível contactar a Casa dos Patudos e não tendo o núcleo local do museu ferroviário motivos de suficiente interesse, optou o organizador por uma visita aos monumentos locais – de Alfange e da Ribeira de Santarém – que até não são nem poucos nem desinteressantes. Feliz ou infelizmente, o organizador, enquanto uns já se cultivavam à volta da mesa de snooker, em vez de arrastar o grupo imediatamente para a rua começou por ler uma introdução à visita. “Infelizmente”, diziam os caminhadeiros que tentavam manter-se acordados apesar da monotonia da leitura; “felizmente”, dizia o caminhadeiro Sales, e outros com ele, quando, leitura ainda não acabada, começa de desabar uma tal chuvada, tão pesada, tão forte e tão demorada que nos teria ensopado completamente – e já não havia mais roupas para mudar – se estivéssemos na rua. E que teve outra vantagem: interrompeu definitivamente a leitura da introdução à história e à monumentalidade de Santarém e seus arredores. (Mas não julguem que se livraram de vez: para que tanto trabalho de recolha não se perca, logo in loco prometi enviar a todos tão importante “boião de cultura”).
Com a tarde desorganizada pela abençoada chuva – que tanto cria como estraga – a sessão cultural avançou em regime de roda livre – quem quis jogou à sueca, enquanto outros olhavam as águas do Tejo a ficarem cada vez mais molhadas e os sáveis cada vez mais aflitos em risco de se afogarem, ou resolviam problemas de sudoku ou de palavras cruzadas ou simplesmente conversavam entre si e com os autóctones – e o chá foi eliminado ou, também para alguns, substituído por umas cervejolas que acompanharam uma caracoletas pedidas pelos que sempre reservam um buraquito para tapar com mais qualquer coisa (e digo isto sem segundas intenções, claro).
O organizador foi aqui mais uma vez criticado, e com toda a razão, por não ter avisado alto e bom som que as actividades do dia estavam terminadas. Pediu desculpa e não se tendo justificado então justifica-se agora: é que julgava ter toda a gente percebido “não haver mais nada para fazer ou para sonhar”.(“Adeus, tristeza, até depois…”)
Assim terminado o dia, desmobilizámos ordeiramente, como é apanágio deste grupo. Não sem que o organizador tivesse perguntado aos mais críticos se já estavam mais satisfeitos com a organização, ao que lhe foi respondido que há pessoas que não podem ouvir uma criticazinha sem acreditarem logo nela. O organizador ficou mais descansado. Cruzámo-nos então com a empregada de mesa que às mesas faltara e que sem nos conhecer percebeu quem éramos e nos desejou continuação de um bom dia, boa saúde e breve regresso.
Ora isto é o mesmo que, conhecendo-vos tão bem como vos quer – ou querendo-vos tão bem como vos conhece – vos deseja o organizador.
Agora, chovam no blogue os comentários; críticos, evidentemente, para que os erros possam ser corrigidos e o prazer destes encontros cada vez maior.
(E por falar em comentários: as falhas informáticas que atrapalharam o nosso blogue foram tão bem ou tão mal corrigidas pelo serviço diponibilizador que neste momento há comentários em duplicado.)
Saudações caminhadeiras em passada de fandanguista cansado mas que promete estar em forma para o próximo encontro. Com todo o prazer.
Gil Furtado
3 comentários:
Primeiro que tudo, os meus parabens ao organizador do evento caminhante da passada 4ª-Feira no Alfange. Com as condições climatéricas adversas era impossível fazer melhor e a reportagem está ***** (5 estrelas).
Oh Gil deixa-te de tretas e não me venhas com essa do 'fui criticado, e mais criticado por isto e por aquilo', que é velha e já não pega.
Eu sei que estás a preparar caminho para ver se te esquivas a organizar mais caminhadas para o ano que vem. Só que o grupo já não papa disso. Somos velhas raposas e manhosas como nos tens ensinado, mas ainda não descobrimos os truques todos. Lá chegaremos com o tempo. Portanto vai mas é pensando nas caminhadas que terás de organizar para o ano que vem.
Saudações Caminhadeiras em passada já enxuta,
Fortunato de Sousa
Muitos Parabéns ao Organizador de mais uma Caminhada e seus aditivos tais como, repasto, convivio, fala tu falo eu, jogos em recinto coberto, pois não dava para mais.
O Fortunato já foi muito claro no seu comentário, pois muita gente pode pensar que a prosa do Gil, em que ele parece que está a dizer mal de si mesmo, antes que outros o possam fazer, pretenderá que com isto haja alguma inibição de dar algumas reguádas no organizador, porque ele já esgotou o mal dizer e para os restantes já chegará.
Vou terminar porque daqui a pouco também estarei quase como o Gil, em que os comentários assim como as reportagens estão a ter uma dimensão a rondar as 5/6 páginas.
Saudações Caminhadeiras.
Carlos Sales
Olá, caros Caminhadeiros.
Aqui vai o nosso 'muito obrigado' ao organizador da 14ª caminhada 2010/2011 porque, apesar das muitas 'críticas' que se propôs receber, esta foi também tão digna de louvar como as anteriores em que estive presente. Isto apesar de o S.Pedro nos ter brindado durante 9 km com uma chuvinha de 'fazer fumo'. Mas o almocinho na taberna 'Taverna de MiraTejo' compensou todo o desconforto que os mais molhados pudessem ter. Parabéns também pela prosa que tanto nos regala. Desta vez, porém, como bem disse o organizador, a parte cultural ficou apenas pela 'palavra' dita. Esperemos que a lezíria numa próxima caminhada, nos acolha mais melhor meteorologicamente falando porque de resto... e que nos possibilite a visita a tantos exemplos culturais que possui.
Saudações caminhadeiras.
Angelina
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