terça-feira, 15 de março de 2011

3ª Caminhada Extraordinária - TRILHO DA LAMPREIA - Vilar de Mouros . 11, 12 e 13 de Março (2ª parte)



Album de Fotos (Dores Alves)
Album de Fotos (F.Sousa)
Album de Fotos (C. Evangelista)
Album de Fotos (M. Reis)
Album de Fotos (G. Furtado)
Album de Fotos (L. Martins)
Album de Fotos (L. Farrobo)
Album de Fotos (C. Sales)
Momento de Fado (1 - C. Evangelista)
Momento de Fado (2 - C. Evangelista)
Momento de Fado (3 - C. Evangelista)
Data da Encontro: 13/03/2011
Local: Galiza – Trilho dos Moiños de Folón e do Picón
Percurso: 03,500 Kms; 01:40 Horas
Caminhantes: A: Bernardino; Lucrécia Bernardino; Carlos Penedo; Chico Pires; Carlos Sales; Bina Sales; Carlos Evangelista; Tina Evangelista; Carmo Teixeira; Álvaro Teixeira; Dores Alves; F. Sousa; Quinita Sousa; Gilberto; Teresa Santos; Gil Furtado; A. Henriques; Isabel Henriques; João Costa; Nela Costa; João Figueiredo; Edite Figueiredo; Manuel Flôxo; Manuel Reis; Helena Reis; Lina Fernandes; Luís Fernandes; Luís Martins; Angelina Martins; João Duarte; Teresa Palma; Maria do Céu; Manuel Pedro; Octávio Firme; Carmem Firme; Octávio Gaspar; Guida Gaspar; Odete Vicente; Vitor Gonçalves; Luísa Gonçalves; Rogério; Rui Afonso;
Organizador: Carlos Penedo (Com a colaboração da Irene e do Rui Afonso)
Almoço: Restaurante Hotel Porta do Sol (Tel. 258.710.360) Preço: € 20,00
Próxima Caminhada: 20/03/2011 (Organiza: Luís Fernandes / F. Sousa)
Fundo de Reserva: € 605,50
Reportagem:Após um dia extenuante nas suas vertentes físicas, gastronómicas e culturais nada melhor que uma visita à bonita Galiza para descontrair e desanuviar dos ares nada agradáveis que desde Sexta-Feira vinham soprando de Lisboa.
Depois de uma noite desta vez bem dormida por todos, pequeno almoço tomado, e ala que se faz tarde até ao autocarro para chegarmos a tempo ao 'Ferry Boat'. O tempo continuava chuvoso mas havia esperanças de algumas melhorias (até de condições meteorológicas) do lado de lá do rio ou da fronteira que aqui é comum.
Depois de atracarmos no cais do pequeno 'pueblo' denominado ‘Camposancos’, a 2 kms de 'A Guarda', havia uma dúvida que tinha de ser esclarecida. Um grupo teimava que a visita que se seguia era ao monte 'Santa Tecla', enquanto outro encabeçado pelo 'Caminhadeiro Mor' Vitor Gonçalves, apostava simples contra dobrado que o nome correcto era 'Santa Tecra'. Suspense até à hora do veredicto para ver quem tinha razão. Afinal o veredicto final não foi encontrado. Se 'Santa Tecla' está correcto em Portugal, do outro lado do rio ou da fronteira o nome certo é: 'Santa Trega'. Coisa de Santos ou de Caminhadeiros (como diria o Chico Pires), mas diga-se em abono da verdade que ninguém ganhou a taça.
Passada a portagem que dá acesso ao atrás mencionado monte, e cujo valor de passagem individual é € .80, chegámos ao cimo. E para espanto de todos, não é que o tempo começou mesmo a desanuviar. Havia que comemorar esta melhoria climatérica. Portanto, nada melhor que um ‘Carajillo’. Café misturado com brandy espanhol de duvidosa qualidade que pôs as tripas do João Duarte em estado de choque. As tripas e o estado anímico, pois a partir daqui até à chegada a Lisboa nunca mais piou. Parece que a águia começava a dar sinais de alguma intranquilidade, que se viria a confirmar lá para as 10 da noite. (Óh Bernardino explica lá tu isto ao João se fores capaz).
Depois do Carlos Penedo ter adquirido a um galego com tenda montada no local, a prenda que deveria de ser sorteada depois de almoço, iniciámos a descida até ao local onde teria início a última caminhada.
Foto de grupo como é costume e partida em direção aos ‘Moiños de Folón e do Picón’. Início duro sempre a subir, que desencorajou alguns poucos caminhadeiros e deixou de rastos outros tantos. Dizia o João Duarte para a Teresa que um quilómetro aqui, corresponde a cinco ou seis no Alentejo. Chegados ao cimo e com a vantagem de agora termos os ‘Walkie Talkies’ distribuídos pelos vários grupos de andamento diferente, foi efectuada pelo conjunto da frente (com nome de código ‘Lebre Ligeira’) a descida em velocidade acentuadamente acelerada. A Quinita, para espanto da maioria acompanhou com o Gilberto e o Pequeno Álvaro Teixeira este tresloucado ritmo. Havia quem dissesse que o desempenho invulgar da Quinita se ficou a dever à quebra dos travões ou ao milagre de não lhe ter saltado a corrente.
Permanecerão na nossa memória e decerto por largo tempo, as paisagens maravilhosas que este local proporciona. Os mais de 50 moinhos de água muito bem conservados e as várias placas com informação detalhada do funciomamento técnico dos mesmos e da descrição da flora e fauna da zona envolvente são mais que razão justificada para que o Carlos, O Rui e a Irene tivessem escolhido este local para realizar o percurso.
Foi assim que a diferença de tempo à chegada entre o grupo da fente encabeçado pela ‘Lebre Ligeira’ e o carro vassoura com a ‘Tartaruga Lenta’ em último lugar, se cifrou em quase meia hora.
Regresso ao Hotel de autocarro por um caminho diferente, banho e almoço neste estabeleciento hoteleiro para repôr energias.
Cabrito assado e vinho alentejano do 'Monte das Servas' satisfizeram os mais exigentes. Após a sobremesa, a Maria do Céu Esteves ofereceu e distribuíu por cada mesa uns deliciosos chocolates para acompanhar o café. Como compensação ou justiça divina, a prenda que o Carlos Penedo tinha comprado e que contemplava todos os elementos que tinham caminhado Sábado ou Domingo, foi sorteada, e o nº correspondente ao bilhete da Maria do Céu, foi o mesmo que o pequenote Álvaro Teixeira nos mostrou depois de retirar o talão do saco tômbola.
No dia anterior dizia o Carlos Evangelista que a fasquia do grupo estava a ficar bastante alta. Pois para finalizar o evento, quis o Luís Penedo, irmão do organizador e ex companheiro de luta da maior parte dos elementos do grupo ‘Os Caminhadeiros’, brindar-nos com uma actuação de guitarra portuguesa. Como que a colocar a cereja em cima do bolo, ouvimos ao som do Fado Vianinha, a bonita voz da Graça Penedo a intrepretar um Fado Tradicional, com requebros e nuances da saudosa Maria Teresa de Noronha.
Dizia no final e já fora do Hotel o Luís Penedo em conversa comigo e com o António Henriques, que a vida é feita de pequenas coisas, e estas que aconteceram durante o passado fim de semana deveriam ser guardadas num album de recordações das nossas vidas.
Feitas as despedidas em ambiente de final de festa, regressámos a Lisboa com um sentimento de realização e satisfação plena. A voz do condutor reproduzida através de um ‘CD’ que o Carlos Sales trouxe propositadamente, acompanhou-nos durante parte da viagem. Para uns foi companhia durante o sono retemperador, outros ouviram-na em estado de vigília.
Mais uma vez os nossos agradecimentos aos organizadores e aos convidados que quiseram estar presentes nesta aventura, com realce para o casal Luís e Graça Farrobo e o Vitor Neto, que não tendo caminhado, nos acompanharam desde Lisboa em viagem de ida e volta. Ao Luís Fernandes, ao Vitor Gonçalves, ao Carlos Sales e ao Carlos Evangelista, o reconhecimento pelo precioso contributo prestado e que resultou no sucesso final de mais uma aventura do grupo ‘Os Caminhadeiros’.
Saudações Caminhadeiras em passada mesmo exausta,
Fortunato de Sousa

P.S. – Ficamos à espera que a sugestão da Luísa Gonçalves durante a viagem de regresso seja posta em prática. Se não esta época que está quase no fim, que seja na próxima.

10 comentários:

Carlos Sales disse...

Caríssimas/os Caminhadeiros, creio que estamos, efectivamente com um problema muito sério, neste grupo, no que se refere a FASQUIAS, pois é notório, estarmos cada vez mais, a sentir que a última Caminhada ou a última reportagem, foram de um nível tão elevado, logo impossível de poderem ser superados, mas o facto é que esta opinião sucedeu por diversas vezes e para espanto geral, vem uma outra e é também tão conseguida.
Na verdade isto são aquelas coisas de CAMINHADEIROS.
Parabéns ao Carlos Penedo e primos Irene e Rui, pela organização, ao Fortunato de Sousa pelo reporting e a todos os Caminhadeiros porque
foram SUPER ESTRÊLAS, com a sua participação.
Agora em jeito de conversa, quero ser "ÓNESTO", não me recordo o que foi dito na viagem, de aplicação imediata ou para a próxima época, pelo LUÍS GONÇALVES.
Alguém me pode ilucidar? (pef)
Mais um pormenor, a caminhada de dia 23MAR11, está organizada, mas o Bernardino e Eu, pensamos que só devemos publicar após o registo da convocatória, pelo menos, da do dia 20, Ponte 25 de Abril.
Agora sim, vou ficar por aqui.
Saudações Caminhadeiras.
Carlos Sales

Ahenriques disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
mreis disse...

Faço minhas as palavras do caminhadeiro Sales na questão das fasquias e dos louvores.
Já agora aqui fica mais um para o próprio Sales que aos microfones do autocarro foi de todos os locutores o que menos nos confundiu e muito contribuiu para a excelente pontualidade de todos os caminhadeiros. Aquelas dicas de como nos lavarmos em 20 minutos revelam grande experiencia de balneario...
Deixo aqui uma sugestão aos fotografos: como estamos limitados, e bem, a 25 fotos cada, era boa ideia mandar directamente para os caminhadeiros aquelas que acharmos interessantes a nivel particular (por ex. aquelas onde estou eu e a Helena). Desde já agradeço.

Um abraço e até dia 20 ou dia 23.

manel reis

CEF disse...

Se o meu sangue não me engana
como engana a fantasia
havemos de ir a Viana
ó meu amor de algum dia
ó meu amor de algum dia
havemos de ir a Viana
se o meu sangue não me engana
havemos de ir a Viana
(Pedro Homem de Melo)
E, mais uma vez ACONTECEU.
Com Pessoal Lourinho É Certinho e Sabido, Coisa Bôa não falha.
Parabéns Caminha..deiros.
Queremos MAIS.
Reis está descansado, espera pelo correio.
CEF

António Dores Alves disse...

Depois dos elogios que os colegas caminhadeiros acabaram de fazer, só me resta dizer um muito obrigado aos organizadores Carlos Penedo, Irene e Rui. Tôdos os restantes caminhadeiros estão tambem de parabéns por terem contribuido para o exito desta 3ª caminhada extraordinária.
abraços,

mreis disse...

Tantas maquinas a disparar a apenas os 5 do costume a pôr aqui a sua foto-reportagem...
Suponho que quando se pensou no limite de 25 fotos por cada caminhadeiro a expectativa era de muitos a participar. Assim isto fica incompleto...
Será que é preciso ajuda técnica? É só pedir.

abraços
manel reis

Ahenriques disse...

Fim de semana magnífico tudo correu bem.
Excelente organização desde a boa gastronomia à beleza dos percursos
e aos bons momentos de entretenimento.
Vai ficar por muito tempo na minha memória a caminhada dos moinhos.
Obrigado à organização, obrigado Carlos Penedo.

Ahenriques

carlos disse...

Caros caminhadeiros e caminhadeiras: cheguei ontem das terras galaico-minhotas (ou será galaicominhotas agora com o acordo ???) e já tive oportunidade de ver a excelente reportagem do nosso mestre Fortunato, desta vez em dose dupla, e se acho que se a primeira parte está excelente, a segunda não lhe fica atrás.
Tive também oportunidade de me deliciar com as óptimas fotografias, muitas delas a merecer serem incluídas num futuro álbum de Os Caminhadeiros. E a propósito, uma das que me agradou bastante foi aquela que o Sousa tirou, quando o boné do Dores Alves se escapou para dentro do ribeiro e eu tive oportunidade de o pescar… É que não é todos os dias que se vê um caminhadeiro a apanhar bonés…
Também apreciei todos os comentários e queria aqui deixar uma pequena nota em nome pessoal e também da Irene e do Rui para realçar que só foi possível organizar este fim de semana com a colaboração de todos os membros do grupo que em Lisboa fizeram todo o trabalho relativo à deslocação e muito nos ajudaram através de troca de opiniões e sugestões preciosas. Permitam-nos que realce o trabalho de infra-estrutura administrativa pela mão do Luís Fernandes que nos sistematizou toda a informação necessária para levar a bom termo esta realização. Pode-se dizer que nos fez “a papinha toda”.
Pudemos também contar “in loco” com a família Teixeira que nos últimos dias antes de se iniciaram as lides nos ajudou em numerosas tarefas, além do magnífico sável do jantar de 6ª feira. Também queremos agradecer a participação activa e disciplinada de todos os membros do grupo que muito contribuíram para o resultado deste fim-de-semana inesquecível, especialmente pelo esforço feito para o exemplar cumprimento dos horários.
De facto, por melhor que seja a organização se não houver a colaboração de todos os participantes através da sua alegria, boa disposição, espírito de colaboração, não é possível obter resultados dignos de figurar no álbum das nossas memórias. Bem hajam todos os participantes nesta 3ª Extraordinária de Os Caminhadeiros.
E por aqui me fico, que a prosa já vai longa.
Haja saúde e coza o forno.
CPenedo

Anónimo disse...

Amigos
Como não somos (não fomos) Caminhadeiros antes Viageiros, não posso compartilhar a vossa alegria em ter concluído mais uma aventura todo-o-terreno. Não queremos, no entanto, deixar uma palavra de agradecimento pelo vosso bom acolhimento e, sobretudo, salientar que como observadores externos nos tocou ver um grupo bem unido com um humor saudável e um companheirismo invulgar.
Uma saudação amiga a todos e votos de muitas e boas caminhadelas.
Luís e Graça Farrobo

Os Caminhadeiros disse...

Não posso deixar de expressar o meu reconhecimento pelo contributo prestado por todos os participantes na aventura caminhante da 3ª extraordinária da época 2010/2011. No entanto, um louvor especial para as reportagens fotográficas aqui publicadas. Elas representam o testemunho da sensibilidade artística dos repórteres, atentos às paisagens geográficas e humanas captadas nas poses e momentos correctos.
Se a caminhar se faz caminho, a fotografar desta maneira se faz caminho e arte.
Saudações caminhadeiras em passada fotográfica, F. Sousa