Data do Encontro: 07/04/2010
Local: Entradas
Percurso: 13, 100 Kms; 02:10 Horas
Caminhantes: A. Pires; A. Henriques; Bernardino; Carlos Evangelista; Carlos Penedo; Carlos Sales; Chico Pires; Dores Alves; F. Sousa; Gil Furtado; Gilberto; Guida Gaspar; Irene Afonso; Isabel Henriques; João Costa; Luís Fernandes; Manuel Flôxo; Manuel Reis; Manuel Pedro; Nela Costa; Octávio Gaspar; Odete Vicente; Pedro Albuquerque; Quinita; Rui Afonso; Teresa Santos; Tina Rita; Vitor Gonçalves.
Guias: Esmeralda Luís; Marisa Gomes.
Presenças não Caminhantes: Lina Fernandes; Luísa Gonçalves.
Organizador: Fortunato de Sousa
Almoço: Restaurante 'A Cavalariça' (Tel. 286.915.491) Preço: € 26,00
Próxima Caminhada: Nisa - 21/04/2010 (Organiza Fortunato de Sousa)
Fundo de Reserva: € 788,50
Reportagem: Os bonitos campos de Castro Verde aliados à curiosidade de poder observar aves em vias de extinção, motivaram nada menos de 30 caminhadeiros a marcar presença na 15ª caminhada da época. A maior parte do grupo chegou à vila no dia anterior, tendo ali ceado e pernoitado. Os outros mini grupos partiram no próprio dia ainda madrugada de Lisboa, Algarve e Praia da Galé, permitindo assim, que ainda antes da hora marcada todos estivessem presentes no local de concentração.
Após a chegada ao 'Centro Ambiental do Vale Gonçalinho', ouvimos das simpáticas guias Esmeralda Luís e Marisa Gomes uma breve apresentação sobre a história e as actividades que a LPN, organização fundada em 1948, vem desempenhando em defesa do ambiente e da conservação do património natural. De salientar que o nosso estimado Caminhadeiro Gil Furtado, num gesto mui nobre que o caracteriza, quis deixar marca da nossa presença, inscrevendo-se como sócio desta 'ONGA', com data de início efectivo nesse mesmo dia.
Já em Entradas, demos início ao percurso pedestre, desta vez com o objectivo principal não de caminhar, mas sim de observar as aves que habitam estas lindíssimas planícies alentejanas, nesta época do ano de uma beleza inigualável. Com o suporte das competentes guias e do equipamento por elas disponibilizado, foi possível recolher imagens e informação adicional referente às abetardas, tartaranhões, cisões, picanços e outras aves que nestas terras do Alentejo, se sentem mais protegidas graças à intervenção da instituição organizadora do percurso pedestre.
Terminámos o trajecto após 4 horas de caminhada em andamento mais lento que o normal, desta vez mais ao gosto do Gil Furtado e menos do Gilberto e do Chico Pires.
Já com algum atraso em relação à hora marcada, teve lugar o almoço no restaurante 'A Cavalariça', onde foi possível repôr as energias dispendidas durante a manhã. Dois pratos típicos da região (Açorda de Fraca e Ensopado de Borrego), foram as iguarias servidas por simpáticas empregadas e bem confecionadas pela cozinheira de serviço.
Na visita cultural, uma interessante apresentação em vídeo intitulada 'Castro Verde - Terra de Futuro', elucidou os que conseguiram resistir à tentação da sesta pós almoço, sobre o dinamismo económico, social e cultural desta vila alentejana. Seguiu-se a visita à Basílica Real de Castro Verde, templo imponente com um interior coberto por riquíssimos paineis de azulejos do século XVIII, retratando a Batalha de Ourique. Outras peças de importante valor complementam o recheio, com a particularidade de algumas estarem armazenadas em lugar seguro e outras parece que também foram guardadas, mas por alguém que se antecipou e se esqueceu ou não quis divulgar o lugar onde as escondeu.
Uma visita ao Moinho no Largo da Feira e ainda a funcionar, terminou a componente cultural, mas não o programa do dia.
São Marcos da Atabueira foi a etapa que se seguiu. Nesta freguesia do concelho de Castro Verde, quis o Caminhadeiro Carlos Evangelista surpreender o grupo com uma visita ao 'Café Regina' onde nos esperavam uns apetitosos petiscos servidos pelo casal propietário do estabelecimento e que ainda são seus familiares. O nosso muito obrigado ao Carlos e à Tina pelo lanche que nos ofereceram.
O imprescindível chá com que tradicionalmente findamos o dia das caminhadas, foi, de acordo com o planeado, tomado em casa da Cristina e do André. Há mais de um ano a viverem nesta bonita aldeia, fizeram gosto em nos receber em sua casa e oferecer o lanche ao grupo com que já tiveram oportunidade de compartilhar algumas aventuras caminhadeiras. Em nome do grupo 'Os Caminhadeiros' o nosso bem hajam pela vossa hospitalidade.
Ao som do cavaquinho e da viola, o António Henriques, o Rui e a Irene Afonso tiveram oportunidade de demonstrar os seus dotes de instrumentistas musicais. Umas improvisadas vozes de duvidosa qualidade mas de muita boa vontade entoaram cantigas populares alentejanas, minhotas e pouco mais.
Para terminar esta já longa reportagem, umas breves palavras de agradecimento aos que pela primeira vez quiseram compartilhar com o grupo 'Os Caminhadeiros' esta maneira diferente de viver a vida.
Para a Isabel Henriques, para a Tina Rita que amavelmente nos ofereceu umas singelas pedrinhas enriquecidas com a mais valia da sua sensibilidade criativa, e para o casal Irene e Rui Afonso que expressamente se deslocaram do Minho, o nosso obrigado pela sua companhia. Se gostaram e não os desiludimos, apareçam mais vezes.
Saudações Caminhadeiras,
Fortunato de Sousa