Data da Encontro: 10/03/2010
Local: Cabo Espichel
Percurso: 9,000 Kms; 02:30 Horas
Caminhantes: A. Henriques, A. Pires, Bernardino, Carlos Evangelista, Carlos Penedo, Carlos Sales, Chico Pires, Dores Alves, F. Sousa, Gilberto Santos, João Costa, Luisa Gonçalves, M. Flôxo, Manuel Pedro, Nela Costa, Odete Vicente e Vitor Gonçalves.
Faltas Justificadas: Armando Gonçalves, Gil Furtado, Luís Fernandes e Manuel Reis.
Organizador: Carlos Sales
Almoço: Restaurante “A Fátima” – Azóia (Tel. 964 135 338) Preço: € 20,00
Próxima Caminhada: 24/03/2010 (Organiza: Giberto Santos + Fortunato Sousa)
Fundo de Reserva: € 772,50
Reportagem:
Antes de iniciar a reportagem, propriamente dita, é meu entendimento que devo, como preâmbulo, fazer alguns comentários.
O objectivo principal das nossas caminhadas é provocar um encontro de amigos, com a finalidade de passarmos um dia em sã camaradagem e conviver com a natureza.
Os dias destes encontros são preenchidos de acordo com um programa, já previamente definido e que é composto, como segue, por 6 (seis) fases:
1 – Deslocação em grupos, para o local do encontro.
2 – Dar início à caminhada proposta pelo organizador.
3 – Hora do repasto.
4 – Momento de ordem cultural.
5 – Hora do chá.
6 – O regresso dos grupos aos seus Lares.
Todos estes passos devem ser executados com um profundo sentido de responsabilidade.
Claro que por vezes existem alguns contratempos, normalmente bem entendidos e aceites pelos outros companheiros caminhadeiros.
Desta vez o contratempo dá pelo nome de Apostiça. Este é mais um acesso a evitar, pois não sendo uma zona tão alagada como a Azinhaga ou o Pombalinho, na área da Golegã, é um local de piso muito irregular e recomendável apenas para veículos TT, que até era o nosso caso, mas se a opção tiver como objectivo poupar alguns metros ao percurso, só se houver bastante tempo de sobra.
As duas últimas caminhadas vieram dar razão ao ditado: “Quem se mete em atalhos, mete-se em trabalhos”.
Desta vez, o grupo da Margem Sul, tem que agradecer aos outros 13 (treze) caminhadeiros, terem aguardado a nossa chegada e a caminhada teve início às 10H15M.
Pois bem, após esta introdução, vamos falar do percurso efectuado no espaço ao redor do Farol do Cabo Espichel e do Convento da Nossa Senhora do Cabo.
Passeio agradável, com grau de dificuldade médio baixo, em que tivemos a oportunidade de presenciar algumas espécies cinegéticas da região, rolas perdizes e coelhos.
Desfrutamos de uma vista maravilhosa do mar e no início da caminhada o Bernardino fez referência, que se via ao fundo no meio das nuvens, a Serra de Sintra e logo alguém disse ser uma nuvém mais escura, mas quando o dia clareou, lá foi dada razão ao Bernardino.
É pena que durante a caminhada não se consiga que o grupo esteja compacto do principio ao fim, pois relativamente ao programa onde está defindo, o ponto 4 – Momento Cultural, são também falados, tratados e discutidos diversos assuntos de cultura geral.
Claro que se dizem muitas coisas com conhecimento pleno e depois podemos confirmar, mas desta vez entendo que devo fazer uma correcção, uma informação e uma dúvida.
Correcção: A dada altura foi dito que o país URUGUAI, sito na América do Sul, que fica encaixado entre o Brasil e a Argentina é mais pequeno que Portugal e poucos habitantes.
A saber: URUGUAI – Capital Montevideo, Área de 176.220 Km2, tendo uma costa com uma extensão de 660 Km e 3,4 Milhões de habitantes.
É o segundo país mais pequeno da América do Sul e o mais pequeno é o Suriname.
Mas: PORTUGAL – Capital Lisboa, Área de 91985 Km2 (quase metade do Uruguai), com uma densidade populacional muito maior pois tem 10,9 Milhões de habitantes.
Informação: Algumas questões foram tratadas relativamente ao valor da milha marítima. Ao ser colocada a questão sobre o seu valor, a resposta era de mil oitocentos e tal, assim a informação é de que são 1.853 metros, correspondente à medida do arco correspondente a 1 grau da curvatura da crosta terrestre.
Dúvida: A minha dúvida prende-se com algo que me confundiu quando se falava sobre o tema da milha marítima. Fiquei sem saber se o arco é medido sobre um meridiano ou sobre o Equador. A minha dúvida ainda vai mais além, pois creio que ouvi dizer que: Se unirmos o Polo Norte ao Polo Sul temos um Equador. O futuro me esclarecerá.
Este período de formação foi interrompido, dado que estavamos sobre a hora do almoço. Terminámos a caminhada com algum atraso em relação à hora que tinha sido acordada com a D. Fátima e não deixei de ouvir dizer que, se o grupo da Margem Sul tivesse chegado a horas, tinhamos iniciado o percurso a horas e já estariamos despachados.
Seguimos em frente directos ao Restaurante A Fátima, onde dos 17 Caminhadeiros, dois optaram por escolher a refeição da lista e os 15 restantes tinham a marcação já feita para a Caldeirada e a respectiva Massinha do Caldo.
Penso que todos ficaram satisfeitos, mas houve uma falha, pois não tivemos o useiro ataque às entradas, porque o pão, que é fabrico próprio, chegou à mesa com a caldeirada.
À saída do restaurante saíu a célebre fotografia, com a D. Fátima e duas colaboradoras.
Então lá vamos nós, parecendo perdidos, de novo em direcção ao Cabo Espichel, mas não porque agora iriamos fazer a visita a um local, que como eu escrevi no mail, que dirigi ao Sr. Delegado Marítimo de Sesimbra, a pedir autorização para a visita ao Farol, dizendo que a maioria das pessoas sabe da sua utilidade, já o viu ao longe e da parte de fora, mas lá dentro poucos estiveram.
Ao chegarmos ao Farol, fomos recebidos pelo Sr. Marques, Faroleiro reponsável e nosso anfitreão para nos presentear com uma visita guiada ao topo do mesmo. Após a visita, ao que parecia terem sido oficinas de serralharia e carpintaria, vimos um gerador de back up e o quadro eléctrico para alimentação de toda aquela estrutura.
E diz o Sr Marques, - então vamos lá. Começamos a nossa subida de 130 degraus em pedra, até à varanda do Farol e depois mais 18 degraus em ferro até à lâmpada do aviso.
Estivemos a 160 metros acima do nível do mar e como referência, no segundo Farol mais alto do nosso País, sendo apenas superado pelo do Cabo da Roca.
Uma surpresa para quase todos os presentes, saber que o Farol não é apenas um auxiliar para a navegação marítima, é também auxiliar para a navegação aérea, pois tem a emissão de feixes de luz em direcção ao céu.
Foram colocadas diversas questões por alguns dos presentes, a que o Sr. Marques dava a resposta a algumas delas e outras, eventualmente por serem segredos de estratégia da defesa nacional, dizia simplesmente, a essa eu não posso responder ou isso não digo.
Ao regressarmos à terra, depois de cumprida a descida dos 148 degraus, ficámos deveras surpreendidos pela “Flor” uma chibita com 4 meses de vida e que se comporta como se fosse um cão do Sr. Marques e da sua esposa.
Terminada a visita, era hora das despedidas, foi o que se verificou.
Agora vamos direitos ao chá, mentira, pois temos mais uma paragem no percurso, D. Inês a queijeira da zona, onde foram adquiridos queijos frescos, meio-secos e curados, então e o pão, também se resolveu e acabámos com o resto do pão que havia, não deu para todos.
Agora sim, vamos directos ao Bar / Restaurante do Parque de Campismo de Valbom, no Caminho Branco, à saída da Cotovia.
Cerca das 18 Horas foram feitas as despedidas com um - até dia 24 em Sintra.
Cada grupo para a sua viatura e lá fomos em direcção aos nossos lares.
Saudações Caminhadeiras,
Carlos Sales
4 comentários:
Mais um excelente repóter surgido do grupo 'Os Caminhadeiros'. Deste já esperavamos qualidade, mas desconheciamos era a escola prosaica tipo relatório de arbitragem. Só lá faltam os castigos e as multas pecuniárias, de resto está lá tudo. Correcções, informações.......
Brincadeiras à parte, os meus parabens ao Carlos Sales pela excelente organização em todos os programas do dia.
Desta vez a componente fotográfica da reportagem está mais pobre, falta o album legendado do Manuel Reis, que resolveu ir colher imagens para locais na companhia do nosso amigo Gil.
Obrigado ao Caminhadeiro Luis Fernandes pela actualização do quadro estactístico, e esperamos que o seu famoso GPS já esteja operacional para a próxima caminhada a realizar em Sintra.
Fortunato de Sousa
Tudo muito bem amigo Sales.
A marcares tantos golos, não sei se poderás continuar a arbitrar.
Muitos parabéns.
Um abraço,
António Dores Alves
O grupo do deserto pode não ser pontual, mas para escrever são uns ases.
O Sales merece os parabens quer pelo excelente dia e repasto que nos proporcionou, quer pela descrição do mesmo. Devo penitenciar-me pelos queijos secos, mas os frescos eram mesmo bons.
Saudações caminhadeiras
VG
Amigo Sales.
Pela parte que me toca, desde já te proponho para organizares outra caminhada.Mesmo que voltemos a passar pela Apostiça.
Um abraço-
Chico Pires
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