

Data da Caminhada: 16/04/2008
Local: Ciborro
Percurso: 10,500 Kms 02:15 Horas
Caminhantes: V. Gonçalves; A. Henriques; Fernando Guerreiro; A. Bernardino; L. Fernandes; Balão de Sousa; João Figueiredo; António Pires; Chico Pires; Gilberto Santos; Octávio Gaspar; Manuel Reis.
Organizador: João Figueiredo
Almoço: Ciborro (Restaurante ‘O CIborro’); Preço: € 14,00
Próxima Caminhada: 30/04/2008 (Organiza o Pedro Castelo)
Fundo de Reserva: € 65,00
Fotos: Clikar aqui
Reportagem:
Os bem enfeitados campos primaveris junto à bonita aldeia do Ciborro foram mais uma vez o local escolhido pelo nosso amigo João Figueiredo para o grupo efectuar mais um percurso pedestre. Ao Manuel Reis que pela 1ª vez se juntou a nós, queremos dar-lhe as boas vindas e dizer-lhe que se ficou agradado com o ambiente que encontrou e partilhou connosco, pode voltar sempre que queira. O dia de ontem foi apenas uma pequena amostra do que vale o colectivo ‘OS CAMINHADEIROS’.
Chegamos ao Ciborro dentro do horário previsto (10:30 Horas) e os doze elementos caminhantes seguiram as indicações e peugadas do organizador para passadas duas horas e quinze minutos terem palmilhado nada menos que 10,500 Kms. O Gilberto, Gaspar e Chico Pires mantiveram desde o início um ritmo acelerado, como que a fazerem de lebre, ao mesmo tempo que os grupos de trás menos apressados se iam deliciando calmamente com a bonita planície alentejana onde para além dos lindíssimos tapetes de flores e montes alentejanos em degradação, não faltaram os coelhos e outras peças de caça pré anunciadas pelo experiente caminhadeiro Vítor Gonçalves nos comentários à convocatória. Tivemos mesmo oportunidade de encontrar na berma do caminho, um estranho animal a que alguns chamaram Saca Rabos, outros Texugo, mas que agora penso ter a certeza de se chamar apenas Tourão. Para desfazer eventuais dúvidas aceitam-se apostas, havendo para tal um registo fotográfico que pode esclarecer tudo se necessário.
O fim da caminhada coincidiu mais uma vez com o início do almoço, desta vez uma excelente ementa escolhida pelo João Figueiredo no restaurante ‘O Ciborro’, que constou de feijoada alentejana e cabrito assado no forno. Os vários temas de conversa durante o repasto, tiveram mais uma vez como protagonista o nosso amigo Bernardino, que a cada dia que passa se mostra um profundo conhecedor em todas as matérias, sejam elas quais forem. Desta vez, confidenciou ele que Caldo Verde de verdade só o confeccionado pela sua prima das Beiras e em que o segredo reside nas couves que ela mesma planta junto de casa. Questionado pelo Gilberto se o segredo da prima não estaria noutras qualidades, calou-se e sorriu como que a confirmar ser legítima e oportuna a pergunta.
Aos € 14,00 que cada caminhante teve que pagar pelo almoço, pediu o Balão de Sousa mais € 6,00 a cada um para reforçar o Fundo de Reserva. Todos concordaram e aderiram prontamente, excepto o Fernando Guerreiro que se indignou e disse não compreender para que serve este disparate de dinheiro acumulado em mãos pouco credíveis. De qualquer modo, pagou, calou e está desculpado, mas para a próxima um comportamento igual será penalizado.
Com a amabilidade que caracteriza o João Figueiredo, fomos por ele convidados a visitar a sua bonita casa da aldeia onde tivemos oportunidade de testemunhar as suas competências na área de horticultura. E para confirmar a qualidade dos produtos ali produzidos, incitou-nos a colher favas e laranjas da horta e do pomar, o que fizemos prontamente e teremos oportunidade de a curto prazo lhe fazer chegar o resultado da qualidade dos mesmos depois da prova. Outros houve, que menos vocacionados para a área rural preferiram dedicar-se à prova dos produtos escoceses que o João lhes disponibilizou, todos eles de qualidade assegurada. Ainda visitamos a oficina artesanal do Sr. João, que passa os seus dias sentado numa cadeira junto à bancada trabalhando em artigos de cortiça e cuja carteira de encomendas é superior à sua capacidade produtiva, pelo que não podemos adquirir nenhuma peça por ele manufacturada.
Daqui seguimos para o ‘Parque Selvagem’ localizado entre Ciborro e Lavre, onde uma mini reserva de animais mais domésticos que selvagens, pôde ser observada em transporte tipo ‘safari’, cujo motorista e guia nos pareceu muito bem preparado para a função. Valeu a pena a visita, embora o preço (€ 9,00) nos pareça um pouco exagerado.
Para cumprimento da agenda do dia, fomos tomar o já tradicional chá da tarde ao ‘Restaurante - Bar o Fardo’, estabelecimento muito bem localizado em edifício tipo monte alentejano perto da vila de Lavre com sala e esplanada viradas para a planície. Convém lembrar que a despesa do lanche (€ 22,00) foi pago pelo Balão de Sousa com verba subtraída do fundo de reserva.
Por último e muito sinceramente tenho de confessar que esta reportagem foi para mim muito difícil de redigir, dado o forte abalo que levei ontem com 5 tiros no ‘Porta Aviões’, tendo colocado a minha esquadra fora de combate. Pensava eu que dois tiros certeiros sem resposta registados ao intervalo eram suficientes para ganhar a batalha, mas nem com mais um tiro conseguimos lá chegar. De qualquer modo e mui desportivamente, parabéns aos lagartos.
Cumprimentos do Caminhadeiro,