sábado, 9 de abril de 2022

* * * * * * * 11ª Caminhada da Época 2021 / 2022 * * * * * * * _____ “Ribeira das Vinhas / Passadiço da Marmeleira” _____ * * * * * * * * * * * * * Alcabideche, 6 de Abril * * * * * * * * * * * *


 


Álbuns de Fotos:
Luz Fialho
Data do encontro: 06/04/2022
Lugar do encontro: Cruzamento das ruas Eugénio de Andrade e Zeca Afonso
Percurso: Pela Serra de Sintra, percurso da Ribeira das Vinhas
Distância: 9 km
Caminhantes (30): Acilina Caneco; Ana Leão; António Palma; Carlos Penedo; Cristina Umbelino; Dores Alves; Estela Garcia; Gilberto Santos; Guilherme Sousa; José Clara; José Luís Iglésias; Lina Fernandes, Lurdes Barbosa; Luís Fernandes; Luísa Gonçalves; Lurdes Clara; Manuel Barbosa; Manuel Garcia; Manuel Pedro; Manuel Reis; Margarida Lopes; Maria da Luz Fialho; Maria do Céu; Maria do Céu Fialho; Pedro Albuquerque; Raúl Almeida, Rogério Matias; Rosário Mendes; Teresa Santos; Vítor Gonçalves.
Só caminhante (1): Acilina Caneco
Só ao almoço (2): António Bernardino; Carlos Evangelista
A Reportagem:

A Ribera das Vinhas, o Parque Urbano das Penhas do Marmeleiro, o seu passadiço e o que mais se verá

A formiga no carreiro
vinha em sentido contrário
Caiu ao Tejo
ao pé de um septuagenário

Lerpou trepou às tábuas (bis)
que flutuavam nas águas (bis)
e do cimo de uma delas
virou-se para o formigueiro
mudem de rumo (bis)
já lá vem outro carreiro

(…)

Eram muitos, p’raí uns trinta. A julgar pelos açaimes, quase todos perigosos. Chegada a hora, descem a rua Zeca Afonso, como formigas no carreiro – diz alguém mais observador. A medo, acompanho-os, confiante no Raúl, embora por vezes também ele açaimado. Ei-la, a Ribeira das Vinhas, presto atenção: não vislumbro, nem água, nem vinhas, mas todos parecem acreditar no logro. Depois sobem umas escadas – passadiços, dizem – à minha volta o arfar ruidoso. Cada vez mais curiosa, sigo-os “olha o miradouro” – rejubilam -, olho em volta: só fragas e quercos, ao fundo, a tal “ribeira das vinhas”. A loucura continua, segue-se o Parque Urbano Penhas do Marmeleiro, visíveis, nem marmeleiro nem marmelos, mas ninguém parece notá-lo. Contentes (porquê e com quê? – interrogo-me), como se se tivessem enganado no caminho, descem de novo, - talvez à procura da água e das vinhas - e voltam a subir por outro caminho, (mudem de rumo, já lá vem outro carreiro). Enganaram-se? Se sim, foi por bem, pois a subida tornou-se mais suave, até que encontraram o Centro de Apoio Social do Pisão, onde tomaram uma espécie de beberragem (doping?).

Aparentemente arrependidos de tudo, iniciam o caminho de regresso, serra abaixo, serra acima, o arquejo cada vez mais cavernoso, eu de língua de fora, solidamente equilibrada, caminhando a quatro, eles, de andar titubeante, apoiados num porrete, por há muito lhe terem perdido o jeito (de andar a quatro, claro). Finalmente, de novo a rua Zeca Afonso.

O almoço, no restaurante Adega Camponesa , contaram-me, foi bom, e as expressões de satisfação parecem confirmá-lo: dois pratos saborosos, um serviço expedito e muita, muita simpatia. O meu certamente foi bom: sozinha, longe dos barulhentos companheiros.

Quanto ao programa cultural, não vi, foi-me vedado, por isso, conto-o como mo contaram:

“Foi o apogeu de um dia feliz” (pessoalmente, ainda estou para saber porquê, mas adiante). “A coleção de maquetas e modelos que a exposição de modelismo ferroviário que pudemos visitar na sede da Fermodel construídos com tal fidelidade, perfeição e riqueza de pormenores suscitou a admiração de todos; as fotografias e os vídeos multiplicaram-se; as explicações fornecidas pelos companheiros José Quintas e João Carlos Domingues sobre composição da equipa, as normas de produção e o programa de exposições e a disponibilidade para iniciativas futuras complementaram o ramalhete”. Muito obrigados lhes estamos.

Por fim, cantaram-se os parabéns houve bolo e espumante e chá. O Vítor Gonçalves fez anos, mais de setenta (eu tenho sete, daqui por mais três ou quatro, teremos a mesma idade). Que contes muitos, Vítor.

Não é que a jornada tenha sido grande coisa, mas alguém tem que fazer companhia aos mais velhos

Saudações caminhadeiras,

Jasmine, a cadela do Raul Almeida

PS: Os organizadores agradecem ao Carlos Evangelista, que organizou e generosamente ofereceu, a visita à Fermodel, quando já a tinha em carteira como programa cultural para futura caminhada a organizar por si.

8 comentários:

Raul Almeida disse...

Bonita e completa reportagem com uma prosa literária do mais alto gabarito. A caminhada foi excelente, o almoço correspondeu às expectativas e a visita e o chá foram uma surpresa agradável.
Parabéns aos organizadores e ao Carlos Evangelista.
Abraços

Luísa Gonçalves disse...

Linda caminhada aqui tão perto.

Muito bom almoço.Parabéns aos organizadores

Os Caminhadeiros disse...

Obrigada a todos que participaram na caminhada, a quem ajudou e sobretudo à Jasmine que fez uma ótima reportagem. É preciso paciência de cão para acompanhar os "velhos" e fica sabendo que a beberragem foi um moscatel e eu bem te vi a saltar a ver se o Raúl te dava qualquer coisinha.

Margarida Lopes disse...

Foi uma bela caminhada, bom almoço, excelente convívio e visita cultural inesperada a fechar com chave de ouro com mais um aniversário. Estão todos de parabéns mas especialmente a Jasmine que nos presenteou com uma reportagem especial

DoCeu disse...

Um dia em cheio. Desde as paisagens lindíssimas da serra de Sintra até ao regresso à infância, pasmo perante a habilidade e (no meu caso, sobretudo) a paciência dos artistas da Fermodel.
O Moscatel e os anos do Vítor não foram pormenores de somenos.
Reportagem impagável, como sempre que traz esta assinatura :)
Obrigado a todos os que contribuíram para a organização!

Anónimo disse...

Agradeço a todas e a todos a excelente recepção e as palavras bonitas que me dedicaram.
A caminhada foi muito fácil para mim, nem precisei de beber água :-)
O almoço foi muito bom.
Só tive pena de não poder ver os comboios a andar para correr atrás deles :-) fica para a próxima.
Beijinhos da Jasmine

M.Luz disse...

Depois da ameaça de uma Caminhada sem cultura nem Chá e talvez pingona (atmosfericamente falando, claro está!), eis que as surpresas surgiram em catadupa - todos nos deliciámos com o Moscatel que a Céu Esteves e o Manel Pedro se lembraram de levar para acompanhar o lanche da manhã, com as maravilhas dos "chefes de estação" da Fermodel, com o Murganheira gentilmente oferecido pelo Mor aniversariante (longa vida, Vítor!) e, "last but not the least", todos pudémos agora apreciar os dotes literários da Jasmine ;)
Obrigada, muito obrigada, a quantos contribuiram para mais uma bela jornada Caminhadeira

mreis disse...

a jasmine de alvalade
foi escrever a leceia
e fê-lo com qualidade
palmas pra quem teve a ideia