segunda-feira, 26 de junho de 2023

* * * * * * * Caminhada de Encerramento de Época * * * * * * * _______ Luso , Dias 23, 24 e 25 de Junho de 2023 _______

 




Álbuns de Fotos:
Data do encontro: 23, 24 e 25 de Junho
Local do encontro: Luso
Percurso: Via Sacra da Cruz Alta ao Luso
Distancia: 7 Km
Caminhantes: (39) Acilina Caneco, Ana Almeida, Ana Bela Fernandes, Ana Leão, António Bernardino, Carlos Evangelista, Carlos Penedo, Carmen Firme, Céu Esteves, Céu Fialho, Clara Maia, Cristina Umbelino, Dores Alves, Estela Garcia, Fátima Libânio, Gilberto Santos, Graça Sena, Guilherme Sousa, João Duarte, José Alberto, José Clara, Júlia Costa, Lina Fernandes, Lúcio Libânio, Luis Fernandes, Luisa Gonçalves, Lurdes Clara, Luz Fialho, Manuel Garcia, Margarida Lopes, Octávio Firme, Raul Almeida, Rogério Matias, Rosário Mendes, Rui Graça, Socorro Bernardino, Teresa Duarte, Teresa Santos e Vitor Gonçalves
Restante Evento: (9) Amelia Sousa, Ana Paula Iglesias, José Iglesias, José Teixeira, Manuel Pedro, Margarida Graça, Maria Alberto, Odete Vicente e Tina Rita
Próxima Caminhada: 13/09/2023
A Reportagem: 
Dia 23 de junho
A aventura teve inicio às 9:45 H em São Domingos de Rana. O autocarro que por fora até parecia um avião foi recolhendo os aventureiros, nas paragens programadas.
Tudo estava a correr bem até que o interior do autocarro se transformou numa ou várias cascatas. Não havia buraco ou ranhura por onde não saísse água. A água abençoou alguns caminhadeiros sentados do lado direito. Foi um momento de grande diversão, mas que durou pouco tempo.
A primeira paragem foi no O Pinto. Eram aproximadamente 13:00 H, hora de almoço. E a organização gentilmente providenciou a substituição do divertido autocarro enquanto o grupo almoçava.
Por volta das 15:00 H a viagem prosseguiu rumo à Cruz Alta. Os caminhadeiros foram conhecer o ponto de partida da tão desejada caminhada e tirar a habitual foto do grupo. O David conduziu por uma estrada larga e nada perigosa, que deixou alguns com os cabelos em pé. Mas valeu a pena pela linda paisagem que se podia ver do autocarro.
A Cruz Alta é o ponto mais alto da Serra com 547 metros de altitude, na vertente Norte da Serra onde existem vários percursos pedestres até ao Luso. E aqui tudo ganharia mais realce se não estivesse presente uma neblina que neste dia não deixou que os olhos alcançassem as Serras da Boa Viagem, da Estrela e do Caramulo. Permaneceram por algum tempo na varanda circular, no meio da qual está uma cruz em pedra com alguns metros de altura. Foi um momento para algumas fotos.
Este lugar preserva o espírito dos monges que durante séculos viveram aqui e deixaram um legado fabuloso, em particular a notável Mata do Bussaco.
A chegada ao Hotel foi a prevista, e às 17:00 H estavam a fazer o check-in. Jantaram no Hotel e em grupos mais pequenos fizeram depois o que lhes apeteceu, passeando, conversando, etc. E foram descansar mais cedo pois o dia seguinte prometia.

Dia 24 de junho
Às 8:00 H lá estavam como combinado para iniciarem a aventura. O percurso escolhido, um dos vários caminhos da Mata do Bussaco, foi a Via Sacra no sentido descendente. Este caminho foi previamente percorrido por quem fez um reconhecimento prévio do grau de dificuldade do percurso. Os caminhadeiros foram informados que havia condições para esta caminhada correr bem pois como diz o ditado “A descer todos os Santos ajudam”. Esperavam encontrar alguns, somente alguns degraus. E na verdade foi isso.
Percorreram-se aproximadamente 6 Kms entre zonas de luz que se intercalavam com sombras, umas mais carregadas que outras, mas que ajudaram e muito a superar o calor que se fazia sentir naquele dia.
A vegetação das margens do caminho era densa. E encontraram alguma água a fluir entre as pedras dos riachos. E não existe só vegetação pois a fauna desta Mata também é abundante.
Como curiosidade, a Mata do Bussaco possui mais de 270 espécies de árvores e arbustos, a destacar: a sequoia (Sequoia sempervirens), o feto-arbóreo (Dicksonia antarctica), o Cedro-do-Atlas (Cedrus atlantica), o azevinho (Ilex aquifolium), o medronheiro (Arbutus unedo) e pontualmente o loureiro (Laurus nobilis), e várias espécies de carvalhos (Quercus robur, Q. pyrenaica e Q. suber). Um dos cedros que vive nesta Mata tem mais de 350 anos.
No interior da Mata, próximo das Portas de Coimbra, existe um outro miradouro com vista à serra Da Boa Viagem. Na parede das Portas de Coimbra, para além das pequenas pedras embutidas, estão inscritas duas bulas papais e desenhos que foram feitos pelos monges apenas para decoração.
A caminhada durou menos tempo do que o previsto. A descer e sem degraus tudo foi mais fácil.
E às 13:30 estavam a almoçar no Restaurante “Lourenços” no Luso.
Logo a seguir ao bom almoço foram visitar as Termas do Luso. Regressaram depois ao Hotel para um momento livre. Alguns ainda tiveram energia para um mergulho na bela piscina do Hotel.
Esperava-os às 18:00 a Cerimónia de Encerramento da Época.
E todos bonitos lá estavam à hora marcada.
Homenagem a

Lúcio Libânio (Referente à época passada)
Cristina Umbelino
Troféus 1 000 Kms

Margarida Serôdio (Ausente)
Bastão de Prata

Rosário Mendes
José Iglesias
Ilda Poças (Ausente)
Tomás Pessanha (Ausente)
Bastão de Bronze

Carlos Evangelista
António Palma (Ausente)
Troféu especial

O jantar deste dia foi no Hotel e foi mais um momento de convívio e alegria. E como sempre comida muito ligeira.
E como recordar é viver sobre a mesa estava a foto do grupo tirada no dia anterior na Cruz Alta.
Neste jantar, e como por vezes acontece, juntam-se familiares dos presentes. Os que estiveram presentes este ano deixaram vontade de quererem juntar-se ao grupo no próximo ano, se for possível. Que bom foi ouvir estas palavras.
A seguir ao jantar a música convidou a uns passinhos de dança. O São João abençoou este grupo mais uma vez.

Dia 25 de junho
Este era o dia do regresso a casa.
Às 9:30 H saíram do Hotel em direção a Sangalhos para uma visita ao Museu Subterrâneo da Caves Aliança. Foi um momento culturalmente interessante. Contemplaram uma enorme quantidade de peças distribuídas por sete coleções de várias áreas como a arqueologia, etnografia, mineralogia, paleontologia, azulejaria e cerâmica.
O almoço estava marcado para as 13:00 H no Restaurante “O Vítor”, na Mealhada onde fomos bem-recebidos. Não faltou o leitão típico desta zona, ainda que alguns tenham optado pelo prato de peixe. Foi um almoço longo. Um almoço que durou como duram as pilhas Duracell.
E na viagem de regresso fica sempre a vontade duma próxima caminhada. Agora só em setembro com a abertura da próxima época.
Uma saudação especial para cada um dos caminhadeiros.


Ana do Raul Almeida

quarta-feira, 21 de junho de 2023

* * * Convocatória - Caminhada de Encerramento de Época * * * _______ Luso , Dias 23, 24 e 25 de Junho de 2023 _______

 

Esta convocatória de encerramento de época, formaliza apenas a publicação no blog da caminhada de encerramento. 

É do conhecimento do universo Caminhadeiro, que as inscrições foram efetuadas por outra via e já se encontram encerradas.


Saudações Caminhadeiras em passada empolgante de final de época,


Luis Fernandes

AVISO IMPORTANTE: O seguro de acidentes pessoais é da responsabilidade de cada participante.

sábado, 17 de junho de 2023

* * * * * * * * 18ª Caminhada da Época 2022 / 2023 * * * * * * * * __________ “Pelo dique de Valada com pic-nic” _________ * * * * * * * * * * * Valada do Ribatejo, 14 de Junho * * * * * * * * *


 
Álbuns de Fotos:
Data do encontro: 14/06/2023
Local do encontro: Valada do Ribatejo
Percurso: 7,5 Km 2h 15 m
Caminhantes (32): Angelina Martins; António Palma; António Pedro; Carlos Evangelista; Estela Garcia; Fátima Libânio; Guilherme Sousa; Ilda Poças; José Alberto; José Clara; Lúcio Libânio; Luís Martins; Lurdes Clara; Manuel Garcia; Luís Fernandes; Lina Fernandes; Maria do Céu; Vitor Gonçalves; Luisa Gonçalves; Margarida Lopes; Pedro Osório; Preciosa Bernardo; Raúl Almeida; Rogério Matias; Rosário Mendes; Samuel Coias; Teresa Santos; Cristina Umbelino; Fernando Bernardino; Socorro Bernardino; Carmen Firme; Octávio Firme
Ausentes por motivos imprevistos de última hora: Ana Almeida; José Iglésias; Gilberto Santos
Não Caminhantes: Luísa Clemente; António Clemente
Almoço: Pic-nic no parque de merendas de Valada
Reportagem:
É tradição dos Caminhadeiros que a caminhada que antecede a de encerramento da época seja com pic-nic o qual,se estiver bom tempo e se se conseguir um local agradável, serve para fortalecer o convívio entre os participantes e, ao mesmo tempo, dar a conhecer as habilidades culinárias dos (as) ‘chefs’ que sempre nos brindam com as suas iguarias que são mais ou menos partilhadas entre todos.
Assim se passou mais uma vez!
Os organizadores tinham pedido aos participantes um pequeno sacrifício, para chegarem cedo ao local de reunião pois se temia um dia de calor abrasador, como infelizmente já vai sendo habitual com as alterações climatéricas que temos vindo a observar.
Todos chegaram à hora prevista, - mais uma característica dos caminhadeiros – e, por sorte nossa, a manhã estava ‘gloriosa’ ( como costumam dizer os Ingleses), o que permitiu que logo ali pudéssemos confraternizar um pouco, sem a pressão de ter de sair apressadamente, visto que a temperatura era bastante agradável.
O percurso era bastante fácil com um piso excelente sobre o dique. Observámos paisagens lindas da lezíria ribatejana, limitada a Oeste pela serra de Montejunto, com as culturas da época, tomate milho e vinha que tinham um aspeto magnífico, tendo à beira Tejo aproveitado para tirar a fotografia de grupo.
Fizemos uma paragem na aldeia do Reguengo, para uma água fresquinha e reposição de energias, e lá regressámos ao ponto de partida após duas horas e pouco e 7,5 Kms percorridos, tudo atestado pelo nosso cronometrista mor e com as habituais fotografias dos especialistas. De salientar as várias árvores derrubadas e partidas , vítimas do temporal que assolou a região, a semana passada.
À chegada já tínhamos à nossa espera, a Luísa e o António Clemente com os seus 84 anos recém cumpridos.
O parque das merendas tinha condições magnificas com árvores frondosas que proporcionaram uma agradável refeição bem regada sobretudo com os néctares da região.
Tinham os organizadores, juntamente com um dos ‘mores’ pensado e preparado uma sardinhada que era apropriada por estarmos na quadra dos santos populares. As sardinhas já estavam bastante boas.
Terminado o repasto, dirigimo-nos para o cais onde nos esperavam duas embarcações que nos proporcionaram um agradável passeio pelo Tejo para observação de várias aves migratórias, como os Ibis, as garças e as cegonhas, bem como outras autóctones, nomeadamente as de rapina. Também observamos cavalos, que fazem o seu poiso habitual na ilhota com o mesmo nome. Aqui, cumpre aos organizadores agradecerem à Céu o apoio dado com os contactos com a empresa dos barcos.
Terminámos com o habitual chá e bolinhos servidos na esplanada do bar do rio, desfrutando dum entardecer magnífico com uma brisa que fez com que déssemos pelo passar do tempo.
E já passava das 6 horas da tarde quando começámos a regressar a casa com mais um dia bem passado.
Terminamos com um agradecimento aos presentes e com um pedido de desculpas por qualquer coisa que tenha falhado, prometendo desde já que para a próxima faremos todos os possíveis para melhorar.

Até ao Luso!!!!

Carmen e Octávio

quarta-feira, 7 de junho de 2023

* * * * Convocatória 18ª Caminhada da Época 2022 / 2023 * * * __________ “Pelo dique de Valada com pic-nic” _________ * * * * * * * * * * * Valada do Ribatejo, 14 de Junho * * * * * * * * *


Convidam-se todos os caminhadeiros para a caminhada ‘Pelo dique de Valada’, ao longo do rio Tejo, num percurso de cerca de 8 Km, sempre plano e com um grau de dificuldade fácil, apropriado à idade da grande maioria dos participantes. Esta será, se não me engano, a 4ª caminhada na área de Valada e, como a maioria bem sabe, a maior dificuldade resulta do calor nesta época do ano e nas poucas sombras que vamos encontrar, porque nesta zona da lezíria as culturas rainhas são a vinha e o tomate.

Desta vez, vamos caminhar quase sempre sobre o dique, com um piso agradável e recém limpo. O único inconveniente é que as sombras são poucas. O regresso é pelo mesmo percurso, apenas com uma variante no final.

Pede-se um pouco de sacrifício aos caminhadeiros para estarem no ponto de concentração: Parque de estacionamento junto ao jardim. Coord.: 39°04'51.5"N 8°45'34.5"W (39.080974, -8.759575) às 9 horas. A partida terá lugar, o mais tardar, às 09.30. No local de concentração há um bar onde podem tomar café. Espero que esteja aberto e, para o efeito, contamos falar com o gerente.

Esperamos da vossa parte as iguarias que já são tradicionais nos nossos pic-nics. Um desafio para os/as ‘chefs’….

Para quem não queira, ou não possa trazer os petiscos, informamos que o bar já acima citado tem, normalmente, rissóis de camarão e de leitão, croquetes, empadas, pasteis de bacalhau e também saladas.

Para acompanhamento há, por oferta dos organizadores alguns nectares da Adega Cooperativa do Cartaxo.

Está ainda previsto, para passar a tarde, um passeio de uma hora, de barco pelo Tejo, que custará entre 10 e 15 euros por pessoa, dependente do número de participantes, pelo que é necessario saber quem quer participar. Por favor indiquem na inscrição da vossa intenção.

Algumas recomendações:

- Trazer água
- Chapéu para a cabeça
- Proteção solar
- Bastão ( opcional: o percurso é fácil)
-Trazer pratos
-Trazer copos (de preferência de vidro)
- A boa disposição habitual dos caminhadeiros

Como sempre as inscrições devem ser formalizadas até às 24 horas de sábado 10 de Junho

Cá os esperamos……

Carmen e Octávio

Aviso importante: o seguro de acidentes pessoais é da responsabilidade de cada participante

sábado, 3 de junho de 2023

* * * * * * * * 17ª Caminhada da Época 2022 / 2023 * * * * * * * * _________ “Pelo Percurso Pedestre da Cegonha” _________ * * * * * * * * * * * * * * Coruche, 31 de Maio * * * * * * * * * * * * *

 


Álbuns de Fotos:
Data do Encontro: 31 de Maio de 2023
Local do Encontro: Coruche
Percurso: Pelo Percurso Pedestre da Cegonha, ao longo do Rio Sorrento
Distância: 9 Km.
Participantes: (24) António Bernardino, António Dores Alves, António Palma, António Pedro, Carlos Evangelista Ferreira, Carmem Firme, Cristina Umbelino, Estela Garcia, Gilberto Santos, Ilda Maria Poças, João Duarte, José Luís Iglésias, José Maria Alberto, Luísa Gonçalves, Manuel Garcia, Margarida Lopes, Maria Céu Esteves, Maria Odete Vicente, Octávio Firme, Raul Almeida, Samuel Coias, Socorro Bernardino, Teresa Palma Duarte, Victor Gonçalves. 
Temos forçosamente de acrescentar a Yasmine, que tem sido um elemento activo e presente  no grupo dos Caminhadeiros
Não caminharam: Lina Fernandes, Luís Fernandes, Rosário Mendes.
Organização: Ilda Maria Poças, Samuel Coias
Almoço: Restaurante “O Farnel”
Visita Cultural e Lanche: Visita guiada ao Centro Histórico e ao Núcleo Tauromáquico. Lanche no “Páteo do Sorraia”.
Próxima Caminhada: 14/06/2023 Organizam Carmen e Octávio Firme (Valada)
Reportagem: 
1. O Trajecto - Depois de uma viagem sem qualquer incidente, todos os “Caminhadeiros” inscritos, como habitual, cumpriram o horário e antes da hora marcada estavam presentes no Parque do Sorraia, em Coruche, cujo nome se ao facto de existirem imensas corujas na região e D. Afonso Henriques, de passagem por lá, ter referido que seria a terra de Coruje. 
Não havendo nada pré-definido para o café matinal, após os beijinhos de recepção e a alegria do reencontro, o nosso fotógrafo de serviço, fez a fotografia da praxe, aproveitando o facto de alguns Caminhadeiros, já cansados (?!), se terem sentado, na escadaria de acesso ao passadiço.
Será que esta atitude tem a ver com o facto de que “ao envelhecermos as atividades físicas diminuem, na mesma proporção que as distâncias relativas parecem aumentar” (Dimos Iksilara). Estou em crer que não. Foi apenas uma estratégia para posarmos para a fotografia e escutarmos a breve introdução de boas-vindas do Samuel.
E, com pontualidade britânica, demos início à caminhada, com uma pequena adaptação ao Percurso Pedestre da Cegonha.  
Assim, começámos pelos verdejantes campos de milho, antes de atravessarmos a ponte para seguir junto ao Rio Sorraia. Este nome resulta da união de duas ribeiras: o Rio de Sor e o Rio Raia.
Como previamente informados, o trajecto era de dificuldade muito fácil, totalmente plano, em terreno sem sombras e de terra batida, mas com a particularidade de caminharmos ao longo do Sorraia, de podermos apreciar as suas margens verdes dos campos de arrozais. 
E assim, seguimos pelo Percurso Pedestre da Cegonha, comandados pelo “comandante” Samuel Coias, e com o Caminhadeiro Aviador Palma a encerrar o cortejo.
Houve hipótese de os menos resistentes, poderem encurtar o percurso e esperarem junto à ponte do açude. 
Uma palavra especial à caminhadeira Odete que, há um tempo afastada, fez questão de   acompanhar o grupo em grande parte do percurso. Porque, nesta fase da sua recuperação, um quilômetro pode ser pouco para quem faz dez, vinte, trinta, mas sabe-se a importância desta primeira caminhada superada! O importante é respeitar as fases e comemorar cada conquista por menor que seja!  
Finalmente o “comandante”, quando já tudo aspirava por uma paragem para recarregar energias, concedeu-nos a hipótese de uma breve paragem. 
O Percurso Pedestre da Cegonha, inclui uma parte do trajecto a efectuar junto à estrada nacional, que atravessa a vila. Esta estrada, além de muito movimentada, não tem qualquer berma de segurança e, para evitar riscos desnecessários, tínhamos decidido que voltaríamos pelo mesmo percurso, com a vantagem que poderíamos aproveitar para rever, mais atentamente, algum pormenor da paisagem que nos tivesse passado despercebido.
No entanto, os mais afoitos, para uns, e mais rebeldes para outros: a Maria do Céu, o Gilberto e o Raul, não esquecendo a fiel Yasmine, seguiram pelo trajecto oficial do Percurso Pedestre da Cegonha. Penso porque, além de querem fazer mais quilómetros também porque “ultrapassar obstáculos é o prazer pleno da existência, sejam eles de tipo material, nas ações ou nos exercícios físicos” (Arthur Schopenhauer).
E após quase 10 Kms caminhados, transpirados, cansados e esfomeados e porque, o que sedimenta a alta performance são os exercícios físicos regulares, aliados a uma nutrição equilibrada, estávamos ansiosos pela segunda parte do programa.

2. O Almoço - Restaurante “O Farnel”
Os Caminhadeiros foram recebidos pelo som do acordeão de  Carlos Marmelada, que deu as boas-vindas e animou o pessoal com música típica ribatejana. 
Nos lugares de cada um havia informação turística de Coruche com o programa de actividades que a vila proporciona a todos os visitantes e ainda frases sugestivas e alusivas à prática de actividade física. Algumas são utilizadas no decurso deste texto.

"Se uma taça de vinho tinto por dia corresponde a uma hora de exercício físico, então a adega é a minha academia”  (Dilce Stédile)

Não é bem o caso dos Caminhadeiros, mas nesta fase do dia já soube muito bem.
O Restaurante “O Farnel”, fez jus à fama que tem na região e cada um se deliciou com as entradas tipicamente ribatejanas (linguicinha e farinheira fritas, febra e cachola de azeite e vinagre, azeitonas aromatizadas, manteiga e pão caseiro), sopa e as iguarias previamente escolhidas.  Para a maioria, bacalhau à Farnel com batata frita e migas de bacalhau. Inicialmente era prevista salada, mas acho que preferiram as migas à salada, para poucos a carne de porco à ribatejana com batata frita e migas de couve, acompanhado de bebidas à discrição e à escolha de cada um.
Sobremesas sortidas de doces ou salada de frutas.
Ao longo do almoço fomos acompanhados pela música do nosso acordeonista e de um excelente serviço de mesa.  

3. A visita cultural
“Atividade física não é apenas uma das mais importantes chaves para um corpo saudável. É a base da atividade intelectual criativa e dinâmica.”  (Eduardo Costa)

Pois...
Por isso mesmo, aliada a uma boa refeição seguiu-se a actividade cultural. 
Guiados pela Dra Dulce Patarra, do Museu Municipal, que nos descreveu a história e o passado de Coruche, através das suas igrejas e edifícios percorremos as ruas da vila e vivenciámos o seu passado.  Ficámos a saber que o município de Coruche é maior que o arquipélago da Madeira, mas que é pouco povoado, apenas com 17 356 habitantes, apesar de ser a capital mundial da cortiça.
Visitámos as igrejas de S. António, de S. Pedro e da Misericórdia. Qualquer delas bem conservada e de traça diferente do habitual. 
Curioso os sinos de cortiça no Largo Mudo, onde se situa a Igreja de S. Pedro. 
Duas curiosidades em relação a estas igrejas: são revestidas de azulejo e servem essencialmente para cerimónias fúnebres...
Outra curiosidade foram as pinturas de arte urbana, que retratam cenas do quotidiano da vila, nas 3 enormes escadarias que dão acesso ao castelo (uma delas com 124 degraus..).  Apesar de curiosos, nenhum dos Caminhadeiros, fez menção de subir, porque já tínhamos tido a nossa dose de caminhada matinal. Ficará para uma próxima visita individual, de certeza.
Entre as igrejas, fomos agraciados também por uma visita guiada ao núcleo tauromáquico que representa um dos aspectos marcantes da cultura desta terra, na exposição “Tauromarquia de Coruche: história, arte e tradição”, que pretende contribuir para consolidar a informação, enriquecer e perpetuar a herança cultural destas lides. Ficamos a saber que a história das touradas, se inicia no SEC XIX, ainda durante a monarquia e que grandes toureiros tomaram alternativa na praça de touros de Coruche. Curioso também o facto de um aficionado, Zé Luís, pegar o touro de costas, ou na cadeira. 
Apesar de actividade física, coligada a cultura, ser um apanágio de corpo são em mente sã, já estávamos por demais cansados e já se tinham registados algumas “baixas” entre os Caminhadeiros, que discretamente se foram retirando. 
Dos 27 Caminhadeiros presentes ao almoço, éramos apenas 22 no início da visita e, já passando das 17h00, hora prevista para o chá, restavam cerca de 12 ainda resistentes a ouvir a nossa guia turística. 
Assim, delicadamente, pedimos excusas e demos por terminada a visita. Excepção para o Caminhadeiro Palma, que fez questão de ir ao Turismo comprar pins. Foi o único que cumpriu todo o programa previsto.
Realçamos o profissionalismo da Dra Dulce que, apesar de alguma indisciplina do grupo, tão comum nestas circunstâncias, mostrou-se sempre paciente e pronta a responder às questões. Estamos certos que, apesar disso, a sua missão foi coroada de êxito, pois aumentou a nossa cultura geral e o conhecimento que tínhamos sobre Coruche.

3. O Chá no Páteo Sorraia com vista para o Rio
Já passava das 17h30, quando aportaram ao Páteo Sorraia, apenas 18 dos ainda resistente 
s. Não propriamente na esplanada, porque o tempo estava instável, mas numa sala reservada, onde nos esperava um chá já morno, mais umas sandes, uns croquetes e o bolo “Campino” típico da região. Alguns preferiram imperiais, pois o calor a isso incitava. 

“Fazer exercícios físicos e dar bastantes risadas fortalece o corpo, prolonga a vida e enobrece a alma.” (Nino Carneiro)

Foi o momento para a descontração, para a partilha das diferentes frases sobre a actividade física que cada um tinha recebido ao almoço, para avaliar os aspectos positivos e menos positivos da caminhada.

4. Em modo de conclusão

Ao longo do trajecto fomos sendo questionados sobre as surpresas que tínhamos prometido. Podemos agora referir que foi também um modo de vos manter em suspenso e tentar conquistar mais adeptos para esta caminhada. Mas aqui estão elas:
- quase 10kms em vez de 8! Tínhamo-nos baseado na informação do turismo, mas esquecemo-nos de somar o acrescento ao trajecto inicial. 
- sopa no início da refeição (para os organizadores também foi surpresa)
- música para animação.
- os pensamentos sobre actividade física.

Tivemos sorte com o tempo, não excessivamente quente, ainda que instável, por vezes com sol radioso, outras com nuvens envergonhadas.

“Uma vida saudável não se retém apenas a uma boa alimentação e atividades físicas, não se pode ter saúde sem novas experiências e conhecimentos, sem exercitar a mente, sem atividades culturais, sem humildade, sem bons pensamentos e principalmente, sem praticar atitudes sociáveis.”   (Ricardo Fonseca)

Penso que este tem sido o apanágio deste grupo e agradecemos o facto de podermos ser parte integrante dele. 
Obrigado a todos os que estiveram presentes e lamento os que, por diferentes motivos, não conseguiram ir. 

Saudações Caminhadeiras
Ilda Maria Poças e Samuel Cóias

Por decisão dos autores este texto é escrito, sem adesão ao actual acordo ortográfico