Data do encontro: 14/09/2022
Lugar do encontro: Parque de estacionamento do Estádio Pina Manique
Percurso: Rota da Água – Floresta do Monsanto
Distância: 8 Kms
Caminhantes(36): Acilina Caneco, Adelaide Canova, Ana Almeida, Ana Bela Fernandes, António Bernardino, António Palma, António Pedro, Carlos Evangelista, Cristina Umbelino, Estela Garcia, Eunice Dias, Francisco Pires, Hélia Jorge, Ilda Poças, João Figueiredo, José Clara, José Luis Iglésias, Júlia Costas, Lina Fernandes, Luís Fernandes, Lurdes Barbosa, Manuel Barbosa, Manuel Garcia, Manuel Pedro, Margarida Lopes, Margarida Serôdio, Maria do Céu Esteves Maria do Céu Fialho, Maria da Luz Fialho, Natália Santos, Pedro Osório, Raul Almeida, Rosário Mendes, Samuel Coias Socorro Amaral, Tomás Pessanha.
Almoço (37): Os caminhantes mais o Dores Alves
Restaurante: Dom Leitão
Próxima Caminhada: 28/09/2022 (Estela e Manuel Garcia)
A Reportagem:
INTRODUÇÃO
Com preces, pragas e palavrões, os portugueses há muito andavam a pedir chuva. Quem pede com tanto ardor, acaba por ser agraciado quando menos o deseja. E tal foi a energia do pedido, que ela acabou por vir, abundante, assustadora, nas vésperas da nossa caminhada e prolongou-se, ainda impiedosa primeiro, clemente depois, até ao fim da jornada.
À força bruta com bruta força se responde, e foi isso que fizeram 36 intrépidos caminhadeiros - e mais seriam certamente, não fossem os achaques próprios da idade (as cruzes, os joelhos, os artelhos e outros) –, que deste modo deram ao manda chuva da chuva (seja ele quem for) a resposta merecida: Toma lá sorrisos (e resfriados)!
A CAMINHADA
Sem história foi a caminhada: saciada a sede de beijos e de abraços, vestidas as capas e abertos os guarda-chuvas, foi um ver se te avias, Monsanto acima, Monsanto abaixo, por entre uma floresta estiolada pela longa seca, agora já enriquecida com os cheiros a ervas e a terra molhada, pelo caminho da “velha” floresta de pouco mais de 50 anos, rica em flora arbórea e arbustiva, plátanos, pinheiros, acácias, oliveiras, ciprestes, sobreiros, azinheiras, cedros, acácias, choupos, medronheiros, murtas, carrascos, alecrim, tojos, madressilvas, pilriteiros (ai, como gostamos deste nome!).
A Rota da Água, a largos troços coincidente com a Pista do Aqueduto, foi o nosso guia. Campo da Pedra, Miradouro e Moinho das Três Cruzes do Calhau, torres respiradouros do Aqueduto da Águas Livres, Campo do Calhau e Centro de Interpretação do Parque de Monsanto.
Aqui, no Centro de Interpretação do Parque de Monsanto, devia ter-se iniciado a caminhada, mas a organização, adrede, a fim de evitar subidas na parte final da caminhada, (altura em que tudo apela ao pessimismo – à maledicência não, porque no nosso grupo não é desses), decidiu começar ao quilómetro 1,5 da rota. (E tão bem-sucedida foi no propósito que, vários caminhadeiros, de tão folgados terem chegado, tentaram mesmo repetir a rota, e tê-lo-iam feito não fora de isso terem sido dissuadidos pelos organizadores.)
O ALMOÇO
Duas palavras sobre o almoço: foi no restaurante Dom Leitão; entradas, leitão acompanhado com batatas fritas e salada, vinho frisante, sobremesa, café. Suficiente, mas menos generoso do que a experiência de visitas anteriores.
A CULTURA
A programação cultural constou de uma visita à exposição da Joias da Coroa, no Museu do Tesouro Real, Palácio da Ajuda.
A visita, guiada, à exposição das Joias da Coroa, no Museu Tesouro Real, Palácio da Ajuda, com a duração de cerca de hora e meia, foi um dos pontos mais altos da jornada: rica, literalmente e pela beleza e magnificência - para alguns ostentativa de riquezas reais ou fingidas -, fez as delícias dos visitantes.
Não menos ricas foram as explicações. A nossa guia, Lara Tenreiro, exuberante na simpatia e entusiasmo, minuciosa no conhecimento transmitido, simples e discreta na atitude, suscitou a admiração dos visitantes. “A senhora explica e sorri até com os óculos”, ouvimos alguém dizer, quase sugerindo que se fosse 40 anos mais novo poderia ser o início de uma paixão.
Foi também (ou sobretudo) por isto, que as dores de hora e meia em pé, em “passada de museu”, foram tão estoicamente suportadas. Diz-se que quem corre por gosto não cansa, e diz-se também “mais vale um gosto do que três vinténs” (outros dizem quatro ou mesmo seis vinténs, mas o aforismo merece uma explicação mais longa, que ficará para outro dia e para quem for competente para o efeito).
Muito obrigados por tudo, D. Lara Tenreiro.
O CHÁ
Finalmente, o “chá”. Os organizadores escreveram na convocatória “não haverá o tradicional chá, mas a organização tentará providenciar qualquer coisinha”. Foi isso que fez: providenciou e foi mesmo uma coisinha.
CONCLUSÃO (modernaça)
O que se configurava como uma empreitada robusta, foi mitigado pela benevolência do tempo e superado pela resiliência dos homens (e acho que também tenho de dizer “das mulheres “, não vá o diabo tecê-las). Obviamente!
Muito obrigados pela vossa participação.
Maria do Céu e Manuel Pedro