Albuns de Fotos:
Luis Martins
Miguel Cardoso
Carlos Evangelista
Data do Encontro: 15/06/2013
Local: Peniche
Percurso: Rota da Sardinha - 12,
000 kms - 03: 00 Horas
Caminhantes: (40) Angelina Martins; Antonieta Faria; António Bernardino; António
Clemente; António Palma; António Pires; António Silva; Carlos Evangelista; Carlos Penedo; Fátima Libânio; Fortunato
Sousa; Gil Furtado; Gilberto Santos; Graça Penedo; Helena Gago; Irene Afonso;
João Figueiredo; Jorge Veiga; Lina Fernandes; Lúcio Libânio; Luís Fernandes; Luís
Martins; Luís Penedo; Luísa Clemente; Luísa Gonçalves; Manuel Garcia; Manuel
Flôxo; Manuel Pedro; Manuel Tomás; Manuel Reis; Margarida Graça; Maria do Céu; Miguel
Cardoso; Odete Vicente; Kinita de Sousa; Rogério Matias; Rui Afonso; Rui Graça;
Virgílio Vargas; Vitor Gonçalves;
Só ao Almoço: João Carlos Domingues
Organizadores: Fátima e Lúcio Libânio
Almoço: Restaurante ‘A Sardinha’(Tel: 262.781.820)
Próxima Caminhada: 29/06/2013 – (Fortunato
de Sousa / Luís Fernandes / Victor Gonçalves)
Reportagem:
40 caminhadeiros responderam à convocatória da
‘Rota da Sardinha’, para percorrerem os 12 kms que totalizam o perímetro da
vila de Peniche. Pontuais como é seu timbre, às 09:00 horas lá estavam todos
concentrados em frente à antiga Fortaleza, agora transformada em
Museu. Pelo meio e ao longo da história, este mesmo imóvel foi servindo de
‘Praça Militar, abrigo de refugiados 'Boers' provenientes da África do Sul, residência
de prisioneiros austríacos e alemães durante a Primeira Guerra Mundial, prisão
política do Estado Novo, e de alojamento provisório a famílias portuguesas
chegadas das antigas colónias a seguir ao 25 de Abril de 1974. Relevante a componente histórica deste edifício, cujo destino ou futuro ficará marcado pela
qualidade e dimensão dos decisores políticos da nação. Por enquanto, em frente ao Museu e do
outro lado do largo, um antigo pescador ia arrumando a sua bancada de peixes
secos salgados.
E foi assim, nesta manhã fresca de fim de Primavera
ou de início de Verão envergonhado, que após a fotografia de grupo em frente à
porta do antigo Forte, se deu início à caminhada. Em grupos de menor ou maior
dimensão, lá fomos circundando a vila, com os porta bandeiras dos
Caminhadeiros, Carlos Evangelista e Victor Gonçalves a deixar bem identificada a nossa passagem pela
vila, onde a qualidade do seu peixe e as rendas de bilros se destacam.
Sempre em bom ritmo, depressa alcançámos um dos pontos
mais bonitos do percurso: O ‘Ilhéu da Papoa’. Localizado na costa norte da
vila, assente em formação rochosa calcária, mas com uma flora lindíssima nesta
época do ano, que deixaram a Luísa Clemente, a Angelina e outras Caminhadeiras
deslumbradas. Também os fotógrafos de serviço se puderam regalar com as imagens
que este maravilhoso local lhes proporcionou.
A manhã ia aquecendo e a beleza natural continuava
diante da nossa vista. Sempre com a Ilha da Berlenga à nossa frente, fomos
marginando o Atlântico até ao Cabo Carvoeiro, passando pela Ponta do Trovão,
Santuário da Senhora dos Remédios, Varanda de Pilatos, etc. etc... No
Santuário, de realçar a capela revestida de azulejos azuis e brancos muito bem
conservados e de rara beleza.
Muito interessante ainda, a passagem pelo bairro
dos pescadores, com casas de construção modesta e ruas estreitas, que
caractrizam bem a diferença do escalão social de quem as habitou ou habita.
Depois, veio o merecido almoço no restaurante ‘O
Sardinha’, sendo este certamente o motivo inspirador para o Lúcio e a Fátima
Libânio darem nome à caminhada ou à rota com o mesmo nome. Entretanto, havia
quem dissesse, que se o nome tivesse sido sopa de peixe, carapau ou caldeirada, tinha-lhe assentado às mil maravilhas. Tudo
isto, porque a qualidade das iguarias estava à altura da sardinha.
Tal como havia prometido, a nossa estimada amiga Caminhadeira Maria do Céu, foi acompanhada de um pequenino trono de Santo António. Porém, também de acordo com as suas expectativas e com a crise que atravessamos, o pobre do Santo não conseguiu mobilizar a faceta generosa dos participantes. Apenas umas escassas moedas castanho escuras a imitar o tostãozinho para o Santo António, e lá foi o Santo e a Maria do Céu carpir as mágoas para outra freguesia.
No final do almoço, o Vitor Gonçalves teceu algumas
considerações sobre o que virá a ser a última caminhada da época, e o António
Palma distribuiu os seus já famosos PIN’s, desta vez alusivos à
caminhada extraordinária de Loriga na Serra da Estrela.
A componente cultural selecionada pelos
organizadores do evento, foi como não podia deixar de ser, uma visita ao Museu
Municipal de Peniche. A funcionar desde o ano de 1984, está divido em três
áreas. No entanto, aquela que mais prendeu a atenção dos elementos do grupo,
foi a que está situada no 3º piso, denominada ‘Núcleo da Resistência
Antifascista’.
Terminámos como é hábito com o tradicional chá de
final de festa, desta vez e também no restaurante ‘O Sardinha’. Bolinhos e chá
de várias proveniências, mereceram o aval da maioria ou senão de todos os
Caminhadeiros e Caminhadeiras.
Ao João Carlos Domingues, que só a partir do almoço se reuniu a nós, esperemos que o convite do seu amigo Carlos Evangelista não lhe tenha desagradado e possa aparecer mais vezes, caminhando ao apenas almoçando.
Umas breves palavras finais para os organizadores
do evento. A Fátima e o Lúcio Libânio aderiram por sua iniciativa ao grupo, na caminhada dos ‘Trilhos da Archeira’ no passado mês de Fevereiro, certamente depois de uma cuidada
radiografia ao grupo através do blog. Efectuado o diagnóstico, avaliaram a
situação clínica e viram que também eles poderiam usufruir dos efeitos da terapia de grupo que 'Os Caminhadeiros ' transmitem aos que a ele aderem. Se assim foi
e lhes agradou o ambiente aqui vivido depois de 4 meses em regime experimental,
então estamos todos de parabéns, porque o objectivo de ambas as partes foi alcançado.
Saudações Caminhadeiras em passada lenta mas
certamente compreendida e desculpada por todos os meus amigos Caminhadeiros,
Fortunato de Sousa