sábado, 1 de novembro de 2025

* * * * Reportagem 4.ª Caminhada da Época 2025/2026 * * * * ______________ “De volta ao Peralinho” _____________ * * * * * São Bartolomeu da Serra, 29 de Outubro de 2025 * * * *

 


Álbum de fotos:
Data do encontro: 29 de Outubro de 2025
Local do encontro: Monte do Peralinho - S. Bartolomeu da Serra
Distância: 8 Km.
Participantes (19): Acilina Caneco, Ana Bela Fernandes, António Palma, Dores Alves, Fernando Bernardino, Hélia Jorge, José Godinho, João Figueiredo, Lina Fernandes, Luis Fernandes, Luísa Gonçalves, Margarida Graça, Margarida Serôdio, Odete Vicente, Rosário Mendes, Rui Graça, Socorro Bernardino, Tomaz Pessanha, Vitor Gonçalves
Não caminharam (2): Fernando Bernardino e Tomaz Pessanha
Almoço (19):   Monte do Peralinho (ementa do  Restaurante “Cantinho do Petisco".
Próxima caminhada: 12/11/2025. Loures ou Mafra. Organiza: Raul Almeida
Reportagem:
E o São Pedro ajudou mais uma vez…

Cheias em Lisboa e em Faro e previsão ameaçadora de chuva intensa para toda a manhã no Alentejo reduziram os esperados 40 caminhadeiros para metade, neste regresso das caminhadas ao Monte do Peralinho.
Empenhados em compensar os que se atrevessem a fazer uma data de quilómetros para caminhar uns poucos, estes organizadores desdobraram-se em medidas apaziguadoras do sofrimento prometido. 
Refizeram-se os panos que, no alpendre, impediriam o almoço de se molhar. 
Montou-se um abrigo de lona a meio do percurso previsto que permitisse, nalguma secura, a recuperação de forças necessárias para enfrentar a parte final da intempérie prometida. 
E os Caminhadeiros lá se apresentaram, carregados de chapéus, impermeáveis e agasalhos, prontos para enfrentar as vicissitudes que se anteviam.
Tudo em vão. 
À hora da caminhada, lá estava um solinho espreitando por detrás de algumas nuvens mais teimosas que apenas nos lembravam as promessas pessimistas. 
E os panos ficaram enrolados e a lona apenas nos abrigou do sol que recebemos de presente.
O São Caminhadeiro não se esqueceu da conversa com o São Pedro para, mais uma vez, garantir a solarenga caminhada que ninguém acreditava. 

Caminhada que, desta vez, começou longe e acabou no Monte do Peralinho. 
Motorizados, lá fomos todos até ao início do percurso, onde se deixaram os carros, tirámos a primeira foto de grupo e, finalmente, porque já era tarde, se lançaram os Caminhadeiros ao caminho. 
Todos não, porque o Bernardino surrateiramente escapuliu-se da partida e ficou no monte, dando descanso ao depauperado aparelho locomotor.
Um grupo, mais reduzido, e que não se sentia em condições físicas para os 7,8km, ficou um pouco mais à frente no percurso para, ainda assim, fazer os 4,9km da sua parte final.

A parte inicial do percurso era aberta, por um estradão com vistas desafogadas, percorrendo os cumes elevados de um terreno que desmente a ideia que o Alentejo é apenas uma extensa planície.
Desceu-se depois para uma zona mais sinuosa, pelo meio de um vale mais fechado e praticamente todo debaixo de sobreiros, onde não faltou a necessidade de recorrer a alguma ginástica para ultrapassar um enorme e velho sobreiro atirado para o meio do trilho pelo mau tempo dos últimos dias.
De salientar que, ao longo de toda a caminhada, fomos presenteados pela grande variedade de intensos perfumes que as primeiras chuvas sempre deixam na terra, vegetação e árvores secas.

Depois de pouco mais de meio do percurso, foram-se concentrando os Caminhadeiros no abrigo de lona que tinha sido preparado pelos organizadores com a ajuda do Bernardino, entretanto já retemperado. 
Refrescados com sumos, chá e café e recuperados com uns frutos secos e fruta, lá seguiram de novo e todos juntos, em direção ao Monte não sem antes tirarem a segunda foto de grupo.

Chegados ao Monte, e enquanto o prometido almoço não aparecia, faziam-se os preparos da mesa comensal e entrava-se por uns queijos e enchidos provenientes da vizinha feira das Brunheiras, acompanhados de fatias de pão alentejano, tudo condignamente regado com muita conversa.

Também bem regado, fez-se então o almoço, com o esvaziamento (não total) do enorme tacho com a improvável feijoada de chocos da D. Fernanda do Cantinho do Petisco, atenuada com um arroz branco e uma salada. 
Para acalmar, terminaram-se as comidas com uma baba do camelo e um doce da casa seguidos dos habituais cafés. 

Quem não provou nada disso foi a Luísa Gonçalves que, com uma súbita baixa de tensão, acabou por cair e fazer um lenho na cabeça, assunto que a levou a passar o resto da tarde e alguma parte da noite no Hospital do Litoral Alentejano para fazer os exames cautelares habituais destas circunstâncias, visita de que, felizmente, “apenas” resultaram alguns pontos no couro cabeludo e um tardio regresso a casa.

Já em tempo de tertúlia (que substituiu a visita cultural), apreciaram-se aguardentes (de medronho e vínicas), licores e outros sãos xiripitis, sem abusos e em sã competição.

E com mais conversa aqui e conversa acolá, na azáfama das arrumações de loiças e com notícias regulares da Luísa, lá se foi o resto do dia até chegarmos ao chá e bolos, servidos já quase escuro por via da mudança de hora e dentro de casa porque a descida de temperatura já se sentia ameaçadora.

Uns mais cedo, por conta de imperdíveis futebois, e outros mais tarde, porque arrastados pela conversa, lá regressaram todos os Caminhadeiros aos respectivos lares, depois de um dia que – esperam estes organizadores – tenha sido bem passado.

À Luísa, todos desejamos uma rápida recuperação, o regresso às caminhadas e que o fenómeno não se repita.

Dos organizadores, fica o agradecimento por nos terem vindo encher a alma e o coração, permitindo-nos partilhar convosco este canto perdido do Alentejo.

Até breve

Hélia e Tomaz

1 comentário:

António Dores Alves disse...

A excelente reportagem da Hélia sintetiza perfeitamente aquele que foi um dia de convívio caminhadeiro no regresso ao Monte do Peralinho.
A disponibilidade e organização Hélia e do Tomaz foi inexcedível e seguramente que todos ficamos muito agradecidos pelo seu empenho
Há a lamentar o infortúnio com a Luísa mas felizmente já está melhor.
Obrigado aos organizadores.
Abraços caminhadeiros