Álbuns de Fotografias
Dores Alves
Acilina Couto
Luis Martins
Raul Almeida
Luz Fialho
Ilda Poças
Data do Evento: 24 de Janeiro
Local: Samouco
Percurso: “Salinas do Samouco e sua Biodiversidade”
Distância: 5 kms
Caminhantes: (46) Acilina
Caneco; Ana Bela Fernandes; António Palma; Antónia Sena; António Clemente;
Carlos Evangelista; Carlos Penedo; Carmen Firme; Cidália Marta; Dores Alves; Estela
Garcia; Fortunato Sousa; Gabriela Bentes; Gilberto Santos; Gonçalo Garcia; Ilda
Poças; João Duarte; João Figueiredo; Jorge Manarte; Josefa Carrasco; Lídia
Albuquerque; Lina Fernandes; Luís Fernandes; Luís Martins; Luís Santos; Luísa
Clemente; Luísa Gonçalves; Lurdes Clara; Manuel Barbosa; Manuel Flôxo; Manuel Garcia;
Manuel Pedro; Manuel Reis; Margarida Serôdio; Maria do Céu; Maria da Luz
Fialho; Octávio Firme; Pedro Albuquerque; Raúl Almeida; Rogério Matias; Samuel
Coias; Teresa Palma; Vítor Gonçalves; Zé Clara.
Guia: André Baptista
Guia: André Baptista
Caminhadeirito
em carrinho de bébé: Alexandre Morgado (neto da Lídia e do Pedro Albuquerque)
Organizadores: Carlos Penedo e Luís Santos
Local do Almoço: Restaurante Barrete Verde
(Alcochete)
Próxima Caminhada: 07 de Fevereiro (Organiza: Rogério Matias)
Reportagem:
O dia nasceu com forte nevoeiro, que nos acompanhou
durante quase toda a jornada. Apesar disso, no local da concentração inicial
compareceram à hora aprazada, 46 dos 48 inscritos, que não foram parar ao Samouco por via do dito. Por
motivos de força maior, duas caminhadeiras não puderam mesmo comparecer. Também
devido a acidentes ocorridos na margem sul, duas viaturas
foram obrigadas a chegar mais tarde, o que fez com que o rabejador ficasse à espera dos envolvidos por mais algum tempo, mas
em breve o grupo estava completo.
Depois das autoapresentações dos organizadores (forcado
da cara e rabejador), apresentámos a todos os caminhadeiros o Sr. André
Batista, reputado Educador Ambiental da “Fundação
para a Protecção da Gestão Ambiental das Salinas do Samouco”, que seria o
nosso guia/interprete durante a caminhada. Seguiu-se um breve resumo do que seria
a actividade daquele dia, após o que o Sr. André Batista, tomando as rédeas dos
acontecimentos, começou por fazer uma apresentação histórica e factual das
Salinas do Samouco, dentro de um pequeno centro interpretativo ali existente.
Após os xixis
do costume, o grupo iniciou a marcha, que, se desenvolveu ao longo das salinas
e respectivos tanques, tendo sido avistadas, apesar do nevoeiro, algumas aves
que por ali andavam. Para além de tanques, existe nas salinas um intrincado
sistema de valas, que abastecem os tanques com a água proveniente do rio. O
abandono e degradação de algumas salinas proporcionou a invasão de vegetação
alófita, que se encontra sujeita às marés, dando origem a manchas de sapal.
As salinas do Samouco constituem, no seu conjunto, uma parte importante
dos habitats disponíveis para as populações de avifauna nesta região. A grande maioria da avifauna que ocorre no estuário do
Tejo, utiliza as salinas como local de repouso durante a preia-mar, quando
escasseiam as zonas não alagadas. É nesta altura que se podem observar grandes
bandos mistos de limícolas e gaivotas.
Foram detectadas até à presente data 170 espécies de aves, das quais, e
apesar do nevoeiro, foi possível avistar algumas, incluindo um grupo de
flamingos.
Durante o Inverno, podem ser observadas com regularidade mais de 15.000
aves. Entre as limícolas mais abundantes figuram o maçarico-de-bico-direito, o
pilrito-comum, pernilongo, o alfaiate, a tarambola-cinzenta e o perna-vermelha.
No que respeita aos anatídeos, os mais comuns são o pato-real, o trombeteiro e
a marrequinha.
Depois de alguns
quilómetros, chegámos a uma zona onde os caminhadeiros se puderam regozijar com
alguns exemplares de burros de raça mirandesa que ali se encontram, ao abrigo
de um projeto de conservação, sendo aquela a única espécie certificada de
burros portugueses.
Tempo de
brincadeira com os bichos, foi ali mesmo que o grupo se reuniu para a
tradicional foto de grupo. Mais á frente, entrámos nas salinas propriamente
ditas, passando por cima de um barachão,
que é a designação dada às divisórias existentes entre os tanques salineiros.
Depois de mais uma intervenção do Sr. André Batista, onde foram explicadas as
diversas facetas da exploração da única salina actualmente em funcionamento no
rio Tejo, o grupo deslocou-se até às serras
de sal ali existentes, onde entre outros foi explicado como distinguir a
flor de sal autêntica.
O sal está presente, desde os tempos antigos, na história
da humanidade. Começou por ser explorado e usado no início do Período
Neolítico, há cerca de 10 mil anos, quando surge a agricultura, a pecuária e as
primeiras comunidades rurais.
De regresso á recepcão da Fundação, ali se deu o final da
caminhada, e na loja, os caminhadeiros tiveram oportunidade de comprar alguns
artigos, nomeadamente sal, flor de sal e sabonetes de leite de burra, este famoso
por ter capacidades de embelezar a pele. A hora do almoço aproximava-se, e
estando o restaurante Barrete Verde em Alcochete a cerca de 4 km, foi
necessário prosseguir em bicha pirilau
com os carros, até ao estacionamento perto do restaurante. Aí chegados, todos
tomaram lugar no mesmo, para o devido repasto. Não havendo menu pré-estabelecido,
cada um escolheu à lista o que lhe apeteceu, e mesmo assim a demora não foi
muita, para apaziguamento dos estômagos mais esfomeados.
Quase no final da actividade, e com inicio na Igreja
Matriz de Alcochete, onde nos aguardava a guia para a parte cultural, Drª Paula
Machado, o grupo deu uma visita pelos
pontos mais emblemáticos da vila.
Pelas 17h15m dirigimo-nos ao restaurante Alternativa, perto da
Igreja Matriz, já nosso conhecido de uma actividade anterior, onde foi
servido com a qualidade habitual, o chá e bolinhos secos da praxe.
Em resumo, tratou-se de uma actividade diversificada, algo prejudicada pelo
nevoeiro intenso que se fez sentir durante a visita ás salinas, mas rica nos
ensinamentos recolhidos, nomeadamente
pelo Sr. André Batista. De salientar o agradável convívio estabelecido entre
todos, como é habitual, e sobretudo a colaboração dos caminhadeiros para com a
organização, que muito contribuíram para que a actividade decorresse de forma
organizada, e dentro dos horários previstos.
Luis
Santos e Carlos Penedo
2 comentários:
Obrigado e parabéns Luís Santos e Carlos Penedo.
Foi uma caminhada no escuro mas após o almoço ficou tudo muito mais claro.
Abraços
Não é demais voltar a agradecer a forma como a jornada decorreu, graças à preocupação permanente dos organizadores, sempre atentos aos mais pequenos pormenores.
Muito Obrigada, Carlos e Luís!
Maria da Luz
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