Álbuns de Fotografias
Céu Fialho
Dores Alves
Luis Martins I
Luis Martins II
Luz Fialho
Data
do encontro:
25/10/2017
Local:
Freguesia de Barcarena
Percurso:
Encosta leste do vale da ribeira de Barcarena
Distância
7 km
Duração:-
02:30 horas
Caminhantes:
(36) Acilina Couto; Ana Cristina; Angelina Martins; Carlos
Evangelista; Carlos Penedo; Céu Fialho; Cidália Marta; Clara Maia;
Dores Alves; Estela Garcia; Fortunato Sousa; Gilberto Santos; Graça
Sena; João Costa; João Duarte; Jorge Manarte; José Clara; Júlia
Costa; Kinita de Sousa; Luís Martins; Luís Santos; Lurdes Clara;
Manuel Barbosa; Manuel Garcia; Manuel Pedro; Manuel Reis; Margarida
Lopes; Margarida Serôdio; Maria do Céu; Maria da Luz Fialho; Nela
Costa; Rogério Matias; Rosa Silva; Teresa Palma; Virgílio Vargas;
Vítor Gonçalves.
Só
para almoço: (4) Fernando Couto;
Margarida Graça; Odete Vicente; Rui Graça.
Organizadores:
Maria do Céu, Gilberto Santos e Manuel Pedro
Almoço:
Restaurante O MUCHACHO - Barcarena
Próxima
Caminhada: 08/11/2017
Reportagem:
Debalde
se esforçaram os organizadores para serem os primeiros. Chegados às
09:00 horas para uma concentração prevista para as 09:30, já
vários Caminhadeiros estavam à espera. Minutos passados e já as
máquinas fotográficas estralejavam fumegantes entre comentários:
olha este pilar feito de rodas de bicicleta olha este meio-automóvel,
olha este camião sem rodas olha...
A
muito custo calaram-se as máquinas e tirou-se a fotografia de
grupo. Também a muito custo o Gilberto conseguiu descrever o
programa do dia - caminhada, almoço, visita cultural e chá. O
costume: os componentes do programa e a dificuldade em o comunicar.
Às
dez em ponto pusemo-nos ao caminho, primeiro a aldeia de Valejas no
que ainda lhe resta de rural. Palheiros, rebanhos, estrume e a
emanante fragância; o campo de antenas da Anacom, em tempos ICP,
ainda antes Emissora Nacional Direção de Serviços Radioelétricos.
Para os locais, sempre Emissora Nacional. Depois, encosta abaixo e
acima na direção de Barcarena por entre sobreiros, canaviais,
piteiras e silvados, atravessamento da Estrada do Cemitério e de
novo descida. A vista para a encosta oeste e a aldeia de Leceia e o
seu Castro, o marco geodésico (ambos visitados em caminhadas
anteriores) e a paisagem ainda verdejante apesar da seca. Mais ao
longe a Quinta da Moura, Caxias, Alto do Lagoal e por fim a vista do
estuário do Tejo. Faltava o regresso, caminho acima, aqui e ali uma
pequena lixeira, uma ou outra horta - também muitas hortas
encobertas, bordejando a estrada militar - e finalmente os Estúdios
Nirvana e o aconchego dos automóveis.
Para
o almoço, no Restaurante "O MUCHACHO", em Barcarena, o
anfitrião, Nelson, mandou que nos servissem umas entradas, Bacalhau
à Lagareiro, Posta Mirandesa, vinhos branco e tinto, água,
refrigerantes e sobretudo cerveja, que o patrão Nelson colocou à
nossa disposição - um barril, mesmo ali à mão de semear. Doces e
café completaram a papança.
Creio
que seria injusto não destacar que, quer o Bacalhau, quer a Posta -
carne macia, suculenta e uma das especialidades da casa - pareceram
ser do agrado de todos.
De
regresso ao Nirvana Studios para a sessão cultural, começou o bom e
o bonito. Rui Gago, aliás Dr. Apokalipse, um dos mentores da
organização, começou por apresentar a exposição da caravana
do Pós-Apocalipse. Guiou-nos através do caos (cada um com o seu),
chapéus de chuva soldados a velas de automóvel, vídeo clips aqui e
ali, guitarra a diesel e a vapor, o homem e a mulher invisíveis,
componentes de ferro-velho do pré-Apocalipse, combinados
(caoticamente?), ligados sem limites à imaginação.
Surpreendidos,
as perguntas vieram em catadupa: quando e como nasceram, quem são, o
que fazem de que vivem, porquê Nirvana, quando é o próximo
espetáculo, porque nunca ouvi falar de vós?
E
o Rui Gago explicava: nascemos em 2004, vindos da rua; fizemos um
projeto com data de acabamento marcada (hoje sabemos que nunca vai
terminar, e ainda bem); aqui dentro, fazemos espetáculos e tudo o
mais relacionado com a as artes e os desportos; xis metros quadrados
de antigos paióis militares, que recuperámos; temos exposto um
mapa-tour (também na internet) com 72 pontos numerados e localizados
e, em cada um dos locais, um documento informativo; estamos abertos
sete dias por semana, 24 horas por dia (na ocasião disse serem 365
dias por ano, mas subentendi a descrição acima, mais abrangente); a
nossa divulgação é por passa-palavra. Ah, e o próximo espetáculo
- Absurdium - será em Novembro.
Na
despedida, apontando o portão, o Rui Gago ainda ironizou: este foi o
nosso pior investimento. Está sempre aberto! (E aqui não estamos de
acordo Rui, abrir-se, ou estar aberto, é a sua função mais nobre.)
Despedimo-nos
com a promessa de divulgar e voltar. E muitos de nós com cara de
"ai, eu estive quase morto no deserto e o Nirvana aqui tão
perto".
Como
de costume, terminámos com o chá e os bolinhos.
Saudações Caminhadeiras em passada Nirvana,
Manuel Pedro
7 comentários:
Oh Evaristo,tens lá disto?
Bem...
Esta reportagem está (unitariamente...) eleita uma das melhores de sempre!
A fazer "pendant", portanto, com a própria da jornada que descreve e que, creio, os participantes não esquecerão tão cedo. Muito pela parte cultural, mas não só.
Obrigado, amigos!
Céu
Começando pelo percurso, deve ter dado um trabalhão escolher aqueles caminhos de terra batida numa zona de CREL e de alcatrão (que quase só usámos para atravessar as estradas). Para mim, um pouco curto, mas foi para contrabalançar os 14 km da última.
Almoço de alto gabarito, eu apreciei mais o bacalhau de boa qualidade e com pouco sal, e creio que pela 1ª vez cerveja e vinho em self service e à discrição.
Parte cultural surpreendente e original, ficou a vontade de voltar para ver o teatro que fazem aqueles 'malucos'.
Reportagem completíssima e com a qualidade e a fina ironia apanágio do Manel, que apetece apreciar mais vezes. Será que podemos encomendá-las?
Parabéns ao trio!
Também quero aqui manifestar os parabéns ao trio por nos terem proporcionado um dia muito bem passado, com tudo a correr muito bem.
Organização excelente.
Obrigado.
Maria do Céu Fialho e Manuel Reis, muito obrigado pelos vossos amáveis comentários, mas olhem que as reportagens neste blog são todas bastante boas. Algumas mesmo muito boas.
Um beijinho e um abraço,
MPedro
Caros organizadores, também quero felicitar-vos pelo dia memorável que fez deste 25 de Outubro uma jornada inesquecível que certamente ficará na minha memória por muitos anos. O programa anunciado foi inteiramente cumprido e com distinção. Caminhada, belo almoço, convívio , boa disposição e uma parte cultural verdadeiramente de excepção. A visita aos Nirvana Studios foi como se tivessemos entrado noutro mundo e aqui tão perto de Lisboa fizemos uma viagem pelo mundo dos sonhos que se realizam, com muita imaginação, muito trabalho, dedicação, união e força de vontade. Obrigado por esta oportunidade de ver de perto como se constrói um sonho. E a rematar uma reportagem que dá gosto ler e reler.
Bem hajam.
CPenedo
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