Albuns de Fotografias
Fortunato de Sousa
Luís Martins
Manuel Reis
Carlos Evangelista
Data do Encontro: 21/03/2012
Local: Vimieiro – Trilhos e Sabores do Alentejo
Percurso: 14, 000 kms; 03: 00 Horas
Caminhantes: António Henriques; António José Clemente; Luísa Clemente; António Palma; Antonieta Faria; Andreia Faria; António Pires; António Dionísio; Silvia Dionísio; Bia; Carlos Evangelista; Carlos Sales; Bina Sales; Carlos Penedo; Fernando Bernardino; Fortunato de Sousa; Quinita de Sousa; Francisco Pires; Gil Furtado; Gilberto Santos; Graça Sena; Guido Lopes; Hugo Pires; João Costa; Nela Costa; João Duarte; José Clara; Lurdes Clara; José M. Dionísio; Luís Fernandes; Luís Martins; Manuel Flôxo; Manuel Garcia; Manuel Pedro; Maria do Céu; Manuel Reis; Margarida Graça; Rui Graça; Odete Vicente; Octávio Firme; Carmen Firme; Pedro Antunes; Rogério Matias; Rui Afonso; Irene Afonso; Vítor Gonçalves e Luísa Gonçalves. (Total: 47).
Ao almoço: Os mesmos e também Angelina Martins, Francisca da Rosa, Lina Fernandes, António Jorge Lopes e Mariano Pegacho.
Organizador: Fortunato de Sousa
Restaurante: Sala de Eventos do André Cotovio no Vimieiro (Tel. 965.002.430). Preço per capita: € 20,00.
Próxima Caminhada: 04/04/2012 – (Organizadores: Luísa Clemente e António José Clemente)
Fundo de Reserva: € 939,53
Reportagem:
O conhecido historiador de Arte Portuguesa Túlio Espanca (primo da poetisa Florbela Espanca), autor de um importante e exaustivo levantamento do património arquitectónico e artistico do distrito de Évora, descreveu numa das suas obras a bonita vila do Vimieiro como ‘Infanta da Planura’. A sua harmonia arquitectónica, como que adormecida na planície desde a sua fundação, certamente que o inspirou a dar-lhe este prestigiante título que muito honra o povo vimieirense.
Pois foi aqui na terra natal do organizador do evento, que o grupo ‘Os Caminhadeiros’ teve a maior adesão de participantes (47 caminhantes mais 6 presenças no almoço) até hoje registada nos seus quase 5 anos de existência. Como pioneiro deste inigualável grupo, não posso deixar de me sentir lisongeado por ter contribuído e atingido este marco histórico da nossa actividade caminhadeira.
Às 09:30 horas para cumprimento do horário, começaram a chegar ao largo da Igreja as viaturas com os caminhadeiros forasteiros, que se juntaram aos meus conterrâneos participantes locais. A Lurdes Clara não pensava vir a encontrar aqui o seu antigo colega de trabalho Guido Lopes, ficando assim mais uma vez demonstrado que a aldeia global existe mesmo. Após a fotografia de grupo que antecede o início da actividade caminhante, lá partiu o grupo pela rua de S. João abaixo. O Octávio Firme, que desde a descida da Peninha não experimentava o sabor de caminhar, quis testar o peróneo em percurso plano e, se não fosse a Carmen a acalmar-lhe o impeto aventureiro, não sabemos se a consolidação da lesão não teria sofrido outras consequências. Agora, esperamos ter a curto prazo a Angelina também restabelecida, de modo a que a enfermaria fique sem trabalho por mais uns longos tempos. Com o grupo desta vez mais disperso que o costume, lá fomos andando em passada moderada até ao Monte do Paço, desfrutando da belissíma paisagem alentejana em ambiente primaveril. Eram unânimes os comentários lamentando as graves consequências que a seca prolongada provoca não só na economia local como também no atrazo dos campos de flores que nesta altura do ano já deviam colorir a paisagem inconfundível do Alentejo na Primavera. Outros Caminhadeiros comentavam o erro de cálculo do organizador na dimensão do percurso, pois os 12 kms préviamente anunciados não correspondiam ao que já tinha sido percorrido e o que ainda faltava palmilhar. Em tom de reclamação ouvi alguem dizer: Os alentejanos é sempre a mesma coisa: é já ali..., é já ali.... e depois nunca mais chegamos ao destino. O Carlos Sales quis mesmo que o Fernandes confirmásse se os 500 metros da entrada do portão até ao monte, revelados pelo arrendatário da herdade, não corresponderiam a mais de 1 km. Com mais ou menos custo assim cumprimos 14 kms em solo alentejano vimieirense, desta vez com a Quinita a acusar o organizador da distância exagerada no percurso
O almoço de sabores alentejanos esteve dentro dos limites e por aqui me fico, mas ainda tivemos oportunidade de cantar os parabens aos aniversariantes do dia, que foram o João Figueiredo e o filho da Maria do Céu e do Manuel Pedro.
A componente cultural foi desta vez dividida em duas partes, uma ao ‘Centro Interpretativo do Mundo Rural’ e outra à ‘Igreja Matriz’. Na primeira, em visita guiada muito bem conduzida, tivemos oportunidade de constactar, que houve no passado recente por estas terras, gentes que podiam mui legitimamente ter reivindicado o estatuto de ‘geração à rasca’, tanto pela dureza das tarefas realizadas como pela carga horaria e compensações salariais recebidas. Quanto à visita à Igreja Matriz, o organizador do evento tentou dar a conhecer o passado e o presente da terra que o viu nascer, realçando a beleza arquitectónica do monumento mais nobre que a vila tem.
Quanto ao tradicional chá de fim de tarde desta vez um pouco acervejado, por razões óbvias limito-me a dizer que foi para a minha sogra, para a Quinita e para mim muito gratificante tê-los recebido com espírito caminhadeiro na nossa terra e em nossa casa.
A bolaria presente foi obra da Marianita, mulher do meu amigo António e proprietários da Confeitaria Dionísio.
Uma palavra final de agradecimento para os que pela 1ª vez experimentaram esta interessante aventura caminhadeira. Foram eles a Graça Sena, a Sílvia, e os meus conterrâneos e amigos Guido Lopes, Zé Manel e também aos que só poderam estar presentes ao almoço como o António Jorge, o Joaquim Campanha e o Mariano. Não esquecendo ainda o Zé Domingues, que sem o seu contributo não teria havido chá quente e cerveja fresca.
Saudações Caminhadeiras,
Fortunato de Sousa
P.S. – Aproveitando a comemoração da semana mundial da poesia, aqui vos deixo um lindo poema de Miguel Torga.
ALENTEJO
A lua que te ilumina,
Terra da côr dos olhos de quem olha!
A paz que se adivinha
Na tua solidão.
Que nenhuma mesquinha condição
Pode compreender e povoar!
O mistério da tua imensidão
Onde o tempo caminha
Sem chegar!.......